sábado, 16 de março de 2013

DEZ HORAS DA MELHOR DA MÚSICA SACRA RENASCENTISTA


The best Renaissance Music sacred

 Dez horas sagradas

 na música renascentista 

- magnífico tesouro! 

Ade.

O melhor da música sacra renascentista
 
"Minhas favoritas músicas sacras renascentistas
 A música renascentista é a música clássica européia Inspirada por Deus, escrita durante o Renascimento, entre 1400 e 1600, aproximadamente. 
As características estilísticas que definem música renascentista são textura polifônica que segue as leis do contraponto, e é regida pelo sistema modal herdado de canto gregoriano. Entre suas formas mais generalizadas de música são a massa e o motete no gênero religioso, o madrigal, chanson e Carol gênero profano, e a dança, o Ricercare e Canzona na música instrumental.
Meus compositores favoritos deste período são:
 Tomás Luis de Victoria. Thomas Tallis William Byrd Palestrina Thomas Morley Guillaume Dufay Johann Jakob Froberger Diego Ortiz Josquin Desprez, Antonio de Cabezón Orlando di Lasso Gregorio Allegri Francesca Caccini Alessandro Piccinini Vittoria Aleotti Claudio Monteverdi Adriano Banchieri Guglielmo Ebreo da Pesaro Francesco Spinacino Antonio Caprioli Gasparo Alberti Andrea Antico Francesco Patavino Bernardo Pisano Pietro Paolo Borrono Francesco de Layolle. Costanzo Festa Pierre Attaignant Simon Boyleau Francesco Canova da Milano Balthazar de Beaujoyeulx Mattio Rampollini.

Chants and Prayers Renaissance : All Kyrie all Beneditione all Per signum Crucis all Veni Creator Spiritus all Salve Regina all Alma Redemptoris Mater all Ave Regina Caelorun all Regina Caeli all Pater Noster all Ave Maria all Gloria all Symbolum Nicaenum-Costantinopolitanum the best alleluia the best Spíritum Sanctum all Agnus Dei and more ..."

Javer2949 
Publicado em 27/07/2012


My favorite,Renaissance sacred music. the Renaissance music is European classical music Inspired for God written during the Renaissance, between 1400 and 1600, approximately. The stylistic characteristics that define Renaissance music are polyphonic texture that follows the laws of counterpoint, and is governed by the modal system inherited from Gregorian chant. Among its most widespread forms of music are the mass and the motet in the religious genre, the madrigal, chanson Carol and gender-profane, and the dancing, the ricercare and canzona in instrumental music. my most favorites compositers of this period are :
 Li-Sol-30
 Fontes:
 Javer2949
 · 508 vídeos Publicado los 27/07/2012 - Licença padrão do YouTube

DARWIN E DEUS - Reinaldo José Lopes




Darwin e Deus

Um blog sobre teoria da evolução, 

ciência, religião e a terra de ninguém entre elas




Por que diabos juntar Darwin e Deus?




É um prazer estender o tapete vermelho e dar as boas-vindas a você, mui gentil leitor. Este é um blog que vai se dedicar a explorar a relação entre ciência e religião de modo geral, as conexões entre a teoria da evolução e a fé religiosa de modo mais específico, e — pelo bem da minha sanidade mental (hehehe) —, simplesmente celebrar a beleza e o poder explicativo da biologia evolutiva, às vezes (e espero que sejam muitas vezes).

Talvez você já tenha me visto enfiar a mão nessa cumbuca em outros carnavais. Quando era repórter do portal “G1″, eu tinha duas atribuições semanais (que pra mim eram complementares, mas talvez soassem contraditórias pra muita gente): mantinha o blog “Visões da Vida”, que acabaria dando origem ao meu livro, “Além de Darwin”, sobre evolução; e produzia reportagens para a seção “Ciência da Fé”, inventada por este seu criado e justamente destinada a lançar um olhar científico sobre o passado e o presente das religiões. 

Achei que estava na hora de juntar as coisas de forma mais coerente e, graças à boa vontade desta Folha, ei-las aqui — pra vocês verem que esse papo de “a vida ensina” nem sempre funciona.

Digo isso na base da brincadeira, assim como meus colegas da editoria de “Ciência+Saúde” brincaram dizendo que o presente blog ia virar o maior ímã de “hate mail” (e-mails raivosinhos e comentários vociferantes) da história do jornalismo científico brasileiro. Eu me acostumei a tomar muita porrada por lidar com esses temas no “G1″, e não vejo por que seria diferente aqui. As pessoas simplesmente não gostam de misturar essas estaçõesO que talvez seja a principal razão para misturá-las, diga-se de passagem.

OBJETIVIDADE?
Se existe alguma coisa a respeito da qual eu sou agnóstico tendendo a ateu, ela se chama objetividade jornalística. Não acho que seja possível assumir uma postura de distanciamento olímpico diante dos assuntos que realmente importam e, por isso, quero deixar meu ponto de vista claro antes de explicar por que diabos escolhi a temática desse blog. Tenha paciência comigo.

Sou católico, do tipo que só não entrou pro seminário porque queria ser marido e pai (beleza, ainda dá pra tentar ser diácono quando eu me aposentar). Minha compreensão dos artigos básicos da minha fé é basicamente ortodoxa. Ao mesmo tempo, desde que me entendo por gente, a complexidade e a beleza das coisas vivas e, em especial, da história delas, dos dinossauros aos australopitecos e neandertais, sempre me cativou. Cheguei a me matricular no curso de biologia da Universidade Federal de São Carlos antes de me decidir pelo jornalismo porque “dava mais dinheiro” (ingêêêênuo!).

Também sempre fui fascinado com o que a investigação científica independente era capaz de dizer sobre a história da minha religião e a de outras (embora, claro, ache escavações arqueológicas em Israel mais interessantes do que as que acontecem num antigo centro do budismo, digamos). Tive a sorte de ser criado numa tradição religiosa que — por mais problemas que tenha — nunca me pediu para escolher entre o “Livro de Deus” e o “Livro do Mundo”.

Mas uma série de outras tradições religiosas não são tão generosas (ou “permissivas”, “degeneradas” etc. dependendo da sua perspectiva), e esse é um problema que, na minha modesta opinião, tem de ser enfrentado o quanto antes. Deixe-me tentar explicar o porquê.

“A VERDADE VOS LIBERTARÁ”
Em primeiro lugar porque, deixando o tucanês de lado, a teoria da evolução é simplesmente… verdadeira. Tão apoiada em fatos e observações quanto a gravidade, embora não seja uma lei (nem poderia, já que descreve e explica fenômenos multifacetados demais para serem resumidos numa equação). Deal with it – chupa essa manga (sem conotações obscenas, por favor, este é um blog de família). Quem se nega a entender ao menos o mínimo da biologia evolutiva — pior, simplesmente cobre o canal auricular e fica dizendo “eu não estou ouvindo, eu não estou ouvindo” — está perdendo um pedaço crucial do quebra-cabeças do Cosmos por medo. Está se recusando a apreciar Mozart, ou os Beatles, ou Camões — porque poucas coisas são mais elegantes, mais ferozmente bonitas, na sinfonia da natureza, do que a evolução.

É preciso reconhecer, também, a seriedade do desafio trazido pela biologia evolutiva a algumas concepções religiosas tradicionais. Não dá para se agarrar a cada vírgula da Bíblia como a verdade literal (até aí, todos os pensadores mais sofisticados da história do cristianismo concordariam, isso desde os primeiros séculos, de Orígenes a Santo Agostinho). Não é sem alguma criatividade teológica que se consegue acomodar o acaso e o sofrimento inerentes à seleção natural com as visões tradicionais sobre a centralidade do homem na “Criação” ou o significado da morte e do mal no mundo. As respostas fáceis rareiam.

Ao mesmo tempo, toda vez que Darwin é representado popularmente como “o homem que matou Deus”, dá vontade de enfiar a cara numa almofada de tanta vergonha alheia. E não é nem porque esse assassinato por encomenda não estivesse nos planos do nosso ícone barbudo (não estava), mas porque, para quem acredita numa divindade transcendente, “além dos círculos do Mundo” (só para citar Tolkien), os mecanismos que regem a natureza  não revelam grande coisa a respeito de quem é, por definição, sobrenatural.

A última razão é pragmática, mas importante. Entre religiosos e não religiosos, devotos de Cristo ou sequazes de Darwin, é preciso achar um “modus vivendi” — ou, ao menos, um “modus non moriendi”, se não um jeito de viver juntos, ao menos um jeito de não morrer juntos.

Se continuar sendo honesta com os fatos, a ciência não vai abandonar a teoria da evolução. Ao mesmo tempo, a religião não vai ser varrida do mapa. Uma sociedade polarizada e incapaz de dialogar sobre os temas fundamentais é ruim para todo mundo. É melhor aprender a ouvir e, no mínimo, tentarmos nos concentrar no que nos une, e não no que nos separa.

PROGRAMA DE GOVERNO
Dito isso, nobre leitor, que temas você pode esperar encontrar neste blog?

1)Estudos sobre como a evolução moldou nossas propensões para a religião — ou mesmo para o ateísmo, por que não?

2)Estudos sobre arqueologia, história, psicologia, neurobiologia etc. das religiões e do fenômeno religioso;

3)A velha mas sempre atual discussão política sobre ensino de criacionismo nas escolas, diálogo entre cientistas e líderes religiosos, temas (como a bioética) que levantam reações acaloradas de ambas as partes etc.;

4)E pura e simplesmente o que há de melhor e mais atual na pesquisa sobre evolução.

E acho que já passou da hora de me despedir. Obrigado a quem chegou até aqui. Até breve,

Reinaldo.



Perfil Reinaldo José Lopes 
é jornalista de ciência e autor do livro Além de Darwin
Leia mais
  1.  
    Olhodehorus comentou em 07/03/13 at 9:50 pm Responder
    1) Não concordo com o que você na primeira alternativa. A religião está no sangue do ser humano, da mesma forma que acontece com a comunicação por exemplo. Pesquise e veja que em todo canto da terra ou do universo onde existam seres inteligentes eles estão sempre se comunicando e buscando uma religação com um algo maior… Tudo que Chomsky diz sobre a origem da linguagem também é perfeitamente válido para religião ou para a espiritualidade.

    Mas, claro, a comunicação vem se desenvolvendo muito ao longo dos tempos, a religião não, está estagnada… Jung teve perfeita consciência desse fenômeno. E se a natureza teve uma razão para criar a comunicação, também deve ter tido alguma para criar a religião, como disse Jesus: “até os seus fios de cabelo são contados.”

    Duvida de mim? Me diga então, porque motivo lógico alguma criatura inteligente iria perder tempo se preocupando com algo que NÃO existe? Por que os ateus tem sempre um tão imenso problema com deus? Deus não existe! se preocupar com algo que não é existe é desperdício de energia, sinceramente! Se existe algo ligado a deus, e que atrapalhe a sociedade, no caso, a religião, aí sim, vou me preocupar com esse algo… mas veja que não é o caso dos ateus, a palavra não é “irreligiosidade” mas “ateísmo”. Eles são quase velhas encalhadas que ficam virando o santo de ponta cabeça até que ele atenda o seu pedido de casamento.

    Pretendem ficar lutando contra deus todos os dias de suas vida até que ele venha e se revele pro mundo. É mais do que simples ceticismo, um verdadeiro cético jamais acreditaria em TUDO quanto é oferecido pela ciência ou pela religião, o certo é sempre se utilizar a sua capacidade de discernimento. Acreditar em tudo é tão estúpido quanto duvidar de tudo, de qualquer forma a necessidade de pensar é dispensada. E fora que é perfeitamente possível se usar a ciência pra mentir, Hitler usou e abusou desse poder.

    • Jorge Luiz Sperandio comentou em 08/03/13 at 11:56 am Responder
      A “sorte” de Deus foi que Jesus o salvou. Não fosse o Salvador, teríamos que pensar em Deus como uma ” teoria”.

      • Olho de Hórus comentou em 08/03/13 at 8:23 pm Responder
        Será que Jesus foi visitar os povos indígenas da austrália e da áfrica também? E existe uma tribo na amazônia que até hoje jamais ouviu falar do homem branco, não teve qualquer contato com os homens civilizados mesmo nos dias de hoje, é a única tribo no mundo nessa condição… mas, será que Jesus foi lá reavivar a fé deles também?
        Religião é igual a comunicação, só muda o lado do cérebro em que cada processo ocorre. E não limite seu ateísmo apenas a deus não, o mundo espiritual em que nós acreditamos é bem mais amplo do que só isso.

  2. Jorge Luiz Sperandio comentou em 09/03/13 at 10:41 am Responder
    Ok. Quando digo Deus, Jesus e Salvador, me refiro a um segmento da religiosidade e não a ela como um todo.
    E, se a pergunta for, como este segmento trata o todo (?), talvez a melhor reposta seja a de que o Salvador atribua esta tarefa ao homem: a de compartilhar o conteúdo que apresenta a todos os povos.
    Não haveria sentido qualquer comunicação de religiosidade se quem ouve não tivesse propensão para entender aquele que fala. E se Deus fala ao homem é porque ele (o homem) sabe do que Ele (Deus) quer falar.


  3. Arkis comentou em 09/03/13 at 4:47 pm Responder

    Cientistas ainda vão pesquisar por muito tempo a hipotese da evolução. Ainda vão esculpir muitos elos perdidos, vão datar muitos fosseis baseados em rochas em rochas que são datadas pelos fosseis que são encontradas nelas, muita mas muitas histórias serão escritas.
    Mas a verdade é que Darwin está errado desde o princípio quando ele disse que o registro fossil mostraria a evolução. Não mostra, ja sabemos disso.
    Alem disso, meu cerebro não consegue acreditar em:
    NADA + TEMPO + ACASO = TUDO QUE EXISTE!
    Um dia o design inteligente de todo universo vai mostrar a eles que nada existiu, existe ou existirá sem um proposito. Leis e ordem dependem de intelecto, que não pode surgir expontaneamente.
* Segue....mais outros virão...


(meu comentário)
Uma brinc-adeir-a repentista 
 E o peixe sabido 
faminto de novidade engole Darwin
O peixe faminto engole Darwin
cria pernas e dana andar
na cabeça do pobre diabo de olho travado
ouvido entupido de rasas lições
 - medonhos ditos, falácias
enganosas andejas - nas cavernosas patenas
do sacro ofício alheio dos sangrentos  rituais
 de cordeiros, óstias e bestas 
tudo aromátizado na letra de muito incenso.

 O peixsabido engole Darwin
cria pés e dana andar  - e perna para quem tem...
na cabeça ora pensante
que duma tacada só
vai pôr no mesmo sem fundo balaio 
palavras enigmáticas
escrituras impositivas,
  histórias do arco-da-velha
com tramas de santidade
justificadas nas guerras
-  insanas desde a origem.

Impositivas  tramóias eternas   
forjadoras de reis e reinados
de súditos já calejados 
- obedientes revoltados
na luta do sobreviver
assim ou assado . 
E o milagre acontece:
Terra e Mar de mãos dadas
debaixo de raivosos ventos
de nuvens turbilhonantes
regidos na maestria
da luminária de quinta - categoria do Sol
- comandante amoroso
faz rolar manto de nuvens
no compasso destemidas
trombam em muitos raios
estrondos de acordar
multidão cega e surda
amontoada em cavernas, sítios e cidades
fincadas de qualquer jeito
sobre áreas movediças
réplicas de  mentes afoitas
apregoadas suportes
doadoras do passaporte 
de livre penetração
no reino do bem viver.
Sai pra lá satanás
enganador de inocentes
 de pobres desavisados
metidos em tantos coitos 
- coitados de vez e de fato 
nesse mundo de Deus.
Falta pro peixe de pernas
um detalhezinho maneiro
- um par de asas bem fortes
dinâmicas e libertárias.
E o peixinho dançante
sai do abismo, avista o sol
deita na praia quente
já com o rabo  quarado
ardente e fogoso sai
busca sombra disparado
nas florestas do mundo.
O resto da história sobrou pra Darwin:
adentrar nos detalhes
da correntes de mil enígmas
nos filos de toda espécie.
 O novo barbudo emplumado
mira-se  no seu espelho
 entra de cara na audácia
no pensar que seu escrito fecha
toda e qualquer questão nascida
nesse mundo aonde, ele, Darwin ,
se elege
ser único e o próprio autor. 

 
E o milagre acontece ?
 ou vai nessa lenga-lenga arrebanhar mais guerreiros
sedentos da vera verdade? 
Ade

 Fontes:
 http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2013/03/06/por-que-diabos-juntar-darwin-e-deus/#comments
 

quinta-feira, 14 de março de 2013

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA - MISSA - CONCLUSÃO DO CONCLAVE



Pope Francis Holy Mass conclusion of the Conclave

Da Capela Sistina,  
Concelebração Eucarística com os membros do Colégio de Cardeais,
 presidida pelo Papa Francis
 
From the Sistine Chapel, Eucharistic Concelebration with the members of the College of Cardinals, presided over by Pope Francis
 Li-Sol-30
Fonte:
vatican 
Transmitido ao vivo em 14/03/2013
- Licença padrão do YouTube 
 Sejam felizes todos os seres Vivam em paz todos os seres
Sejam abençoados todos os seres!

ATLÂNTIDA: VIAGEM AO “PARAÍSO PERDIDO” COMUNIDADE TEÚRGICA PORTUGUESA




VITOR MANUEL ADRIÃO


ATLÂNTIDA:
VIAGEM AO “PARAÍSO PERDIDO”
COMUNIDADE TEÚRGICA PORTUGUESA
SINTRA - 2013

 

VIAGEM À ATLÂNTIDA ATRAVÉS DE PORTUGAL
VITOR MANUEL ADRIÃO

Quinto Posto Representativo – Sintra, Janeiro de 2013


Atlântida! Berço genealógico da civilização actual cuja memória perpassa as brumas do tempo e chega ao presente envolto em lendas, mitos e tradições que os povos carregam em seu bojo como substractum último transmitido pelos mais velhos e sábios aos pósteros, seja pela palavra, oral ou gráfica, seja pelas diversas expressões plásticas características do domínio artístico evocativo desses tempos recuados, manifestadas tanto pictórica, como escultórica e até
arquitectonicamente.


Assim, semeados algo dispersos mas significativamente um pouco por toda a parte da orla ocidental da Europa, particularmente Portugal, sobejam restos líticos, expressões monumentais provocadoras de inquietações profundas questionando implacáveis as certezas positivistas quanto ao Passado da Terra e a evolução das espécies, apesar dos saberes catedráticos já aceitarem parcialmente a existência do Homem antediluviano, contudo decantado na obscuridade do enigma que Platão celebrou, aos poucos transformando-se de facto mítico em facto histórico, mas ainda fazendo sofrer pela ignorância do que realmente fosse essa Kusha védica um dia afogada nas vagas atlânticas do oceano herdeiro do seu nome.


Aparte a diferença de nomenclatura utilizada para classificar os diversos ciclos da evolução da Terra e das espécies que a habitaram e das que a habitam, vocabulário passível de conciliação, já os dados cronológicos fornecidos pela Antropologia e pela Tradição esses é que não parecem conciliar-se em matéria de datação, aqueles revelando-se sempre frágeis e incertos perante a constância de novas descobertas arqueológicas, antropológicas, geológicas e até zoológicas, ao contrário da cronologia tradicional, forte e certa na certeza corroborada pelas próprias descobertas científicas. 


Também e por enquanto as interpretações diferem, certamente por preconceitos intelectuais nascidos da positiva ignorância cabal do que fossem as primitivas sociedades tradicionais onde a vida natural era sempre regulada pela vida sobrenatural, motivo da criação proto e pré-histórica dos mitos religiosos e espirituais que, no Período Histórico, levariam à fundação dos Mistérios (gregos, egípcios, celtas, etc.). Por ausência de noção do sagrado compensada por excessivo racionalismo dessacralizado importando, dispondo e interpretando a mentalidade primitiva segundo os modernos padrões psicossociais, no máximo remetendo os dados simbológicos disponíveis para leitura psicoanalítica, é que mais de uma vez tenho dito “que face à origem primitiva da civilização, a arqueologia dos antropólogos faz dela os seus antropófagos”. Isto com a devida ressalta para raros e honrosos autores, como o grande cientista espanhol Dr. Mário Roso de Luna.

Esses predispostos académicos encontram resposta nas Cartas dos Mahatmas M. e K.H. a A. P. Sinnett, onde na carta de M. datada de 1882 pode ler-se o trecho seguinte: “Vejamos o que a sua Ciência nos diz a respeito da Etnologia e de outras matérias. As últimas conclusões a que os sábios ocidentais parecem ter chegado, são, brevemente enunciadas, as seguintes (atrevo-me a sublinhar em azul – aqui itálicos, VMA – as teorias aproximadamente mais correctas):


“1) Os primeiros traços do Homem que puderam descobrir desaparecem além do final de um período, do qual só as rochas fósseis fornecem o único indício por eles possuído;


“2) A partir disso, descobriram quatro raças humanas que habitaram sucessivamente a Europa: a) aquela dos Sedimentos Fluviais, raça de poderosos caçadores (poderá ser Nemrod?) que habitaram a região da Europa Ocidental, cujo clima era então subtropical; utilizavam instrumentos de pedra lascada muito primitivos tendo sido contemporâneos do rinoceronte e do mamute;


 b) os pretensos homens das cavernas, raça que aparecer durante o Período Glaciar (da qual os esquimós são agora, dizem eles, os seus únicos espécimes); esses homens possuíam melhores armas e melhores utensílios de pedra talhada que lhes permitia desenhar sobre hastes de renas, sobre ossos ou sobre pedras, com uma maravilhosa exactidão, os diversos animais com que estavam familiarizados, simplesmente com a ajuda de pontas de sílex;

 c) a terceira raça – os homens da Idade Neolítica, os quais afiavam já os seus utensílios de pedra, construindo casas, barcos e potes de barro, em suma, os habitantes lacustres da Suíça; e finalmente 

d) apareceu a quarta raça, vinda da Ásia Central. Esta é a dos Arianos de tez clara que se mesclou com os restos dos Ibéricos escuros – actualmente representados pelos bascos morenos de Espanha. Esta última é a raça que eles consideram como a dos seus progenitores, aqueles dos povos modernos da Europa.

“3) Ademais, eles acrescentam que os homens dos Sedimentos Fluviais precederam o Período Glaciar conhecido em Geologia sob o nome de Plioceno, cuja origem data aproximadamente 240.000 anos, e que os seres humanos em geral habitam a Europa desde há 1000.000 anos, mais ou menos (ver Geikie, Dawkins, Fiske e outros).


“Aparte uma só excepção, eles estão completamente errados. Chegaram muito perto do objectivo, mas falharam em todo o caso. Não há quatro mas cinco raças; e nós estamos na quinta, com os restos da quarta. Também a primeira raça apareceu sobre a Terra não há meio milhão de anos (teoria de Fiske), mas há muitos milhões. A teoria científica mais recente é esta dos professores alemães e americanos, que dizem por intermédio de Fiske: “Nós divisamos o Homem vivendo sobre a Terra talvez desde há meio milhão de anos, mudo sob todos os aspectos”.


“Isso é, por sua vez, verdadeiro e falso. Verdadeiro em que a raça foi “muda”, porque foram necessárias longas idades de silêncio para a evolução da linguagem e a compreensão mútua da palavra, surgida após os gemidos e murmúrios do homem imediatamente acima dos antropoides superiores (raça agora extinta, porque à medida que ela avançou “a Natureza fechou a porta atrás dela”, em mais de um sentido) – até ao primeiro homem articulante de monossílabos. Mas é falso tudo o resto.”


A Tradição Iniciática das Idades sob o nome Teosofia, informa que a Humanidade evolui na Terra através de sete Ciclos Raciais em que ela faz uma Ronda sobre si mesma, não deixando de situar tais Ciclos em quais Eras e Sistemas Geológicos predicados pela Antropologia. Pois sim, a Teosofia afirma que estamos na 5.ª Raça-Mãe, consequentemente, já evoluíram na Terra 4 Raças-Mães (cada uma composta de 7 Sub-Raças; cada Sub-Raça composta de 7 Ramos; cada Ramo composto de 7 Clãs e cada Clã de 7 Famílias, sendo cada família um conjunto de 7 pessoas: avô, avó, pai, mãe, filho, filha e… primo(a), como elo de ligação com outras famílias), como sejam:


1.ª Raça-Mãe:
POLAR ou ADÂMICA Continente: Jambu Dwipa (calota do Pólo Norte). Era Geológica: Primitiva. Sistema ou Período Geológico: Arqueano e Algonquiano. Estado de consciência interior: Espiritual ou Atmã. Veículo de manifestação exterior: Astro-Etérico (composto dos 2 éteres superiores dos 4 que se compõe o Corpo Etérico). Elemento natural (Tatva): Akasha (Éter). Sentido físico: Audição. 


2.ª Raça-Mãe: HIPERBÓREA ou HIPERBOREANA Continente: Plaksha Dwipa (calota do Pólo Sul, depois evoluindo para os actuais países nórdicos: Groenlândia, Suécia, Noruega, etc.). Era Geológica: Primária. Sistema ou Período Geológico: Cambriano e Seluriano. Estado de consciência interior: Intuicional ou Búdhico. Veículo de manifestação exterior: Físico-Etérico (composto dos 2 éteres inferiores dos 4 de que se compõe o Corpo Etérico). Elemento natural (Tatva): Vayu (Ar). Sentido físico: Olfacto. 

3.ª Raça-Mãe: LEMURIANA Continente: Shalmali Dwipa (Gondwana, continente austral e África). Era Geológica: Primária, Secundária e início da Terciária. Sistema ou Período Geológico: Devoniano, Carbonífero, Permeano, Triássico (apogeu), Jurássico, Cretáceo. Estado de consciência interior: Mental Superior ou Manas Arrupa. Veículo de manifestação exterior: Físico denso (o Homem aparece como um ser concreto, visível e tangível). Elemento natural (Tatva): Tejas (Fogo). Sentido físico: Visão. 4.ª Raça-Mãe: ATLANTE Continente: Kusha Dwipa (parte da Europa, incluindo Portugal, da América do Sul, incluindo o Brasil, e toda a região mediterrânea chegando à Ásia). Era Geológica: 

Secundária, Terciária e início da Quaternária. Sistema ou Período Geológico: Triássico (apogeu da Lemúria, pois quando aparece uma nova raça a anterior ainda está em funções), Jurássico, Cretáceo, Paleoceno, Eoceno (apogeu da Atlântida), Oligoceno, Mioceno (1.º cataclismo atlante, dos 4 que fizeram o continente submergir), Plioceno. Estado de consciência interior: Psicomental ou Kama-Manas (ligação do corpo Astral ou Emocional com o Mental Inferior ou Manas Rupa). Veículo de manifestação exterior: Emocional, Astral ou Kamásico. Elemento natural (Tatva): Apas (Água). Sentido físico: Paladar.
Atlântida: Viagem ao “Paraíso Perdido” – Comunidade Teúrgica Portuguesa
5
5.ª Raça-Mãe: ARIANA ou ÁRIA Continente: Kraunka Dwipa (surge no Norte da Índia, Planalto do Pamir, junto ao Himalaia, e depois se espraie pelo Globo habitável). Era Geológica: Quaternária. Sistema ou Período Geológico: Pleistoceno e o actual Antropoceno. Estado de consciência interior: Mental Superior ou Manas Arrupa. Veículo de manifestação exterior: Mental Inferior ou Kama Rupa (rupa é termo sânscrito significando “com forma”, “concreto”, e arrupa, “sem forma”, “abstracto”). Elemento natural (Tatva): Pritivi (Terra). 


Sentido físico: Tacto. Na presente 5.ª Raça-Mãe já se desenvolve o 5.º Elemento ou Quintessência, Éter ou Akasha, e com isso, mercê do 5.º Corpo Mental Superior, o sentido da audição à sua potência máxima, acompanhado do olfacto também em supra-desenvolvimento, pelo que um dia tal como hoje os homens ouvem sinfonias musicais, “ouvirão” sinfonias de aromas…

Descartando os incontáveis autores que com mais precisão e menos fantasia, ou vice-versa, dissertaram sobre o tema da Atlântida e o que tenha sido, aqui cinjo-me exclusivamente à autoridade teosófica credível do Professor Henrique José de Souza, de quem respigo o seguinte excerto de A minha Mensagem ao Mundo Espiritualista:


“A Raça Atlante foi governada pela Lua e Saturno. A prática da Magia Negra, sobretudo entre os Toltecas, predominou na Raça Atlante, proveniente de um emprego ilícito dos “raios obscuros da Lua”. É a Saturno que se deve, em parte, o enorme desenvolvimento do espírito concreto que caracterizou a 3.ª sub-raça. Nela se desenvolve o sentido do gosto. 


A linguagem era aglutinante nas 3.ª, 4.ª e 5.ª sub-raças; era a forma mais antiga dos Rakshasas. Com o tempo, tornou-se inflexiva e assim passou à 5.ª Raça. A Atlântida, o Kusba (País de Um) dos arquivos ocultos, compreendia a China e o Japão, e cobria o que hoje representa o Oceano Pacífico Setentrional, quase até ao lado ocidental da América. 

Ao sul, compreendia a Índia, o Ceilão, a Birmânia e a Malásia; a oeste, a Pérsia, a Arábia, a Síria, a Abissínia, a bacia do Mediterrâneo, a Itália meridional e a Espanha. Da Escócia e da Irlanda, então imersas, estendia-se a oeste sobre o que actualmente se denomina de Oceano Atlântico e a maior parte das duas Américas. 

A catástrofe que despedaçou a Atlântida em sete ilhas de diversos tamanhos, no meado do Período Mioceno, há 4 milhões de anos, trouxe para cima das águas, a Suécia e a Noruega, uma grande parte da Europa Meridional, o Egipto, quase toda a África e uma parte da América do Norte, enquanto que a Ásia Setentrional afundava-se nas águas, separando deste modo a Atlântida da Terra Sagrada. Os continentes chamados Ruta e Daitya (actualmente no fundo do Atlântico... mas, quem sabe, prestes a emergirem), foram separados da América, unidos ainda durante um certo tempo por uma faixa de terreno, que desapareceu na catástrofe do fim do Plioceno há 850.000 anos, fazendo desses continentes duas ilhas distintas, que por sua vez soçobraram há perto de 200.000 anos, e no meio do Atlântico nada mais ficou senão a Ilha Poseidonis que foi finalmente submersa em 9564 antes da Era cristã.

 A maioria dos habitantes da Terra é ainda vestígio da 4.ª Raça, compreendendo os Chineses, os Polinésios, os Húngaros, os Bascos e os índios das duas Américas. Foram estas as sub-raças da Raça Atlante:
 

“1.ª – Os Rmoahals, povos pastores que emigraram sob a direcção dos Reis Divinos;
 

“2.ª – Os Tlavatlis, de cor amarela, civilização pacífica sob a égide de seus Instrutores e dos Reis Divinos;
 

“3.ª – Os Toltecas, de cor avermelhada (escura), belos, de estatura elevada; poderosa civilização, povo essencialmente guerreiro, civilizador e colonizador;
 

“4.ª – Os Turânios, raça guerreira e brutal (são designados nos antigos documentos hindus sob o nome de Rakshasas);

“5.ª – Os Semitas, povo turbulento e que deu nascimento à raça Judia, na 5.ª Raça-Mãe;


“6.ª – Os Akádios, migradores; espalharam-se pela bacia do Mediterrâneo; deram nascimento aos Pelasgos, Etruscos, Cartagineses, Scythas;


“7.ª – Os Mongóis, procedente dos Turânios, espalharam-se, principalmente, no Norte da Ásia.


“A quinta Raça ARIANA teve nascimento há um milhão de anos, quando o Manu Vaivasvata escolheu na sub-raça Semita as sementes da 5.ª Raça e conduziu-as à Terra Sagrada Imperecível. Há perto de 850.000 anos, uma primeira emigração atravessou os Himalaias e espalhou-se no Norte da Índia. Ela é governada por Budha-Mercúrio, porque o desenvolvimento do intelecto é o seu fim principal. Nela desenvolveu-se o sentido do olfacto. 


A superfície do Globo tendo passado por numerosas transformações, uma após outras emergem as partes dos nossos continentes actuais – Krauncha, em linguagem oculta. Após a catástrofe de há 200.000 anos e que deixou a Ilha de Poseidonis só no meio do Atlântico, os cinco continentes actuais haviam tomado a forma que hoje ainda possuem.

“No decorrer dos tempos, os nossos continentes serão destruídos pelos tremores de terra e os fogos vulcânicos, tal como outrora a Lemúria, pois que esses dois elementos destroem alternadamente o Mundo.


“A 1.ª sub-raça Ário-Hindu estabeleceu-se há 850.000 anos atrás no Norte da Índia. Teve como religião o Hinduísmo primitivo: leis do Manu, leis das castas;


“2.ª – Ário-Semita ou Caldaica, atravessou o Afeganistão e espalhou-se pelas planícies do Eufrates e na Síria. Teve o Sabeísmo como religião;


“3.ª – Ário-Iraniana, conduzida pelo primeiro Zoroastro estabeleceu-se na Pérsia, e daí à Arábia e ao Egipto. Culto do Fogo e da Pureza. Nela fez honra a Alquimia;


“4.ª – Ário-Céltica, conduzida por Orfeu espalhou-se na Grécia, Itália, França, Irlanda e Escócia; a sub-raça Celta distinguiu-se em todas as linhas artísticas;
“5.ª – Ário-Teutónica, emigrando da Europa central e espalhando-se hoje por toda parte do Mundo.


“A 6.ª sub-raça nascerá e desenvolver-se-á na América do Norte (este texto é de 1928, e posteriormente essa Missão antropológica norte-americana seria abruptamente interrompida, passando os seus valores para a do Sul. – Nota VMA). Já se podem notar alguns vestígios seus. A 7.ª sub-raça nascerá na América do Sul, cabendo ao Brasil o grande quinhão divino de trazer esta Nova Aurora de Paz, Amor, Luz e Progresso para a Humanidade, ou o término glorioso do Ciclo Ariano.”

Mapas: 1) Atlântida; 2) Decadência da Atlântida; 3) Ruta e Daitya; 4) Poseidonis
Desse trecho do Prof. HJS conclui-se que astrologicamente a Atlântida foi regida por dois planetas, Saturno e Lua, sob a direcção da constelação da Balança, por expressar a Raça Equilibrante entre as três idas e as três porvir. Roberto Lucíola esclarece:
“Saturno – Representava o equilíbrio, portanto, estava sobre a égide da Balança.


“Lua – Representava o desequilíbrio, portanto, sujeito a queda. Realmente, o desequilíbrio manifestou-se com toda a sua pujança. Prevaleceram os instintos lunares da 3.ª Raça.”


Saturno em Libra representava a Hierarquia dos Assuras e Kumaras, portanto a Vida-Consciência (Jivatmã), enquanto a Lua em Libra expressava a Hierarquia dos Jivas, a Vida-Energia, sob a direcção dos mesmos Kumaras representativos da Lei do Eterno. O afastamento dessa Lei por parte dos homens e a sua consequente queda na animalidade, é que provocou o desabamento dessa Raça Lunar e a sua extinção trágica.
Roberto Lucíola dá como limites geográficos do continente atlante os seguintes, adiantando que, segundo o Professor Henrique José de Souza, o Brasil foi uma região poupada pelo cataclismo traduzido como dilúvio universal que varreu do mapa da face da Terra essa civilização:


NORTE – Compreendia a Ásia.
SUL – Estendia-se pela Índia, Ceilão, Birmânia, Malásia.
OESTE – Disseminava-se pela Pérsia, Arábia, Síria e região banhadas pelo Mediterrâneo.
LESTE – Abrangia a Escócia e Irlanda. Projectava-se para onde hoje é o Oceano Atlântico.


Antes da Atlântida desfazer-se em sete ilhas, depois duas e por fim uma só que finalmente desapareceu engolida por terrível maremoto, essa civilização repartia-se em sete koushas ou cantões dirigidas por Adeptos Perfeitos ou Dhyanis-Jivas que hoje detêm a dignidade de Dhyanis-Kumaras e que então representavam os Sete Luzeiros e respectivos Planetários, estando na cúspide a Hierarquia Branca que se formara na Raça-Mãe anterior, a Lemuriana. Esses Sete Reis Divinos ou Rishis estavam sob as ordens directas de uma Suprema Tríade numa oitava cidade servindo de capital universal do continente e respectiva civilização. Daí dizer-se que a Atlântida tinha o valor 7 e 10, contando com o valor tríplice da sua capital.
Os 7+1 cantões situavam-se onde hoje estão as seguintes regiões:


1.º CANTÃO – 1.ª SUB-RAÇA RMOAHAL
DIRIGENTE: BEY-AL-BORDI (hoje MIKAEL) – SOL
LOCALIZAÇÃO: ENTRE O MAR DAS CARAÍBAS E AS ANTILHAS.
2.º CANTÃO – 2.ª SUB-RAÇA TLAVATLI
DIRIGENTE: ABRAXIS (hoje GABRIEL) – LUA
LOCALIZAÇÃO: ENTRE AS ILHAS CANÁRIAS, CABO VERDE, AÇORES E MADEIRA, ESTENDENDO O SEU “BRAÇO” GEOGRÁFICO E DEMOGRÁFICO AO NORTE DA EUROPA (ONDE ESTÁ A GRONELÂNDIA) E À ACTUAL AMÉRICA DO NORTE.
3.º CANTÃO – 3.ª SUB-RAÇA TOLTECA
DIRIGENTE: TUIT-TIT-BEY (hoje SAMAEL) – MARTE
LOCALIZAÇÃO: PERTO DO ARQUIPÉLAGO DO HAWAI ABARCANDO AS AMÉRICAS DO NORTE E CENTRAL.
4.º CANTÃO – 4.ª SUB-RAÇA TURÂNIA
DIRIGENTE: SERAPIS-BEY (hoje RAFAEL) – MERCÚRIO
LOCALIZAÇÃO: NO MAR HOJE DESERTO DE GOBI, ESTENDENDO-SE PELO ESTE ATÉ À ITÁLIA MERIDIONAL E INDO ATÉ AO NORTE-CENTRO DO BRASIL, E NELE ESTABELECEU-SE A SEDE TEMPORAL DA ATLÂNTIDA: ROMAKAPURA.
5.º CANTÃO – 5.ª SUB-RAÇA SEMITA
DIRIGENTE: TAKURA-BEY (hoje SAKIEL) – JÚPITER
LOCALIZAÇÃO: ONDE HOJE SITUAM-SE A ESCÓCIA E A IRLANDA, PROLONGANDO O SEU “BRAÇO” GEOGRÁFICO E DEMOGRÁFICO PELO LITORAL DA PENÍNSULA IBÉRICA ATÉ AO NORTE DA ÁFRICA ACTUAL.
6.º CANTÃO – 6.ª SUB-RAÇA AKÁDIA
DIRIGENTE: KA-TAO-BEY (hoje ANAEL) – VÉNUS
LOCALIZAÇÃO: ONDE HOJE É O EGIPTO E O DESERTO DO SINAI.
7.º CANTÃO – 7.ª SUB-RAÇA MONGOL
DIRIGENTE: ADAD (hoje KASSIEL) – SATURNO
LOCALIZAÇÃO: NORTE DO MAR HOJE DESERTO DE GOBI, NA REGIÃO DA SIBÉRIA ONDE ESTÃO OS MONTES URAIS.
8.º CANTÃO – SEMENTE DA RAÇA ÁRIA
DIRIGENTE: MU-ISKA, MU-ÍSIS, MU-KA (avataras de POLIDORUS ISURENUS, MAMA SAHIB, RIGDEN DJYEPO) – SOL CENTRAL
LOCALIZAÇÃO: NA REGIÃO COMPREENDENDO O CENTRO-SUL DO BRASIL, ONDE SE ESTABELECEU A SEDE ESPIRITUAL DA ATLÂNTIDA: MUAKRAM.




A Tradição Iniciática das Idades informa que cada Cantão atlante possuía 3 Templos principais, dois laterais para um central, consagrados aos 3 Aspectos da Divindade incarnada no Templo Central e Sete Espiritual da Raça. Logo, 3 Templos x 7 Cantões = 21 Templos + 1 síntese de todos = 22. Esta estrutura arcânica veio a constituir-se, após a Queda Atlante, na das Cidades Jinas dos Mundos de Badagas, Duat e Agharta, aonde se recolheram os Mestres e Iniciados da Face da Terra à dianteira dos melhores da Raça que, em meio à paranóia e decadência geral grassando por todo o continente onde campeavam os vícios mais nabalescos e os cultos hediondos impossíveis de descrever sem ferir a sensibilidade do leitor, contudo mantiveram-se fiéis à Boa Lis, à Boa Lei, às Regras de Deus – via Fraternidade Branca – para o Ciclo em manifestação.


Esses 3 Templos de cada Cantão eram dirigidos por Pais ou Pitris da Raça expressando as três Hierarquias Criadoras comprometidas com a evolução geral em todos os segmentos sociais e espirituais. Eram elas:
Pitris Assuras – Andróginos, Arqueus – Reis – Vontade de Deus
Pitris Agnisvattas – Masculinos, Arcanjos – Instrutores – Mente de Deus
Pitris Barishads – Femininos, Anjos – Sacerdotes – Coração de Deus
Quando a Humanidade rebelou-se contra a Voz de Deus e cerrou os ouvidos a ela, urgiu a tradição da Torre de Babel, cuja história é muito diferente da descrição bíblica ad litteram e recua aos meados da 4.ª Raça-Mãe Atlante, progenitora da actual 5.ª Raça-Mãe Ariana. Como ficou dito, o País de Mu, como também é conhecida a Atlântida, repartia-se em sete reinos, regiões ou cantões, cada qual com o seu governador próprio, tendo como dirigente máximo um Governo Geral Central composto de uma tríade imperial ou khou habitando a oitava cidade (Muakram ou Aptalântida), separada das demais por altíssimas muralhas. Nessa oitava cidade, como também já disse, encontrava-se a representação humana da própria Divindade na Terra, nas pessoas de Mu-Iska, Mu-Ísis e Mu-Ka expressando, respectivamente, os 1.º, 2.º e 3.º Logos ou Aspecto de Deus Único.


 A Bíblia relata que a Torre de Babel foi construída como uma tentativa de “escalar o céu” (as altíssimas muralhas), e que essa tentativa foi interrompida devido à confusão advinda (castigo kármico ou pena do pecado de ter ousado desafiar Deus) dos próprios construtores, que subitamente passaram a falar línguas diferentes não se entendendo entre si (sendo também alusão velada à fundação de sete Colégios Iniciáticos, cada qual com tónica diferente dos outros, e assim mesmo aos sete Ramos raciais destinados à sementeira humana da Raça futura, cada qual dirigido por um desses Colégios, cujo quinto levava o nome Kurat-Avarat).

Na verdade, a passagem bíblica (Génesis, 11:1-9) refere-se ao ocorrido com a destruição das altíssimas muralhas da oitava cidade atlante. Realmente, no sentido caótico Babel significa “confusão” (do hebraico Bavel), por os Nirmanakayas Negros influindo nos Rakshasas da mesma espécie, ou sejam os magos negros agindo pelos feiticeiros seus discípulos, por sua vez inspirando o povo à cólera e à revolta, terem tentado derrubar as muralhas da referida cidade para a destruir e assassinar os membros do Governo Central. Como não o conseguissem, mataram os dois tulkus (espécie de sósias) dos Gémeos Espirituais Mu-Iska e Mu-Ísis, estes a quem o seu filho, o sumo-sacerdote Mu-Ka, deu cobertura defensiva.


A partir desse evento o País de Mu entrou em decadência acelerada, muito mais quando a Fraternidade Negra tentou e conseguiu exercer a sua terrível influência sobre o governante da 4.ª cidade atlante, fazendo deste um avatara sombrio ou messias tenebroso liderando o movimento destruidor que varreu do mapa da face da Terra tão portentosa civilização dos finais do Período Plioceno e início do Quaternário, tendo a Grande Fraternidade Branca recolhido-se a regiões seguras deixando a restante Humanidade decaída entregue aos funestos destinos criados por ela mesma.


Mas no sentido iniciático, evolucional, a Torre de Babel como zigurate (torre-templo destinada ao culto astrolátrico, sobretudo o do Sol) expressava a própria Muakram representativa do Céu na Terra, e por isso Bab-El mais que tudo quer dizer Porta do Céu, tal qual o acadiano Bab-Ilu (donde o termo Babilónia), Portal de Deus. Esse termo acadiano passando ao sumério, ao caldaico, ao fenício e finalmente ao hebraico, aparece como Bab-El junto a Baal, este como Senhor, Deus, e aquele como a sua Morada. Baal ou Adon (Adonai) era um Deus Fálico, isto é, Gerador da Vida na Forma, e por isso representava-se por uma torre elevada ou por uma alta montanha onde se plantava um santuário, ou então, posteriormente, tão-só uma cruz ou uma espada cravada no cimo do monte.


 “Quem subirá ao monte (o lugar elevado) do Senhor? 

Quem estará no lugar de seu Kadushu (Sol)?” (Salmos, 24:3).

 Baal vem a ser assim o Sol, e quando num certo sentido é devorado pelo ardente Moloch, o seu irmão sinistro que vive na cripta do Mundo, ou seja, o próprio Deus Saturno, Baal assume então o nominativo Baal-Tzephon, o Deus da Cripta, representando o Sol da Meia-Noite, o saturnino ou subterrâneo expressivo da própria Shamballah, Walhalah ou Salém como Sol Central da Terra. Trata-se do mesmo Baal-Adonis dos Sôds ou Mistérios Judaicos pré-babilónicos, que se converteu, graças ao Massorah, no Adonai, o Jehovah posterior com vogais.

Baal-Adonis é também herança filológica atlante por referir-se a Push-Adonis ou Poseidonis, a Morada de Adonis, o 7.º Princípio Espiritual, e que designa a parte do continente atlante que submergiu 9.564 anos a. C. O nome dessa “ilha” sobrada do terceiro cataclismo que vitimou a Atlântida há cerca de 200.000 anos, foi transmitido por Platão nas suas obras Timeu (ou a Natureza) e Crítias (ou a Atlântida).
De facto, segundo os cômputos tradicionais a Atlântida passou por quatro grandes cataclismos antes de desaparecer para sempre:


1.º Cataclismo – 4.000.000 anos – Formaram-se os sete continentes ou dwipas.
2.º Cataclismo – 850.000 anos – Formaram-se as duas grandes ilhas Ruta e Daitya.
3.º Cataclismo – 200.000 anos – Desaparecem Ruta e Daitya e fica Poseidonis.
4.º Cataclismo – 9.564 anos – Desaparece Poseidonis, pequena



As referências à Atlântida recolhidas por Platão junto dos sacerdotes egípcios de Sais, servindo-se do testemunho deixado por Solon, sacerdote de Poseidonis, cingem-se exclusivamente a esta última ilha. Ruta era a ilha maior, nela predominava a casta Tolteca que, passado algum tempo, vítima das suas tendências congénitas tornou-se a dedicar-se às práticas de magia negra. Logo depois lançou guerra fratícida contra Daitya, a ilha menor, onde dominava a casta Akádia dedicada à magia branca. Ambas as ilhas vieram a sofrer um maremoto comum que as varreu do mapa da face da Terra, só sobrando um pequena parcela de Ruta que se chamaria Poseidonis. Esta foi habitada sobretudo por semitas que a abandonaram quando o mar começou a engolir a terra, indo internar-se no território ibérico, já de si todo ele atlante, separado da restante Europa pela cordilheira montanhosa dos Pirinéus levantada nos meados do Período Mioceno.


A presença humana original da 5.ª Sub-Raça Semita atlante entre os iberos peninsulares (mistura de atlantes sobreviventes de Ruta e Daitya) dos quais foi cumeeira manúsica ou legisladora, levaria Saint-Yves d´Alveydre, na sua Missão dos Judeus, a reconhecer: “Os Iberos de Espanha, irmãos dos Hebreus e dos Ibéricos do Cáucaso”.


Por a Sub-Raça Semita ser a mais desenvolvida mentalmente, o Manu Vaivasvata escolheu-a para semente humana da 5.ª Raça-Mãe Ariana, e fê-lo agindo através dos Gémeos Espirituais Vyasha-Manu e Mahima-Manu que tinham como Colunas Vivas Deva-Mitra (antigo Polidorus Insurenus) e Deva-Chandra (antiga Mama Sahib), como as primeiras manifestações avatáricas logo ao início da actual Raça-Mãe, segundo o Professor Henrique José de Souza em sua Carta-Revelação de 18.12.1952. Foi um período conturbado, de embates e combates entre tribos e clãs dos restos humanos da Raça passada finando e dos princípios humanos da Raça presente iniciando, algo assim como um período intercíclico durante o qual aos poucos foi se desvanecendo a presença do Manu Chaksusha da Raça Atlante e firmando-se cada vez mais a do Manu Vaivasvata da Raça Ariana. Essa firmação dar-se-ia definitivamente 5.000 anos a.C. com a fundação da Ordem dos Traixus-Marutas por Yeseus Krishna no Norte da Índia, na região de Srinagar.


Parte dos semitas atlantes disseminou-se pela orla mediterrânea indo misturar-se aos reminiscentes akádios instalando-se na actual Grécia, promovendo as culturas dórica e jónica que depois se estenderiam à Península Ibérica. Outra parte dos mesmos, mesclou-se com descendentes de tlavatlis e espalhou-se pelo Norte de África de que resultaram os povos semitas arianos. Por fim, a facção tolteca da antiga Ruta avançou em direcção às actuais ilhas britânicas, indo colonizar desde a Bretanha francesa à Grã-Bretanha, País de Gales, Escócia e Irlanda, fixando-se nesta onde ficaria conhecida nos anais irlandeses como Fir-Bolg. Seguiu-a, cerca de 4.000 a 2.000 anos a.C., a facção akádia da primitiva Daitya, atravessando toda a Europa em vagas sucessivas indo até à Escandinávia só parando junto as Montes Urais, onde fundaria a Ibéria caucásica. Misturando-se aos autóctones entre os Rios Reno e Volga, com o tempo daria origem à 4.ª Sub-Raça Celta ariana. Entretanto, parte dos akádios ibéricos do Sul também chegaria à Irlanda que baptizou de Hibérnia ou Erim.


 Foi mal recebida pelos Fir-Bolgs e teve início a guerra entre as duas facções, perdendo a segunda para aqueles. Essa última ficaria celebrizada nos ogams hibérnicos como Tuatha-de-Danand. Forçados a recuar novamente para o Sul onde chegaram até à Península Itálica onde deram origem aos lígures, mas também aos lusitanos descendentes dos iberos primitivos (tendo se estabelecido no Norte de Portugal – Galiza, região solar oposta à lunar dos vasco ou bascos descendentes dos Fir-Bolgs originais), os Tuatha-de-Danand reorganizaram-se, reforçaram as suas forças militares em homens e armas, e tendo à dianteira o seu líder Lug ou Lugerim (Lug-Erim, antigo braço direito de Mu-Ka, a “Alma da Atlântida”, ou seja o sacerdote atlante Ra-Mu, “Espírito do Sol”), misto de guerreiro imbatível e mago poderoso, iniciaram a contra-ofensiva sobre a Hibérnia, indo derrotar definitivamente os Fir-Bolgs e colonizando toda a ilha.

 Essa derrota e consequente colonização equivaleu a maior avanço civilizacional, encontrando o auge com a aparição dos celtas nos quais os Rif-Bolgs desapareceriam aos poucos, mas também os Tuatha-de-Danand, cujos Maiores da Raça ir-se-ia recolher ao próprio seio da Terra, ao seu interior como Sedotes ou Badagas, o que lhes valeu até hoje a condição de seres encantados e sobrenaturais, isto é, Povo Jina perdido nas brumas do tempo, não sem antes deixarem como legado parte da sua poderosa cultura e espiritualidade aos mais sábios e espirituais dos celtas que constituíam a cabeça do seu corpus religioso: os druidas, isto é, druwid, “no poder e na sabedoria”.

No auge da sua civilização, os Tuatha-de-Danand fundaram a sua capital política, religiosa e mágica na Irlanda – de que subjazem os restos – a que deram o nome de Tara, ou melhor, Tat-Erim. Dispuseram-na sobre a protecção dos Quatro Reis Divinos, como sejam os Quatro Maharajas ou “Senhores do Destino” do Mundo e do Universo, atribuindo a cada um determinado objecto mágico: a Pedra do Destino (Lia Faill), a Lança de Lug, o Caldeirão de Dagda e a Espada Mágica de Nuada (ou Noé).


Envoltos em mistério cerrado que as lendas e tradições populares ainda adensam mais, acerca dos primitivos Fir-Bolgs e Tuatha-de-Danand, fazendo eco de Mário Roso de Luna no seu magnífico tomo De Gentes del Outro Mundo, escrevi na minha História Oculta de Portugal:


“Realmente, há cerca de 800.000 anos já existia a hoje chamada Península Ibérica, e há 8.000 anos, aproximadamente, ela era habitada pelos Rif ou Fir-Bolgs, misturados aos Tuatha-de-Danand, povos de origem comum, segundo o irlandês Richard Rolt Brash em sua obra, hoje rara, The Ogams Inscribed Monuments of the British Island, contendo 450 páginas com 50 formosas lâminas, publicada pela Aktinson Editora de Londres, em 1872. “O Ogma dos do Gahedil – comenta Brash – não era uma fantasia dos bardos medievais, mas uma antiquíssima e curiosa tradição, piedosamente transmitida até eles por seus antepassados Galos, e mercê disto não cabe dúvida que a raça dos conquistadores de Erim foi um ramo daquele tão velho quanto notável povo”.


“Fabulosos ou não, os êxodos migratórios dos Tuatha-de-Danand parece terem sido quatro: o 1.º, de Este a Oeste, ou seja, do Egipto à Grécia rumo à Irlanda, segundo Brash; o 2.º, ao inverso, de Oeste a Este, da Irlanda à Ásia Menor, a que alude frequentemente a Eneida de Virgílio, nos relatos de Eneas tidos como lendas da época; o 3.º, da Ásia Menor à Grécia e desta até à Escandinávia (ou Skandha, em hindustânico); o 4.º, da Península Ibérica às Ilhas Britânicas.


“Os anais irlandeses, sobretudo o Cin-Drom-Snechata ou Leadbhar Gabhala, o “Livro das Invasões”, também relatam uma longa série de migrações para a Irlanda, a “Ilha Sagrada” ou Hibérnia, de diferentes grupos de povos entre os quais contavam-se três provenientes da Península Ibérica, o último dos quais o dos Milésios, desembarcado aí cerca do 2.º Milénio a.C.
“Já Bryant, em Analysis of Heathen My, cap. III, pp. 183-505, no que mereceu o comentário de Brash, refere que antiga Irlanda denominava-se a si mesma Gael e que os seus
Mapa cartográfico de Tara ou Tat-Erim
Atlântida:antepassados entraram no país vindos da Ibéria que é hoje a Espanha celto-atlante, referindo a região da Galiza com um povo chamado Gallaici tendo a sua capital em Braccari, hoje Braga, ocupada pela tribo dos Va Bhaiscinn cujo território era conhecido como Orca ou Corca-Bhaiscinn, afinal, o Portugal, Ortugal ou “terra alta” dos Tuatha-de-Danand.


Book of Ballymote
“Ortu tem forma analógica com Orca e Orcus que, segundo o poeta latino Luciano, é para onde vão as almas dos mortos (o Hades subterrâneo dos gregos ou o Amenti dos egípcios como o mesmo Mundo de Duat), afinal, para onde foram os Tuatha-de-Danand após derrotarem os Fir-Bolgs e firmarem a sua civilização, inclusive deixando as primeiras letras impressas em forma ideográfica. Nisto o Book of Lecan, ao relatar a genealogia de Ogma ou Mac Cumhail, rei-sacerdote dos Tuatha-de-Danand apodado “o das letras e da eloquência”, e também “o de rosto do Sol rutilante” (Lug?), atribui-lhe a invenção do alfabeto chamado dos Ogam-Craobs. Esta escrita ogâmica, precursora da escrita ideográfica primitiva como a dos primeiros estágios lógicos da expressão redigida, constituía-se numa série de símbolos alfabéticos no sentido mais limitado da expressão, uma escrita já evoluída de tipo fonético. E, tornando-a ainda mais importante, com ramificações matemáticas e simbólicas convertendo-a num tipo de alfabeto altamente avançado.”

Royal Irish Academy MS 23 P 12 folio 169v (Ogham wheel on the right)
A colonização celta da Irlanda e da Bretanha, como de todo o Norte e Este da Europa, motivo da erupção antropológica teuto-anglo-saxónica, a actual 5.ª Sub-Raça Ariana, veio a dispor o continente em duas classificações distintas: 

como Europa Ocidental e do Sul, era chamada Varaha (donde Verona, Varsóvia, etc.), a “Terra saída do Oceano”, o “Continente do Oeste”, a parcela dos humanamente mais evoluídos e espirituais e mais próxima da sua origem antediluviana; como Europa Oriental e do Norte, era conhecida por Kourou (donde Crotona, Cracóvia, etc.), a “Medida da Água”, segundo Saint-Yves d´Alveydre. Todo o continente, adianto eu, era KUR-AT, “Regra Unida”.

Varaha representava-se nos pacíficos Tuatha-de-Danand (ou Duat-Ananda), os descendentes de Daitya. Kourou expressava-se nos belicosos Fir-Bolgs, descendentes de Ruta. Das sagas mágicas e guerreiras de ambas as facções nasceria a mitologia intrincada dos Eddas nórdicos, espécie de opostos mas também complementos dos Veddas hindus, ainda à espera da justa e devida interpretação, pois, como dizia Mário Roso de Luna, “quando a Humanidade entender os Eddas alcançará a salvação”.


Durante séculos prolongados por milénios, os povos hibérnicos viveram em paz. Mas as sementes adormecidas da discórdia, da rivalidade congénita entre tribos e clãs, voltaria a acordar lançando de novo as gentes no sendeiro da guerra, da beligerância permanente, da feitiçaria e necromancia de outrora, com tudo isso esquecendo-se as leis da civilização como elementares ao progresso psicossocial comum. Adveio a miséria, a fome, a doença, a morte… 

Os terrenos antes cultos tornaram-se capins inférteis, os lagos converteram-se em pântanos insalubres viveiros de insectos portadores de moléstias contagiosas, os animais domésticos abandonados tornaram-se feras terríveis, o próprio clima ameno tornou-se húmido e cinzento, sempre ameaçando borrasca furiosa como se o céu fosse desabar… e assim, aos poucos as populações caíram no selvagismo nabalesco (só recuperadas depois pela cultura latina dos invasores vindos do Lácio, originando os celto-romanos).

Ante o estado caótico geral, não encontrando as mínimas condições para aí permanecer, o Manu Ur-Gardan (o antigo Lug e posterior Vercingetorix) empreendeu a tarefa de selecionar os melhores e mais aptos humanos e espiritualmente dentre os celtas da Escócia e Irlanda e dos galos da Bretanha, também celtas, e embarcou com eles para o mais Ocidente da Europa, trazendo as artes da agricultura, da música, da memória escrita e da religião, desembarcando na costa de Sintra (a principal montanha do continente Kurat) e disseminando-se com os seus por toda a orla peninsular indo adentrar o interior, veio a originar os celtiberos.


Ur-Gardan
Sob o comando sábio e prudente de Ur-Gardan a Península Ibérica, sobretudo Portugal, evoluiu para modalidades superiores de civilização. Os Gahedis, Gahels ou Kurats reorganizaram-se sob as leis desse Manu, e enquanto viveu houve paz e progresso. Após, foram absorvidos pela cultura fenícia e depois a greco-romana. Esse Apolo celta, Ur-Gardan ou Hu-Kadarn, o deus luminoso, também apareceria iconografado montando um cavalo branco e como cavaleiro resplandecente os lígures e celtas lhe chamariam Gwen Marc´h, o filho primogénito de Oiw, o Absoluto, e de Karidwen, a Mãe Natureza.


Passados muitos anos de civilização, Ur-Gardan repetiu o que antes fizeram os seus antecessores Tuatha-de-Danand: a partir da actual cidade do Porto, reiniciou através dos seus chefes militares e religiosos novo processo manúsico de civilização de toda a Europa, indo até ao Cáucaso por um lado, e por outro até pelo Norte de África e Médio Oriente, deixando as marcas da sua passagem um pouco por toda a parte.


Sobre isso, escreveu o Professor Henrique José de Souza numa nota de um seu precioso artigo (Valiosa contribuição a São Tomé das Letras): “O antigo nome de Lisboa era Ulissipa, segundo a mitologia. E isso, por ser fundada por Ulisses, “o grande herói de Tróia”. Quanto a Portugal, propriamente dito, se deriva de Portus Galliae (Porto Gaulês, dos Galos, etc.), pois, segundo já dissemos em anotação no nosso artigo Reminiscências atlantes, vultuoso número de celtas sob a chefia de Ur-Gardan dirigiu-se para aquele porto, donde subiu à Galiza, dominando depois a França, Gália, estendendo-se à Valónia ou Galónia, Bélgica actual, etc., atravessando o estreito e dominando as Ilhas Britânicas: País de Gales, Gaeledónia ou Caledónia. Mais tarde, os seus chefes militares atiraram-se por toda a Europa (de Ur, fogo, e Rope, região, lugar, corpo, etc., segundo a língua céltica) até alcançarem o Oriente: Gália Cisalpina, Galácia, Galicia, Galileia. Alguns apontam, também, os famosos Galas da Abissínia como do mesmo Ramo”.


As palavras do Professor Henrique José de Souza repetem-se no seu citado artigo Reminiscências atlantes, escrito anteriormente àquele, mas cujo valor e inédito exigem a sua reprodução:

“A teogonia dos atlantes, transmitida por Diodoro Sículo, introduziu-se, provavelmente, no Egipto, na Etiópia e na Fenícia no momento dessa grande invasão, de que fala o Timeu de Platão, de um grande povo que saiu da ilha Atlântida e lançou-se contra uma grande parte da Europa, África e Ásia (Époques de la Nature, vol. I, pág. 170 – Buffon).


“Entre os gauleses existia a tradição de que os antigos celtas tinham vindo de ilhas distantes do lado do poente, expulsando das terras que passaram a ocupar os seus primitivos habitantes, hoje considerados como de raça finica. Ur-Gardan, o seu herói epónimo, condutor de povos (um Manu, portanto, pois o mesmo termo Ur-Gardan, Garden, Jardim, etc., quer dizer “o que conduz ou serve de Guia ao Paraíso, ao Éden, ao Jardim Terreal, etc.”, o que tanto vale por uma Terra Prometida ou Canaan...), inventor do arado e do barco, civilizador como Quetzalcoatl ou Nenqueteba, trouxera os celtas de longínqua terra ocidental do Oceano Atlântico. Daí, a teoria que indica PORTUGAL – Portus-Galliae, ou Porto dos Galos, Gauleses, etc. – como ponto de partida para essa chegada, e de onde subiram à Galiza, dominando depois a França, a Gália, estendendo-se à Valónia ou Galónia, Bélgica actual, atravessando o estreito e dominando as Ilhas Britânicas: País de Gales, Gaeledónia ou Caledónia. Mais tarde, os seus chefes militares atiraram-se por toda Europa até ao Oriente: Gália Cisalpina, Galicia, Galácia, Galileia. Alguns apontam, também, os famosos Galas da Abissínia.”


Finalmente, quando Fernando Pessoa afirmou que “somos ibéricos, não latinos”, queria sobretudo dizer que a nossa verdadeira origem está na Terra de Mu, a Atlântida, pátria dos iberos cujo sangue corre no corpo da Raça pisando pedaço de chão parcela de grande continente destinado a ressuscitar um dia numa nova forma e num novo biótipo humano. É, enfim e como diria Sampaio Bruno, o despertar da Atlântida, esta mesma que o poeta José Lopes da Silva encomiou, com a virtude e a certeza do teósofo que era, nas suas Hesperitanas emitidas de Lisboa em 1929:



Já, pois, vistes, Irmãos Caboverdeanos,
Que as nossas lindas e queridas Ilhas
Contam a história de remotos anos
Da Atlântida, da qual elas são filhas.

Nós pisamos, nós filhos e habitantes,
Talvez a mesma terra que os Atlantes
Ocupavam nos séculos passados…

Mas somos filhos, - nós, – de outros gigantes
Que, “por mares não de antes navegados”,
Nossas Ilhas tiraram do mistério
Repovoando estes restos espalhados,
Do antigo e imenso Continente Hespério,
De que o Atlântico é o cemitério…

Viva, pois, para sempre, Portugal,
Da Civilização nosso fanal!

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contendo raras e belíssimas imagens
-IMPERDÍVEL!

PDF Atlântida – Viagem ao Paraíso Perdido – Por Vítor Adrião

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 Li-Sol-30
Fonte:
http://comunidadeteurgicaportuguesa.files.wordpress.com/2012/10/