sábado, 2 de março de 2013

" O TITÃ " Suite - Gustav Mahler: Sinfonia No.1 (1885/1888)/ Gielen - 56:59



Gustav Mahler: Sinfonia No.1 (1885/1888)/ Gielen



Mahler 100 ° Anniversario (1911-2011)
Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia N º 1 em Re Maggiore (1888).

1. Langsam. Schleppend
2. Kraeftig bewegt
3. Feierlich und gemessen, schleppen zu ohne
4. Sturmisch bewegt

SWR Baden-Baden Sinfonieorchester und Freiburg diretta da Michael Gielen. (Filmado em 2002).
- A música publicado em nosso canal é dedicado exclusivamente para fins de divulgação e não comercial. Isso dentro de um programa compartilhado para estudar música clássica educacional de 1900 (principalmente italiana), que envolve milhares de pessoas em todo o mundo. Se alguém, por algum motivo, se considerar que um vídeo que aparece neste canal viole os direitos autorais, por favor, informe-nos imediatamente antes de apresentar um pedido para o Youtube, e ele vai ser o nosso cuidado de remover imediatamente o vídeo em conformidade. - Sua colaboração será apreciada.


O TITà



PROMETEU- Heinrich Friedrich Füger,1817


SUÍTE - "O TITÃ"
- SINFONIA No 1 - GUSTAV MAHLER

Gustav Mahler Symphony No. 1 in D major "Titan"
Conductor: Gustavo Dudamel La Scala Philharmonic Orchestra La Scala Theater Milan (2008) Part I. Langsam, Schleppend. Immer sehr gemächlich



Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part I 1/2
http://www.youtube.com/watch?v=GIweGXA-zF0
-9:45

Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part I 2/2
http://www.youtube.com/watch?v=QLtAZFG_7SA
- 6:54
______
Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part II
http://www.youtube.com/watch?v=XlyWBHmNAeM
- 8:46
_____
Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part III 1/2
http://www.youtube.com/watch?v=WtWv8BzWvM8
- 5:48

Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part III 2/2
http://www.youtube.com/watch?v=bxQmCwYnRmM
- 5:34
______
Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part IV 1/3
http://www.youtube.com/watch?v=orkyNBUUYiY
- 9:47
Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part IV 2/3
http://www.youtube.com/watch?v=EFVfPcTOmrE
- 7:37
Na mais nobre poesia
O confronto entre o Titã e Deus
 

Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part IV 3/3
http://www.youtube.com/watch?v=OadJjEwnJ74
- 3:14


SUITE " O TITÃ " 

( ESBOÇO)


SINFONIA No 1 - Em ré maior Compositor:
: GUSTAV MAHLER


Parece loucura,
 mas foi numa tarde comum,
 enquanto eu pintava ouvindo repetidas vezes
 a Sinfonia No 1 - Titã, de Mahler, quando sem mais nem menos ,
 me vi diante dum palco ,amando ver cada movimento,
absurdamente real, num colorido espetacular, 
esta representação que agora descrevo.
Radeir


PERSONAGENS

- Nove dançarinos :
dois homens , sete mulheres

- Três Titãs:
- o Vermelho
- o Azul
- o Amarelo

- Velho Zeus

CENÁRIO


Paisagem de deserto
- Pedras de vários tamanhos, empilhadas e espalhadas
- Alguns galhos modestamente floridos entre flores faíscantes
- Os dançarinos vestem algo como tangas ocres em longos panos
enrolados do joelho até a cabeça, prendendo-lhes os braços,imitando múmias ou fetos,quase encobrindo os olhos.

- Os Titãs vestem faixas brilhantes, cada qual de uma cor, em tons
pastéis, contornando o peito e com as pontas descendo até aos tornozelos.

- Do Velho Zeus só se vê a enorme barba branca, entre tufos de nuvens
ao alto, no último plano do palco.

PRIMEIRO ATO

1' movimento - Langsam; Schleppend
& 2' movimento - Kräftig bewegt
http://www.youtube.com/watch?v=lFFgzziZrpk

http://www.youtube.com/watch?v=GIweGXA-zF0
-9:45
Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part I 2/2
http://www.youtube.com/watch?v=QLtAZFG_7SA
- 6:54

CENA
- Um silvo profundo e longínquo inicia e anuncia o nascer de um novo dia.
Muito do que parecia ser pedra espalhada no deserto,lentamente se mexe,
espreguiça forçando o levantar cambaleante.
Desajeitados os nativos ensaiam em mímica os primeiros passos, apalpam-se,
descobrindo o corpo, as pernas, depois os braços tentando sincronizá-los
em movimentos rudes de marionetes curiosas.
- Contorcem-se para livrarem-se das faixas que os prendem ,
trombando -se, caem, rolam uns sobre os outros recomeçando novos e
mais ousados toques. Agora mais ágeis experimentam passos e gestos
firmes,cadenciados,repetidos e imitados pelo grupo ora unido,ora disperso no entusiasmo de encontros , trombadas irritantes e enlaces amorosos até que amigáveis se guiam,caminham e se ajudam.

- A música distante colore com melodia de amanhecer num crescendo e a dança intensifica em ligeira agitação.

- Sombras nublam cenário adormecendo-os .a imitar embalo de dias e
noites de sonhos e ao toque da luz recomeçarem dinâmicos e confiantes.

- Predominavam até agora os gestos instintivos que evoluem, ganham leveza;
vai-e-vens que delineiam o aguçar da sensibilidade nascente.

- Repetem o ensaio, lentos,até que surge entre raios festivos,os três Titãs, de .passos largos,certeiros e dominantes. O Titã de faixa amarela empunha uma .
tocha acesa.

- Á entrada dos Titãs, alvoroço, medo e correria para se esconderem atrás .
dos arbustos e das pedras que os Titãs vão retirando , deixando os nativos .
apavorados.

- Numa dança super nova, os Titãs aos poucos vão conquistando os
nativos,presos em suas faixas apertadas.

- Amigáveis, os Titãs dançam em volta da fogueira feita com a tocha e .
aos poucos os nativos vão perdendo o medo do fogo. Dançando mais .
íntimos, os Titãs desenrolam suavemente as faixas amarradas nos corpos .
dos efêmeros, libertando os braços presos nas faixas.

- Devagar,meio tímidos se contorcem,giram,se miram, num crescendo rodopiam alegres,se abraçam festivos.

(Debaixo das faixas, tangas e saiotes ao joelho, quase transparentes )
- Por longos minutos se olham, se apalpam e se enamoram.

- Os Titãs ensinam-lhes novos passos e todos se entregam febrilmente ao .
comando da música. Dos gestos saem trabalhos e em conjunto constroem a .
cidade em módulos ou blocos de pedras,abrindoespaço, desenrolando enormes faixas estampadas de bosque, prédios, fábricas , imponente metrópole, entre danças frenéticas, delírios, correria e novíssimos prazeres embriagadores,apaixonados,quase insanos.

(" O Primeiro Ato" é composto dos dois primeiros movimentos) :
 http://www.youtube.com/watch?v=lFFgzziZrpk

http://www.youtube.com/watch?v=GIweGXA-zF0
-9:45
Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part I 2/2
http://www.youtube.com/watch?v=QLtAZFG_7SA
- 6:54


* Lamgsam; Schleppend
( devagar,vagaroso,lento,compassado;moroso -
lentamente,aos poucos, pé ante pé - arrastado;lânguido)


* Kräftig bewegt
(robusto,forte,substancioso, brioso,reforçado -
agitado,movimentado,encapelado,comovido,emocionado)

O andamento lânguido desenvolve-se para o brioso e emocionado,
longo o bastante para plasmar o mistério da origem e o alçar da
vontade de continuar descobrindo, desenvolvendo a força humana
e a coragem de se jogar à beleza do ritmo da alegria terrestre.
Escolados pelos Titãs, os homens vão modificando o cenário, agora
mais claro,enquanto dançam construindo moderna metrópole.
Unidos,montam uma forte escada,degrau por degrau,símbolo e caminho
de acesso aos céus. ( O cenário é montado rápido no gestual dançante )

Agora os homens já sabem construir organizados,obras de artes que
intensificam seus prazeres super novos. Sentem-se poderosos e audazes
tentam subir e rolam na escada que os levará às estrelas.

- Do alto, o velho Zeus que a princípio se divertia com a "dança" dos
pequenos, começa a se inquietar, sentir-se ameaçado e enfurecido
com os acertos da criatura. Irado, descontrola-se produzindo inúmeros
relâmpagos saídos das suas ventas que se transformam em tempestade.
Num lapso de cólera, conclui ser melhor eliminar as ameaças freqüentes
capazes de invadir seus poderosos sítios, seus segredos, sua majestade.

Com a vaidade ferida,o soberano deus dos céus, decide eliminar
os homens e suas obras.
Ameaçador, Zeus pisa na escada.

FECHA O PANO.

SEGUNDO ATO
3o movimento - Feierlich und gemessen
http://www.youtube.com/watch?v=lFFgzziZrpk


O Titã - Radeir - ost-180x140cm


CENÁRIO
Estão no palco grandes faixas azuladas
 reproduzindo moderna cidade.
Bem ao centro destaca-se a sólida escada montada no ato
anterior, a esbarrar nas nuvens, onde Zeus se escondia
 e agora irado, pisa resoluto.
Relâmpagos anunciam a ira divina.

CENA

- Os homens assustados se armam e se empilham, unidos para
lutar e um dos Titãs, o que veste a faixa amarela, o mais corajoso e
sábio, toma para si o encargo de representar e defender a todos.

- Comovido, melódico o Titã começa a "cantar" agradecendo a Vida,
a união das criaturas, as conquistas diárias ao longo dos séculos. Relata poético, diante de Zeus, uma série de momentos árduos que lhes valeram os promissores avanços e conquistas.

Canta na dança a alegria de vencer as tempestades do meio e de si mesmos.
Recria solene cada frase poética captada na beleza deste mundo inculto.
Exalta as maravilhas descobertas nesta natureza.
Canta a mansidão dos rios, a imensidão dos mares, a serenidade
e a silenciosa quietude do carvalho altivo, oferecendo cor, frescor e .
segurança.
Dança cantante a delicadeza das milhares de flores dos caminhos, as belas formas seus distintos perfumes e da maravilha dos frutos coloridos e doces.

Fala da magia das cores, da música - canta a poesia que os nativos
conseguiram a duras penas, colher e recolher nos paradoxos dos
incontáveis enigmas.

Numa cena de extrema beleza o Titã , solene, sobe os degraus e descreve
em dança tântrica a batalha para organizarem-se na busca da razão de existir - Ser

No quarto degrau, ao meio da escada, quase junto de Zeus, o Titã repete
a magnífica cena , (e imitada na união e desdobramento dos corpos nas
laterais ) insistindo, tentando convencê-lo a cantar também, a se
unir neste coro sagrado para eternizá-lo com sua majestosa aprovação.

Insensível e irado Zeus estica o braço na direção ao peito do Titã e
dali pega um fio brilhante, cor de rosa , que ele, Zeus, vai puxando irado, em gestos largos e bruscos, contrastando com leveza dos passos e gestos do Titã, insistente para lhe comover.

Tomado de suprema inveja, fulgura dentro da súbita noite um vendaval
zoando entre raios e trovões estrondosos, enquanto o furor de Zeus
retumba e arranca de vez o fio brilhante da vida do Titã que finalmente
cai fulminado .

O caos impera derrubando a cidade ,transformando-a em escombros sobre
os corpos que repetiram incessantes a dança tântrica .

FECHA CORTINA

TERCEIRO ATO

4o movimento - Stürmisch bewegt
 http://www.youtube.com/watch?v=lFFgzziZrpk
(Tempestuoso, fogoso agitado,movimentado.emocionado)

CENÁRIO

A destruição do ato anterior,destacando a escada de sete degraus ao fundo, entre as nuvens.

Zeus, no alto da escada lança um olhar fulminantemente vazio para baixo.
Olha para suas mãos, observa o brilho faiscante retirado do peito do Titã
e num largo gesto comovido empurra forte contra seu próprio peito, como querendo guardar ali a espiral de luz ,o motor da vida, poder e beleza do Titã.

Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part IV 2/3
http://www.youtube.com/watch?v=EFVfPcTOmrE
- 7:37

E num lampejo de soberana consciência, constata o terrível silêncio, ao ver o
Titã vencido, inerte, incapaz de produzir o menor ruído , o mais leve movimento melódico...
Desesperado , Zeus gira, mostra-se inteiro, arranca sua enorme túnica branca e dourada, joga-a para cima espalhando uns turbilhãozinhos de estrelas que caem a cobrir o Titã desfalecido aos pés da escada.

Num gigantesco desesperado furor, Zeus vê seu estado real, estupidamente grave e a impiedosa arrogância. Dá-se conta do grande erro . Alucinado esbraveja ao mesmo tempo que uma explosão bombardeia o palco.
Ás últimas faíscas Zeus está de braços caídos - medita, se contorce
de arrependimento - destruíra sua mais bela obra.

Reflete angustiado: ( um côro distante canta seus pensamentos)
- Quem agora iria temê-lo, alegrá-lo ou adorá-lo?
- Quem reacenderia sua sede de poder no reinar?
- Um rei todo poderoso...sem vassalos!

Zeus vê o quanto fugiu dos seus propósitos embasados na razão e nas artes...
Atormenta-o ver endurecida sua sensibilidade e lucidez ao invejar pequenos
conquistadores de raras alegrias. Detém-se em lembrar a superioridade e a
nobreza das criaturas e conclui que só há uma maneira dele se perdoar,
só um modo e meio dele não mais merecer o próprio descomunal desprezo:

- Ele, Zeus, silenciosamente.... nascerá !

E virá nas mesmas condições que impôs às criaturas
Andará pelos mesmos caminhos escuros e pedregosos.
Buscará vencer os mesmos obstáculos das diversas naturezas.

E vai tentar recolher desta caminhada,sem sua "coroa de poder",
a mesmíssima beleza que viu brotar das criaturas indefesas e valentes,
desbravadores de si mesmo .

Num gesto de grande realeza, retira de sua cabeça a brilhante coroa,
arranca as enormes e pomposas barbas e solenemente começa a descer a
escada. Ao pisar o terceiro degrau, perde o equilíbrio e continua a descida
rolando entre raios e trovoadas.

Relâmpagos e cores desgovernados inundam o palco festejando a descida de
mais um ser que se dispõe a nascer.

- As luzes apagam num breve intervalo, depois , bem tênues a mostrar um corpo encolhido qual feto rente às pedras na escuridão.

Aos poucos é iluminado por uma e outra faísca, gerando nele pequenos movimentos.
Esforça-se, tenta livrar-se das amarras ,contorcendo com dificuldade.
O crescimento dele pode ser visto pelo alongamento gestual sempre mais amplo.
Com dificuldade Zeus espreguiça medindo seus limites e rompendo por fim a
imaginária envoltura, ensaia o primeiro sentar cambaleante, enquanto um surdo silvo vindo da escuridão mais densa ao fundo do palco o focaliza, iluminando-o e estimulando-o a levantar-se e seguir na direção do fio de luz azul. que o acordou.


Mahler Symphony No. 1 "Titan" Part IV 3/3
http://www.youtube.com/watch?v=OadJjEwnJ74
- 3:14

Rápidos clarões.
Abrindo os olhos, assusta-se com a claridade forte avermelhada que lhe bate no rosto.
Tem medo e para vencê-lo contorna com os braços o novo corpo, se protegendo e neste toque vibra de prazer.

Por longo tempo olha cada membro do seu novo corpo, se apalpa carinhoso.
Demonstra o prazer do toque e se repete mais enérgico e confiante.

Devagar levanta, mira ao redor e avista um fio d'água ,toca-a saltitante e brincando se banha.
Todo molhado, dominando seus movimentos, gesticula meio dançante, meio brusco como quem trabalha e luta.

Luta contra o medo da noite, o calor do dia, o cansaço e o sono.
Recomeça arduo trabalho e interminavelmente e sofre.

Sofre abandono, perdas, lutas vãs e descobre quão difícil é sobreviver na natureza sob variações climáticas, nas tempestades que o obrigam a refugiar-se as pressas . Sofre por querer avançar,vencer-se e o buscar a paz inexistente.

Longos momentos de exaustão.
De vez em quando luzes fortes entrecortam o silêncio da impotência reconhecida.

Vai e vem, pula e dança , descansa e luta.
Desperta, levanta a cabeça a procura de ajuda e extático medita olhando o céu.
Volta à fonte, banha-se sereno e vai-se impregnando da música deliciosa que o chama para nova realidade.

Caminha meditativo, acaricia as pedras e empolgado colhe entre a folhagem uma pequenina flor nascida perto do fio d'água, que lhe inspira grande ternura.
Ama-a intensamente e afinal sorri rodopiando feliz
A custo contém-se segurando a florzinha, girando e abraçando a minúscula prenda e num gesto de máxima alegria, ajoelha, adora-a , beija-a e a levanta ao céu.

É agora um homem integrado, reconciliado com a vida e dança a alegria de viver.

Sua felicidade chega aos céus que se abalam movidos pela força da alegria.
Delira dançando sua felicidade de estar aqui,nesta terra tão rústica.

Relâmpagos insistentes jorram numa profusão de raios e uma chuva de flores
coloridas descem por todo o palco.

Reconciliado consigo mesmo, caminha-se confiante para a escada, sobe meio dançante e ao chegar no quarto degrau , contempla o mundo.

As luzes seguem agora a seqüência do arco-íris e quando chega ao violeta,
vê-se Zeus sentado em posição de lótus , em meditação, formando com a união dos dedos um triângulo junto ao peito.

O quarto degrau da escada é mais largo - um patamar no meio dos sete
degraus, e , em recolhimento, lentamente sobem do chão contornando-o ,
enormes pétalas de lótus rosada , tranparentes , leitosas delicadas.
Zeus sentado , ergue os braços e em dança tântrica suave dentro da flor
que lentamente se fecha até formar um gigante botão de lótus iluminado

A enorme flor recebendo foco de luz rosada, volta à cor branca original
radiando luzes ondulantes , e uma intensa luz azul formando um oceano em sua base
( Faixas azuis de plástico transparente, respingadas de tons prateados,
ondulam como mar na base da flor)

Do chão junto da enorme flor de lótus, aos poucos vão subindo raios de luz como se dela saíssem, formando um radiante Sol.
Ao chegar o último feixe de luz a sinfonia solta os últimos acordes.
Encerra a música e por vinte segundos, só fica o Homem-Sol no mais belo silêncio! ( dentro do Lótus branco iluminado.)

FIM ?

Fecha a cortina.
 Li-Sol-30
Fonte:
RADEIR
Autoria:AdeirT.Reis - 1987
Libreto para
Sinfonia No 1, em Ré Maior " O TITÃ "
(Texto de RADEIR,em 1987 e transcrita em 1991)
Li-Sol-30
(Vídeo )-Mahler 100° Anniversario (1911-2011)
Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia No.1 in Re Maggiore (1888).

1. Langsam. Schleppend
2. Kraeftig bewegt
3. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen
4. Sturmisch bewegt
SWR Sinfonieorchester Baden-Baden und Freiburg diretta da Michael Gielen. (Filmed in 2002).
The music published in our channel is exclusively dedicated to divulgation purposes and not commercial. This within a program shared to study classic educational music of the 1900's (mostly Italian) which involves thousands of people around the world. If someone, for any reason, would deem that a video appearing in this channel violates the copyright, please inform us immediately before you submit a claim to Youtube, and it will be our care to remove immediately the video accordingly.Your collaboration will be appreciated.
Fontes:

sexta-feira, 1 de março de 2013

AURIGAE (Cocheiro) E O MISTÉRIO DE CAPELLA




Auriga (Cocheiro) 
é uma das constelações do Hemisfério Norte.
Faz fronteira com as constelações de Camelopardalis, Lynx, Gemini  


 A constelação de Auriga

Capella (alfa Aur) com uma magnitude aparente igual a aproximadamente  0.1 é a sexta estrela mais brilhante no céu. Na realidade esta estrela consiste num sistema binário espectroscópico (apenas identificável a partir da decomposição da sua  luz ). As duas componentes dão uma volta em torno uma da outra em cada 104 dias.

Menkalinen (beta Aur) é também um sistema binário espectroscópico. Neste caso o período de revolução é de apenas 4 dias. Trata-se de um binário eclipsante. Durante cada eclipse a magnitude aparente do sistema varia ligeiramente.

Epsilon Aur é também um binário eclipsante. O período de revolução é, neste caso, de 27.1 anos. Durante esse intervalo a magnitude aparente do sistema oscila entre 3.0 e 3.8. Cada eclipse dura cerca de 1 ano. A componente menos brilhante do parece ser um objeto compacto com 10 a 12 massas solares (buraco negro ??). 

De entre os objectos presentes na constelação de Auriga destacam-se os enxames abertos M36, M37 e M38. Com binóculos ou pequenos telescópios podem observar-se os aglomerados compostos pelas estrelas mais luminosas de cada enxame. A seguir indicam-se alguns dados sobre estes objetos:

Desde o século 19, um misterioso fenômeno acontece na constelação de Auriga, sem que os cientistas saibam exatamente por que. Ali, a cada 27 anos, a gigantesca estrela Épsilon perde metade de seu brilho e permanece assim por dois anos, até que lentamente volta a se fortalecer novamente. Afinal, o que acontece em Épsilon de Auriga?



Épsilon de Auriga: a estrela tem 6 bilhões de quilômetros de raio e é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida. Crédito: Alson Wong and Citizen Sky/Nasa.


Situada a cerca de 2 mil anos-luz da Terra e medindo quase 6 bilhões de quilômetros de raio, Épsilon de Auriga é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida. É tão grande que se fosse colocada no centro do Sistema Solar chegaria até a órbita de Urano, o penúltimo planeta a partir do Sol. 

Atualmente a estrela se encontra na fase de baixo brilho e de acordo com os últimos estudos, eclipsada por um escuro objeto. Entretanto, a natureza desse objeto – provavelmente uma estrela – ainda é motivo de acalorados debates por parte dos pesquisadores, uma vez que suas características não foram observadas diretamente.

A atual fase de eclipse de Épsilon de Auriga começou em agosto de 2009 e em dezembro atingiu seu ponto de menor brilho, devendo permanecer assim durante todo o ano de 2010. Em 2011 a estrela retornará ao brilho máximo.

Um modelo apresentado em 2008 e que ganhou bastante popularidade mostra que esse objeto companheiro seria um sistema estelar binário, rodeado por um disco de poeira maciço e opaco de poeira, mas recentes observações feitas pelo telescópio espacial Spitzer mostram que Épsilon de Auriga é eclipsada por uma única estrela envolta em um disco de poeira de 600 milhões de quilômetros de raio e 75 milhões de quilômetros de espessura. Teorias que afirmavam que o objeto seria uma estrela grande e semitransparente ou até mesmo um buraco negro já foram descartadas.( Fonte Apolo 11)
Olhando para o Norte, nas primeiras horas das noites de fevereiro, é muito fácil localizar a constelação de Cocheiro (Auriga, em latim), cuja área oficial corresponde a 657,44 graus quadrados (1,594% da superfície aparente da esfera celeste). Duas características ajudam na identificação: a brilhante estrela amarela conhecida como Capella, e o formato de um pentágono, desenhado pelas estrelas Alpha (Capella), Beta, Theta e Iota Aurigae, além de Beta Tauri, esta pertencente à constelação do Touro.


Na mitologia grega, esta constelação representava Melissa e Amaltéia, filhas do rei de Creta, que teriam amamentado o pequeno Zeus com leite de cabra. É por isso que as cartografias celestes medievais representam Auriga como um jovem com uma cabritinha nos ombros e duas crianças em seu braço esquerdo. Mas existe uma segunda interpretação. Auriga representaria Troquilos, filho de Io, inventor do carro. Daí a tradução de Auriga por Cocheiro.
LUIZ AUGUSTO L. DA SILVA DIOMAR REUS SBARDELOTTO | 
Físico e astrônomo Designer, grupo Astromídia

Épsilon de Auriga:o misterioso piscar de uma estrela gigante

Desde o século 19, um misterioso fenômeno acontece na constelação de Auriga, sem que os cientistas saibam exatamente por que. Ali, a cada 27 anos, a gigantesca estrela Épsilon perde metade de seu brilho e permanece assim por dois anos, até que lentamente volta a se fortalecer novamente. Afinal, o que acontece em Épsilon de Auriga? 


Estrela Epsilon de Auriga
Clique para ampliar

Situada a cerca de 2 mil anos-luz da Terra e medindo quase 6 bilhões de quilômetros de raio, Épsilon de Auriga é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida. É tão grande que se fosse colocada no centro do Sistema Solar chegaria até a órbita de Urano, o penúltimo planeta a partir do Sol. 

Atualmente a estrela se encontra na fase de baixo brilho e de acordo com os últimos estudos, eclipsada por um escuro objeto. Entretanto, a natureza desse objeto - provavelmente uma estrela - ainda é motivo de acalorados debates por parte dos pesquisadores, uma vez que suas características não foram observadas diretamente. 

A atual fase de eclipse de Épsilon de Auriga começou em agosto de 2009 e em dezembro atingiu seu ponto de menor brilho, devendo permanecer assim durante todo o ano de 2010. Em 2011 a estrela retornará ao brilho máximo. 

Um modelo apresentado em 2008 e que ganhou bastante popularidade mostra que esse objeto companheiro seria um sistema estelar binário, rodeado por um disco de poeira maciço e opaco de poeira, mas recentes observações feitas pelo telescópio espacial Spitzer mostram que Épsilon de Auriga é eclipsada por uma única estrela envolta em um disco de poeira de 600 milhões de quilômetros de raio e 75 milhões de quilômetros de espessura. Teorias que afirmavam que o objeto seria uma estrela grande e semitransparente ou até mesmo um buraco negro já foram descartadas.


Foto:
 Épsilon de Auriga:
 a estrela tem 6 bilhões de quilômetros de raio
 e é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida.
 Crédito: Alson Wong and Citizen Sky/Nasa.
     Zeta-Aurigae

CapellaAlpha Aurigae- O nome quer dizer "a pequena cabra", referência direta à cabra de Amaltéia.- Distância: 42 anos-luz- Sexta estrela mais brilhante do céu, essa gigante normal brilha com magnitude visual 0,06. É, na realidade, uma estrela binária, onde duas componentes orbitam um centro comum de gravidade, separadas por 112 milhões de quilômetros. Não é possível distingui-las ao telescópio. 

Cada estrela tem cerca de três vezes a massa do Sol, sendo quase cem vezes mais luminosas.- Parece existir uma terceira companheira, uma anã vermelha de brilho débil (10ª magnitude), distante 12 minutos de arco, a Sudeste do par principal. Esta estrela também é binária, porque tem um satélite de magnitude 13,7, a 2,7 segundos de arco. A luminosidade total do par, entretanto, não ultrapassa 1% da luminosidade solar.

Conclui-se, portanto, que Capella é, no mínimo, um sistema quádruplo.- Capella também é famosa por conta de um livro de Edgard Armond, Os Exilados de Capela, que sugere a esdrúxula teoria de uma antiga migração de seres provenientes daquela estrela para a Terra, da qual existiriam indícios na Bíblia, mais precisamente no livro do Gênesis. Segundo Armond, Seth, o terceiro filho dos mitológicos Adão e Eva, seria nada menos que um ET capelino...Não existe, lógico, qualquer embasamento científico para sustentar tal hipótese. Muito pelo contrário: Capella, a priori, não parece ser um alvo promissor do ponto de vista astrobiológico.

Menkalinan Beta Aurigae- Estrela variável eclipsante de pequena amplitude.- Distância: 82 anos-luz- O nome arábico, derivado de Al Mankib dhil Inn, é uma alusão ao ombro do cocheiro.

Epsilon Aurigae- Trata-se de uma variável a eclipse, ou seja, uma estrela dupla, em que um astro secundário periodicamente oculta o principal, ocasionando uma queda temporária de brilho.- Distância: 2.038 anos-luz- Em Epsilon Aurigae, cada eclipse dura 330 dias. Eles se repetem uma vez a cada 27 anos. O próximo vai acontecer em 2010. Durante um eclipse, a magnitude de Epsilon Aurigae cai de 3,0 para 3,8. A natureza da estrela que causa esses eclipses ainda não é bem compreendida.- 


Epsilon forma 
com Zeta e Eta Aurigae um pequeno grupo, 
ou asterismo, conhecido popularmente como "as crianças",
 ou ainda"as cabrinhas".

  Epsilon Aurigae

Nestes momentos de admiração das luzes antigas e distantes que pendem da abóbada celeste, uma certa região, ricamente povoada por astros de diversas categorias, sempre foi observada com especial admiração. Ali, próximo à constelação de Touro, onde se encontra Aldebarã, uma das rainhas das todas as estrelas, também próximo a Órion e Gêmeos e quase contendo a enigmática aglomeração de zéfiros cósmicos chamada Plêiades, encontra-se constelação de Auriga (O Cocheiro).

Em Auriga cintila uma estrela que há milênios habita o imaginário de vários povos do mundo. O nome desta estrela é "Capella", ou Alfa de Auriga, o astro mais brilhante desta constelação. Na verdade, Capella é um sistema binário, ou seja, são duas estrelas: a maior brilha 80 vezes mais que o nosso Sol e é orbitada por uma estrela menor que brilha quase tanto quanto sua irmã gigante.

Já na descrição ptolomaica do Universo, Auriga figurava entre as constelações mais importantes do céu, sendo uma de suas estrelas compartilhada com a constelação de Touro. Capella é uma palavra do latim que significa "pequena cabra". Em concepções artísticas medievais, esta cabritinha se encontra gentilmente amparada pelos braços do Cocheiro.

Representação artística de Auriga sobre Everest

Para os antigos gregos, Capella se chamava Amalthea, e foi a cabra-ninfa, ama-de-leite de Zeus quando este ainda era um deus-bebê. Naturalmente, esta lenda foi adaptada pelos romanos, substituindo Zeus por Júpiter. 

Curiosamente, Amalthea tinha uma irmã gêmea chamada Adamathea que, fugindo com a criança a pedido de Rhea, mãe de Zeus, irmã e consorte de Chronos, o impiedoso devorador de seus filhos, escondeu a criança em uma caverna. Disfarçando seu choro com os passos e golpes dos soldados (anjos?) em seus escudos, a desdobrada imagem da segunda mãe, garantia a segurança do menino, que viria a ser o deus do mundo encarnado. 

A força desta imagem é assombrosa, pois como pode existir um ser que alimentou com sua própria substância aquele que se tornaria o deus dos deuses, aquele que tudo pode, a tudo governa? 
A infância de Zeus - Jacob Jordaens, 1640.

Ainda entre os gregos e romanos, contava-se que o menino Júpiter acidentalmente quebrou um dos chifres da Cabra, o qual originou a chamada Cornucópia, um recipiente mágico que poderia conter todo o tipo de riquezas e alimentos. Certamente, estes mitos carecem de uma interpretação filosófica e religiosa mais profunda, a qual não nos atreveremos aqui. Entretando, a duplicidade da Cabra está evidenciada: saberiam os gregos que esta estrela, na verdade, eram duas estrelas?
Para os hindus, 
Capella simboliza o "coração de Brahma".

 Os aborígenes australianos 
em sua rica astronomia, por sua vez,
 atribuem à esta estrela o nome "Purra",
 o canguru que foi possuído e morto pelo caçador Órion.



Para os cabalistas e astrólogos medievais da Europa e do Mundo Árabe, Capella se encontra entre as 15 estrelas especialmente úteis para os rituais mágicos e cujos poderes seriam invocados com o auxílo de símbolos cabalísticos específicos.

A história mais emblemática relacionada a Capella talvez seja aquela encontrada na narração do estudioso espírita brasileiro Edgard Armond em sua obra entitulada "Os Exilados de Capella", na qual é revelada a concepção espírita das origens dos povos adâmicos: teriam vindo para a Terra hordas de espíritos recalcitrantes na evolução moral, outrora habitantes de um planeta que orbita esta estrela.

 Ainda segundo o espiritismo,
 o próprio Jesus Cristo veio mais tarde daquele planeta
 para auxiliar a humanidade no Caminho para a Luz.
Possível planeta-gigante,entre Capella e Epsilon Aurigae
(radeir)
Clique na imagem - ampliar estudo
 
A criação de Adão - Michelangelo, 1511.

Os sufis, 
monges ascetas do Islamismo, 
apresentam uma maravilhosa narrativa 
que relaciona a entrada dos espíritos no planeta Terra
 com a origem da música. 
 
Contam estes religiosos
 que os espíritos rebeldes se recusavam terminantemente
 a entrar na Roda das Encarnações, 
pois sabiam das agruras que os aguardavam. 
Então, o Senhor Deus de Abrahão, 
em sua infinita sabedoria fez existir a música.
 
Alelluia de Radeir- 2008
 Fragmento do K 40 de Mozart
por Smalin
Assim, ao perceberem que algo diferente acontecia na atmosfera terrestre, os espíritos foram seduzidos pela maviosidade das flautas dos ventos e pelos tambores dos trovões, resignando-se diante da senda evolutiva determinada pelo Criador para a anulação do egoísmo. Lembremos que a música se manifesta pela vibração mecânica, o que só é possível no mundo material.

Ainda na mitologia sufi podemos encontrar outra narrativa que, independente de ser ou não corroborada por linguistas, traz uma mensagem de profunda sabedoria. Segundo este relato, a origem da palavra "música" está na frase que Deus falou ao coração do profeta Moisés: "Muse que!", palavras que no hebraico significam "Moisés, ouça!". Neste momento, o profeta recebeu de forma sensível os ensinamentos sagrados ao ouvir, do alto do Monte Sinai, os sons que ali chegavam vindo da planície: o canto dos pássaros, os pastores a tanger seus rebanhos, as vozes de crianças a brincar, os gritos de ódio e intolerância, os lamentos dos desesprados. 

 Moisés "ouviu" o seu povo 
e assim pôde levar a todos conforto e esperança 
no encontro da Terra Prometida.
 

Este objeto celeste foi filmado em 2002 
e eu, navegando em Auriga, o encontrei em 2007
É  ainda desconhecido da ciência,mas penso ser
o Planeta Gigante de onde viemos - será?
( Radeir)

Fundindo todas estas histórias, sem a pretensão de se unificar tanta sabedoria disfarçada em alegorias, mantendo-se apenas o desejo de se homenagear a "Divina Arte", que lida com elementos essencialmente transcendentais por serem invisíveis - sons e silêncios - decidiu-se dar o nome Capella a este instrumento desenvolvido no atelier de Antônio de Pádua. Por tudo que esta estrela significou para os povos do mundo e pela ligação entre a luz, o som, a mitologia, a ciência e a poesia que sua companhia luminosa nos proporciona sempre que olhamos para o céu na direção de Auriga. 


Capella significa "pequena cabra". 

Um nome prévio desta estrela era Amalthea, que era a cabra que amamentou o bebé Zeus. Existem muitas histórias antigas em relação a esta estrela, pois cada cultura na Antiguidade encontrou um lugar para esta brilhante companheira de Touro, o seu vizinho mais próximo.


Para encontrar Cocheiro, primeiro localize Orion. 

Touro é para a direita (Oeste) e mesmo por cima destes dois, muito mais alto no céu, verá Capella. Embora esta estrela marque aproximadamente o ponto médio da constelação, entre Sul e Norte, muitos dos mais interessantes aspectos da constelação são encontrados a Sul da estrela, para baixo até El Nath, a segunda estrela mais brilhante (gamma Aurigae) que é actualmente partilhada com Touro, e também conhecida como Beta Tauri.

Terra - Magnetismo

As estrelas de Cocheiro são razoavelmente brilhantes; cinco são de segunda magnitude ou mais brilhantes. Alpha Aurigae (Capella), é a sexta estrela mais brilhante, com uma magnitude de 0.08. A estrela está a 43.5 anos-luz de distância, e tem cerca de dez vezes o tamanho do nosso Sol.

A magnitude visual de Capella é na realidade o brilho combinado da estrela primária e de uma companheira, que tem uma revolução de 104 dias. Existe ainda outra companheira, muito mais ténue: uma anã_vermelha que é por si própria um pequeno binário.
                                    
Sistema binário
O jovem Cocheiro (ou Auriga) segura um chicote numa mão 
e segura uma cabra (Capella) e as suas crias na outra mão.

O SISTEMA DE CAPELA
Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação_do_Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado.

A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular distância existente entre a Capela e o nosso planeta, já que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros por segundo.

Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré-históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do seu infeliz orgulho.

UM MUNDO EM TRANSIÇÕES


Há muitos milênios, um dos orbes da Capela,
 que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, 
atingira a culminância de um dos seus extraordinários
 ciclos evolutivos.

As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização.

Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.

ESPÍRITOS EXILADOS NA TERRA
Foi assim que Jesus recebeu, 
à luz do seu reino de amor e de justiça,
aquela turba de seres sofredores e infelizes.
Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas.

Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir.

Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia.

Quando Capela alcançou o estágio de orbes de regeneração, os Espíritos indesejáveis foram banidos para a Terra, onde a magnanimidade do Cristo os recebeu e amparou. Alguns dos seus grandes líderes, já redimidos, renunciaram, por amor a eles, à glória e à felicidade do regresso a Sírius, e desceram, à sua frente, aos vales de dor da Terra primitiva, na condição de Grandes Guardiães. 

O maior de todos, o neto de Abrão, aquele Jacó que se transformaria em Israel, pai das doze tribos que se derivam dos seus doze filhos. Sempre atuante e sempre fiel, ele voltaria depois, como Moisés e como Elias, para tornar novamente ao mundo na figura sublime do Batista.
 Li-Sol-30
 Fontes:
LUIZ AUGUSTO L. DA SILVA DIOMAR REUS SBARDELOTTO
 | Físico e astrônomo Designer, grupo Astromídia