sábado, 11 de agosto de 2012

HERÁCLITO DE ÉFESO ao som de W.A. Mozart Symphony No. 41 in C major, K. 551 conducted by ZUBIN METHA- 32:37 .wmv



  • Enviado por em 13/04/2011
    В.А.Моцарт Симфония № 41 до-мажор 
    «Юпитер», дирижёр Зубин Мета
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     Heráclito de Éfeso

    Vida de Heráclito

    Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jônia, de família que ainda conservava prerrogativas reais (descendentes do fundador da cidade). 

    Seu caráter altivo, misantrópico e melancólico ficou proverbial em toda a antigüidade. Desprezava a plebe. Recusou-se sempre a intervir na política. Manifestou desprezo pelos antigos poetas, contra os filósofos de seu tempo e até contra a religião. Sem ter sido mestre, Heráclito escreveu um livro Sobre a Natureza, em prosa, no dialeto jônico, mas de forma tão concisa que recebeu o cognome de Skoteinós, o Obscuro. 
    Floresceu em 504-500 a.C. - Heráclito é por muitos considerados o mais eminente pensador pré-socrático, por formular com vigor o problema da unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das coisas particulares e transitórias. Estabeleceu a existência de uma lei universal e fixa (o Lógos), regedora de todos os acontecimentos particulares e fundamento da harmonia universal, harmonia feita de tensões, "como a do arco e da lira".
    Filosofia de Heráclito

    Heráclito concebe o próprio absoluto como processo, como a própria dialética. 

    A dialética é:

    A
    . Dialética exterior, um raciocinar de cá para lá e não a alma da coisa dissolvendo-se a si mesma;

    B.
    Dialética imanente do objeto, situando-se, porém, na contemplação do sujeito;

    C.
    Objetividade de Heráclito, isto é, compreender a própria dialética como princípio.

    É o progresso necessário, e é aquele que Heráclito fez. O ser é o um, o primeiro; o segundo é o devir - até esta determinação avançou ele. Isto é o primeiro concreto, o absoluto enquanto nele se dá a unidade dos opostos. Nele encontra-se, portanto, pela primeira vez, a idéia filosófica em sua forma especulativa; o raciocínio de Parmênides e Zenão é entendimento abstrato; por isso Heráclito foi tido como filósofo profundo e obscuro e como tal criticado.

    O que nos é relatado da filosofia de Heráclito parece, à primeira vista, muito contraditório; mas nela se pode penetrar com o conceito e assim descobrir, em Heráclito, um homem de profundos pensamentos. Ele é a plenitude da consciência até ele - uma consumação da idéia na totalidade que é o início da Filosofia ou expressa a essência da idéia, o infinito, aquilo que é.

    O Princípio Lógico

    O princípio universal. Este espírito arrojado pronunciou pela primeira vez esta palavra profunda: "O ser não é mais que o não-ser", nem é menos; ou ser e nada são o mesmo, a essência é mudança. O verdadeiro é apenas como a unidade dos opostos; nos eleatas, temos apenas o entendimento abstrato, isto é, apenas o ser é. Dizemos, em lugar da expressão de Heráclito: O absoluto é a unidade do ser e do não-ser. Se ouvimos aquela frase "O ser não é mais que o não-ser", desta maneira, não parece, então, produzir muito sentido, apenas destruição universal, ausência de pensamento. Temos, porém, ainda uma outra expressão que aponta mais exatamente o sentido do princípio. Pois Heráclito diz:

     "Tudo flui (panta rei), 
    nada persiste, nem permanece o mesmo".
     E Platão ainda diz de Heráclito: 

    "Ele compara as coisas 
    com a corrente de um rio 
    - que não se pode entrar duas vezes na mesma corrente"; 
    o rio corre e toca-se outra água.

     Seus sucessores dizem até que nele nem se pode mesmo entrar, pois que imediatamente se transforma; o que é, ao mesmo tempo já novamente não é. Além disso, Aristóteles diz que Heráclito afirma que é apenas um o que permanece; disto todo o resto é formado, modificado, transformado; que todo o resto fora deste um flui, que nada é firme, que nada se demora; isto é, o verdadeiro é o devir, não o ser - a determinação mais exata para este conteúdo universal é o devir. 

    Os eleatas dizem: só o ser é, é o verdadeiro; a verdade do ser é o devir; ser é o primeiro pensamento enquanto imediato. Heráclito diz: Tudo é devir; este devir é o princípio. Isto está na expressão: "O ser é tão pouco como o não-ser; o devir é e também não é". As determinações absolutamente opostas estão ligadas numa unidade; nela temos o ser e também o não-ser. Dela faz parte não apenas o surgir, mas também o desaparecer; ambos não são para si, mas são idênticos. É isto que Heráclito expressou com suas sentenças. O não ser é, por isso é o não-ser, e o não-ser é, por isso é o ser; isto é a verdade da identidade de ambos.

    É um grande pensamento passar do ser para o devir; é ainda abstrato, mas, ao mesmo tempo, também é o primeiro concreto, a primeira unidade de determinações opostas. Estas estão inquietas nesta relação, nela está o princípio da vida. Com isto está preenchido o vazio que Aristóteles apontou nas antigas filosofias - a falta de movimento; este movimento é aqui, agora mesmo, princípio.

    É uma grande convicção que se adquiriu, quando se reconheceu que o ser e o nada são abstrações sem verdade, que o primeiro elemento verdadeiro é o devir. O entendimento separa a ambos como verdadeiros e de valor; a razão, pelo contrário, reconhece um no outro, que num está contido seu outro - e assim o todo, o absoluto deve ser determinado como o devir.

    Heráclito também diz que os opostos são características do mesmo, como, por exemplo, "o mel é doce e amargo" - ser e não-ser ligam-se ao mesmo. Sexto observa: Heráclito parte, como os céticos, das representações correntes dos homens; ninguém negará que os sãos dizem do mel que é doce, e os que sofrem de icterícia que é amargo - se fosse apenas doce, não poderia modificar sua natureza através de outra coisa e assim também para os que sofrem de icterícia seria doce. Zenão começa a sobressumir os predicados opostos e aponta no movimento aquilo que se opõe - um por limites e um sobressumir os limites; Zenão só exprimiu o infinito pelo seu lado negativo - , por causa de sua contradição, como o não verdadeiro.

     Em Heráclito, vemos o infinito como tal expresso como conceito e essência: o infinito, que é em si e para si, é a unidade dos opostos e, na verdade, dos universalmente opostos, da pura oposição, ser e não-ser. Tomamos nós o ente em si e para si, não a representação do ente, do pleno, assim o puro ser é o pensamento simples, em que todo o determinado é negado, o absolutamente negativo - nada é o mesmo, apenas este igual a si mesmo - , passagem absoluta para o oposto, ao qual Zenão não chegou! "Do nada, nada vem." Em Heráclito o momento da negatividade é imanente; disto trata o conceito de toda a Filosofia.

    Primeiro tivemos a abstração de ser e não-ser, numa forma bem imediata e universal; mais exatamente, porém, também Heráclito concebeu as oposições de maneira mais determinada. É esta unidade de real e ideal, de objetivo e subjetivo; o objetivo somente é o devir subjetivo. 

    Este verdadeiro é o processo do devir; Heráclito expressou de modo determinado este pôr-se numa unidade das diferenças. Aristóteles diz, por exemplo, que Heráclito "ligou o todo e o não-todo" (parte) - o todo se torna parte e a parte o é para se tornar o todo - , o "que se une e se opõe", do mesmo modo, "o que concorda e o dissonante"; e de que de tudo (que se opõe) resulta um, e de um tudo.

     Este um não é o abstrato, a atividade de dirimir-se; a morta infinitude é uma má abstração em oposição a esta profundidade que vemos em Heráclito. Sexto Empírico cita o seguinte que Heráclito teria dito: A parte é algo diferente do todo; mas é também o mesmo que o todo é; a substância é o todo e a parte. 

    O fato de Deus ter criado o mundo Ter-se dividido a si mesmo, gerado seu Filho, etc. - todos estes elementos concretos estão contidos nesta determinação. Platão diz, em seu Banquete, sobre o princípio de Heráclito: 

    "O um, diferenciado de si mesmo,
     une-se consigo mesmo" 
    - este é o processo da vida, 
    "como a harmonia do arco e da lira". 

    Deixa então que Erixímaco, que fala no Banquete, critique o fato de a harmonia ser desarmônica ou se componha de opostos, pois que a harmonia se formaria de altos e baixos, mas da unidade pela arte da música. Mas isto não contradiz Heráclito, que justamente quer isto. 

    O simples, a repetição de um único som não é harmonia. Da harmonia faz parte a diferença; é preciso que haja essencial e absolutamente uma diferença. Esta harmonia é precisamente o absoluto devir, transformar-se - não devir outro, agora este, depois aquele. 

    O essencial é que cada diferente, cada particular seja diferente de um outro - mas não de um abstrato qualquer outro, mas de seu outro; cada um apenas é, na medida em que seu outro em si esteja consigo, em seu conceito. Mudança é unidade, relação de ambos a um, um ser, este e o outro. Na harmonia e no pensamento concordamos que seja assim; vemos, pensamos a mudança, a unidade essencial. 

    O espírito relaciona-se na consciência com o sensível e este sensível é seu outro. Assim também no caso dos sons; devem ser diferentes, mas de tal maneira que também possam ser unidos - e isto os sons são em si. Da harmonia faz parte determinada oposição, seu oposto, como nas harmonia das cores. 

    A subjetividade é o outro da objetividade, não de um pedaço de papel - o absurdo disto logo se mostra - , deve ser seu outro, e nisto reside sua identidade; assim cada coisa é o outro do outro enquanto seu outro. Este é o grande princípio de Heráclito; pode parecer obscuro, mas é especulativo; e isto é, para o entendimento que segura para si o ser, o não-ser, o subjetivo e objetivo, o real e o ideal, sempre obscuro.

    Os Modos da Realidade

    Heráclito não ficou parado, em sua exposição, nesta expressão em conceitos, no puro lógico, mas além desta forma universal, na qual expôs seu princípio, deu à sua idéia também uma expressão real. Esta figura pura é precipuamente de natureza cosmológica, ou sua forma é mais a forma natural; por isso, é incluído ainda na Escola Jônica, e com isto deu novos impulsos à filosofia da natureza. Sobre esta forma real de seu princípio os historiadores, contudo, não estão de acordo entre si. A maioria diz que ele teria posto a essência ontológica como fogo, outros dizem que como ar, outros dizem que antes o vapor que o ar; mesmo o tempo é citado, em Sexto, como o primeiro ser do ente.

     A questão é a seguinte: Como compreender esta diversidade?

     Não se deve absolutamente crer que se deva atribuir estas notícias à negligência dos escritores, pois as testemunhas são as melhores, como Aristóteles e Sexto Empírico, que não falam destas formas de passagem, mas de modo bem determinado, sem, no entanto, chamar a atenção para estas diferenças e contradições.

     Uma outra razão mais próxima parece-nos resultar da obscuridade do escrito de Heráclito, o qual, na confusão de seu modo de expressão, poderia dar motivos para mal-entendidos. Mas, considerando mais detidamente, esta dificuldade desaparece; esta mostra-se mais para uma análise superficial; no conceito profundo de Heráclito acha-se a verdadeira saída deste empecilho. 

    De maneira alguma podia Heráclito afirmar, como Tales, que a água ou o ar ou coisa semelhante seria a essência absoluta; e não o podia afirmar como um primeiro donde emanaria o outro, na medida em que pensou ser como idêntico como o não-ser ou no conceito infinito. Assim, portanto, a essência absoluta que é não pode surgir nele como uma determinidade existente, por exemplo, a água, mas a água enquanto se transforma, ou apenas o processo.

    A. - Processo abstrato, tempo. Heráclito, portanto, disse que o tempo é o primeiro ser corpóreo, como exprime Sexto. "Corpóreo" é uma expressão inadequada. Os céticos escolhiam muitas vezes as expressões mais grosseiras ou tornavam os pensamentos grosseiros para mais facilmente liquidá-los. "Corpóreo" significa sensibilidade abstrata; o tempo é a intuição abstrata do processo; diz que ele é o primeiro ser sensível. 

    O tempo, portanto, é a essência verdadeira. Na medida em que Heráclito não parou na expressão lógica do devir, mas deu a seu princípio a forma de um ente, deduz-se disto que primeiro tinha que oferecer-se a forma do tempo; pois precisamente, no sensível, no que se pode ver, o tempo é o primeiro que se oferece como o devir; é a primeira forma do devir. 

    Enquanto intuído, o tempo é o puro devir. O tempo é puro transformar-se, é o puro conceito, o simples, que é harmônico a partir de absolutamente opostos. Sua essência é ser e não-ser, sem outra determinação - ser puro e abstrato não-ser, postos imediatamente numa unidade e ao mesmo tempo separados. Não como se o tempo fosse e não fosse, mas o tempo é isto: no ser imediatamente não-ser e no não-ser imediatamente ser - esta mudança de ser para não-ser, este conceito abstrato, é, porém, visto de maneira objetiva, enquanto é para nós. No tempo não é o passado e o futuro, somente o agora; e este é, para não ser, está logo destruído, passado - e este não-ser passa, do mesmo modo, para o ser, pois ele é. 

    É a abstrata contemplação desta mudança. Se tivéssemos de dizer como aquilo que Heráclito reconheceu como a essência existe para a consciência, nesta pura forma em que ele o reconheceu, não haveria outra que nomear a não ser o tempo; é, por conseguinte, absolutamente certo que a primeira forma do que devém é o tempo; assim isto se liga ao princípio do pensamento de Heráclito.

    B. - A forma real como processo, fogo. Mas este puro conceito objetivo deve realizar-se mais. No tempo estão os momentos, ser e não-ser, postos apenas negativamente ou como momentos que imediatamente desaparecem. Além disso, Heráclito determinou o processo de um modo mais físico. 

    O tempo é intuição, mas inteiramente abstrata. Se quisermos representar-nos o que ele é, de modo real, isto é, expressar ambos os momentos como uma totalidade para si, como subsistente, então levanta-se a questão: que ser físico corresponde a esta determinação? 

    O tempo, dotado de tais momentos, é o processo; compreender a natureza significa apresentá-la como processo. Este é o elemento verdadeiro de Heráclito e o verdadeiro conceito; por isso, logo compreendemos que Heráclito não podia dizer que a essência é o ar ou a água ou coisas semelhantes, pois eles mesmos não são (isto é o próximo) o processo. 

    O fogo, porém, é o processo: assim afirmou o fogo como a primeira essência - e este é o modo real do processo heracliteano, a alma e a substância do processo da natureza. Justamente no processo distinguem-se os momentos, como no movimento: 

    1. o puro momento negativo,
     2. os momentos da oposição subsistente, água e ar, e 
    3. a totalidade em repouso, a terra. 

    A vida da natureza é o processo destes momentos: a divisão da totalidade em repouso da terra na oposição, o pôr desta oposição, destes momentos - e a unidade negativa, o retorno para a unidade, o queimar da oposição subsistente.

     O fogo é o tempo físico; ele é esta absoluta inquietude, absoluta dissolução do que persiste - o desaparecer de outros, mas também de si mesmo; ele não é permanente. Por isso compreendemos (é inteiramente conseqüente) por que Heráclito pode nomear o fogo como o conceito do processo de sua determinação fundamental.

    C.
    - O fogo está agora mais precisamente determinado, mais explicitado como processo real; ele é para si o processo real, sua realidade é o processo todo no qual, então, os momentos são determinados mais exata e concretamente.

     O fogo, enquanto o metamorfosear-se das coisas corpóreas, é mudança, transformação do determinado, evaporação, transformação em fumaça; pois ele é, no processo, o momento abstrato do mesmo, não tanto o ar como antes a evaporação. 

    Para este processo Heráclito utilizou uma palavra muito singular: evaporação (anathymíasis) (fumaça, vapores do sol); evaporação é aqui apenas a significação superficial - é mais: passagem. Sob este ponto de vista, Aristóteles diz de Heráclito que, segundo sua exposição, o princípio era a alma, por ser ela a evaporação, o emergir de tudo, e este evaporar-se, devir, seria o incorpóreo e sempre fluído. As determinações mais próximas deste processo real são, em parte, falhas e contraditórias. Sob este ponto de vista, afirma-se, em algumas notícias, que Heráclito teria determinado o processo assim: 

    "As formas (mudanças) do fogo são,
     primeiro, o mar e, então, a metade disto, 
    terra, e a outra metade, o raio" 
    - o fogo em sua eclosão. 

    Este é universal e muito obscuro. A natureza é assim esse círculo. Neste sentido ouvimo-lo dizer:

     "Nem um deus
     nem um homem fabricou o universo
     mas sempre foi e é e será um fogo sempre vivo,
     que segundo suas próprias leis (métro) 
    se acende e se apaga.". 

    Compreendemos o que Aristóteles cita, que o princípio é a alma, por ser a evaporação, este processo do mundo que a si mesmo se move; o fogo é a alma. No que se refere ao fato de Heráclito afirmar que o fogo é vivificante, a alma, encontra-se uma expressão que pode parecer bizarra, isto é, que a alma mais seca é a melhor. Nós certamente não tomamos a alma mais molhada como a melhor, mas, pelo contrário, a mais viva; seco quer dizer aqui cheio de fogo: assim a alma mais seca é o fogo puro, e este não é a negação do vivo, mas a própria vida. Para retornar a Heráclito: ele é aquele que primeiro expressou a natureza do infinito e que compreendeu a natureza como sendo em si infinita, isto é, sua essência como processo. 

    É a partir dele que se deve datar o começo da existência da Filosofia; ele é a idéia permanente, que é a mesma em todos os filósofos até os dias de hoje, assim como foi a idéia de Platão e Aristóteles.

    "Os homens são deuses mortais e os deuses, homens imortais; viver é-lhes morte e morrer é-lhes vida".

    "Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos".
     
     Texto elaborado por Rosana Madjarof


    Leia mais: http://www.mundodosfilosofos.com.br/heraclito.htm#ixzz23CyYfw52

Mozart Wolfgang Amadeus - Symphony no 41 in C major Jupiter



Enviado por em 10/02/2011
 
Mozart Wolfgang Amadeus - Symphony no 41 in C major Jupiter 
(Wielkie arcydzieła muzyki klasycznej)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

MOZART- Missa Longa in C, K. 262 / K. 246a -30:27 e ENTRE DEUS E O MUNDO - Agostinho de Hipona




Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791).
Composed June/July 1775 in Salzburg.

 CONFISSÕES - CAPÍTULO XI
Entre Deus e o mundo
Era com admiração que me recordava diligentemente do longo tempo decorrido desde
meus dezenove anos, quando comecei a arder no desejo da sabedoria, propondo-me, quando a achasse, abandonar todas as vãs esperanças e enganosas loucuras das paixões.
Chegado porém aos trinta anos, ainda continuava preso ao mesmo lodaçal, ávido de gozar
dos bens presentes, que me fugiam e me dissipavam. Entretanto, dizia: “Amanhã hei de encontrá- la; a verdade aparecerá clara, e a abraçarei. Fausto virá, e dará todas as explicações. 
Ó grandes varões da Academia: 
é verdade que não podemos compreender nenhuma coisa com certeza 
para a conduto de nossa vida?
“Mas não! Procuremos com mais diligencia, sem desesperarmos. Já não me parecem
absurdas nas Escrituras as coisas que antes me pareciam tais: posso compreendê-las de modo diferente, mais razoável. Fixarei, pois, os pés naquele degrau em que me colocaram meus pais quando criança, até que encontres a verdade em sua evidência.

“Mas onde e quando buscá-la? Ambrósio não tem tempo livre para me ouvir, e a mim falta
tempo para ler. 
E além do mais, onde encontrar os livros? 
E onde ou quando poderei comprá-los?

A quem hei de pedi-los?

“Repartamos o tempo, reservemos algumas horas para a salvação da alma. nasceu uma grande esperança: a fé católica não ensina o que eu pensava, e eu a criticava levianamente. Seus doutores têm como crime limitar Deus à figura humana; e eu ainda hesito em bater para que nos sejam reveladas as outras verdades! As horas da manhã eu dedico aos alunos; mas que faço das outras? 
Por que não as consagro a essa busca?
  

“Mas quando então, visitar os amigos poderosos, de cujos favores necessito? Quando
preparar as lições que os alunos me pagam? Quando reparar as forças do espírito, descansando
em algo aprazível?

“Perca-se tudo! Deixemos essas coisas vãs e fúteis. Entreguemo-nos por completo à
busca da verdade. A vida é miserável, e a hora da morte, incerta. Se esta me surpreender de
repente, em que estado sairei do mundo? E onde aprenderei o que deixei de aprender aqui? Não serei antes castigado por essa negligência? Mas, e se a própria morte cortar e for o fim a todo cuidado e sentimento? 

Também seria conveniente investigar este ponto. Mas afastemos tais
pensamentos! Não é por acaso nem é em vão que se difunde por todo o mundo a fé cristã, com grande prestígio. Deus jamais teria criado tantas e tais coisas por nós, se com a morte do corpo terminasse também a vida da alma. porque hesitar, pois, em abandonar as esperanças do mundo para me consagrar à busca de Deus e da bem aventurança?

Mas espere um pouco! Os bens mundanos também têm seus deleites, que não são
pequenos. Não devo deixá-los sem pensar; seria feio ter de voltar a eles. Eis-me prestes a
conseguir um cargo de honra. Que mais posso desejar? Tenho uma multidão de amigos
poderosos. Sem me apressar muito poderia obter, no mínimo, uma presidência. Poderia então
casar-me com uma mulher de alguma fortuna, para que meus gastos não fossem muito pesados. Aqui estariam os limites de meus desejos. Muitos homens grandes e dignos de imitação, apesar de casados, dedicaram-se ao estudo da sabedoria.

Enquanto assim pensava, e os ventos cambiantes impeliam meu coração de um lado para outro, o tempo passava, e eu retardava minha conversão ao Senhor. Adiava de dia para dia o viver em ti, morrendo todavia todos os dias em mim mesmo.

 Amando a vida feliz, temia busca-la
em sua morada; procurava-a fugindo dela! 
Pensava que seria mui desgraçado se me visse privado das carícias da mulher. 
Não pensava ainda no remédio de tua misericórdia, que cura esta enfermidade, 
porque nunca o havia experimentado. Julgava que a continência fosse obra 
de nossa própria força, que eu pensava não ter. 
Eu era bastante néscio para ignorar que ninguém,
como está escrito, é casto sem que tu lhes dê a força. 
 
Essa força certamente ma darias
 se eu ferisse teus ouvidos com os gemidos de minha alma,
 e com fé firme lançasse em ti meus cuidados.

FREE .mp3 and .wav files of all Mozart's music at:
 http://www.mozart-archiv.de/
FREE sheet music scores of any Mozart piece at: 
http://dme.mozarteum.at/DME/nma/start.php?l=2
ALSO check out these cool sites: http://musopen.org/
and http://imslp.org/wiki/

NOTE: I do not know who the performers of this are, 
nor the place and date of recording!!! Any suggestions are welcome.
-
ENJOY!!!! :D
 Fontes:
Enviado por em 28/12/2011
http://sumateologica.files.wordpress.com/2009/07/santo_agostinho_-_confissoes.pdf
 
Sejam felizes todos os seres.Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

ERAM OS DEUSES ASTRONAUTAS - DUBLADO POR ANDREWS MARX - 1:36:51




Enviado por em 30/10/2011
Eram os Deuses Astronautas? (Erinnerungen an die Zukunft, no original alemão) é um livro escrito em 1968 pelo suíço Erich von Däniken, em que o autor teoriza a possibilidade das antigas civilizações terrestres serem resultados de alienígenas (ou astronautas) que para as épocas relatadas teriam se deslocado.

Von Däniken apresentou como provas ligações entre as colossais pirâmides egípcias e incas, as quilométricas linhas de Nazca, os misteriosos moais da Ilha de Páscoa, entre outros grandes mistérios arquitetônicos. Ele também cria uma teoria de cruzamentos entre os "extraterrestres" e espécies primatas, gerando a espécie humana.

Dizia o autor também que esses "extraterrestres" eram considerados divindades pelos antigos povos: daí vem a explicação do título do livro. Naturalmente, levando o pensamento há 1000 ou 2000 anos atrás, é impossível definir um objeto voador com 30 metros de comprimento - que hoje chamamos de avião ou ônibus espacial - portanto correlações próximas à realidade da época foram feitas: "Deus", "Anúbis", "Itzmná" ou "Salvador".

Unido à época lançada - um ano antes do homem ir à Lua -, von Däniken conseguiu vender milhares de livros e convencer muitos leitores. As teorias defendidas neste e em outros livros de Däniken ainda são tema de discussão, leiga ou acadêmica, contrária ou favorável. Alguns autores exploram o tema da teoria dos astronautas antigos.


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Os Segredos das Pirâmides.wmv 1:48:36





As pirâmides 
guardam grandes segredos em sua arquitetura. 
Segredos que desafiam a ciência moderna.

 Li-Sol-30

Fontes:
 Publicado em 26/03/2012 por
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Quem Construiu as Pirâmides - Parte 1 - 10:13


Civilização Egípcia - www.templodeapolo.net



Fonte:
Enviado por em 15/04/2008
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