sábado, 31 de julho de 2010

AURIGA - Constelação



Auriga (Cocheiro) 
é uma das constelações do Hemisfério Norte.
Faz fronteira com as constelações de Camelopardalis, Lynx, Gemini  


 A constelação de Auriga

Capella (alfa Aur) com uma magnitude aparente igual a aproximadamente  0.1 é a sexta estrela mais brilhante no céu. Na realidade esta estrela consiste num sistema binário espectroscópico (apenas identificável a partir da decomposição da sua  luz ). As duas componentes dão uma volta em torno uma da outra em cada 104 dias.

Menkalinen (beta Aur) é também um sistema binário espectroscópico. Neste caso o período de revolução é de apenas 4 dias. Trata-se de um binário eclipsante. Durante cada eclipse a magnitude aparente do sistema varia ligeiramente.

Epsilon Aur é também um binário eclipsante. O período de revolução é, neste caso, de 27.1 anos. Durante esse intervalo a magnitude aparente do sistema oscila entre 3.0 e 3.8. Cada eclipse dura cerca de 1 ano. A componente menos brilhante do parece ser um objeto compacto com 10 a 12 massas solares (buraco negro ??). 

De entre os objectos presentes na constelação de Auriga destacam-se os enxames abertos M36, M37 e M38. Com binóculos ou pequenos telescópios podem observar-se os aglomerados compostos pelas estrelas mais luminosas de cada enxame. A seguir indicam-se alguns dados sobre estes objetos:

Desde o século 19, um misterioso fenômeno acontece na constelação de Auriga, sem que os cientistas saibam exatamente por que. Ali, a cada 27 anos, a gigantesca estrela Épsilon perde metade de seu brilho e permanece assim por dois anos, até que lentamente volta a se fortalecer novamente. Afinal, o que acontece em Épsilon de Auriga?


Épsilon de Auriga: a estrela tem 6 bilhões de quilômetros de raio e é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida. Crédito: Alson Wong and Citizen Sky/Nasa.


Situada a cerca de 2 mil anos-luz da Terra e medindo quase 6 bilhões de quilômetros de raio, Épsilon de Auriga é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida. É tão grande que se fosse colocada no centro do Sistema Solar chegaria até a órbita de Urano, o penúltimo planeta a partir do Sol. 

Atualmente a estrela se encontra na fase de baixo brilho e de acordo com os últimos estudos, eclipsada por um escuro objeto. Entretanto, a natureza desse objeto – provavelmente uma estrela – ainda é motivo de acalorados debates por parte dos pesquisadores, uma vez que suas características não foram observadas diretamente.

A atual fase de eclipse de Épsilon de Auriga começou em agosto de 2009 e em dezembro atingiu seu ponto de menor brilho, devendo permanecer assim durante todo o ano de 2010. Em 2011 a estrela retornará ao brilho máximo.

Um modelo apresentado em 2008 e que ganhou bastante popularidade mostra que esse objeto companheiro seria um sistema estelar binário, rodeado por um disco de poeira maciço e opaco de poeira, mas recentes observações feitas pelo telescópio espacial Spitzer mostram que Épsilon de Auriga é eclipsada por uma única estrela envolta em um disco de poeira de 600 milhões de quilômetros de raio e 75 milhões de quilômetros de espessura. Teorias que afirmavam que o objeto seria uma estrela grande e semitransparente ou até mesmo um buraco negro já foram descartadas.( Fonte Apolo 11)
Olhando para o Norte, nas primeiras horas das noites de fevereiro, é muito fácil localizar a constelação de Cocheiro (Auriga, em latim), cuja área oficial corresponde a 657,44 graus quadrados (1,594% da superfície aparente da esfera celeste). Duas características ajudam na identificação: a brilhante estrela amarela conhecida como Capella, e o formato de um pentágono, desenhado pelas estrelas Alpha (Capella), Beta, Theta e Iota Aurigae, além de Beta Tauri, esta pertencente à constelação do Touro.


Na mitologia grega, esta constelação representava Melissa e Amaltéia, filhas do rei de Creta, que teriam amamentado o pequeno Zeus com leite de cabra. É por isso que as cartografias celestes medievais representam Auriga como um jovem com uma cabritinha nos ombros e duas crianças em seu braço esquerdo. Mas existe uma segunda interpretação. Auriga representaria Troquilos, filho de Io, inventor do carro. Daí a tradução de Auriga por Cocheiro.
LUIZ AUGUSTO L. DA SILVA DIOMAR REUS SBARDELOTTO | 
Físico e astrônomo Designer, grupo Astromídia

Épsilon de Auriga:o misterioso piscar de uma estrela gigante

Desde o século 19, um misterioso fenômeno acontece na constelação de Auriga, sem que os cientistas saibam exatamente por que. Ali, a cada 27 anos, a gigantesca estrela Épsilon perde metade de seu brilho e permanece assim por dois anos, até que lentamente volta a se fortalecer novamente. Afinal, o que acontece em Épsilon de Auriga? 

Estrela Epsilon de Auriga
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Situada a cerca de 2 mil anos-luz da Terra e medindo quase 6 bilhões de quilômetros de raio, Épsilon de Auriga é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida. É tão grande que se fosse colocada no centro do Sistema Solar chegaria até a órbita de Urano, o penúltimo planeta a partir do Sol. 

Atualmente a estrela se encontra na fase de baixo brilho e de acordo com os últimos estudos, eclipsada por um escuro objeto. Entretanto, a natureza desse objeto - provavelmente uma estrela - ainda é motivo de acalorados debates por parte dos pesquisadores, uma vez que suas características não foram observadas diretamente. 

A atual fase de eclipse de Épsilon de Auriga começou em agosto de 2009 e em dezembro atingiu seu ponto de menor brilho, devendo permanecer assim durante todo o ano de 2010. Em 2011 a estrela retornará ao brilho máximo. 
Um modelo apresentado em 2008 e que ganhou bastante popularidade mostra que esse objeto companheiro seria um sistema estelar binário, rodeado por um disco de poeira maciço e opaco de poeira, mas recentes observações feitas pelo telescópio espacial Spitzer mostram que Épsilon de Auriga é eclipsada por uma única estrela envolta em um disco de poeira de 600 milhões de quilômetros de raio e 75 milhões de quilômetros de espessura. Teorias que afirmavam que o objeto seria uma estrela grande e semitransparente ou até mesmo um buraco negro já foram descartadas.


Foto:
 Épsilon de Auriga:
 a estrela tem 6 bilhões de quilômetros de raio
 e é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida.
 Crédito: Alson Wong and Citizen Sky/Nasa.
     Zeta-Aurigae

CapellaAlpha Aurigae- O nome quer dizer "a pequena cabra", referência direta à cabra de Amaltéia.- Distância: 42 anos-luz- Sexta estrela mais brilhante do céu, essa gigante normal brilha com magnitude visual 0,06. É, na realidade, uma estrela binária, onde duas componentes orbitam um centro comum de gravidade, separadas por 112 milhões de quilômetros. Não é possível distingui-las ao telescópio. 

Cada estrela tem cerca de três vezes a massa do Sol, sendo quase cem vezes mais luminosas.- Parece existir uma terceira companheira, uma anã vermelha de brilho débil (10ª magnitude), distante 12 minutos de arco, a Sudeste do par principal. Esta estrela também é binária, porque tem um satélite de magnitude 13,7, a 2,7 segundos de arco. A luminosidade total do par, entretanto, não ultrapassa 1% da luminosidade solar.

Conclui-se, portanto, que Capella é, no mínimo, um sistema quádruplo.- Capella também é famosa por conta de um livro de Edgard Armond, Os Exilados de Capela, que sugere a esdrúxula teoria de uma antiga migração de seres provenientes daquela estrela para a Terra, da qual existiriam indícios na Bíblia, mais precisamente no livro do Gênesis. Segundo Armond, Seth, o terceiro filho dos mitológicos Adão e Eva, seria nada menos que um ET capelino...Não existe, lógico, qualquer embasamento científico para sustentar tal hipótese. Muito pelo contrário: Capella, a priori, não parece ser um alvo promissor do ponto de vista astrobiológico.

Menkalinan Beta Aurigae- Estrela variável eclipsante de pequena amplitude.- Distância: 82 anos-luz- O nome arábico, derivado de Al Mankib dhil Inn, é uma alusão ao ombro do cocheiro.

Epsilon Aurigae- Trata-se de uma variável a eclipse, ou seja, uma estrela dupla, em que um astro secundário periodicamente oculta o principal, ocasionando uma queda temporária de brilho.- Distância: 2.038 anos-luz- Em Epsilon Aurigae, cada eclipse dura 330 dias. Eles se repetem uma vez a cada 27 anos. O próximo vai acontecer em 2010. Durante um eclipse, a magnitude de Epsilon Aurigae cai de 3,0 para 3,8. A natureza da estrela que causa esses eclipses ainda não é bem compreendida.- 

Epsilon forma 
com Zeta e Eta Aurigae um pequeno grupo, 
ou asterismo, conhecido popularmente como "as crianças",
 ou ainda"as cabrinhas".
                                                              
  Epsilon Aurigae

Nestes momentos de admiração das luzes antigas e distantes que pendem da abóbada celeste, uma certa região, ricamente povoada por astros de diversas categorias, sempre foi observada com especial admiração. Ali, próximo à constelação de Touro, onde se encontra Aldebarã, uma das rainhas das todas as estrelas, também próximo a Órion e Gêmeos e quase contendo a enigmática aglomeração de zéfiros cósmicos chamada Plêiades, encontra-se constelação de Auriga (O Cocheiro).

Em Auriga cintila uma estrela que há milênios habita o imaginário de vários povos do mundo. O nome desta estrela é "Capella", ou Alfa de Auriga, o astro mais brilhante desta constelação. Na verdade, Capella é um sistema binário, ou seja, são duas estrelas: a maior brilha 80 vezes mais que o nosso Sol e é orbitada por uma estrela menor que brilha quase tanto quanto sua irmã gigante.

Já na descrição ptolomaica do Universo, Auriga figurava entre as constelações mais importantes do céu, sendo uma de suas estrelas compartilhada com a constelação de Touro. Capella é uma palavra do latim que significa "pequena cabra". Em concepções artísticas medievais, esta cabritinha se encontra gentilmente amparada pelos braços do Cocheiro.
 
Representação artística de Auriga sobre Everest

Para os antigos gregos, Capella se chamava Amalthea, e foi a cabra-ninfa, ama-de-leite de Zeus quando este ainda era um deus-bebê. Naturalmente, esta lenda foi adaptada pelos romanos, substituindo Zeus por Júpiter. 

Curiosamente, Amalthea tinha uma irmã gêmea chamada Adamathea que, fugindo com a criança a pedido de Rhea, mãe de Zeus, irmã e consorte de Chronos, o impiedoso devorador de seus filhos, escondeu a criança em uma caverna. Disfarçando seu choro com os passos e golpes dos soldados (anjos?) em seus escudos, a desdobrada imagem da segunda mãe, garantia a segurança do menino, que viria a ser o deus do mundo encarnado. 

A força desta imagem é assombrosa, pois como pode existir um ser que alimentou com sua própria substância aquele que se tornaria o deus dos deuses, aquele que tudo pode, a tudo governa? 
A infância de Zeus - Jacob Jordaens, 1640.
Ainda entre os gregos e romanos, contava-se que o menino Júpiter acidentalmente quebrou um dos chifres da Cabra, o qual originou a chamada Cornucópia, um recipiente mágico que poderia conter todo o tipo de riquezas e alimentos. Certamente, estes mitos carecem de uma interpretação filosófica e religiosa mais profunda, a qual não nos atreveremos aqui. Entretando, a duplicidade da Cabra está evidenciada: saberiam os gregos que esta estrela, na verdade, eram duas estrelas?
Para os hindus, 
Capella simboliza o "coração de Brahma".

 Os aborígenes australianos em sua rica astronomia, por sua vez, atribuem à esta estrela o nome "Purra", o canguru que foi possuído e morto pelo caçador Órion.

Para os cabalistas e astrólogos medievais da Europa e do Mundo Árabe, Capella se encontra entre as 15 estrelas especialmente úteis para os rituais mágicos e cujos poderes seriam invocados com o auxílo de símbolos cabalísticos específicos.

A história mais emblemática relacionada a Capella talvez seja aquela encontrada na narração do estudioso espírita brasileiro Edgard Armond em sua obra entitulada "Os Exilados de Capella", na qual é revelada a concepção espírita das origens dos povos adâmicos: teriam vindo para a Terra hordas de espíritos recalcitrantes na evolução moral, outrora habitantes de um planeta que orbita esta estrela.

 Ainda segundo o espiritismo,
 o próprio Jesus Cristo veio mais tarde daquele planeta
 para auxiliar a humanidade no Caminho para a Luz.
 
Possível planeta-gigante,entre Capella e Epsilon Aurigae
(radeir)

Clique na imagem - ampliar estudo
 
A criação de Adão - Michelangelo, 1511.

Os sufis, 
monges ascetas do Islamismo, 
apresentam uma maravilhosa narrativa 
que relaciona a entrada dos espíritos no planeta Terra
 com a origem da música. 
 
Contam estes religiosos que os espíritos rebeldes se recusavam terminantemente a entrar na Roda das Encarnações, pois sabiam das agruras que os aguardavam. Então, o Senhor Deus de Abrahão, em sua infinita sabedoria fez existir a música. 
Alelluia de Radeir- 2008
 Fragmento do K 40 de Mozart
por Smalin
Assim, ao perceberem que algo diferente acontecia na atmosfera terrestre, os espíritos foram seduzidos pela maviosidade das flautas dos ventos e pelos tambores dos trovões, resignando-se diante da senda evolutiva determinada pelo Criador para a anulação do egoísmo. Lembremos que a música se manifesta pela vibração mecânica, o que só é possível no mundo material.

Ainda na mitologia sufi podemos encontrar outra narrativa que, independente de ser ou não corroborada por linguistas, traz uma mensagem de profunda sabedoria. Segundo este relato, a origem da palavra "música" está na frase que Deus falou ao coração do profeta Moisés: "Muse que!", palavras que no hebraico significam "Moisés, ouça!". Neste momento, o profeta recebeu de forma sensível os ensinamentos sagrados ao ouvir, do alto do Monte Sinai, os sons que ali chegavam vindo da planície: o canto dos pássaros, os pastores a tanger seus rebanhos, as vozes de crianças a brincar, os gritos de ódio e intolerância, os lamentos dos desesprados. Moisés "ouviu" o seu povo e assim pôde levar a todos conforto e esperança no encontro da Terra Prometida.


Este objeto celeste foi filmado em 2002 
e eu, navegando em Auriga, o encontrei em 2007
É  ainda desconhecido da ciência,mas penso ser
o Planeta Gigante de onde viemos - será?
( Radeir)

Fundindo todas estas histórias, sem a pretensão de se unificar tanta sabedoria disfarçada em alegorias, mantendo-se apenas o desejo de se homenagear a "Divina Arte", que lida com elementos essencialmente transcendentais por serem invisíveis - sons e silêncios - decidiu-se dar o nome Capella a este instrumento desenvolvido no atelier de Antônio de Pádua. Por tudo que esta estrela significou para os povos do mundo e pela ligação entre a luz, o som, a mitologia, a ciência e a poesia que sua companhia luminosa nos proporciona sempre que olhamos para o céu na direção de Auriga. 


Capella significa "pequena cabra". Um nome prévio desta estrela era Amalthea, que era a cabra que amamentou o bebé Zeus. Existem muitas histórias antigas em relação a esta estrela, pois cada cultura na Antiguidade encontrou um lugar para esta brilhante companheira de Touro, o seu vizinho mais próximo.

Para encontrar Cocheiro, primeiro localize Orion. Touro é para a direita (Oeste) e mesmo por cima destes dois, muito mais alto no céu, verá Capella. Embora esta estrela marque aproximadamente o ponto médio da constelação, entre Sul e Norte, muitos dos mais interessantes aspectos da constelação são encontrados a Sul da estrela, para baixo até El Nath, a segunda estrela mais brilhante (gamma Aurigae) que é actualmente partilhada com Touro, e também conhecida como Beta Tauri.

Terra - Magnetismo

As estrelas de Cocheiro são razoavelmente brilhantes; cinco são de segunda magnitude ou mais brilhantes. Alpha Aurigae (Capella), é a sexta estrela mais brilhante, com uma magnitude de 0.08. A estrela está a 43.5 anos-luz de distância, e tem cerca de dez vezes o tamanho do nosso Sol.

A magnitude visual de Capella é na realidade o brilho combinado da estrela primária e de uma companheira, que tem uma revolução de 104 dias. Existe ainda outra companheira, muito mais ténue: uma anã_vermelha que é por si própria um pequeno binário.
                                    
Sistema binário
O jovem Cocheiro (ou Auriga) segura um chicote numa mão 
e segura uma cabra (Capella) e as suas crias na outra mão.

O SISTEMA DE CAPELA
Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação_do_Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado.

A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular distância existente entre a Capela e o nosso planeta, já que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros por segundo.

Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré-históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do seu infeliz orgulho.

UM MUNDO EM TRANSIÇÕES

Há muitos milênios, um dos orbes da Capela,
 que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, 
atingira a culminância de um dos seus extraordinários
 ciclos evolutivos.

As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização.

Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.

ESPÍRITOS EXILADOS NA TERRA
Foi assim que Jesus recebeu, 
à luz do seu reino de amor e de justiça,
aquela turba de seres sofredores e infelizes.
Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas.

Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir.

Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia.

Quando Capela alcançou o estágio de orbes de regeneração, os Espíritos indesejáveis foram banidos para a Terra, onde a magnanimidade do Cristo os recebeu e amparou. Alguns dos seus grandes líderes, já redimidos, renunciaram, por amor a eles, à glória e à felicidade do regresso a Sírius, e desceram, à sua frente, aos vales de dor da Terra primitiva, na condição de Grandes Guardiães. 

O maior de todos, o neto de Abrão, aquele Jacó que se transformaria em Israel, pai das doze tribos que se derivam dos seus doze filhos. Sempre atuante e sempre fiel, ele voltaria depois, como Moisés e como Elias, para tornar novamente ao mundo na figura sublime do Batista.
 Li-Sol-30
 Fontes:
LUIZ AUGUSTO L. DA SILVA DIOMAR REUS SBARDELOTTO
 | Físico e astrônomo Designer, grupo Astromídia