sábado, 19 de maio de 2012

RESPIRAÇÃO - PARTE FINAL




Enviado por em 05/01/2012

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O que determina o primeiro instante de vida física é a primeira inspiração. 

O que determinará o fim da vida física, e início da grande iniciação, ou seja, a morte física, é a última expiração. 

A própria ciência ratifica o fato de que é a respiração que sustenta nosso equipamento físico durante a encarnação. Podemos ficar dias sem comer ou dormir, horas sem beber água, em estado de consciência ou inconsciência, mas não é possível ficar mais do que alguns minutos sem respirar. 

Quantos já refletiram a respeito da importância desse ato? 

Quantos pararam suas atividades rotineiras, por um instante que seja, e prestaram a atenção em seus próprios movimentos respiratórios? 

Através do controle consciente da respiração podemos modificar muitas coisas, inclusive nosso estado emocional.

 A literatura oriental, passando por diversas filosofias e vertentes religiosas, como o hinduísmo e o budismo, até mesmo a medicina chinesa e a tibetana, estão repletas de ensinamentos teóricos e práticos sobre a respiração.

 O elo comum 
entre todos estes sistemas 
está justamente em reconhecer a importância
 do ato de respirar e a maneira correta de faze-lo. 


É nosso entrevistado 
Jorge Antonio Oro.

PROGRAMA VIDA INTELIGENTE
com Eustáquio Patounas
Quinta-Feira, 8 às 9 da noite, AO VIVO
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quinta-feira, 17 de maio de 2012

QUEM É RAMATIS



Quem é Ramatís
Ramatís é um Mestre espiritual, proveniente do sistema estelar de Sírius, onde logrou a libertação do ciclo reencarnatório, vindo para a Terra há mais de 40 mil anos atrás, trazendo consigo conhecimentos ocultos que compuseram a milenar Aumbandhã, em transmigração missionária, acompanhando um grupo de espíritos aqui exilados à época das extintas civilizações da Lemúria e da Atlântida, cuja evolução assumiu o compromisso de acompanhar, e, desde então, vem contribuindo ininterruptamente para a evolução e a conscientização crística da humanidade terrena.

Viveu uma encarnação física na antiga Lemúria, cujos registros se perderam no tempo, sobre a qual não se tem maiores informações.

Ramatís viveu depois encarnado na Atlântida há 28 mil anos, ao tempo de Antúlio de Maha-Ethel, quando pertenceu à classe sacerdotal, na figura do grande filósofo Shy Ramat, integrante de um dos santuários da época, o Templo do Sol e da Paz, onde foi contemporâneo do Espírito que mais tarde seria conhecido sob o pseudônimo de Allan Kardec, o posterior codificador do Espiritismo, que então era profundamente dedicado à matemática e às chamadas ciências positivas.

Foi então um iniciado nos conhecimentos ocultos da Aumbandhã, a Lei Maior Divina, Sabedoria Secreta ou Conhecimento Integral, sistema religioso-filosófico-científico setenário esotérico, cultuado nos Templos da Luz atlantes, trazido de outras constelações do infinito cósmico para contribuir com a evolução da humanidade terrena, e que embasou as filosofias espiritualistas posteriormente formadas, principalmente as filosofias herméticas.

No século XIV a.C, no antigo Egito, Ramatís foi o grão-sacerdote Merí Rá, no reinado do faraó Amenhotep IV (1372 a.C – 1354 a.C), promotor de uma grande reforma religiosa, substituindo as antigas divindades do panteão egípcio pelo culto monoteísta a Aton, o disco solar, tendo mudado seu próprio nome para Akhenaton.

Nessa ocasião, Merí Rá teve a oportunidade de salvar da execução sumária um modesto aguadeiro, que, inadvertidamente, respingou água nas sandálias de uma dama da nobreza egípcia, assumindo para si a sua tutela perante o faraó, e que, mais tarde, reencarnou na figura de seu médium Hercílio Maes.

Posteriormente, em nova passagem pelo Egito, Ramatís teve outro encontro encarnatório com Kardec, que foi então o sacerdote Amenófis, médico e estudioso do “Livro dos Mortos” e dos fenômenos do Além, ao tempo do faraó Merneftá (1225 a.C. – 1215 a.C), filho de Ramsés II.

Segundo o mestre Hilarion de Monte Nebo, e outros sublimes mensageiros espirituais, Ramatís ainda viveu anteriormente na figura de Essen, filho de Moisés e fundador da Fraternidade Essênia, fiel seguidora dos ensinamentos Kobdas; mais tarde, viveu na Hebréia sob a roupagem de Nathan, o grande conselheiro de Salomão.

Na Grécia antiga, por volta do século V a.C, reencarnou como o famoso filósofo Pitágoras de Samos (cerca de 570 a.C – 496 a.C), um possível discípulo de Anaximandro. Supõe-se que tenha visitado o Egito, mais tarde transferindo-se para Crotona, na Magna Grécia (sul da Itália), onde fundou, por volta de 530 a.C, uma comunidade religiosa e política, cujos membros ficaram conhecidos como pitagóricos.

As doutrinas pitagóricas primeiro se desenvolveram no seio dessa comunidade e depois entre os pitagóricos dispersos pela Grécia e no sul da Itália, que acreditavam na transmigração das almas e buscavam praticar um ascetismo purificador.

Pitágoras considerava o número como a essência e o princípio de todas as coisas, introduzindo uma noção de Cosmo que é essencialmente medida e número (harmonia celestial), conceito elaborado numa metafísica que mais tarde influiu decisivamente Platão.

A literatura esotérica considera Pitágoras um alto iniciado nos mistérios egípcios, babilônicos e caldeus, cuja doutrina resumiria os arcanos da natureza em suas teorias matemáticas transcendentes e em sua música das esferas.

Posteriormente, ainda na Grécia antiga, por volta do século IV a.C., época em que se encontravam em ebulição os princípios e teses esposados por Sócrates, mais tarde cultuados por Antístenes, discípulo de Sócrates e mestre de Diógenes, Ramatís novamente reencarnou, agora na figura de conhecido mentor helênico, pregando entre os discípulos ligados entre si por grande afinidade espiritual.

Supõe-se ter sido o próprio Platão, contemporâneo de Antístenes e igualmente discípulo de Sócrates, conforme acreditava Hercílio Maes, segundo revelação de Breno Trautwein, um dos revisores das obras de Ramatís.

Na condição de herdeiro filosófico de Sócrates e trazendo a influência dos pitagóricos, Ramatís, na roupagem carnal de Platão, levantou o problema da verdade, que desemboca no da salvação da própria alma.

Afirmava ele, então, que os objetos da percepção sensível, ou seja, aqueles do mundo físico, acessíveis através dos sentidos humanos, não são verdadeiramente reais, apenas ilusórios; já os objetos do pensamento (os números ideais) são a única realidade, e as coisas sensíveis são apenas seu reflexo; somente deles é que se pode obter um conhecimento certo.

Para Platão, as realidades mais elevadas são os conceitos matemáticos e as idéias de beleza, bondade e justiça, que existem como formas ou arquétipos de um mundo transcendente, cuja forma suprema é o Bem (Deus).

Ele pregava que a alma humana é imortal, purificando-se através de sucessivas existências e, se o pensamento alcança a idéia suprema do Bem, é porque nele se opera a reminiscência de uma vida anterior da alma. A ambição suprema é poder voltar àquele mundo onde as formas podem ser vistas em toda sua indescritível beleza.

Seus ensinamentos buscavam acentuar a consciência do dever, a auto-reflexão, e mostravam tendências nítidas de espiritualizar a vida, em cujo convite incluía-se o cultivo da música, da matemática e da astronomia, pois concluiu pela existência de uma Ordem Superior dominante no Cosmo, ao observar atentamente o deslocamento dos astros.

A literatura esotérica conta que, após a morte de Sócrates, Platão viajou pela Ásia Menor e daí até o Egito, onde se iniciou nos cultos misteriosóficos de Ísis, atingindo o terceiro grau, que lhe conferiu a perfeita lucidez intelectual e a realeza da inteligência sobre a alma e sobre o corpo.

Mais tarde, ao tempo de Jesus de Nazaré, Ramatís reencarnou na figura do conhecido filósofo neoplatônico egípcio, de cultura grega mas de origem judaica, Fílon de Alexandria, também conhecido por Fílon, o Judeu (entre 20–10 a.C. e 50 d.C.), responsável pela famosa Biblioteca de Alexandria.

Profundamente versado tanto em ciência grega como em judaísmo, teve então influência dos filósofos estóicos, pitagóricos e platônicos, defendendo em suas obras a tese da absoluta transcendência de Deus com relação ao mundo e a idéia da transmigração das almas.

Enquanto Fílon, Ramatís tornou-se especialista em Cabala judaica, e muitas de suas obras da época destinaram-se a explicar o judaísmo a leitores pagãos, sustentando que os filósofos gregos deviam a Moisés algumas de suas idéias fundamentais.

Fílon distinguiu-se na tarefa de sistematizar a interpretação dos documentos religiosos por meio de doutrinas científicas, tendo elaborado um método alegórico de interpretação, que aplicou ao Antigo Testamento.

As doutrinas espiritualistas de Fílon inspiraram em grande parte os gnósticos e os neoplatônicos, e seu pensamento exerceu também extraordinária influência em escritores judeus e cristãos posteriores.

Na roupagem carnal de Fílon de Alexandria, Ramatís pode estar pessoalmente em contato com o Jesus de Nazaré na Palestina, por cuja segurança muito lutou. Nessa ocasião teve a oportunidade de efetuar indagações a Seu respeito a alguns de Seus próprios discípulos daquela época, o que lhe possibilitou mais tarde elaborar a obra “O Sublime Peregrino”, em que trata dos principais fatos da existência do amado Mestre no planeta, trazendo uma idéia mais nítida da realidade de seu Espírito angélico.

Mais tarde, no Espaço, Ramatís filiou-se definitivamente a um grupo de trabalhadores espirituais, cuja insígnia, em linguagem ocidental, ficou conhecida sob a pitoresca denominação de “Templários das Cadeias do Amor”. Trata-se de um agrupamento quase desconhecido nas colônias invisíveis do Além, junto à região Ocidente, e se dedica a trabalhos profundamente ligados à psicologia oriental.

Espírito muito experimentado nas lides reencarnacionistas, Ramatís já se havia distinguido no século IV d.C., tendo participado do ciclo ariano, nos acontecimentos que inspiraram o famoso poema épico hindu “Ramaiana”, onde o feliz casal Rama e Sita simbolizam, de forma iniciática, os princípios masculino e feminino.

Unindo-se Rama e Átis, ou seja, Sita ao inverso, então resulta Ramaatís, como realmente se pronuncia em indochinês. Nessa encarnação, Ramatís foi adepto da tradição de Rama, cultuando os ensinamentos do “Reino de Osíris”, Senhor da Luz, na inteligência das coisas divinas.

Os que lêem as mensagens de Ramatís, e estão familiarizados com o simbolismo do Oriente, nem sabem o que representa o nome “RAMA-TYS” ou “Swami Sri RAMA-TYS”, como era conhecido nos santuários da época. É quase uma “chave”, uma designação de hierarquia ou dinastia espiritual, que explica o emprego de certas expressões que transcendem às próprias formas objetivas.

“Rama” é o nome dado à própria Divindade, o Criador, cuja força criadora emana para as criaturas quando pronunciado corretamente. O nome “Ramatís” é um mantra, que reúne os princípios masculino e feminino contidos em todas as coisas e seres; ao se pronunciar o vocábulo Ramaatís, saúda-se implicitamente o Deus que se encontra no interior de cada ser.

Em sua última encarnação na Terra, Ramatís viveu, no século X na Indochina, no corpo de um menino de cabelos negros como ébano, com pele da cor do cobre claro, e olhos verdes em tom castanho escuro, iluminados de ternura, filho de Tiseuama, uma vestal chinesa fugida de um templo, que desposou um tapeceiro hindu de nome Rama.

Era de inteligência fulgurante e desencarnou bastante moço, com menos de 30 anos de idade, no ano de 933 d.C., em razão de problemas cardíacos. Nessa existência, após certa disciplina iniciática a que se submetera na China, tornando-se um bispo budista sino-indiano, fundou e dirigiu um pequeno templo iniciático na Índia, às margens da estrada principal que se perdia dentro do território chinês.

Como instrutor nesse templo, procurou ele aplicar aos seus discípulos os conhecimentos adquiridos em suas inúmeras vidas anteriores. O templo que Ramatís fundou foi erguido pelas mãos de seus primeiros discípulos e admiradores. Cada pedra de alvenaria recebeu o toque magnético e pessoal de seus futuros iniciados.

Alguns deles estão atualmente reencarnados no planeta e reconhecem o antigo mestre através desse toque misterioso, que não pode ser explicado a contento na linguagem humana; sentem-no, por vezes, e de tal modo, que as lágrimas lhes afloram aos olhos, num longo suspiro de saudade!

Embora nessa existência tenha desencarnado ainda moço, Ramatis pôde aliciar 72 discípulos que, no entanto, após o desaparecimento do mestre, não puderam manter-se à altura do mesmo padrão iniciático original. Eram adeptos provindos de diversas correntes religiosas e espiritualistas do Egito, da Índia, da Grécia, da China e até da Arábia.

Apenas 18 conseguiram envergar a simbólica “túnica azul”, e alcançar o último grau daquele ciclo iniciático; os demais, seja por ingresso tardio, seja por menor capacidade de compreensão espiritual, não alcançaram a plenitude do conhecimento das disciplinas lecionadas pelo mestre.

A não ser 26 adeptos que estão desencarnados, cooperando nos labores da Fraternidade da Cruz e do Triângulo, o restante disseminou-se pelo planeta em diferentes latitudes geográficas: de seus antigos discípulos, dezoito reencarnaram no Brasil, seis nas três Américas, enquanto que os demais se espalharam pela Europa e, principalmente, pela Ásia.

Em virtude de estar a Europa atingindo o final de sua missão civilizadora, alguns dos discípulos lá reencarnados emigrarão para o Brasil, em cujo território, segundo Ramatís, se encarnarão os predecessores da generosa humanidade do terceiro milênio.

Ramatís informou que voltará a reencarnar durante o ciclo do terceiro milênio, e um dos seus objetivos é reunir novamente os seus discípulos, agora dispersos, a fim de que eles se congreguem e façam jus à iniciação completa, para então serem integrados no “Raio” ou faixa mental da Ciência Psíquica do plano cósmico.

No templo que Ramatís fundou na Índia, esses discípulos desenvolveram conhecimentos sobre magnetismo, astrologia, clarividência, psicometria, radiestesia e assuntos quirológicos aliados à fisiologia do “duplo etérico”.

Os mais capacitados lograram êxito e poderes na esfera da fenomenologia mediúnica, dominando os fenômenos da levitação, ubiqüidade, vidência e psicografia de mensagens que os instrutores enviavam para aquele cenáculo de estudos espirituais.

Mas o principal “toque pessoal” que Ramatís desenvolveu em seus discípulos, em virtude do compromisso que assumira para com a Fraternidade do Triângulo, foi o pendor universalista, a vocação fraterna, crística, para com todos os esforços alheios na esfera do espiritualismo.

Atualmente, Ramatís ainda opera como mestre nas tarefas dos teosofistas, conhecido entre estes como Kut Humi (ou Koot Humi, o Mestre K.H.), não se cingindo a uma doutrina ou princípio, buscando incentivar os conceitos de universalidade e integração do homem sob a égide do Cristo, através do Código Moral que é o Evangelho.

Dentro do movimento teosófico, Kut-Humi Lal Singh, junto com o mestre Morya, foi o principal inspirador da Sociedade Teosófica, fundada em 1875 por Helena P. Blavatsky e Cel. Olcott, e é considerado Mestre do Segundo Raio, o do Amor-Sabedoria. Possui numerosos discípulos, se ocupa principalmente da vitalização de algumas das mais importantes correntes filosóficas, e se interessa por organizações filantrópicas.

Sabe-se que Ramatís não vive habitualmente em qualquer colônia espiritual situada no Astral do Brasil, mas vem operando, do plano Astral, há muito tempo. Dada sua evolução, Ramatís já não mais dispõe de sua vestimenta perispiritual astralina, utilizando-se de um corpo intermediário apenas em suas incursões no plano Astral ou quando deseja mostra-se a encarnados videntes.

Conhecedor do trabalho sideral da humanidade terrena, ele vem se esforçando para cooperar na sua evolução, cumprindo o compromisso assumido com a Alta Espiritualidade terrena na instrução espiritual das criaturas, estabelecendo as bases de um pensamento universalista que transpõe conhecimentos ancestrais para os encarnados, sucedâneos da codificação kardequiana.

Em seu trabalho em planos invisíveis, Ramatís atualmente supervisiona as tarefas ligadas aos seus discípulos na Metrópole do Grande Coração, uma colônia espiritual no plano Astral congregada por espíritos com índole universalista. Segundo informações de seus psicógrafos mais recentes, ele participa atualmente de um colegiado no plano Astral de Marte.
 
 
Pablo Picasso
Fonte:
 http://www.fraternidaderamatis.org/novo/sobre-ramatis/35-conteudo-geral/53-quemehramatis.html


quarta-feira, 16 de maio de 2012

AGNI O FOGO SAGRADO : Prof. Henrique José de Souza





Papiros

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AGNI
O FOGO SAGRADO
Prof. Henrique José de Souza



Que triste deveria ser, em tempos remotos, a vida do homem sem o fogo!

Apavorado, fugia ele em busca de sua caverna quando horrível tempestade se desencadeava e o raio, sulcando as plúmbeas nuvens, vinha abater as corpulentas árvores dos cerrados bosques onde ele vivia.

Aquela tempestade, pensava ele, era a vingança de um deus poderoso!

Do mesmo modo que, até hoje, o fogo afugenta as mais temíveis feras segundo aquela maravilhosa fantasia de Kipling, quando "elas fugiam diante do pequeno, criado na cova dos lobos"; o mesmo que, provindo das selvas indianas, era portador de um facho de luz, ao qual as feras chamavam de "rubra-flor" - assim fugiam do fogo os primitivos habitantes de nosso planeta.

Raiou, porém, o dia em que os "Reis Divinos", ou aqueles que desceram dos céus para auxiliar a humanidade, ensinaram como deveria ser aceso o fogo, segundo o processo do atributo de dois pedaços de madeira, usado aliás até hoje, por algumas tribos selvagens, como reminiscência daqueles remotíssimos tempos da vida humana.

Relata-nos a própria história que da haste do nártex, ou pramantha, o qual, pelo atrito com um disco de vidoeiro, o arâni, fazia chispar a chama com que o pastor ário, do platô asiático, fazia o fogo de seu lar, saiu o mito índico do Pramantha, ou do "ser exteriormente agitante, que extrai o desconhecido do conhecido, o puro do viciado, o luminoso das trevas".

Entretanto, a história está mui longe de saber a verdade, porquanto já nas duas raças anteriores à esta, o fogo era conhecido. O próprio fato a que nos referimos, dos ensinamentos dos "Reis Divinos", teve lugar no começo da raça lemuriana. E na seguinte, a atlante, era ele, o fogo, habilmente manejado.

Serviu-se, pois, o homem, do fogo, para afugentar as feras que infestavam os seus domínios. Usavam-no também para se aquecer e preparar seus manjares.

O fogo foi o centro, em torno do qual se formou a família, núcleo da sociedade humana. Se no começo lhe causou pavor o fogo descido dos céus, depois o encheu de admiração, não só por sua utilidade, como pela misteriosa atração da chama, como se algo de magnético ali contido o fascinasse. Razão porque acabou ele por adorar o ígneo elemento.

Não nos deve pois surpreender que, em toda parte onde houvesse vida humana, ao fogo se tributasse culto.

Do mesmo modo que adorado foi o Sol, como Fonte de energia. Fogo de todos os fogos!

Compreendeu o homem, por intuição, que o Sol e o Fogo - com sua luz e calor - eram da mesma essência. E, como tal, o fogo dimanava daquele.

O termo Zoroastro ou Zarathustra, nô-lo diz: "Astro-zero", que, tanto vale pelo "disco solar" egípcio, ou Aton (o Sol), com o qual o grande Kunaton (antes chamado Amenhotep ou Amenophis IV), procurou destronar o deus Amon-Ra, provando com isso ser um conhecedor dos mistérios da vida, ou antes, um verdadeiro teósofo.

Os próprios caldeus adotaram para o Astro-Rei um círculo, com um ponto no centro, o qual serve, até hoje, para representar a primeira emanação da Divindade.

Tempos depois, quanto mais se afastava o homem da natureza quando, com a sua inteligência, dominou egoisticamente algumas forças naturais, esqueceu-se da essência espiritual do Fogo, servindo-se apenas de sua parte mais material e grosseira.;

Trá-lo consigo; serve-se dele para os usos domésticos e fabris; para a locomoção marítima e terrestre e, até, para destruir cidades e vidas, como acontece nessas lutas fratricidas a que assistimos ainda hoje.

Perdeu ele, portanto, o contato com os aspectos superiores do Ígneo Princípio, pois, além do mais, desconhece os misteriosos fogos que dormem em si mesmo, segundo já diziam os sábios da antiguidade: "Há Fogo na Alma, e Alma no Fogo"...

Segundo Virgílio, "ao levantar-se Enéas, dando um grito de alegria, estendia, súplice, as mãos para o céu, lançando ao fogo "intemerata dona", isto é, "puras oferendas". Cumprindo esse dever, corria a anunciar a seu pai a visão dos deuses".

Naqueles tempos eram oferecidos sacrifícios aos deuses. O fogo consumia as hóstias, oferecidas em forma de bois e carneiros, mesmo porque, desde o reinado de NUMA, em Roma, foram proibidos os sacrifícios humanos. Hoje, nossos sacrifícios devem ser de ordem puramente moral, embora temperados com o sal da Sabedoria. É o Fogo da Alma que consome o IMORTAL.

Do mesmo modo, em todas as religiões, papel saliente possui o Fogo, como o provam as lâmpadas e círios que ardem nos altares. No Fogo é queimado o oloroso incenso, cujo perfume sobe, em azuladas nuvens, para o céu. Tal Fogo é o emblema da chama do Espírito, no qual todo homem deve acender o facho da sua Alma sedenta de luz!

Cerro os olhos e aparece, diante de minha imaginação aquela "Montanha de Fogo" onde, por ordem de Wotan, esteve encerrada a sua filha Brunhilda.

Isolo-me do mundo e ouço a sublime música de Wagner e vejo como as chamas lambem as rochas e sobem em mil formas caprichosas. Ouço-as crepitar, com silvos semelhantes ao rumor de tempestuoso mar de fogo. Cerro novamente os olhos e me extasio diante dos próprios valores de nossa Obra, estampados naquela outra "Montanha de Fogo" que o grande Jina que se chamou Mario Roso de Luna cognominou de "capital espiritual do Brasil". Lá se acha ainda, a tremeluzir, o sacrossanto Fogo com que os deuses invisíveis quiseram prendar a privilegiada Terra de seu próprio nome: BRASIL.

Não mais a prodigiosa música de Wagner, e sim a transcendental, do bailado das Apsaras, saudando o amanhecer do Manuântara. Enquanto a Terra trepida sob meus pés, sacudida pelas cadenciadas vibrações de misteriosa cachoeira, que se divisa do alto da Montanha!...

Todos esses mistérios obrigam-me a meditar: a Água sempre para baixo. E o Fogo, para o Alto! Nenhuma dúvida resta: o Fogo é algo de Divino e sua chama, o veículo material do Espírito Supremo! Os elementais do Fogo, contrariamente aos da Água, que procuram sempre atrair os homens para as profundezas oceânicas, segundo a iniciática frase do "não te deixes levar pelo canto das sereias", - que tanto vale pelo das paixões inferiores - fogem dos homens e são intangíveis, porquanto seu contato destruiria os que fossem puramente mortais. Fato esse que nos ensina que, para podermos viver em contato com o verdadeiro Fogo, que é o do Espírito, temos de destruir tudo quanto em nós subsiste de mortal, de material ou inferior. Não era outro o sentido daquele "para matar a morte" exigido aos pretendentes à imortalidade, nos egrégios Colégios Iniciáticos de outrora.

Em um anfiteatro de montanhas entre verdejantes bosques de louro, erguia-se, majestoso e solene, o templo de Delfos. Os primeiros raios de sol vinham beijar, todas as manhãs, aquele recanto maravilhoso, onde acudiam os "mistas" de toda a Grécia, para serem iniciados nos sagrados mistérios. Em uma caverna ardia sobre um trípode o Fogo Sagrado, alimentado por troncos sêcos do perfumoso louro. Pelas frestas da caverna, saía um bafo quente e enervante, enquanto que, através de oblíqua e elevada fenda, se via o cerúleo manto do Firmamento. Era o lugar onde as inspiradas pitonisas concediam os seus oráculos.

Nos templos romanos as vestais conservavam o Fogo. As sacerdotisas druidesas pagavam com a vida o seu descuido, se ele se apagava. Em tempos mais remotos ainda, na Caldéia, no Egito, Zoroastro e Hermés davam a entender a imensa importância do Fogo e de sua misteriosa Alma.

Entretanto, o Fogo dos planos superiores é mui distinto daquele que conhecemos através de nosso sentidos físicos, por ser este o simples reflexo ou expressão inferior do mais elevado e abstrato.

Figuremos um Fogo que não queima: uma espécie de líquido, algo parecido com a Água, dando com isso razão de ser ao célebre axioma ocultista de que "o Fogo líquido procede do indefinido Fogo Oculto, que é alimentado pelo Hálito de seu próprio Espírito".

Assim o conceberam em sua essência os mesmos Iniciados da época do primeiro Zoroastro, como o Grande Mago do Fogo. Daí o arder, nos altares da época, o Fogo sem combustível, símbolo da Vida Divina.

Do mesmo modo que hoje a Igreja faz emudecer, na sexta-feira santa, os sinos e as campainhas, e procura velar com roxos crepes as imagens de seus templos, assim, também, nos tempos de outrora, a ara ficava órfã de fogo...

Eram os dias primaveris, antes da Ressurreição da Natureza, que é e será sempre, o Símbolo da Ressurreição da Alma; da Páscoa florida, símbolo do mito solar. Hermés ensinava a doutrina da Luz interna como Fogo oculto em todas as coisas; como Luz residindo em todas as criaturas. Encarregava Ele aos sacerdotes de repetirem a cada passo: "Eu sou esta Luz; esta Luz sou Eu". Uma das frases mais favorecidas dos egípcios era: "Segue a Luz".

Na antiga Caldéia, cada planeta possuía um Templo que lhe era dedicado: porém, o principal deles era o do SOL. Compunha-se ele de uma grande cúpula central, com quatro naves, que assinalavam os quatro pontos cardeais, ou seja, semelhante ao PRAMANTHA das escrituras vedantinas, cuja mais bela expressão ainda se acha no CRUZEIRO DO SUL, que orna o incomparável firmamento de nossa Pátria, como o próprio Símbolo da "Missão dos Sete Raios de Luz".

Citemos, de passagem, o que dizem aquelas escrituras vedantinas a respeito do PRAMANTHA:


"O Pai do Fogo Sagrado (AGNI) é o divino TUASHTRI, o carpinteiro que prepara a Cruz ou o PRAMANTHA, destinada a produzir o Fogo pelo atrito, cujo fogo deveria gerar o filho divino".

A mãe do Fogo Sagrado é a Divina Maya. Quando o pequeno AGNI cresce, é colocado num bêrço, entre animais. E ao lado, a vaca mugidora, já que Vaca, ou simplesmente VACH, significa, em sânscrito, o Verbo Sagrado, o Logos Criador, etc. etc.

Pelo que se vê, foi deste - como de outros mitos e alegorias multiseculares, donde a Igreja copiou o nascimento do menino Jesus, numa manjedoura; que seu Pai era carpinteiro; que seu Filho passava os dias a fazer cruzes de madeira, já prevendo o lugar de seu suplício. Os animais do "Presépio de Belém", e até mesmo o nome de sua Mãe, como Maria, Myriam ou Mayá, como o foram as Mães de outros Seres, por exemplo Yeseus Krishna (donde a Igreja copiou o de Jesus Cristo) e do Buda, embora o primeiro tenha vivido 3.500 anos antes da chamada era cristã e, o segundo, 645 anos antes daquela mesma época.

Volvamos aos mistérios do Templo do Sol, da antiga Caldéia:

Ao passarem as estrelas pelo meridiano, entrava sua luz por estreita abertura, vindo a refletir-se em um espelho côncavo, de maneira que pudesse ser aplicado à influência de cada planeta. Quando o Sol, por sua vez, passava pelo meridiano, acendiam-se, imediatamente, os fogos sagrados, por meio de um globo de cristal, cheio d'água, que servia de lente.

Sabe-se que a antiga religião caldaica não só adorava o Sol, como também as hostes celestes, ou seja, os anjos das estrelas, aos quais chamamos como Teósofos, de "Espíritos Planetários", Dhyans-Choans, etc. E como sejam em número de SETE --- segundo os próprios dias da semana, das côres, das notas da gama musical, dos estados de consciência, as raças e suas respectivas sub-raças, os Tattwas ou fôrças sutis da natureza (embora os menos entendidos só conheçam cinco), os Chacras ou centros de fôrças nos homens, etc. - logo a Igreja os representa nos seus candelabros com igual número de círios. Ademais, já as velhas escrituras orientais os apontavam como os "Sete Leões ardentes"; Ezequiel, em suas famosas visões, como "Sete angelicais trombetas"; enquanto outros, como as "Sete Taças Eucarísticas", embora, de fato, somente a última, ou sétima, possua direito a tal nome, por simbolizar o último estado de consciência que o Homem deve alcançar na Terra: o sétimo princípio Teosófico, ou princípio "crístico". Razão porque esta última Taça tomou o místico sentido das três iniciais: JHS, das quais a igreja se serviu para seu "Jesus Homo Salvatorem".

Dessas tradições iniciáticas serviu-se, por sua vez, o inspirado Wagner, para a Taça em que Lohengrin bebe o "sangue eucarístico", já que o próprio termo "Lohengrin" provém de Lohan, ou Choan, e Grim, de Gnain, Jnana, Jina, etc., todos eles dentro dos referidos mistérios.

Assim é que a vida dos caldeus era regulada por um perfeito sistema astrológico, embora, para os grandes Iniciados, o culto do Sol e dos Astros não fosse material, mas altamente espiritual. A Heliolatria daquele povo possui reminiscências, ainda hoje, na adoração solar dos povos selvagens, como entre nós, por exemplo, a de Tupã, como "deus do Fogo, o Sol, etc.". Razão por que a nossa própria história relata a passagem acontecida com Diogo Álvares Corrêa, o Caramuru, que, por ter abatido com seu fuzil redentora pomba que passava naquele momento, fez exclamar aos índios, que o queriam matar: "Tupã Caramuru", isto é, "Homem do fogo, o homem que produz fogo".

Naqueles tempos a que nos referimos, levavam os caldeus para suas casas uma brasa do sacrossanto Fogo, que consideravam como descido do céu. Com ele se acendia o do lar, que era religiosamente conservado, e jamais deveria apagar-se durante o ano.

Poucos ignoram o argumento de NORMA, a inspirada ópera de Belini cujos amores com Pelion, o cruel romano, tiveram o trágico fim de sua morte na fogueira, antes, porém, recomendando a seu pai Oroveso, o grande sacerdote Druida, os "dois filhos de seus amores" que tanto valem pelo iniciático mistério da forma dual, com que a própria Divindade se apresenta no começo dos ciclos raciais, mais conhecidos como: Gêmeos Espirituais.

O último canto da NORMA, antes de ser atirada às chamas, é da mais sublime inspiração.

Do mesmo modo, Jeanne d'Arc, se acha dentro do etimológico sentido dos termos sânscritos e tibetanos: Dzyan, Dzyn, Djin, Jina, Jnana. E Arghia, Arga, Agartha, ou Arca (donde foi copiado o de Arca de Noé).

Nesse caso, Jeanne d'Arc se traduz por: Jina ou gênio da Agartha. Por isso mesmo, heroína igual àquelas Valkírias dos cantos nibelungos, e famosas "amazonas das margens do Thermodonte". Todas elas, digamos, com HPB à frente, portadoras do excelso Fogo da sabedoria. Por isso mesmo, salvadoras, redentoras da humanidade, com seus grandes rasgos de heroísmo, como Jeanne d'Arc, salvando a França das hostes invasoras, e HPB, ao lado de Garibaldi, lutando contra o poder papal, lanceada no peito, na batalha de Mentana.

Na Índia cantava-se, desde tempos imemoriais, um "mantram" ou hino védico, mui profundo e comovente, o qual tinha o poder extraordinário de atrair forças superiores em defesa daqueles que o executavam. Tal "mantram" foi um dos muitos que serviram para a fundação da nossa Obra. É, hoje, de conhecimento de quantos venham frequentar as nossas fileiras, pelas várias vezes que aqui tem sido reproduzido. Eis aqui apenas um trecho da letra do mesmo:


"Ó Agni,
Fogo Purificador
Centelha divina,
que arde em todas as coisas
Alma gloriosa do SOL
AUM..."


Esta palavra final representa a Tríplice Manifestação da divindade, que em sua essência é Una, segundo as "três pessoas distintas e uma só verdadeira" do plágio cristão. De tal palavra serviu-se ainda a igreja para o seu AMÉM, alías de modo errôneo, porque a palavra verdadeira, que exprime "Assim seja", assim se cumpra, etc., difere daquela, isto é, BIJA ou semente que deve germinar, produzir bons frutos, etc., como sói acontecer ao nosso próprio lema latino: SPES MESSIS IN SEMINE, que quer dizer: "A esperança da colheita, reside na semente", ou seja, aquela que desde há longos anos vimos lançando no campo, até então árido, mas donde vai surgir um dia a prodigiosa civilização portadora de melhores dias para o mundo. Colheita, portanto de tão nobres, quão elevados esforços, de nossa parte e de quantos queiram ingressar nas excelsas fileiras da "Missão dos Sete Raios de Luz", a SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE!

Na Grécia, simbolizava-se a espiritual marcha da Humanidade, por jovens atletas que corriam várias etapas, passando, de mão em mão, um facho aceso. A pista era o templo; as etapas, os séculos, senão, os próprios ciclos raciais; os atletas, as gerações e finalmente, o "facho aceso" era o progresso espiritual da Mônada, como centelha ou chama, ou Ego Imortal, até alcançar o máximo de sua evolução na Terra.

Tal simbolismo é cheio de sugestões que nos induzem a pensar na marcha ascensional da Humanidade, em sua contínua evolução, "etapa por etapa"... Onde o Fogo deve ser, cada vez mais ativo, ou aceso.

Que se intensifique, pois, o progresso, porém, apoiado no da etapa anterior, tal como os nossos pés quando sobem os degraus de uma escada. Cumpre-nos progredir conservando, e conservar, progredindo. Não nos devemos orgulhar de nossos grandes progressos; são filhos do passado. E sem o "passado", não teríamos chegado à altura em que presentemente nos encontramos. São filhos dos esforços dos "atletas", que passaram anteriormente pela pista do mundo, a começar por aqueles que figuram na espiritual galeria do nosso salão de reuniões --- os Grandes Iluminados.

As crianças são forçadas a experimentar por si mesmas, todas as coisas. Nossos conselhos e ensinamentos as deixam perplexas. Advertimo-las, por exemplo, que não devem aproximar suas inocentes mãos da chama de uma vela. E só compreendem a razão de nossa advertência, depois de passarem pela "prova do fogo físico", que tanto vale pela da "Dor", como único meio que a própria Lei nos oferece na Vida, para alcançarmos a Perfeição Absoluta.

Entretanto, a civilização hodierna - pelo menos no seu aspecto material, vai muito mais apressada do que nos séculos anteriores. Com efeito, a criança de hoje, com poucos anos de idade pode aprender aquilo que custou à Humanidade, alguns milênos de experiências.

O facho do progresso chega às mãos da criança de hoje muito mais aceso e brilhante... O sopro da evolução avivou poderosamente a sua chama.

Por isso mesmo, tal fenômeno pode transformar-se em gravíssimo perigo para a sociedade hodierna. E a nós, Teósofos ou Ocultistas do mundo, cabe o dever de pôr em jogo todos os recursos imagináveis, a fim de evitar que "imenso e terrível incêndio" ocasione a sua total ruína. Poderia suceder o mesmo que ao discípulo do Mago, quando, durante a ausência daquele, começou a fazer "Experiências" por conta própria, para logo se ver envolvido em chamas... E só não teve um trágico fim, por ter seu Mestre voltado à casa.

O Fogo impulsionou o progresso material. Foi, porém, o Fogo terreno, o fogo interior, a borra, e não a sublimada essência.

O homem domina hoje a Terra, o Ar, a Água, por meio do Fogo. Não sabe, entretanto, dominar a si mesmo, porque abriu a torneira do barril mágico, como o fez o inexperiente discípulo do Mago. E como ignora o único meio de fechar a torneira, está sendo devorado pelas chamas de sua própria "ignorância"...

Esse Fogo é o mesmo que Mefistófeles fez brotar do cantilho de vinho, diante de Valentino, o irmão de Margarida, quando aquele se despedia dos amigos, no momento de partir para a guerra. Porém, logo reconhecido o malévolo estratagema de Mefistófeles, apresentaram-lhe a cruz da espada, que o obrigou a esconder-se no canto da casa, vencido e humilhado.

Mas, por que razão esse seu receio da cruz da espada? Não será por tal símbolo ser o mesmo do PRAMANTHA, ou antes, do Fogo dirigido nas direções dos "Quatro Pontos cardeais"?

WOTAN cravou a "Espada do Conhecimento" na ensinha que se erguia, forte e soberba, diante da casa de Sieglinda. Ninguém a pôde dali arrancar, a não ser Sigmundo, num esforço supremo, pois logo morria, após o combate sustentado contra Hunding. Despedaçada, foi ela cair aos seus pés.

Sieglinda recolhe os pedaços, mas não a pode recompor o próprio MIMO (figura, por sua vez, de Mefistófeles, ou traiçoeira), e sim, Siegfrido, por desconhecer o medo e a ter forjado no Fogo Superior ou Divino, onde só se pode forjar a Espada do Conhecimento, qual a "Flamígera Espada" de Mikael, postado à entrada do Paraíso Terrenal, até que a humanidade inteira se torne digna do Paraíso Celeste, pois outro não é o verdadeiro sentido do símbolo.

Que, de sublimes mistérios estão contidos nas Chaves ocultas da Mitologia!

Na grega, por exemplo, Vulcano, o deus do Fogo, constrói para Apolo umas flechas que, ao serem disparadas pelo deus, volvem à sua aljava, depois de haver acertado no alvo. À primeira vista, o simbolismo parece uma infantilidade. Não o é, porém, porque APOLO representa o próprio SOL, como fonte de energia e de vida do Sistema. Do Sol nos chegam a luz e o calor, como manifestações distintas da vitalidade. Do Sol emanam as ondas eletromagnéticas que alimentam todo o Sistema. São as flechas que lançam o Pai-Sol, a todos os âmbitos do sistema. É o sangue arterial que flui por todos os lados, que tudo alimenta. É finalmente, a emoção do seu próprio Coração. A essas flechas, sucede a mesma coisa que ao sangue arterial, voltando ao coração, através das veias, a fim de se purificar e seguir, alimentanto todo o organismo humano.

Do mesmo modo que as águas do rio volvem, contaminadas, ao mar, onde se misturam com as salsas ondas, para se evaporar e purificar, depois, no imenso alambique da atmosfera, onde formam nuvens que se desfazem em chuvas, que apagam a sede abrasadora dos campos, animais, e dos homens; assim, as ondas eletromagnéticas de retorno à Usina que as gerou, se purificam no Fogo do coração do SOL. Não são essas, pois, as apolíneas flechas, forjadas pelo divino Fogo de Vulcano?

Em sentido mais transcendente ainda: essas flechas, atiradas por Júpiter Olímpico ao seu irmão Júpiter Plutônico (no seio dos infernos) - segundo o cabalístico termo "Dæmon est Deus inversus", ou: o "Demônio é o inverso de Deus"- são as próprias Mônadas saídas do Seio do Ishvara, ou o Ser Supremo, o Sol Espiritual dirigente do sistema, cujas "mônadas", depois de longa série de experiências, que tanto valem por inúmeras encarnações na Terra, vão ter ao mesmo lugar donde vieram. Outro não é o verdadeiro sentido da "Parábola do Filho Pródigo" que volta à Casa Paterna, de tão má interpretação religiosa, embora fosse o próprio Santo Agostinho quem lhe desse o verdadeiro sentido, conscientemente ou não, quando diz:


"Viemos da Divindade e para Ela havemos de retornar".


Apolo é o deus da Poesia e da Música e, como tal, o Pai das Artes e das Musas. As flechas saídas de seu inspirado peito são mais certeiras do que as de cupido, cujos olhos vendados não podem perceber que uma delas fere o coração de sua própria Mãe, Vênus, já que esta representa o próprio Espírito da Terra. Daí a frase dos Elohim: "Multiplicarei as tuas dores. Com dor parirás os filhos. Maldita seja a Terra em sua obra: espinhos e abrolhos ela produzirá. (Gênesis II vers. 16/17)

Cupido não é outro senão o Augoeides neo-platônico, ou o Eu-Consciência-Imortal, do mesmo modo que Atmã, o Sétimo Princípio, Cristo, etc., da própria Teosofia, como também, o Sétimo ou último estado de Consciência que a mônada é obrigada a alcançar na Terra. Razão porque esta, como Mãe de Cupido, segundo a Mitologia, foi a primeira a ser ferida no peito, pois a Terra é o lugar de sofrimento ou depuração para a própria Mônada.

A Mitologia nos diz, ainda, que as flechas de Apolo são a emanação da sublime beleza. E que foram temperadas, docemente, no coração do deus, à Ele volvendo, para serem purificadas e prontas novamente a disparar, em contínuo vai-e-vem, como o próprio "vai-e-vem" das marés, das várias encarnações do Ego. Por isso mesmo, podendo-se conceber tais palavras como o maravilhoso símbolo do impulso da Vontade Criadora, para que se realize a salvadora evolução.

O Amor é uma chama ardente desse Fogo imortal. Tudo arde, inflamado por essa chama. O corpo humano vive pela contínua combustão, que nele se realiza. O próprio Hipócrates, já procurava curar as moléstias, por meio do fogo. E hoje, a diatermia está em franco uso.

A febre é um aumento do Fogo, que se esforça por queimar as escórias perturbadoras do organismo. Quando o corpo não as pode vencer e o excesso de fogo se vê impossibilitado de destruir tais escórias, o calor ou febre aumenta de tal forma que o organismo, não mais podendo resisitr, morre.

Repito, o Amor é uma chama do Fogo Divino, pelo qual nascemos, crescemos e nos transformamos.

O mesmo sucede com a Natureza: vemos brotar uma flor, que depois de alguns dias ostenta suas formosas cores, para logo perfumar o ambiente que a cerca. Uma força interna impulsiona, tal como a energia de um motor impulsiona toda a engrenagem de uma máquina. Porém tal energia, é algo expansiva; é a essência do Fogo, não daquele que encerramos num foguete, que explode em maravilhoso espetáculo, deixando espaço cravejado de lágrimas multicores, muito menos o das metralhas, que destrói a vida de inúmeras criaturas... Mas o de seu Divino Pai: o Fogo Celeste.

Esse foi o Fogo roubado por Prometeu, o titã rebelde, acorrentado no cume de uma montanha, para que os abutres se cevassem nas suas entranhas. Aquele mesmo que, ainda hoje, não perdeu a Fé, por saber que é partícipe da natureza dos deuses, já que Prometeu é a própria Humanidade, acorrentada nos grilhões de sua contumaz inconsciência. Ele possui, portanto, o direito à Imortalidade, a qual, ninguém, nem mesmo Deus lha pode negar.

Prometeu, segundo a Mitologia, nos ensina o desprezo pela dor, e a necessidade do esforço, a fim de alcançarmos a libertação. E daí nos cingirmos com a Coroa do Divino Fogo, a mesma que circundava a fronte de Moisés, quando desceu do Sinai, após haver contemplado a Luz, face a face. Esse fogo é o mesmo que, "em línguas de Fogo, no dia de Pentecostes (segundo a adaptação que a Igreja fez dos misteriosos símbolos da antiguidade) desceu sobre os apóstolos". E isso, dentro da sentença oriental: "quando o discípulo está preparado o Mestre aparece". E tal Mestre, não é outro senão a própria Consciência, adormecida no imo de todos os seres; aquela mesma que, nos Contos de Fadas, se acha com toda a sua corte, adormecida em plena floresta negra (ilusória, ou de ignorância), adormecida, à espera do príncipe encantador, que a venha despertar de tão amargurado letargo...

O Alquimista João Tritamo, instrutor de Cornélio Agripa, abade dos beneditinos de Spanheim, dizia:

"Deus é um Fogo essencial e aceso em todas as coisas, e principalmente no homem. Deus é Fogo; porém, nenhum fogo pode arder, nenhuma chama pode brilhar no seio da Natureza, sem que o Ar ative a sua combustão. Nesse caso, em nosso interior deve agir o Espírito Santo, como o AR ou Sopro emanado de Deus".

"Cada coisa, dizia ele ainda, é uma Trindade de Fogo, Luz e Ar. Em outras palavras: o Espírito - o Pai - é um Fogo Divino, superessencial; o Filho, a Luz manifestada; e o Espírito Santo, o Ar ou movimento superessencial".

"O Fogo reside no coração e distribui seus raios por todo o corpo, dando-lhe a vida; porém nenhuma luz nasce desse Fogo sem o espírito de santidade".

A filosofia esotérica assegura que reside no homem uma espécie de FOGO, chamado KUNDALINI. É o Fogo Serpentino latente no centro básico de vitalidade (o cóccix), como serpente enroscada em seu letargo, até que desperte e continue ativa, mediante a purificação do corpo, das emoções e da mente, como o completo domínio dos três mundos: físico, emocional e mental. Isso não se pode alcançar facilmente, sem o que, todos os homens já teriam obtido a Suprema Perfeição.

Tão logo o discípulo se encontre em condições, tal Fogo sobe por Sushumna, que é o "nadi", ou conduto medular da coluna vertebral, à cuja direita se acha o nervo "Ida" e à esquerda, "Píngala", termos técnicos esses, que empregamos segundo o Orientalismo, por não conhecer, até hoje, a Ciência oficial o referido fenômeno, mas que o nosso Colégio Iniciático se encarregará de modificá-los, futuramente, para o nosso idioma.

Assim, possuindo o discípulo os condutos medulares em perfeitas condições, Kundalini por eles se eleva, abrindo as Portas dos mundos invisíveis, mesmo porque o humano fogo, pondo-se em contato com o Divino (qual o fenômeno de dois carvões numa lâmpada elétrica) a Energia Cósmica se estabelece. É o que se pode chamar de "Fiat Lux", pois de fato, a "Luz espiritual" se faz para o discípulo.

É o mesmo fenômeno da cana onde Prometeu encerrou o Fogo roubado aos deuses. Do mesmo modo que o Tirso dos iniciados, e o Caduceu de Mercúrio, cujas duas serpentes enroscadas nos dão a nítida e perfeita compreensão dos referidos "nadis" ou condutos medulares da coluna vertebral. Quanto ao capacete alado de Mercúrio, simboliza a Inteligência Suprema, a Mente Universal.

Nas escrituras sagradas vemos "Elias arrebatado num carro de Fogo". O próprio nome "Elias" provém de Hélios do Sol.

Em tudo pulsa esse misterioso Fogo. Tudo nasce e vive por Ele. E, se bem observarmos a Natureza, de tal nos convenceremos:

"Entre as plantas aquáticas, diz Maeterlinck, figura como a mais romântica, a Valisnéria, essa "hidrocarídea", cujos desposórios formam o episódio mais trágico da história amorosa das flores. A Valisnéria, entretanto, é uma insignificante planta, desprovida da graça encantadora do nenúfar, espécie de loto europeu, ou de outras flores subaquáticas, de airosas cabeleiras. A Natureza, porém, esmerou-se em lhe dar uma formosa história. Toda a existência dessa planta se desenvolve no fundo das águas, em uma espécie de sonolência, até o momento nupcial, em que vive uma nova vida. Então, a feminina flor vai lentamente desenrolando a longa espiral de seu pedúnculo, emerge das águas e se abre, estendendo-se garbosamente na superfície do lago. Eis que, de lugar vizinho, a vê-la, apenas através da sombria água que a cobre, a flor masculina sente-se bruscamente retida, porque o talo que a sustém e lhe dá vida é demasiadamente curto, não lhe permitindo chegar até à superfície das águas, e aí consumar a união nupcial entre estames e pistilos. Trata-se de um defeito, ou da mais cruel das provas da Natureza?

Imagine-se, com efeito, a horrível tragédia desse desejo, dessa transparente fatalidade, desse suplício de Tântalo de estar vendo e tocando o que é inatingível. Semelhante drama seria tão insolúvel, como o nosso próprio drama na Terra.

Mas, eis que surge, de repente, um novo e inesperado elemento.

Terá a flor masculina o pressentimento de tamanha decepção? Não o sabemos. O certo, porém, é que ela soube guardar em seu coração uma bolha de ar, como guardamos, em nossa alma um doce pensamento de inesperada salvação... Dir-se-ia que vacila um instante, para logo, em esforço supremo, o mais assombroso de quanto se conhece na vida das flores e dos insetos, romper, heroicamente, o laço que a liga à existência, para voar à altura de seu amoroso ideal. Corta, por si mesma, seu pedúnculo e, em incomparável impulso, entre pérolas de alegria, suas pétalas se desfolham pela superfície das águas... Ferida de morte, porém livre e rutilante, flutua um instante ao lado de sua amorosa consorte. A união dos dois seres se realiza, depois da qual a flor masculina, sacrificada em aras de seus desejos, é joguete das águas, que levam seu cadáver para a margem vizinha, enquanto a esposa - já mãe - cerra sua corola onde palpitam, ainda, os amantes eflúvios; enrola seu pistilo e desce novamente às profundezas aquáticas, afim de amadurecer o fruto de um amor heróico e sem limites".

Essa formosa passagem da vida das flores aquáticas, dá-nos a idéia do FOGO amoroso, que pulsa no seio da natureza. Se disséssemos que o Universo é FOGO, não mentiríamos. Tudo quanto percebem os nossos sentidos não é mais do que sombras e fumo desse Fogo.

As salamandras que vivem nas chamas, são elementais superiores aos gnomos, ondinas e sílfides, porque estas últimas vivem no âmbito terrestre, enquanto que as primeiras possuem consciência superior.

No Templo de Delfos, uma salamandra se punha em comunicação com os Iniciados. Porfírio, discípulo de Plotino, que conhecia bastante o Oculto, revelou aos homens a seguinte prece da Salamandra, que não é propriamente a ela dirigida, mas ao próprio Fogo Criador, mesmo porque os elementais ou Espíritos da Natureza não conhecem outra linguagem senão a que lhes é própria:

"Ó imortal, Eterno, Inefável e Sagrado Pai de todas as coisas, conduzido no carro que desliza sem cessar pelos mundos, que dão sempiternas voltas. Dominador dos etéreos campos, onde se assenta o trono do Teu poder, de cujo vértice Teus poderosos olhos tudo vêem, e Teus formosos ouvidos tudo ouvem. Escuta a prece de Teus filhos, aos quais amaste desde o começo dos séculos. Tua eterna majestade resplandece sobre o mundo, e sobre o céu das estrelas. Estás acima de tudo, ó fogo faiscante, que por si mesmo se estende e alimenta. Por seu próprio esplendor, saem de Tua essência inesgotáveis fontes de luz, que se difundem de Teu Espírito Infinito. Esse Espírito é o Criador de tudo. Ó Pai Universal, criaste Tua essência adorável. É dever nosso louvar e adotar a Tua sublime vontade, com ardente ânsia de possuir-te, ó Pai, ó mais Terna das Mães, exemplo admirável da ternura materna. Ó Filho, Flor de Todos os Filhos. Ó forma de todas as formas. Alma, Espírito, Harmonia e Nome de tudo quanto existe. Nós Te adoramos".


Se alguma prece possui valor, esta ao menos encerra em si, os grandes mistérios da Vida Universal, da Fonte de Energia, que a tudo e a todos banha. Ao ouvi-la, parece, com efeito, que se acende em nós o Fogo oculto, que nos aproxima da Divindade, como verdadeira Usina que é, de Força, Luz e Calor, para não dizer, de Vontade, Sabedoria e Atividade.

É ainda, do mesmo Porfírio: "Existe na Divindade uma insondável profundeza ardente. O coração humano jamais deverá temer o contato desse Fogo adorável, porquanto não será por Ele destruído."

Ele é o doce Fogo, cujo feliz e tranquilo calor determina o encadeamento das causas, a Harmonia e vital continuidade do mundo. Nada existe que não seja por Ele alimentado pois é Ele a própria Essência Divina. Ninguém o gerou. É sem Pai nem Mãe... nem causa alguma. Mas, tudo sabe e Nada lhe pode ser ensinado. É imutável nos seus desígnios e seu Nome é inefável. Eis aqui o que é Deus. Nós, míseros mensageiros seus, nada mais somos do que uma partícula Sua.

A antiguidade sábia, por sua vez, já nos ensinava: do mesmo modo que um fogo violento queima até as árvores verdes, o homem que estuda compreende os livros santos, apaga, em si, toda mácula nascida do pecado. E aquele que conhece perfeitamente o sentido de Veda-Shastra - os ensinamentos da Lei, qualquer que seja sua condição, prepara-se, durante o seu estudo neste mundo, para a identificação com BRAHMÃ (liberação). Os que muito estudaram, valem mais do que os que pouco leram. Os que possuem tudo quanto leram, são preferíveis aos que leram e logo esqueceram. Os que compreenderam, possuem mais mérito do que aqueles que sabem simplesmente o que decoraram. Os que cumprem com o dever, uma vez este conhecido, são preferíveis aos que simplesmente o conhecem, mas não o praticam. O conhecimento da Alma Suprema e a devoção para com Ela, são os melhores métodos para se chegar à Felicidade Suprema da liberação. Com a devoção, resgata as suas faltas; com o Conhecimento de Brahmã, consegue a Imortalidade. Aquele que procura adquirir conhecimento efetivo de seus deveres, possui três categorias de provas: a evidência intuitiva, o raciocínio discursivo e a autoridade dos diferentes livros deduzidos das Santas Escrituras.

Ainda mais: o discípulo concentrando a atenção em tudo isso, alcança o "perceber" a Alma Divina em todas as coisas, visíveis e invisiveis. Pois, considerando a Alma Divina em tudo, e reciprocamente, tudo na Alma Divina, não entrega o espírito à iniquidade. A Alma Suprema, é, com efeito, a SÍNTESE de todos os deuses e aquilo que pulsa no íntimo de quantos atos realizaram todos os seres animados. Que o discípulo contemple, em suas meditações, o éter sutil que inunda todas as cavidades de seu coração; o ar que atua em seus músculos e nervos, a Suprema Luz do Sol e do Fogo, em seu calor digestivo e em seus órgãos visuais; a Água, nos fluídos de seu corpo; a Terra, em todo seu corpo. Veja, também, a Lua (Indu) em seu coração; os Gênios das 8 regiões do Espaço, no órgão de seu ouvido; Hara, em sua força muscular, Agni, em sua palavra, Mitra em sua faculdade excretória, Pradjápati, em seu poder gerador. Acima de tudo, porém, deve representar ao Grande Ser (Para-Purusha) como o Soberano Animador do Universo. Mais sutil do que o Átomo, mais brilhante que o ouro, mais puro e único capaz de ser concebido pelo Espírito, no Sono da mais abstrata contemplação. Uns adoram a Para-Purusha, no Fogo Elemental. Outros, no Manu, senhor de todas as criaturas; outros, em Indra; outros em Vayu e Tejas; outros, no eterno Brahmã. Porém, este Soberano Senhor é aquele que, ao desenvolver todos os seres com um corpo formado de cinco elementos, os faz, sucessivamente, passar do nascimento ao crescimento; do crescimento à dissolução, com movimento semelhante ao de uma Roda que gira. Por isso o homem que reconhece a sua própria Alma na Suprema Alma Universal, presente em tudo e em todos, mostra-se igual perante todos e tudo, e alcança a mais feliz das sortes: a de ser finalmente absorvido no Seio de Brahmã.

Por mais dificil que isso tudo vos pareça, o fato é que não é impossível, eu vô-lo posso afirmar. Como nos antigos Códigos Iniciáticos, no nosso o método é posto em execução. Mesmo porque, sendo a sua Missão a de preparar uma Nova Civilização portadora de melhores dias para o mundo, é seu dever formar o Homem Integral, que desde já sirva de Arauto àquela Civilização.

Quanto aos ideais que vedes por toda parte, e que são causadores da luta fratricida que se desencadeia no mundo inteiro, não são mais do que demonstrações palpáveis do fim de um ciclo apodrecido e gasto, ao qual se seguirá o dealbar do glorioso dia da raça que prenunciamos. Por baixo de todas essas formas grosseiras de "salvação", se notam os anseios espirituais do verdadeiro Ideal da Fraternidade Humana.

Daí o dique tutelar, por nós e poucos mais, construído, para reter as águas invasoras do materialismo bravio, que ameaça tragar todos os seres da Terra.



Vallisneria spiralis
Valisnéria






 A Era de Aquários > Plantas de Aquário
Fotos & Comentários

Vallisneria_spiralis_2.jpg (16kb)
Fotografia: Ernie Hua

Nome: Vallisneria spiralis
Origem: Regiões Tropicais e Subtropicais

Cuidado    Cascalho    Iluminação
Fácil    Simples    Média
Comentário

Esta é uma das mais lindas plantas existentes, porém ficam mais bonitas em aquários com no mínimo 100 litros. É necessário podá-las frequentemente.
Contribuído por Carlos
Comentário

Gosta de água mole, temperatura entre 26 e 32°C. Indicada para aquários altos, pois causam um bonito efeito. Para que esta planta sinta-se bem devemos tê-las em grupos de 3 plantas (plantadas a 3cm de distância), o que facilita a sua reprodução, que acontece por estames que saem próximos da raiz da planta. Vão para o fundo e depois enraizam, subindo acima do solo novamente, às vezes dando dois ou até três brotos por estame. O processo dura 1 semana. Para podá-las corte as folhas 15 cm acima da raiz, e retire-as apenas quando definharem pois têm a raiz muito sensível. Possuo algumas em casa e algumas delas medem 1,60 m de comprimento! A injeção de CO2 é recomendável.
Contribuído por Fillipe
Comentário

Esta planta é ótima para aquários pois é de uma beleza magnífica. Necessita de poucos nutrientes e é necessário estar sempre podando as suas folhas.
Contribuído por Davi Carvalho
Comentário

Esta planta fica muito bonita quando nas condições descritas acima, mas também, e principalmente, (minha opinião) quando o aquário tem uma boa circulação de água. Próximas à saída de água elas deitam e balançam com a água; esse efeito é maravilhoso!
Contribuído por Gustavo Nardo
Comentário

Comprei 5 mudinhas de valisneria...mirradinhas (10 cm) os últimos do estoque da loja. Após 3 meses sob intensa luz (2 fluorescentes compactos de 20 W - Phillips 6500 K) e temperatura 28-30°C, água super bem aerada, obtive boa reprodução e crecimento com folhas de mais o menos 70 cm. e quase 1.5 cm de largura em media. Solo composto por areião grosso e nenhum produto fertilizante, a não ser os resíduos de comida e dejetos dos peixes. Ah! Meu aquário é modesto - de 40 litros. Ótima planta para aquarófilos despretensiosos como eu!
Contribuído por Alberto Lisboa
Comentário

Essa planta é muito resistente. Comprei algumas mudas há muitos anos, e hoje possuo vários exemplares vindos das primeiras que comprei. Já foram testadas em praticamente qualquer condição de água e iluminação, incluindo água salgada. Sobrevivem mesmo se completamente cobertas por algas.
Contribuído por Raphael Motizuki
Comentário

Adoro esta planta. Tinha uma imitação no meu aquário, até que um dia eu vi a planta de verdade, me apaixonei e levei para casa na hora. Meu aquário só possui um betta e tem uma coluna d'água de uns 40 cm. Sei que ela pode crescer bem mais do que isso, mas fico satisfeito em podá-la na dimensão do meu aqua. Fica em cascalho e só, iluminação fraca já dá conta do recado. Cresce muito rápido.
Contribuído por Thiago Oliveira
Comentário

Essa planta é muito resistente, não tenho muito trabalho com ela, sempre tenho que podar, pois cresce rapidamente. Enfatizando os comentários anteriores, ela fica muito bonita próxima a uma corrente de água de uma torre de filtro, pois fica movimentando de forma graciosa. 

Fontes:
http://www.papiros.bravehost.com/linhas_de_pensamento/eubiose/AGNI_O_Fogo_Sagrado.html

http://www.aquahobby.com/garden/b_spiralis.php

terça-feira, 15 de maio de 2012

U.F.O - Ultra Secreto

 

Publicado em 11/05/2012 por
 
Fita vhs lançada pela revista Planeta na década de 1990 como parte da coleção "Extraterrestres Entre Nós".

 Embora o título original do documentário seja "Ufo - Above Top Secret", na versão da Video Três ele foi rebatizado como "Ufos: Uma Nova Tecnologia", com o seguinte texto no estojo: "Luzes começaram a surgir no céu sugerindo que algo observava o curso dos acontecimentos. Em 2 de julho de 1947, um fazendeiro do Novo México, nos Estados Unidos, viu suas terras invadidas pela queda de uma nave espacial.

 O fato deu início ao famoso Caso Roswell, onde seres pequenos, de olhos grandes e boca e nariz pequenos foram capturados e escondidos do público pelo alto comando militar americano. Outros casos surgiram depois, sempre envolvendo naves espaciais de tecnologia indecifrável para o homem. Tecnologia essa que seria capaz de nos levar por todo o universo.

O maior segredo sobre a face da Terra esconde um conhecimento muito além da nossa compreensão." Depoimentos de Walter Haut, Gal. John Sanford, Judd Roberts, Robert Shirkey, Thomas Jefferson Du Bose, Sappho Henderson, Wendelle Stevens, Virgil Armstrong, John Lear, J. Allen Hynek, Johannes von Buttlar, Hans Petersen, Anthony Dodd, Marina Popovich, Brian O' Leary, Bob Lazar e Thomas E. Bearden.

 


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