sexta-feira, 16 de abril de 2010

SANTO AGOSTINHO - Pensamento


Performed by NMSU Choir New Mexico State University Choir presents "From Mozart with Love: A Reunion Concert." Conducted by Dr. Jerry Ann Alt presenting University Singers, Concert Choir, Alumni Guests, and Masterworks.
Part One:
"Vesperae Solennes de Confessore"
"Dixit"
"Confitebor"
"Beatus Vir"
"Laudate Pueri"
"Laudate Dominum"
"Magnificat"

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Santo Agostinho

Aurélio Agostinho (do latim, Aurelius Augustinus), Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho foi um bispo católico, teólogo e filósofo que nasceu em 354 d.C. em Tagaste (hoje Souk-Ahras, na Argélia); morreu em 28 de Agosto de 430, em Hipona (hoje Annaba, na Argélia). É considerado pelos católicos como santo e doutor da doutrina da Igreja.


* O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a fonte de todos os vícios.


* O supérfluo dos ricos é propriedade dos pobres.


* Ninguém faz bem o que faz contra a vontade, mesmo que seja bom o que faz.


* Dois homens olharam através das grades da prisão;
um viu a lama, o outro as estrelas.


* A angústia de ter perdido, não supera a alegria de ter um dia possuído


* ... conhece-se melhor a Deus na ignorância.


* Com o coração se pede. Com o coração se procura. Com o coração se bate e é com o coração que a porta se abre.


* Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.


* O dom da fala foi concedido aos homens não para que eles enganassem uns aos outros, mas sim para que expressassem seus pensamentos uns aos outros.


* Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem.


* Se não podes entender, crê para que entendas. A fé precede, o intelecto segue.

* "Tarde Vos amei,
ó Beleza tão antiga e tão nova,
tarde Vos amei!
Eis que habitáveis dentro de mim,
e eu, lá fora, a procurar-Vos!
Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes.
Estáveis comigo e eu não estava Convosco!

Retinha-me longe de Vós
aquilo que não existiria,
se não existisse em Vós.
Porém, chamastes-me,
com uma voz tão forte,
que rompestes a minha Surdez!

Brilhastes, cintilastes,
e logo afugentastes a minha cegueira!
Exalastes Perfume:
respirei-o, a plenos pulmões, suspirando por Vós.
Saboreei-Vos
e, agora, tenho fome e sede de Vós.
Tocastes-me
e ardi, no desejo da Vossa Paz"

* O mundo é um livro, e quem fica sentado em casa lê somente uma página.


* "A medida do amor é amar sem medida."


* Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti.


*A medida do amor é não ter medida.


*A infância que já não existe presentemente, existe no passado que já não é.


* O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a fonte de todos os vícios."


* "Dois homens olharam através das grades da prisão;
um viu a lama, o outro as estrelas".


* Vento..., Ao Meu Amigo, Leve, O Amor!!! Te Amo...!!!!


* "Fizeste-nos para Ti e inquieto está o nosso coração enquanto não repousar em Ti."


* Tenho mais compaixão do homem que se alegra no vício, do que pena de quem sofre a privação de um prazer funesto e a perda de uma felicidade ilusória"


* Tão cegos são os homens, que chegam a gloriar-se da própria cegueira!"


* Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras, para alcançarem fama, e isso é vaidade; outras, para enriquecerem com a sua ciência, e isso é um negócio torpe; outras, para serem edificadas, e isso é prudência; outras, para edificarem os outros, e isso é caridade"


* Na procura de DEUS é ELE quem se adianta e vem ao nosso encontro.


* O pecado é, amor de si mesmo, até o desprezo de Deus.


* Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar.


* "Inter urinas et faeces nascimur"


* As pessoas viajam para admirar a altura das montanhas, as imensas ondas dos mares, o longo percurso dos rios, o vasto domínio do oceano, o movimento circular das estrelas, e no entanto elas passam por si mesmas sem se admirarem.


* ....Òh Beleza tão antiga e tão nova, quão tarde Te amei...


* Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.

*Anjos e Demonios


* "Santo Agostinho, certa vez, escreveu sobre quando foi para o deserto fazer um retiro de silêncio e foi acometido por todo tipo de visão - tanto demônios quanto anjos. Disse que em sua solidão, algumas vezes encontrava demônios que pareciam anjos, e outras vezes encontrou anjos que pareciam demônios. Quando lhe perguntaram como ele sabia a diferença, o santo respondeu que só se pode dizer quem é quem com base na sensação que se tem depois que a criatura foi embora. Se você ficar arrasado, disse ele, então foi um demônio que veio visitá-lo. Se você se sentir mais leve, foi um anjo."


* Deus ë mais íntimo a nós que nós mesmos .


* "Deus não será maior se o respeitas, mas tu serás maior se o servires. "


* A medida do amor é amar sem limite


* "O coração delicado sofre menos das feridas que recebe do que das que faz..."


* Quereis cantar louvores a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o seu maior louvor, se viverdes santamente.


* Geralmente suspeitamos dos demais o que sentimos em nós


* Prefiro os que me criticam aos que me bajulam. Os que me criticam me corrigem, os que me bajulam me corrompem"
Santo Agostinho


* "É o olhar característico do amor que torna a pessoa sensível e atenta para perceber os sinais e demonstrações de afeto, por mais pequenos que sejam ou que aparentemente assim o sejam, que fazem nascer no coração um fundamental sentido de reconhecimento em relação a vida, aos outros, a Deus."


* Necessitamos um do outro, para sermos nós mesmos.


* " Um Sábio da Antigüidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo "

quinta-feira, 15 de abril de 2010

BENTO XVI e "ECOLOGIA HUMANA"


The Alice Millar Chapel Choir and members of the Northwestern University Symphony Orchestra perform Wolfgang Amadeus Mozart's Great Mass in C Minor.
This program was produced by Northwestern University in 
conjunction with HMS Media of Des Plaines, IL.
Bento XVI defende uma “ecologia humana”
Defender a criação exige respeito pela natureza do ser humano como homem e como mulher
A Igreja deve defender a natureza, não apenas a natureza física, mas também a natureza humana, por vezes ameaçada por tendências auto-destruidoras. Esta é uma das ideias do discurso que no passado dia 22 de Dezembro Bento XVI dirigiu à Cúria Romana, na tradicional audiência de boas festas. O Papa chamou a atenção para o facto de que aquilo que muitas vezes se pretende expressar com o termo gender (género) supõe uma tergiversação da distinção entre masculino e feminino, que pertence à ordem da criação.

"Posto que a fé no Criador é parte essencial do Credo cristão, a Igreja não pode nem deve limitar-se a transmitir aos seus fiéis apenas a mensagem da salvação", disse Bento XVI. "A Igreja tem uma responsabilidade no que se refere à criação, e deve cumprir essa responsabilidade também publicamente."
A Igreja partilha da preocupação pela defesa da natureza, mas não se limita à natureza física. Por isso o Papa disse que, ao cumprir essa responsabilidade, "a Igreja deve defender não apenas a terra, a água e o ar como dons da criação que a todos pertencem, mas tem igualmente que proteger o homem contra a autodestruição. Precisamos de uma espécie de ecologia humana, entendida num sentido recto."
 
Mas terá sentido hoje falar de natureza humana? Bento XVI afirma-o sem hesitar: "Quando a Igreja fala da natureza do ser humano como homem e como mulher e pede que esta ordem da criação seja respeitada, não está a expor uma metafísica ultrapassada. Trata-se de ter fé no Criador e de prestar atenção à linguagem da criação; desprezá-la significaria para o homem a autodestruição e portanto a destruição da própria obra de Deus."

O Papa esclareceu o que o preocupa a este respeito, ao chamar a atenção para a manipulação frequente hoje em dia no uso do termo gender. "O que amiúde se expressa e se entende com o termo gender resume-se afinal à emancipação do homem face à criação e ao Criador. O homem quer construir-se por sua conta e dispor sempre e por si só sobre tudo quanto o afecta."

"Mas deste modo, salientou o Papa, vive contra a verdade, vive contra o Espírito criador."
"Os bosques tropicais merecem decerto ser protegidos, mas não o merece menos o homem como criatura na qual está impressa uma mensagem que não contradiz a nossa liberdade, antes é condição para ela," acrescentou.

A preocupação da Santa Sé pela manipulação que nos fóruns internacionais se faz de termos como "género" e "orientação sexual" revelou-se ao não aceitar declarações ambíguas, que amiúde escondem a intenção de reconhecer o pretenso "matrimónio homossexual."

Compreende-se assim que Bento XVI recordasse que "grandes teólogos escolásticos qualificaram o matrimónio, quer dizer, o vínculo para toda a vida entre homem e mulher, como sacramento da criação, instituído pelo Criador e que Cristo - sem modificar a mensagem da criação - depois acolheu na história da sua aliança com os homens."
 
Bento XVI incentivou a reler a encíclica Humanae Vitae nesta perspectiva de ecologia humana: "a intenção de Paulo VI era defender o amor contra a sexualidade como consumo, o futuro contra as exigências exclusivas do presente e a natureza humana contra a sua manipulação."

Fonte: Santa Sé
Assinado por Fonte: Santa Sé
Data: 10 Abril 2010

O PAPA, , a razão e o Islão

O Papa, a razão e o Islão


O que é que se passou para que o discurso mais académico de Bento XVI na sua visita à Baviera, pronunciado na Universidade de Ratisbona, tenha despertado uma inesperada chuva de críticas dos porta-vozes muçulmanos? Como costuma acontecer nestes casos, as primeiras críticas costumam transmitir uma ideia simplificada - o Papa teria dito que o Islão é uma religião violenta - e os que vêm a seguir limitam-se já a atacar quem pronunciou tal «ofensa», sem se preocupar em conhecer o texto e o contexto original.

O discurso pronunciado por Bento XVI a 12 de Setembro não trata das relações entre o cristianismo e o Islão, mas sobre a «Fé, razão e universidade». O tema central é uma questão muito querida na reflexão do teólogo Ratzinger: a racionalidade da fé, o interrogar-se sobre Deus por meio da razão, a convergência entre a fé bíblica e a filosofia grega.

Neste contexto, e com o estilo habitual de um académico que faz uma citação a propósito do desenvolvimento do seu tema, menciona o diálogo entre o imperador bizantino Manuel II Paleólogo (1350-1425) e um erudito persa sobre o cristianismo e o Islão. Manuel II Paleólogo, filho do imperador, tinha sido refém na corte otomana, sofreu a constante pressão turca sobre Constantinopla e foi um erudito, autor de obras teológicas e retóricas. 
Os parágrafos incriminados dizem assim: «No sétimo colóquio editado pelo professor Khoury, o imperador toca o tema da "jihad" (guerra santa). Seguramente o imperador sabia que na sura 2, 256 se lê: "Nenhuma constrição nas coisas da fé". É uma das suras do período inicial no qual o próprioMaomé ainda não tinha poder e estava ameaçado. Mas, naturalmente, o Imperador conhecia também as disposições, desenvolvidas sucessivamente e fixadas no Corão, acerca da guerra santa. Sem se deter no particular, como a diferença de tratamento entre aqueles que possuem o "Livro" e os "incrédulos", ele, de modo surpreendentemente brusco, dirige-se ao seu interlocutor simplesmente com a pergunta central sobre a relação entre religião e violência, em geral, dizendo: "Mostra-me também aquilo que Maomé trouxe de novo, e encontrarás somente coisas malvadas e desumanas, como a sua ordem de difundir por meio da espada a fé que ele pregava". O Imperador explica assim minuciosamente as razões pelas quais a difusão da fé mediante a violência é uma coisa irracional. A violência está em contraste com a natureza de Deus e a natureza da alma. "Deus não se alegra com o sangue; não actuar segundo a razão é contrário à natureza de Deus. A fé é fruto da alma, não do corpo. Quem portanto quer conduzir outro à fé necessita de capacidade de falar bem e de raciocinar correctamente, não de violência nem de ameaça». 


O que Bento XVI quer destacar aqui não é o «brusco» juízo do imperador sobre a acção de Maomé, mas sim a concepção cristã do modo de actuar de Deus. «A afirmação decisiva - prossegue Bento XVI - nesta argumentação contra a conversão mediante a violência é: não actuar segundo a razão é contrário à natureza de Deus (...). Para a doutrina muçulmana, pelo contrário, Deus é absolutamente transcendente. A sua vontade não está ligada a nenhuma das nossas categorias, inclusivamente à da racionalidade». 

Aquilo de que o Papa está a falar é «do encontro entre fé e razão, entre autêntico Iluminismo e religião. Partindo verdadeiramente da íntima natureza da fé cristã e, ao mesmo tempo, da natureza do pensamento helénico unido já com a fé, Manuel II podia dizer: Não actuar "com o logos" é contrário à natureza de Deus». Deus não actua de modo arbitrário, mas sim de acordo com a razão criadora; e o homem, para cumprir o projecto divino, deve actuar conforme a razão. 

Dois modos de conceber Deus
Bento XVI contrapõe aqui dois modos de conceber a transcendência divina. Num caso, «a transcendência e a diversidade de Deus são acentuadas de um modo tão exagerado, que também a nossa razão, o nosso sentido do verdadeiro e do bem não são já um verdadeiro reflexo de Deus, cujas possibilidades abissais permanecem para nós eternamente inalcançáveis e escondidas pelas suas decisões efectivas. Em contraste com isso, a fé da Igreja sempre teve a convicção de que entre Deus e nós, entre o seu eterno Espírito criador e a nossa razão criada, existe uma verdadeira analogia».

O Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Bertone, declarou num comunicado que ao citar o juízo do imperador Manuel II Paleólogo, o Santo Padre não pretendia assumi-lo, mas sim utilizá-lo para desenvolver num contexto académico «algumas reflexões sobre o tema da relação entre religião e violência em geral e concluir com um claro e radical repúdio da motivação religiosa da violência, independentemente da sua proveniência».

Não se trata de um problema de choque de civilizações. O mesmo comunicado recorda a advertência, dirigida noutro discurso de Bento XVI à cultura secularizada, para que se evite «o desprezo de Deus e o cinismo que considera a troça do sagrado como um direito da liberdade». 

No mesmo discurso na Universidade de Ratisbona o Papa afirmou que a dimensão religiosa é essencial para um frutuoso diálogo entre culturas: «As culturas profundamente religiosas do mundo vêem a exclusão do divino da universalidade da razão como um ataque às suas convicções mais íntimas. Uma razão que é surda perante o divino e que relega a religião para o âmbito das subculturas é incapaz de participar no diálogo entre as culturas».

Os porta-vozes islâmicos deveriam compreender que Bento XVI, ao defender a abertura da modernidade a Deus, está abrindo também espaço para todas as religiões. E deveriam pensar se as dificuldades do Islão para encontrar o seu lugar no mundo moderno provêm, não dos inimigos exteriores sempre invocados (os novos «cruzados», o Ocidente agressor, os colonialistas), mas sim de um problema por resolver entre a razão e a fé corânica. 

Fonte:Assinado por Aceprensa   
Data: 20 Março 2010
Aceprensa