sábado, 7 de julho de 2012

I CHING, O LIVRO DAS MUTAÇÕES

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INTRODUÇÃO AO I CHING

A cultura e filosofia chinesas
A China é única em ter uma cultura contínua através das eras. Esta característica criou um sólido corpo de conhecimentos que hoje constitue a filosofia e medicina chinesas, assim como também suas artes marciais, caligrafia, pintura e todas suas outras formas de arte.

O entendimento da cultura chinesa passa, necessáriamente, pelo exame da estrutura de seu idioma e artes.
A língua chinesa não é fonética; é pictórica. Faz uso de ideogramas, mantendo dessa forma sua etimologia constantemente vísivel. A estrutura ideográfica da língua chinesa explicita que a Natureza fornece suas próprias chaves - que o Universo está cheio de homologias, simpatias e identidades. E que nomes verdadeiros,  coisas isoladas, não existem na natureza. As coisas são apenas pontos terminais, pontos de encontro ou cortes transversais em ações - instantâneos.

Um aspecto da escrita ideográfica merece maior atenção:  a acumulação de significado.

Na frase o sol se ergue a leste, mostrada ao lado em seus ideogramas, cada partícula da frase, carrega em si o significado da partícula anterior. No primeiro ideograma vemos o Sol; no segundo, o Sol repete-se, erguido acima do horizonte; finalmente no terceiro o signo de Leste: o sol entrelaçado aos galhos de uma árvore. O que chama atenção é o fato de que no segundo ideograma, a árvore, que irá compor o signo de Leste no terceiro, já aparece esboçada abaixo do Sol.

O mesmo ocorre com o homem vê o cavalo, também mostrada ao lado: no primeiro ideograma, o homem sobre duas pernas; no segundo, pernas a correr em baixo de um olho;  e, finalmente, o  cavalo sobre as quatro patas.

A frase chinesa é composta de uma fileira de símbolos cimentados uns aos outros, criando a necessidade de que a apreensão de seu significado exija atenção ao conjunto global de símbolos.
Um dos resultados é que idéias são muitas vezes explicitadas por expressões compostas, constituídas por antônimos. Por exemplo:  Comprar-Vender  é comerciar; Avanço-Recuo é movimento. Antônimos não são tidos como opostos irreconciliáveis, mas sim como suscetíveis de união para formar uma idéia completa.

É claro que as escritas ideográficas tem sido adaptadas para convivência com o mundo ocidental e os tempos modernos. O chinês usou os caracteres chineses para a transliteração do som ou sons das palavras inglesas; o japonês desenvolveu um silabário fonético especial destinado a transliterar palavras estrangeiras: o  Katakana  (que deu origem até mesmo a teclados de computador). Mas em ambos os casos, ainda é o idioma clássico que fornece a unidade linguística.

Em relação à arte
O mundo não vai a parte alguma; na natureza há calma, equilíbrio. No máximo, acidentes controlados. A coisa existe em seu espaço e ele (espaço) tem igual importância. A forma depende do vazio que a envolve, que não é nunca, apenas um fundo, mas antes um revelador da forma. A pintura, arte tradicional chinesa, pode ajudar-nos a ver melhor tais conceitos. Exemplos claros desta arte de pintar não pintando podem ser vistos nos belos quadros de Qi Bai Shi. Clique em alguma das imagens abaixo para uma visão ampliada.



Chi, o fio condutor
O fio que tudo une  é o conceito de Chi.  Está presente em todas estas manifestações culturais  como elemento básico. Tal conceito vem da mais longíqua pré-história chinesa e de algumas de suas práticas oraculares e divinatórias. Respostas a consultas não eram consideradas definitivas: tais práticas não eram apenas uma questão de perguntar se os deuses estavam satisfeitos apenas com um sacrifício; não se julgava que tais consultas devessem ser respondidas por um sim ou não. Antes disso tratava-se de coletar respostas para estuda-las e deduzir padrões. Padrões que tornassem claro o
  Chi  e suas manifestações físicas, de forma que o estudo destes padrões pudesse indicar a forma de atuação dos fenômenos do universo e consequentemente a melhor forma de adaptar-se a eles.

O Chi e a religião
Ajuda a formar idéia da ancestralidade da cultura chinesa saber que foi lá que floresceu o Budismo. A sua figura máxima, Sidarta Gautama, viveu na Índia, na metade do séc. VI a.C., sendo hoje considerado o Buda histórico. Apesar de nascido na Índia, foi na China que o Budismo desenvolveu-se. O Hínduísmo é mitológico e ritualístico;  o Budismo psicológico. Buda não estava interessado em satisfazer a curiosidade humana acerca da origem do mundo.

Preocupava-se com a situação humana; com o sofrimento e as frustações dos seres humanos. Sua doutrina era incompatível com o Hinduísmo.
A primeira das Verdades Nobres de Buda afirma que a grande característica da situação humana é o sofrimento causado pela nossa resistência a enfrentar o fato básico da vida: tudo o que nos cerca é impermanente e transitório. Todas as coisas surgem e vão embora - em suas própria palavras.
Negando este fato básico apegamos-nos a formas de ilusão (maya), conceitos intelectuais desprovidos de realidade.

Tudo isto faz-nos lembrar do pecado original, base das religiões ocidentais. Na tradição hebraico-cristã a Queda é subsequente à Criação e é devida exclusivamente ao uso egocêntrico do livre arbítrio, a negação do Poder Divino absoluto.
Mas cessa aí a semelhança: para nós, ocidentais, o homem é infinitamente pequeno, enquanto que a graça de Deus é tudo. No Oriente, o homem é Deus, tem a natureza do próprio Buda e salva-se a si próprio. Os fenômenos e fatos do universo que no Ocidente são ditos desígnios divinos, na concepção oriental são manifestações do Chi,  arquétipos cósmicos cíclicos, mas não incognoscíveis e nem mesmo imutáveis, pois, segundo frase do próprio I Ching, a imperturbabilidade pode alterar o destino.

É facil imaginar os motivos da aceitação do Budismo na China. Quando este chegou à China encontrou uma cultura que possuía dois milênios de existência e que havia alcançado seu apogeu durante a Dinastia Chou (1150-249 a.C.), sob a qual o I Ching, método divinatório chinês,  floresceu e alcançou sua forma final.

O I Ching, o fermento da tradição cultural chinesa
O Chi, como visto, expressa-se através de arquétipos cósmicos recorrentes, mas não imutáveis, incognoscíveis ou irredutíveis. A natural propensão da cultura chinesa para sondar os desígnios cósmicos, as leis e padrões do Chi, teve como seu primeiro produto o I Ching, o sistema divinatório.

Desta forma o I Ching é um produto direto, mais que o próprio Budismo, da cultura chinesa. Como convém à índole desta cultura é um sistema grandemente psicológico, que tem como finalidade básica tornar mais fácil ao ser humano a convivência com a transitoriedade da vida e dos fenômenos do universo. É pois, o I Ching, o fermento do que se tornaram o Taoísmo, Budismo, Confucionismo e o Zen.

Desde as mais remotas eras, o objetivo da consulta ao I Ching não era simplesmente conhecer o futuro; e sim, antes de tudo, descobrir a disposição da situação atual, de modo a conduzir-se de acordo com ela. E foi, sem dúvidas, este aspecto do I Ching que o elevou acima da vulgaridade de um mero livro de adivinhações, fazendo dele um livro de cultura e sabedoria e trazendo-o, vivo, até nosso tempo.

O nascimento  do I Ching
Conta a lenda que milhares de anos atrás (acredita-se 2852-2738 a.C.), antes do nascimento da história escrita, viveu um grande sábio chinês de nome Fu Hsi.  Acredita-se haver sido Fu Hsi o homem que uniu a China, tornando-se seu primeiro Imperador.  Credita-se também a ele a introdução da China na era da agricultura. Homem de incrívelmente vasto intelecto, Fu Hsi, extraiu do universo um modelo matemático perfeito, completo em todas suas condições e elementos. Tal modelo é formado por 64 figuras de seis linhas conhecidas pelos chineses como Kua. Conta, ainda, a lenda que Fu Hsi viu tais linhas pela primeira vez no casco de uma tartaruga.

Para dar forma aos 64 Kua do I Ching, Fu Hsi, analisou as variações e movimentos do universo, suas inter-relações e os padrões que tais fenômenos apresentavam. Através da compreensão das leis que regiam tais padrões, Fu Hsi pôde chegar à origem daquilo que chamamos no ocidente de Destino.
Desta forma os hexagramas de Fu Hsi  representam o que Jung chamaria arquétipos cósmicos e simbolizam as situações possíveis da vida humana entre o Céu e a Terra. Eles formam o repertório dos estados de transformação do Yin e do Yang, as circunstâncias nas quais estes imprimem suas diferenças e movimentos; explicam-nos como, e com que intensidade, esses dois princípios estão em harmonia ou em conflito, e como eles transformam um ao outro, pois interdependência é a palavra chave do I Ching.

Assim, esse sistema, composto exclusivamente pelos sessenta e quatro Hexagramas, é uma harmonia operacional, a gramática de uma língua de 4096 signos (64 X 64). Uma linguagem que nos permite reconhecer as normas universais, recolher a energia do Chi e agir em conformidade com ela.

Desenvolvimento histórico
A escrita não existia ao tempo de Fu Hsi. Seus conhecimentos e descobertas foram passados de geração a geração, por período de mais de dez séculos. Ao tempo em que a China conheceu a escrita, tais conhecimentos ganharam sua primeira versão documental. Mais dois mil anos passaram-se e durante este tempo tais conhecimentos, já nomeados I Ching, floresceram.

No séc. XII a.C., reinou na China o tirano Chou Shin, o útimo Imperador da dinastia Shang.  Chou Shin foi um governante despótico e cruel. Ao mesmo tempo também viveu um homem chamado Wên, um erudito estudioso do I Ching, que governava uma pequena província em área remota no oeste da China. Wên regia seu governo pelos princípios do I Ching e era amado e respeitado por seu povo. Quando o povo finalmente rebelou-se contra o tirano Chou Shin, Wên foi convidado a liderar a insurreição. O que recusou alegando necessidade de agir dentro das leis.

Chou Shin, temeroso do prestígio e influência de Wên, mandou prende-lo. Este, aprisionado,  foi mantido vivo graças à sua grande popularidade. Durante o ano de  1143 a.C., em que  esteve confinado, Wên dedicou-se ao uso e estudo do I Ching.
Ao tempo de Wên, existiam duas versões do I Ching - Lien Sah e GaiTsen - e durante o tempo de seu isolamento, Wên re-interpretou os nomes dos Kua e outras partes do livro. Ele também mudou a ordem dos Kua estabelecida por Fu Hsi, dando-lhes a ordenação hoje conhecida. Em  1122 a.C., o filho mais velho de Wên, Yu, após denunciar públicamente o Imperador Chou Shin, rebelou-se e depôs o tirano tornando-se Rei. O novo Rei para honrar seu pai, homenageou-o com o título honorífico de Rei; e desta forma Wên passou para a história como rei Wên, apesar de nunca o haver sido de fato.

Yu  morreu poucos anos após haver-se tornado rei, deixando seu filho de treze anos no trono. O jovem inexperiente era óbviamente incapaz de governar, de modo que o filho mais novo de Wên, de nome Tan e conhecido como Duque Chou, governou em seu lugar. Tan, iniciado por seu pai no uso do I Ching, durante seu reinado interpretou e registrou o significado das linhas individuais do I Ching. O ano era 1109 a.C. e o I Ching tomou a forma como hoje é conhecido.

A eficiência do reinado de Wên e seus filhos foi tão grande que lançou as bases para a fundação de sua dinastia (Chou), que durou por 800 anos, tendo sido a mais longa e prolífica da história da China.  O Rei Wên é o marco entre o mito (Fu Shi) e a história no I Ching.

Séculos mais tarde (VI a.C.), Confúcio teve seu contato com o I Ching. A ele é  atribuída a frase: Tivesse eu mais cinquenta anos de vida os dedicaria ao estudo do I Ching, e poderia assim escapar de muitos e enormes erros. Conta-se que Confúcio, usuário frequente do grande livro, apenas uma vez reconheceu um erro de julgamento no oráculo: o livro apontava no filosófo uma falha de caráter que ele era incapaz de reconhecer.
Confúcio escreveu muitos comentários ao I Ching, hoje reproduzidos em outros volumes. Tais trabalhos, hoje conhecidos como as Dez Asas, são considerados como parte integrante do grande livro.

Durante a Grande Queima de Livros, ordenada na China em 213 a.C., pelo Imperador Huang Ti (famoso por haver construído a Grande Muralha), foram poupados apenas os livros  julgados indispensáveis ao bom governo do país - os que tratavam de agricultura, medicina e adivinhação.
Desta forma, o I Ching foi, dentre todos os clássicos chineses de então, a única obra poupada ao fogo, chegando ao nosso tempo como o livro mais antigo conhecido pela humanidade.
COSMOLOGIA CHINÊSA

Embora tempo e espaço sejam constantes em nosso universo, nós, ocidentais, interpretamos e estruturamos tempo por meio de um vocábulário que espacializa e personifica. Forças são avaliadas em substantivos que são então vistos como agentes. Ele tem muita energia - dizemos referindo-nos à alguém. Tal frase implica que para nós energia é algo que tem limites e fronteiras assim como nosso corpo e pode ser quantificada, personalizada e possuída. Na cultura chinesa, o vocabulário básico para orientação espacial foi construído em têrmos de dinâmica da transformação.

O clássico livro chinês, I Ching, baseado nas interações do  yin  e yang,  elabora um sistema para apreensão e compreensão de tais contínuas mutações e seus pontos de tangência com o mundo humano.     
I Ching, O Livro das Mutações, é composto de sessenta e quatro figuras de seis linhas (hexagramas). Cada uma das linhas é contínua  (yang) or discontínua  (yin), e podem ser descritas como modos de representação deste processo de mutação.

Aqui o ponto básico é como derivar entendimento simbólico de tais premissas, não por silogismos, como no Ocidente, mas através de um sistema de oito trigramas (figura de três linhas Yin ou Yang), representados por elementos ou forças da natureza, que combinados entre si produzem sessenta e quatro figuras de seis linhas (hexagramas).

   


Os oito Trigramas também definem modos de circulação do Chi, dentro dos Hexagramas. Básicamente os trigramas representam certos aspectos da natureza, tanto ativos como passivos, como o vento, a montanha, o trovão, o lago.

Discussão dos Trigramas), os oito trigramas são assim apresentados:
O Trovão provoca movimento; o Vento gera dispersão; a Chuva gera umidade; o Sol gera calor; a Quietude gera imobilização; a Alegria gera contentamento; o Criativo gera o domínio; o Receptivo gera o Abrigo.

Cada trigrama é composto de uma combinação de linhas contínuas e/ou descontínuas. Sua função é indicar presumíveis inter-relações entre as ações humanas e os ritmos do universo. Neles o Chi é o princípio vital que se manifesta diferenciadamente como Yin e Yang, primáriamente em suas manifestações básicas: a Terra (três linhas Yin) e o Céu (três linhas Yang).

Os Trigramas e Hexagramas são ambos, sempre organizados de baixo para cima. Estes Trigramas podem também ser arranjados em um octahedrono juntamente com os pontos cardeais.  Os Trigramas são pontos de referência temporais enquanto que os cardeais são espaciais. Tal justaposição enfatiza o aspecto de mutação constante.

Wu Hsing - a teoria dos Cinco Elementos
Em chinês Wu significa cinco, e Hsing  movimento. A teoria Wu Hsing, que fala dos Cinco Elementos, teve sua primeira descrição no Hong Fan, um tratado considerado o mais antigo livro de filosofia chinesa. O Hong Fan contém o conjunto de normas que um soberano (um Homem Superior) deve conhecer. Básicamente Wu Hsing são os cinco elementos constitutivos de nosso universo. Nesse contexto os elementos devem ser entendidos como caracterizações de forças e não como substâncias materiais. E como tudo no universo, obedecem a Lei da Eterna mutação, estando em constante movimento.

São eles:
    Água                que desce e molha       
    Fogo                que sobe e queima       
    Madeira            que se curva e se endireita   
    Metal               que é obediente e muda de forma
    Terra                que pode ser semeada e produzir

Tais elementos relacionam-se com os trigramas do I Ching e a eles emprestam suas características e atributos. Assim torna-se claro o valor do conhecimento do processo de interação entre os Elementos, porque cada Trigrama corresponde a um elemento e cada Hexagrama é composto por dois Trigramas, que carregam os atributos de seus elementos influenciando-se um ao outro.

Segue abaixo a classificação dos trigramas segundo os elemntos:

  Metal           Madeira       Terra           Água           Fogo
   Tui           Sun           Kên           Kan           Li
                  
   Chien           Chên           Kun           Tui       
             

O que deve ser notado sobre os cinco elementos é que eles engendram-se mútuamente: Terra cria Metal que cria Água que cria Madeira que cria Fogo que cria terra; ou Metal corta Madeira, que bloqueia Terra, que absorve Água, que extingue Fogo, que cria Terra.

Tais princípios básicos não geraram apenas o I Ching. São compartilhados por todos os produtos da cultura chinesa, como o Taoísmo, Budismo ou Zen.

Descrição dos Elementos
Céu. Criador, forte. É espacial, invisível e ilimitado.
Representa o pai. Parte do corpo: cabeça. Símbolo animal: cavalo. span>
Terra. Receptivo, maleável, dedicado. É formal, visível e limitado.
Representa a mãe. Parte do corpo: ventre. Animal: vaca. span>
Montanha. Quietude. É o concreto, o sólido e acumulação sólida.
Representa o filho mais novo. Parte do corpo: mão. Animal: cão. span>
Lago. Alegria, jovialidade. É a incógnita, a acumulação líquida.
Representa a filha mais nova. Parte do corpo: boca. Animal: carneiro. span>
Trovão. O que desperta e movimenta. Desperta o mundo interior.
Representa o filho mais velho. Parte do corpo: pé. Animal: dragão.
Vento. Madeira, suave, penetrante. Desperta o movimento exterior.
Representa a filha mais velha. Parte do corpo: coxa. Animal: galo.
Fogo. Sol. Luminoso, aderente. É o impulso ascendente.
Representa a filha do meio. Parte do corpo: olho. Animal: faisão.
Água. Nuvens, abismo, perigo. É o impulso descendente.
Representa o filho do meio. Parte do corpo: ouvido. Animal: porco.

É o mais sólido dos elementos do Wu Hsing. Tem conotações melancólicas, sombrias e é usado para representar o Outono. Sua direção é o Oeste. Representa também o Ouro, que implica proibição.


Madeira é aquilo que cresce, levanta-se do chão.  No Wu Hsing, Madeira implica vida e primavera. Desde que o crescimento das plantas depende enormemente do Sol, e este vem do Leste, Madeira também sugere Leste.

A Água é o mais básico dos alimentos para todas as forma de vida em nosso planeta; ela é também o ponto de partida do Wu Hsing. Representa Yin, e também implica Norte e Inverno.

Fogo tem o significado de destruição no Wu Hsing. Pode destruir até mesmo o mais resistente dos Metais. Além de destruição, Fogo traz a conotação de mudança  (de estado) - é com seu uso que derrete-se Metal, transmutando o sólido em líquido. Fogo é Yang e representa Verão e Sul.

É a Mãe de tudo em nosso planeta.  A Terra é muito especial dentre os elementos do Wu Hsing, pois ao invés de representar uma direção representa o Centro, o lugar dos que governam.

O arranjo dos cinco elementos no Wu Hsing coloca a Terra no centro e os outros quatro nos pontos cardeiais.

COMPONENTES DO I CHING
O Livro das Mutações é um produto da cultura chinesa que cresceu organicamente ao curso de alguns milênios. Seu ponto de partida é o conjunto de 64 figuras (Kua) de seis linhas cada que se baseiam no simbolismo Yin-Yang e que foram usadas como oráculo desde a pré-história da China. Atribue-se a Fu Hsi (2852-2738), a criação dos Hexagramas, arquétipos cósmicos que representam os padrões dos movimentos do universo na natureza e nas situações humanas.

Cada Hexagrama está acompanhado pelos seguintes textos:
Julgamento:
pequeno poema que refere-se à situação retratada por aquele  hexagrama, analisando-a como um todo.  É a conclusão ou veredito relativo a pergunta efetuada. O Julgamento é o  mais antigo dos textos agregados ao I Ching e é atribuido ao Rei Wên  (1143 a.C.)

As Linhas:
ao Duque Chou (1109 a.C.), filho mais velho de Wên,  atribui-se o texto que descreve o significado das linhas mutantes. Os  textos agregados às linhas mutantes se referem às modificações que ocorrem (ou podem ocorrer) no interior da situação global retratada pelo  Julgamento

Imagem:
texto que descreve o significado simbólico do hexagrama, atribuido a Confúcio (séc VI a.C.)  A Imagem é um reflexo da realidade transcendental, e deve ser bem compreendida para que atuação corresponda à idéia expressa pelo  hexagrama. Mostra-nos a situação como tal; não diz aonde ela nos conduz.

Comentários:
atribuidos a Confúcio (séc VI a.C.) fornecem interpretações estruturais de cada um dos hexagramas por meio de  explicações filosóficas.

Desta forma, cada resposta do I Ching a uma determinada questão compõe-se de:
    Hexagrama     (figura de seis linhas Yin-Yang)
    Julgamento:    indicação do rumo da ação adequada a situação
    Imagem:    descrição da característica geral do hexagrama
    Textos sôbre as linhas em mutação (podem ou não existir)
    Comentários:    interpretação do hexagrama

 

Trigramas e  Hexagramas (os Kua )    
Os dois trigramas que formam cada Kua são chamados trigramas Primários, e são formados pelas três linhas inferiores e pelas três linhas superiores. Há outros dois trigramas formados por linhas internas ao Kua. São chamados trigramas Nucleares.

Um Kua compõe-se de seis linhas. Segundo as leis da Eterna Mutação, as linhas estão sempre em movimento, sempre em sentido ascendente. Sempre que uma nova linha entra na base do Kua, ela empurra as outras cinco para cima tirando o lugar da linha mais ao topo. O movimento é sempre sincronizado com o ritmo universal e reflexo dele. É desta forma que o Kua pretende representar cada condição surgida no tempo do universo e também os estados de mudança que traz consigo cada condição.


Cada um dos 64 Kuas, com seu total combinado de 384 linhas, representa uma situação ou condição. Cada situação ou condição traz, em seu desdobramento e evolução,  seis estágios:
        o vir a ser ( seu prenúncio)
        começo
        expansão
        marcha ascendente
        clímax
        passando o clímax e transmutando na condição oposta

O Kua não apenas representa a situação ou condição, mas também inclui seus estados possíveis de mutação. Simbólicamente, isto significa que uma linha qualquer do Kua pode ser  Yang, mas Yang em mutação para Yin; ou pode ser Yin, mas Yin em mutação para Yang.

As linha mutantes e o Hexagrama Secundário
Conforme o resultado do lançamento das moedas (ou contagem das varetas), uma linha Yang pode mostrar-se em processo de mutação para Yin, ou vice-versa. No lançamento de moedas os resultados possíveis são: 6-7-8-9.  As linhas permanentes são aquelas representadas por valores do meio ( 7  e 8 ); as linhas em mutação são aquelas obtidas pelos valores 6 e 9.
De acordo com a concepção do Livro, tais linhas mutantes carregam uma  tensão interna tão forte que se transformam em seus opostos, gerando  assim um Hexagrama Secundário, já com as linhas mutantes resolvidas.

Como podemos perceber, o Hexagrama Secundário existirá sempre que alguma das seis linhas do hexagrama principal tenha sido obtida com um resultado  6 ou 9.

A existência de uma ou mais linhas mutantes no hexagrama primário, além de criar um Hexagrama Secundário, pode também acrescentar à resposta um dos textos criados pelo Duque Chou, que comenta a linha. Tais textos são aforismos, frequentemente obscuros, comentando o significado da linha dentro do  hexagrama obtido e dentro da situação e questão propostas. Indicam o que seria um procedimento ótimo dentro do quadro proposto.

Quando a resposta do I Ching a uma questão formulada é constituída de  dois hexagramas, deve-se considerar o primário como diagnóstico da  situação; e o segundo como prognóstico.

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MÉTODOS DE CONSULTA AO ORÁCULO
Entre praticantes do I Ching há discussões acerca do método mais eficaz de consulta ao oráculo. Sabe-se que um dos métodos ancestrais fazia uso de cascos de tartaruga para obtenção do Hexagrama. O povo Iurubá, que tantos laços históricos tem com o brasileiro, ainda hoje usa, dentro dos ensinamentos do Ifá, cascos de tartaruga em suas práticas divinatórias. Tal método, para uso no I Ching, hoje encontra-se perdido.
São, atualmente, utilizados dois métodos:  moedas e varas de milefólio.

Os puristas dão preferência ao uso das varetas de milefólio, que consiste na seguida manipulação de 50 varetas até a obtenção do Hexagrama de resposta. Por tratar-se de um método de difícil uso não trataremos dele aqui. Usaremos o mais difundido dos métodos, o das moedas. Jung, o psicanalista, usuário frequente do I Ching, contou que após suas primeiras consultas fazendo uso das varetas abriu mão em favor da simplicidade das moedas, acreditando que nada perdia com isto.

 A base do I Ching é combinação de números aleatórios. Para obter resposta a uma questão jogue um conjunto de três moedas, seis vezes.  Isto resulta em seis situações de quatro possíveis números aleatórios distribuídos de forma que dois destes números ocorrem com três vêzes mais frequência que os outros dois. Cada um dos seis lançamentos pode resultar:


3 frentes (caras):  frente-frente-frente
ou 2 frentes, 1 verso (coroa): frente-frente-verso;  frente-verso-frente;  verso-frente-frente
ou 1 frente,  2 versos:  frente-verso-verso;  verso-frente-verso; verso-verso-frente
ou 3 versos: verso-verso-verso


Note que há oito combinações, número suficiente para garantir o caráter aleatório. Outra característica interessante do processo é que embora sejam lançadas três moedas, quatro números são extraídos. Esta é a base para algumas das modernas técnicas de criptografia e compressão de dados.

Por razões numerológicas e místicas, frentes e versos ganham os valores 3 e 2, respectivamente. Isto resulta, para cada lançamento, quatro possibilidades de valor: 6, 7, 8 e 9; com o 7 e 8 três vezes mais frequentes que o 6 e 9.
Em termos de linhas eis os valores atribuídos a cada um destes números:
   6                linha em mutação - Yin tornando-se Yang
   7                Yang
   8                Yin

   9                linha em mutação - Yang tornando-se Yin

INTERPRETANDO AS RESPOSTAS
Achando o número de cada Kua
A tabela mostrada ao lado mostra os oito trigramas dispostos na linha horizontal superior e os mesmos trigramas na primeira coluna do lado esquerdo.  Esta disposição torna fácil localizar o número de cada Kua a partir de seus trigramas componentes, ou inversamente, descobrir os trigramas que o compõem o Kua a partir de seus números. Os 64 Kua, tomados como um todo, abrangem um movimento de seu começo ao término: um ciclo completo com 64 etapas. Através do lançamento das moedas você pode descobrir qual Kua é pertinente à questão formulada.

Interpretando o Kua
O significado de cada Kua é derivado dos atributos dos dois Trigramas pelos quais é formado. Por exemplo, o significado do Kua 11, Tai, é Prosperidade Pacífica e Harmonia. Ele é composto do trigrama Ch'ien que representa o Céu e do trigrama Kun que representa a Terra. A Terra está sobre o Céu. A tendência da Terra, como elemento Yin, é recolher-se, e a do Céu (como Yang) é de expandir-se; assim, os dois juntos trazem um tempo de Céu na Terra;  ou Prosperidade Pacífica e Harmonia.

Algumas vezes os nomes e significados do Kua são tirados de sua  forma gráfica, como no Kua de Ting,     o Caldeirão, que lembra um grande pote.
A linha dividida inferior representa as pernas; as próximas três linhas sólidas representam o corpo do pote; a linha dividida seguinte sugere as alças por onde é carregado; e a linha sólida do topo é sua tampa.
Outras vezes o Kua ganha seu nome e significado da ação sugerida pelas linhas, como no Kua 43,     Kuai, que significa A Derrota do Mal.

Cada uma das cinco linhas Yang inferiores representa uma pessoa virtuosa que juntou-se a outras quatro para expulsar para o topo a linha Yin, que representa uma força maligna.
Assim como os Kuas vistos acima, cada um dos 64 Kuas tem associado um título descritivo de sua situação.

Trigramas internos e externos
O trigrama superior é dito externo; o inferior, interno.
Um exemplo de como os trigramas internos e externos dão seu significado ao Kua pode ser visto no Kua 15,  Ch'ien, A Modéstia.  O trigrama inferior é Ken, a Montanha; o superior é Kun, a Terra. Assim uma montanha escondida dentro da Terra traz a imagem da Modéstia.

Outro exemplo vem do trigrama K'an (Perigo). Quando K'an é o trigrama inferior o perigo existe dentro da situação examinada; se K'an é o Trigrama superior o perigo está vindo de circunstâncias externas à situação.

Repetição de Trigrama dentro do Kua
Há oito casos em que um mesmo trigrama é dobrado para formar um Kua, ocupando sua parte inferior e superior. Nestas situações o Kua formado leva o mesmo nome do trigrama e seu significado é intensificado.

Por exemplo, no Kua 29, formado pelo trigrama K'an (Perigo) dobrado   traz consigo a situação de perigo; mas, perigo extremo, vindo de dentro e de fora da situação.

Trigramas Nucleares
Dentro de cada Kua existem dois trigramas Nucleares. São assim chamados porque são formados das quatro linhas do meio do Kua: linhas 2, 3, 4, e 5. Os trigramas nucleares influenciam o significado das linhas individuais mais do que o significado geral do Kua.

O trigrama Nuclear inferior é formado pelas linhas 2, 3 e 4; o superior pelas linhas 3, 4 e 5   (lembre-se sempre que as linhas são contadas de baixo para cima). Se uma linha particular apresenta-se em mutação e é componente de um dos trigramas Nucleares (2,3,4,5), então a linha pode exercer influência sobre o significado geral do Kua. A natureza desta influência será determinada pela natureza do trigrama Nuclear a que pertence. Por exemplo: se o trigrama Nuclear aponta Perigo, haverá então uma sugestão de Perigo na situação, e o conselho do texto específico desta linha poderá trazer uma palavra de alerta e precaução.

As linhas mutantes e o Hexagrama Secundário
Quando a resposta do I Ching a uma pergunta formulada é constituida de dois hexagramas (devido à ocorrência de linhas mutantes), deve-se considerar o Hexagrama Primário como diagnóstico da situação; e o Secundário como prognóstico.
O Primário representa a questão proposta no momento presente, e o Secundário sua situação futura ou evolução. Quando não ocorre um Hexagrama Secundário,  a revelação do primeiro é mais forte.

As posições das linhas dentro do Hexagrama
Em cada hexagrama existem seis posições, contadas sempre de baixo para cima; isto é, a primeira linha é a mais abaixo.
A primeira posição governa o início da ação oracular; a sexta (linha mais ao topo), preside seu encerramento. São, estas duas linhas, os portöes de entrada e saída, pelos quais o consulente penetra no oráculo, e dele se retira, de volta ao mundo. Ambas recomendam cautela: prudência para aproximar-se do Oráculo e receber suas revelações; prudência para sabedor de suas revelações, interpreta-las corretamente, e de volta ao mundo, saber utilizar o que foi revelado. Linhas femininas (Yin) em alguma destas posições devem acentuar nossa cautela.

A segunda e a quinta linha  (o centro de cada um dos trigramas) são as linhas fortes, as que nos devem dizer como agir, como tomar atitudes ativas. Linhas fortes (Yang) nestas posições são bons presságios, especialmente na quinta linha que é considerada a Soberana do hexagrama.


Esteja atento ao significado das palavras e expressões usadas pelo I Ching
Lembre-se sempre que o I Ching fala através do uso de palavras e expressões ancestrais. Quando fala, por exemplo, sobre Boa Fortuna ou Má Fortuna pretende o seguinte significado: Boa Fortuna lhe trará bons amigos, segurança, bons alimentos e roupas, saúde, boa casa, oportunidades e boa sorte; com Má Fortuna algumas, ou todas, destas mesmas coisas lhe serão negadas ou tiradas de você.

Boa Fortuna é a expressão usada pelo I Ching quando uma linha de conduta está em harmonia com as Leis Universais. A persistência na linha de conduta adotada conduz à realização bem-sucedida do que se deseja.
Quando uma linha de conduta se opõe às leis do  universo, conduz necessáriamente à perda. Isso se expressa no julgamento Má Fortuna ou Infortúnio.
Porém, há rumos de ação que não conduzem direto a um objetivo e que podem ser  considerados desvios de direção. Mas se alguém, numa linha de conduta errada, se arrepende a tempo, poderá ainda evitar o Infortúnio e, recuando, alcançar a boa fortuna. Esta situação é indicada pelo julgamento Arrependimento. Esse julgamento é, pois, uma exortação ao remorso e mudança de atitude.

Por outro lado, uma linha de conduta pode ter sido correta ao início mas, se o homem se torna indiferente e arrogante, sem que o perceba será arrastado da Boa Fortuna ao Infortúnio. Essa situação expressa-se no julgamento Humilhação. Esse julgamento contém, portanto, uma advertência, uma exortação à precaução.
I Ching fala sobre os caminhos da vida, chamando o caminho que leva à Boa Fortuna de o caminho do homem superior ;  inversamente, ao homem que não trilha tal caminho chama de o homem inferio
r. Fala em termos de Bem e do Mal.  Já não se usam tais termos hoje; mas eles tem sido preservados no texto do grande livro em parte por respeito à sua tradição e em parte para manter suas características ancestrais.

Neste mesmo texto de Ajuda, o tópico Glossário pode ajuda-lo a familiarizar-se com  significado das mais comuns expressões do I Ching. Recorra a ele quando necessário.
Uma palavra final: não espere do I Ching julgamentos morais ou éticos. Dentro da tradição que deu existência ao grande livro, moral e ética são inerentes ao Tai Chi, o princípio primeiro. Não há porque gastar tempo com o assunto.

GLOSSÁRIO:
Glossário do I Ching  -   suas expressões características
Água
A água embora tome a forma do vaso que a contém e possa penetrada por outros elementos, nunca perde sua identidade. Tem dois atributos radicalmente opostos: de um lado desenvolve a fertilidade e a vida em todas as coisas e seres; e de outro tem poder arrasador na forma de tempestades e maremotos.

Arrependimento
Há rumos de ação que não conduzem direto a um objetivo e que podem ser considerados desvios de direção. Mas se alguém, numa linha de conduta errada, se arrepende a tempo, poderá ainda evitar o Infortúnio e, recuando, alcançar a boa fortuna. Esta situação é indicada pelo julgamento Arrependimento. Esse julgamento é, pois, uma exortação  ao remorso e mudança de atitude.

O arrependimento no I Ching é visto como o sentimento de culpa trazido pela consciência de que nossos problemas se devem a falhas de nossa conduta ou falta de visão.

(O) arrepedimento desaparece
Expressão semelhante a Nenhum Erro.  Siginifica que não devemos acrescentar o remorso a nosso sofrimentos, pois não somos responsáveis pela situação.

Avançar
A ocasião se oferece propícia para seguirmos com nossos planos.

Boa Fortuna
É a expressão usada pelo I Ching quando uma linha de conduta está em harmonia com as leis niversais. A persistência na linha de conduta adotada conduz à realização bem-sucedida do que se deseja. Quando uma linha de conduta se opõe às leis do universo, conduz necessáriamente à perda. Isso se expressa no julgamento Má Fortuna ou Infortúnio.

Curso Correto
Para o I Ching curso correto não é apenas aquele que pode nos levar a atingir nosso objetivo de forma eficiente. O correto tem um sentido mais amplo: significa, implicitamente, que também deve ser justificável ética e moralmente.

Desgraça
Persistir em nossa atual conduta nos trará problemas. 

Erro (Não haverá ou Nenhum) Erro
Apesar dos acontecimentos apresentarem-se de forma diversa do que esperávamos, estamos no curso correto, teremos êxito ao final  e se os resultados não nos são favoráveis, a culpa não é nossa; devem-se a circunstâncias fora de nosso controle e não devemos deixar que nos causem sentimentos de culpa que funcionem como sofrimentos adicionais.

Estações
As contantes menções a estações no I Ching representam mais os ciclos das plantas, animais e seres humanos que as estações do ano.

Exito (ou Exito supremo)
Completa satisfação de suas esperanças. Esta frase indica que seus planos e ações estão em plena harmonia com os ciclos celestes, portanto terão bons resultados.

Grande água (Vantajoso atravessar a ) grande água
Ocasião favorável para empreender uma grande viagem; mas também pode referir-se à superação com êxito de um grande obstáculo.

Grande homem (Aconselhável visitar o ) grande homem
Nos trará grande benefício os conselhos de alguém de grande sabedoria e valor moral. É aconselhavél e vantajoso nos aproximarmos de pessoa com tais características. Pode referir-se também a alguém em posição de influência e autoridade, capaz de ajudar-nos ou prejudicar-nos.

Homem superior (Grande homem)
Pessoa de grande sabedoria e valor moral. É frequentemente mencionado no texto como o Homem superior faz isto ou aquilo o que quer dizer que nos seria de proveito agir de forma equivalente. O I Ching propõe o Homem Superior como modelo de suprema sabedoria e virtude.

Humilhação
Uma linha de conduta pode ter sido correta ao início mas, se o homem se torna indiferente e arrogante, sem que o perceba será arrastado da Boa Fortuna ao Infortúnio. Essa situação expressa-se no julgamento Humilhação. Esse julgamento contém, portanto, uma advertência, uma exortação à precaução.

Nada está a nosso favor
Devemos desistir.
Nada traz vantagem
Nada está a nosso favor: devemos desistir.

Nenhum erro (ou culpa)
Se os resultados não nos são favoráveis, a culpa não é nossa; devem-se a circunstâncias fora de nosso controle e não devemos deixar que nos causem sentimentos de culpa que funcionem como sofrimentos adicionais

Objetivo -É vantajoso ter um objetivo (ou destino) em vista
A ocasião sugere avanço em nossos planos, contanto que tenhamos um objetivo em mente.

Persistência trará infortúnio
Não devemos persistir; a única atitude aconselhável é desistir.

Persistência no curso correto traz resultados
Esta é a frase chave do I Ching. Nos diz que o segredo da ação reside na duração. A Boa Fortuna prepara-se lentamente. Só quando se segue um determinado rumo com constância podem os resultados das ações isoladas virem a se acumular, pouco a pouco até que manifestem como Boa Fortuna. Podemos e devemos persistir em nosso planos, contanto estejamos em curso correto, ou seja, que nosso curso seja justificável ética e moralmente.

Persistência trará infortúnio - não devemos persistir; a única atitude aconselhável é desistir.

Rebelde
No I Ching a figura do rebelde tem significado bastante diferente do adotado pelas sociedades modernas. Aqui, o rebelde é aquele que está disposto a nadar contra a corrente dos acontecimentos, colocando em perigo a si mesmo e a seus semelhantes. Aquele cujo egoísmo o coloca em oposição ao bem comum.

Realização da vontade
Conseguiremos atingir nosso objetivo (contanto que estejamos no curso correto).

Sucesso sublime
Sucesso completo

Os céus (Tao) estão de acordo com nossos planos e desejos.

(É) vantajoso manter-se firme e correto
É possível um progresso satisfatório, porém é necessário perseverar e manter-se no rumo correto.

Vantajoso atravessar a grande água
Pode se referir a uma grande viagem; mas também pode referir-se à superação com êxito de um grande obstáculo.

Vergonha
Desgraça aos olhos dos outros (e também aos nossos)

Vontade
Pode significar a vontade dos Céus ou a vontade do Homem Superior e assim, por implicação, a nossa vontade, já que devemos tomar o Homem Superior como modelo. O I Ching diferencia a vontade do desejo. A vontade é sempre elevada e austera; nossos desejos, muitas vezes não.
Os animais, o Bestiário do I Ching

Desde sua aurora a cultura chinesa faz uso de um forte simbolismo animalista.
A animais (reais ou imaginários) são atribuídos poderes de intercessores junto à divindade; eram eles os veículos para se entrar em contato com as forças mágicas. São também eles os símbolos escolhidos para o horóscopo oriental e é enorme sua importância para o entendimento dos vaticínios do I Ching. Entender as características e poderes atribuídos pela cultura chinesa aos animais é parte necessária a uma correta avaliação das sentenças do I Ching, pois com grande frequência o Livro faz uso de expressões onde são citados animais.   

Os principais animais do bestiário do I Ching são:

Dragão
É o símbolo da sutil passagem do tempo. Representa o poder cósmico, energia que leva à realização. Vem logo depois do homem na hierarquia dos seres lendários.  Não tem semelhança com o monstro fantástico e horripilante do dragão ocidental. Trata-se de um ser que habita o Cosmo, dotado de criatividade, imaginação e energia. Simboliza paz,  prosperidade e realização. Na natureza simboliza a força propulsora, eletricamente carregada, dinâmica, que se manifesta nas tempestades. Sua linguagem é o ziguezaguear do relâmpago, estando, por isso, ligado ao trigrama Chên, o Trovão.

No I Ching, o Dragão é citado nos Hexagramas 1, 2 e 11.

Égua
 É uma criatura ligada a Terra. Tem como característica básica a peculiaridade de estar sempre atenta ao que ocorre ao seu redor (de bom ou ruim). É o símbolo da Trigrama Kun (Terra). Receptividade e devoção são seus atributos básicos. No I Ching, a Égua é citada no Hexagrama 2, o Receptivo.

Tartaruga
A tartaruga assegura a mediação entre o reino dos mitos e a realidade. Faz parte dos animais lendários; o ar é seu alimento e simboliza a força espritual. Suas carapaças serviram de suporte aos primeiros pictogramas estando portanto ligada a invenção da escrita. Um animal valioso, foi, durante muito tempo, usado como oferenda. À sua carapaça atribuiam-se poderes divinatórios.

No I Ching, a tartaruga é citada nos Hexagramas 41 e 42.

Tigre
O trigre é o modelo mais importante de força natural encarnada num animal.
Os chineses consideravam-no o rei da montanha e do imutável. Reúne os atributos: discernimento, coragem, atenção, autoridade de um princípe e intuição. A pele do tigre era reservada para uso como veste de chefes, princípes e generais; ao passo que a do cervo era reservada aos subalternos, indivíduos da classe inferior. Uma curiosa transposição,  pois como se sabe o cervo desde os tempos mais remotos é a presa favorita do tigre.

No I Ching, o tigre é citado nos Hexagramas 10, 27 e 49.

Pássaros e cavalo alado
O pássaro é a antecipação que voa, um mensageiro. O presságio de uma transformação ou da chegada de uma resposta. Ele é sinônimo de fogo e da luz do Céu, a luz que aclara, propicia e inspira nossas descobertas.
No I Ching o pássaro é citado nos Hexagramas 56 e 62.

Cavalo

É o símbolo do trigrama Ch'ien (Céu).
No I Ching o cavalo é citado nos Hexagramas 3, 22, 36, 38, 35 e 62.

Ganso selvagem
O Ganso selvagem simboliza o contato sobrenatural com nossos ancestrais. Simboliza, também, o progresso lento, mas seguro da fidelidade conjugal e da feminilidade.
O ganso é citado no Hexagrama 53 do I Ching.

Ovelha e Cabra
Fraca exteriormente e teimosa em seu interior. A ovelha e a cabra são consideradas na China como animais praticamente idênticos e têm o mesmo nome.  É o símbolo do trigrama Tui, o Lago, estando ligado a alegria, mas também a fraqueza.

Galo
O galo, que canta o nascimento do sol, tem um papel de ligação entre a noite e o dia. Simboliza o comportamento justo diante do vir-a-ser.  Ele é o guardião do tempo, cujo canto corta o silência e se propaga como o vento. O galo bate asas mas não levanta vôo. Fica preso ao chão, sonhando com os grandes espaços celestes. Assim como as formas de verdade a que estamos ligados - espirituais, científicas ou filosóficas - que possuem asas mas não estão menos restritas a limites:  não voam.

É também um dos símbolos do trigrama Sun (Vento, Madeira).
O Galo é citado no Hexagrama 61.

Cervo
Os cervos, pelo fato de viverem em manadas, sempre foram considerados modelos do que devem ser o convívio,  a cooperação, a vida em um clã. Desta forma, é abordado pelo I Ching como a figura do parceiro que procuramos para ajudar-nos a superar dificuldades.
Além disso, a magia extrai da figura do cervo outros símbolos. Foi a imitação dos constantes movimentos do rabo deste animal que deu origem ao exercício de saúde do Taoísmo em que a contração do períneo e dos esfíncteres acompanha a retenção do fôlego.

O Cervo é citado no Hexagrama 3.

Javali, porco e peixe
Com frequência o I Ching junta estes animais. O Javali representa a insensatez selvagem, a loucura juvenil. O porco  é considerado como complemento de riqueza, um bem da família. Muito apreciado pelas suas qualidades domésticas. É um dos símbolos do trigrama Kan, (Água, Chuva).
O peixe, assim como o porco, é considerado uma dádiva divina, alimento para a família. Ambos os animais eram considerados oferendas perfeitas para se conseguir colheitas abundantes.

Hexagramas em que são referidos no I Ching:
Javali:    4, 44, 38 e 26
Porco:    61
Peixe:    23, 44, 48 e 61

Raposa e falcão
Raposa e falcão, dois predadores, representam os dois animais nefastos no I Ching. São estigmatizados pela sua depredação insaciável, contrária aos costumes de caça das demais espécies, pois a maior parte dos animais, aplacada a fome, para de matar.
Hexagramas em que são referidos no I Ching:

Raposa:    40 e 64
Falcão:        50 e 56

Boi e vaca
O Boi e a Vaca, representam a receptividade que é ao mesmo tempo pacífica e ativa. A passividade do bovino é a mesma atribuída a um indivíduo que ainda não se decidiu a empreender uma mudança profunda que se faça necessária. No I Ching a vaca caracteriza um estado de transformação necessário à realização. Negligencia-lo ou excluí-lo de nossa trajetória é tão nefasto quanto permitir que o fogo se apague ou, pelo contrário, que alastre-se e transforme tudo em cinzas.

Boi e vaca são referidos no I Ching nos Hexagramas  25, 30, 38, 56 e 26

O I CHING FUNCIONA?
Não há uma resposta direta a essa pergunta. Um escritor contemporâneo famoso (Norman Mailer), perguntado sobre se acreditava em vida após a morte respondeu que preferia não responder pois este era um assunto onde se sentiria igualmente tolo dizendo que sim ou que não.

I Ching está nesta categoria de assuntos. Uma eminência ocidental, o psicanalista Jung, manifestou públicamente sua crença nos vatícinios do I Ching (e fez uso dele durante toda a vida).

 O matemático Leibnitz dedicou-se aos estudos dos Hexagramas de Fu Hsi onde julgou encontrar similaridades com o sistema binário que havia descoberto e que hoje é usado pelos computadores. Freud e seu grupo condenavam Jung e Reich por seu misticismo; no entanto Abraham, um dos mais chegados a Freud, quando gravemente enfermo, operou-se com  Fliess (correspondente e confidente de Freud), igualmente místico, que determinou o dia mais favorável ao ato cirúrgico através de implausíveis cálculos do ritmo universal, qual um astrônomo. Além disso, o próprio Freud nos deixou uma definição intrigante de misticismo. Para Freud o misticismo seria a auto-percepção obscura do reino do inconsciente, além do Ego.

Muitos atribuem valor ao Livro; outros muitos o julgam um mero livro de adivinhações.

Näo importa. Há muitas formas de ver o I Ching.  Pode-se acreditar em seu valor absoluto, intrínseco; pode-se, como Jung, acreditar que ele tem o poder de trazer do inconsciente para a superfície da mente o aparato que nos possibilita ver um problema em suas reais dimensões e deduzir os meios de trata-lo; ou pode-se, finalmente ainda, ver o livro em sua outra face: não apenas um oráculo mas um livro de cultura e sabedoria cristalizadas ao longo de 40 séculos. Idade pelo menos duas vezes maior que a do grande livro sagrado ocidental: a Bíblia.

Dessa forma como resposta à questão proposta no início, preferimos deixar as palavras de Carl Gustav Jung:
O I Ching não oferece provas nem resultados; não faz alarde de si, nem é de fácil abordagem. Como se fora uma parte da natureza, espera até que o descubramos. Aqueles a quem não agradar não têm porque usa-lo, e quem se opuser a ele não é obrigado a achá-lo verdadeiro. Deixem-no apenas ir mundo afora para benefício de outros.

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Hexagramas (I Ching)


Os hexagramas (卦) (pinyin: guà) são símbolos constituídos por seis linhas Yīn ou Yáng que estruturam o livro chinês I Ching (易經) (pinyin: yì jīng).
Os 64 hexagramas podem também ser considerados combinações entre os oito trigramas básicos.

Tabela dos 64 hexagramas

Trigrama
superior →
inferior ↓
Trigramme qián du Yi Jing qián
Céu
Trigramme zhèn du Yi Jing zhèn
Trovão
Trigramme kǎn du Yi Jing kǎn
Água
Trigramme gèn du Yi Jing gèn
Montanha
Trigramme kūn du Yi Jing kūn
Terra
Trigramme xùn du Yi Jing xùn
Vento
Trigramme lí du Yi Jing
Fogo
Trigramme duì du Yi Jing duì
Lago
Trigramme qián du Yi Jing qián
Céu
Hexagramme 1 du Yi Jing
1
Hexagramme 34 du Yi Jing
34
Hexagramme 5 du Yi Jing
5
Hexagramme 26 du Yi Jing
26
Hexagramme 11 du Yi Jing
11
Hexagramme 9 du Yi Jing
09
Hexagramme 14 du Yi Jing
14
Hexagramme 43 du Yi Jing
43
Trigramme zhèn du Yi Jing zhèn
Trovão
Hexagramme 25 du Yi Jing
25
Hexagramme 51 du Yi Jing
51
Hexagramme 3 du Yi Jing
3
Hexagramme 27 du Yi Jing
27
Hexagramme 24 du Yi Jing
24
Hexagramme 42 du Yi Jing
42
Hexagramme 21 du Yi Jing
21
Hexagramme 17 du Yi Jing
17
Trigramme kǎn du Yi Jing kǎn
Água
Hexagramme 6 du Yi Jing
6
Hexagramme 40 du Yi Jing
40
Hexagramme 29 du Yi Jing
29
Hexagramme 4 du Yi Jing
4
Hexagramme 7 du Yi Jing
7
Hexagramme 59 du Yi Jing
59
Hexagramme 64 du Yi Jing
64
Hexagramme 47 du Yi Jing
47
Trigramme gèn du Yi Jing gèn
Montanha
Hexagramme 33 du Yi Jing
33
Hexagramme 62 du Yi Jing
62
Hexagramme 39 du Yi Jing
39
Hexagramme 52 du Yi Jing
52
Hexagramme 15 du Yi Jing
15
Hexagramme 53 du Yi Jing
53
Hexagramme 56 du Yi Jing
56
Hexagramme 31 du Yi Jing
31
Trigramme kūn du Yi Jing kūn
Terra
Hexagramme 12 du Yi Jing
12
Hexagramme 16 du Yi Jing
16
Hexagramme 8 du Yi Jing
8
Hexagramme 23 du Yi Jing
23
Hexagramme 2 du Yi Jing
2
Hexagramme 20 du Yi Jing
20
Hexagramme 35 du Yi Jing
35
Hexagramme 45 du Yi Jing
45
Trigramme xùn du Yi Jing xùn
Vento
Hexagramme 44 du Yi Jing
44
Hexagramme 32 du Yi Jing
32
Hexagramme 48 du Yi Jing
48
Hexagramme 18 du Yi Jing
18
Hexagramme 46 du Yi Jing
46
Hexagramme 57 du Yi Jing
57
Hexagramme 50 du Yi Jing
50
Hexagramme 28 du Yi Jing
28
Trigramme lí du Yi Jing
Fogo
Hexagramme 13 du Yi Jing
13
Hexagramme 55 du Yi Jing
55
Hexagramme 63 du Yi Jing
63
Hexagramme 22 du Yi Jing
22
Hexagramme 36 du Yi Jing
36
Hexagramme 37 du Yi Jing
37
Hexagramme 30 du Yi Jing
30
Hexagramme 49 du Yi Jing
49
Trigramme duì du Yi Jing duì
Lago
Hexagramme 10 du Yi Jing
10
Hexagramme 54 du Yi Jing
54
Hexagramme 60 du Yi Jing
60
Hexagramme 41 du Yi Jing
41
Hexagramme 19 du Yi Jing
19
Hexagramme 61 du Yi Jing
61
Hexagramme 38 du Yi Jing
38
Hexagramme 58 du Yi Jing
58

Lista dos nomes dos 64 hexagramas

Esta é a tradução para o português dos nomes atribuídos aos 64 hexagramas do I Ching:
01.qián _____O Criativo
02.kūn _____O Receptivo
03.zhūn _____A Dificuldade Inicial
04.mēng _____A Insensatez Juvenil
05. _____A Espera
06.sòng _____O Conflito
07.shī _____O Exército
08. _____A Solidariedade (A União)
09.xiǎo chù _____O Poder de Domar do Pequeno
10. _____A Trilha (A Conduta)
11.tài _____A Paz
12. _____A Estagnação
13.tóng rén _____A Comunidade com os Homens
14.dà yǒu _____Grandes Posses
15.qiān _____A Humildade (Modéstia)
16. _____O Entusiasmo
17.suí _____O Seguir
18. _____O Trabalho sobre o Deteriorado (O Trabalho sobre o Corrompido)
19.lín _____A Aproximação
20.guān _____A Contemplação
21.shì kè _____O Morder
22. _____A Graciosidade (Beleza)
23. _____A Desintegração
24. _____O Retorno (O Ponto de Mutação)
25.wú wàng _____A Inocência
26.dà chù _____O Poder de Domar do Grande
27. _____O Prover Alimento (As Bordas da Boca)
28. dàguò _____A Preponderância do Grande
29.kǎn _____O Abismal (A Água; O Insondável)
30. _____O Aderir (O Fogo)
31.xián _____A Influência (O Cortejar)
32.héng _____A Duração
33.dùn _____A Retirada
34.dà zhuàng_____O Poder do Grande
35.jìn _____O Progresso
36.míng yí _____O Obscurecimento da Luz
37.jiā rén _____A Família
38.kuí _____A Oposição
39.jiǎn _____O Obstáculo (A Obstrução)
40.jiě _____A Liberação
41.sǔn _____A Diminuição
42. _____O Aumento
43.guài _____A Determinação (O Irromper)
44.gòu _____Vir ao Encontro
45.cuì _____A Reunião
46.shēng _____A Ascensão
47.kùn _____A Opressão (A Exaustão)
48.jǐng _____O Poço
49. _____A Revolução
50.dǐng _____O Caldeirão
51.zhèn _____O Incitar (A Comoção; O Trovão)
52.gèn _____A Quietude (A Montanha)
53.jiàn _____O Desenvolvimento (O Progresso Gradual)
54.guī mèi _____A Jovem que se Casa
55.fēng _____A Abundância (A Plenitude)
56. _____O Viajante
57. xùn _____A Suavidade (O Penetrante; O Vento)
58.duì _____A Alegria (O Lago)
59.huàn _____A Dispersão (A Dissolução)
60. jié _____A Limitação
61.zhōng fú _____A Verdade Interior
62.xiǎo guò_____A Preponderância do Pequeno
63.jì jì _____Após a Conclusão
64.wèi jì _____Antes da Conclusão

Ver também



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