A Música: Aleluia de Radeir
A Música de Portinari
De tão transcendente importância é, por exemplo, a ciência dos números, quePitágoras mandou colocar à entrada do seu templo o seguinte dístico: “Aqui não entra quem não souber geometria”
NÚMEROS, CORES E SONS
A Música de Mozart
por Prof.
Henrique José de Souza
Num artigo intitulado “Cabala Musical”, publicado em antigo número desta revista,tivemos ocasião de dizer: “na ciência dos sons, das cores e dos números, está contido todo o mistério do universo”.
De tão transcendente importância é, por exemplo, a ciência dos números, quePitágoras mandou colocar à entrada do seu templo o seguinte dístico: “Aqui não entra quem não souber geometria”. Naturalmente que irão se tratava da geometria como ciência profana, que não passa de uma degenerescência da profunda ciência numérica dos templos iniciáticos, mas do conhecimento verdadeiro das relações de medida no macro e no microcosmos.
Platão afirmava que “Deus geometriza sempre” e suas palavras têm um sentidomuito mais profundo do que parecem encobrir.
Um dos números anais sagrados, pois representa a própria 'Divindade, é o 137.Realmente, o Um se manifesta como Três através de Sete estados de consciência, e convém não esquecer que o que se passa em cima realiza-se também em baixo, segundo o famoso axioma hermético. O próprio Pitágoras, numa das estrofes de seus Versos Áureos, apresenta veladamente um aspecto deste mistério:“A Tríade sagrada, imenso e puro símbolo. Fonte da Natureza e modelo dos deuses".
O Homem, formado à imagem e semelhança de Deus, segundo o Gênesis, teriaportanto de ser também uno e trino. Apresenta-se de fato como uma unidade, mas no entanto compõe-se de corpo, alma e espírito, e não apenas de alma e corpo, como muitos pensam. Na primeira epístola de S. Paulo aos Tessalonicenses (V. 23) a divisão ternária do homem é expressamente afirmada: “O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo, e o vosso espirito, alma e corpo sejam conservados completos, irrepreensíveis, para a vinda de N. S. Jesus Cristo”.
A ciência das cores é das mais complexas, tendo profunda significação simbólica.A heráldica, pelo menos na sua origem, não se utilizava arbitrariamente da combinação das cores, mas usava-as obedecendo a cânones muito precisos. As três Gunas, da tradição hindu, são relacionadas as três cores primárias, amarelo, azul e vermelho, cores que somadas às das principais combinações que podem produzir, perfazem as sete cores do espectro solar. Sempre o mistério do 1, do 3 e do 7...
A ciência dos sons não podia deixar de obedecer às mesmas leis de medida. Naarte musical, por exemplo, o fenômeno se apresenta em melodia, harmonia e ritmo. Um acorde também se compõe de três notas que percorrem as sete escalas da gama musical. Todos sabem ainda que sete são as notas musicais, número este eminentemente significativo. A ciência hindu do “Mantra Yoga” baseia-se na teoria das vibrações sonoras, de acordo com o adágio “Shabda Nishtham Jagat” – o mundo é manifestado através do som. Não nos devemos esquecer das famosas palavras de São João: – “No princípio era o Verbo... tudo foi feito por ele; e nada do que tem sido, foi feito sem ele”.
Para não nos estendermos muito sobre um assunto que nos levaria muito longe, oque de maneira alguma corresponderia à nossa intenção presente, lembraremos apenas que segundo a tradição hindu os universos são produzidos pelo OM, a Palavra sagrada formada de três letras sânscritas Ah, Oh, Ma ou AUM, e que, segundo o Mundakya Upanishad, é o nome mais precioso do Espírito, Eterno, Onipresente, e Universal.
Publicado originalmente em Dhâranâ nº 01
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Pablo Picasso
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