EUA , indústria de Armas e a Maquina de Guerras - 3min.
Terceira Guerra nuclear - USA uma ameaça - 10min.
Por que USA faz guerras - 5min.
Imperialismo dos EUA causa de guerras - 29min.
A farsa - EUA e Síria - 6min.
Iraque à venda - 76min.
Começou a desamericanização do mundo
– a emergência de soluções para um mundo multipolar
daqui até 2015
por GEAB*
18/10/2013
Há momentos em que a história se acelera. Seja qual for o
desfecho das negociações sobre o
shutdown
e o tecto da dívida, Outubro de 2013 é um deles. O bloqueio
levado demasiado longe abriu os olhos daqueles que ainda apoiavam os Estados
Unidos. Um líder é seguido quando nele se acredita, não
quando é ridículo.
"Construir um mundo desamericanizado": há alguns anos, a
afirmação teria provocado um sorriso. No máximo, teria
passado por uma
provocação de Hugo Chavez. Mas quando se assiste em directo
à falência dos Estados Unidos, e é uma agência de
notícias oficial da China que o diz
[1]
, o impacto já não é o mesmo. Na realidade a
notícia descreve em voz alta um processo já amplamente iniciado:
simplesmente, agora é tolerado que se fale disso publicamente. O
bloqueio do governo americano pelo menos teve o mérito de desatar as
línguas
[2]
. Que ninguém se engane, esta análise não apareceu num
media chinês por acaso, ela reflecte o endurecimento de tom de Pequim.
Com efeito, se o mundo inteiro retém a respiração diante
do jogo patético das elites estado-unidenses, não é por
compaixão – é para evitar ser arrastado na queda primeira
potência mundial. Cada um tenta desligar-se do império americano e
afastar-se dos Estados Unidos, desacreditados definitivamente pelos recentes
episódios sobre a Síria, o
tapering,
o
shutdown
e agora o tecto da dívida. O poder lendário dos Estados Unidos
agora é apenas um poder de perturbação e o mundo
compreendeu que já era tempo de se desamericanizar.
Esta perspectiva e a verbalização do indizível
[3]
libertam finalmente todo um conjunto de soluções que até
então estavam nos primórdios e ainda eram até mesmo
repelidas por alguns. Estas soluções aceleram a
construção do mundo posterior e abrem-se sobre um mundo
multipolar organizado em tornos dos grandes blocos regionais. Após um
exame dos infortúnios americanos, nossa equipa analisa neste
número do GEAB as forças que moldam este mundo em
mutação. Na parte "Telescópio" retornaremos
igualmente ao estado real da sociedade estado-unidense que, por trás da
miragem da bolsa e da finança, explica o fracasso do
american way of life
e participa neste distanciamento em relação ao modelo americano.
Finalmente, actualizamos nossa avaliação anual dos
riscos-país a fim de completar este panorama mundial, assim como
apresentamos as recomendações tradicionais e o
GlobalEuromeÌtre.
Plano do artigo completo:
1. "No we can't"
2. Crises em rajada
3. Shutdown: a risada do mundo, mas com um riso amarelo
4. Desamericanisação em todos os níveis
5. O petrodólar está morto, viva o petroyuan
6. A China toma a Eurolândia pela mão
7. Rússia, America do Sul: sequência da
desocidentalisação
Apresentamos neste comunicado público as partes 1, 2 e 4.
"No we can't"
Como os tempos mudam. O mundo inteiro esqueceu as palavras freedom, hope ou o
famoso slogan "Yes we can", representativos da sociedade americana
aos olhos de gerações anteriores, e passou agora a falar de
taper, shutdown e tecto [da dívida]. Não se trata exactamente da
mesma dinâmica e a imagem, de positiva, tornou-se francamente negativa.
É impressionante constatar a que ponto a actual situação
americana confirma o provérbio de que uma infelicidade nunca vem
só. Num período de mês e meio, primeiro uma
humilhação sobre o dossier sírio por parte da
própria Rússia. Depois um banco central que confessa a
impossibilidade de diminuir a
quantitative easing[4]. A incapacidade de votar um orçamento, o que implica o encerramento do
Estado federal. Um shutdown que se prolonga bem para além do
razoável
[5]
. Uma negociação sobre o tecto da dívida em impasse a dois
dias da data limite. Os Estados Unidos pressionados pelo G20 a ratificar a
reforma do FMI que eles bloqueiam desde há três anos, e pelo Banco
Mundial e o FMI a porem na ordem suas finanças
[6]
. E agora o tiro de aviso chinês.
Crises em rajada
Esta sucessão de crises é absolutamente inquietante para o
país e testemunha uma aceleração sem precedentes e um
choque iminente. Há fatalidade nestas crises. Mas há
também uma dose de recuperação estratégica. O
shutdown pôde assim ser instrumentalizado por Obama para fazer
pressão sobre os republicanos a fim de que eles votem a
elevação do tecto da dívida, compromisso bem mais
importante para os Estados Unidos. Isto não é visivelmente
senão um êxito parcial, mas pode-se na mesma esperar uma
elevação provisória, que adia todos os problemas por
algumas semanas
[7]
; entretanto não é de excluir que a via trágica seja
escolhida, pois não se trata mais de uma decisão racional e que
poderia ser antecipada.
Com efeito, se os comentaristas se concentram no Tea Party o qual, do mesmo modo como accionistas minoritários chegam a controlar uma sociedade através de uma holding, conseguiu sequestrar o Partido Republicano e a sociedade americana, uma outra leitura também pode ser efectuada. Agora numerosos americanos vêm a realidade de frente: seu país está na falência. Portanto, será melhor retardar a confrontação com a realidade, deixando que se ampliem os problemas, ou mais vale resolvê-los agora? Uma grande parte da população não vê com maus olhos um incumprimento de pagamento [8] . Além disso, que outro solução há, a prazo? Não haverá vontade dos republicanos em precipitar a crise? Esta é a ocasião sonhada uma vez que eles sempre podem culpar o Tea Party que declara sem rodeios que "nenhum acordo vale mais do que um mau acordo" [9] . O que queremos dizer é que desta vez, ou provavelmente numa outra ocasião num futuro próximo, eles poderiam ser tentados a cortar o nó górdio.
Da mesma forma, uma recuperação estratégica certamente teve lugar quando o Fed fez marcha-atrás quanto à redução da sua facilidade quantitativa. Por que terá ele dado a entender até o fim que diminuiria a QE3, sem o fazer no final? É a primeira vez que o Fed provoca uma surpresa nos investidores, todos 100% convencidos da diminuição gradual, pois havia feito da forward guidance um princípio bem estabelecido. Não haverá realmente nenhuma ligação com os grosseiros delitos de iniciados verificados no momento do anúncio do Fed [10] , que proporcionaram milhares de milhões aos seus autores? Tudo isso apoia a nossa hipótese de estabelecimentos financeiros americanos em estado de desespero que devem ser postos a flutuar discretamente por operações deste género, deixando em má situação a credibilidade do Fed. Mais uma vez soluções de curto prazo que pioram a situação mas adiam um pouco o desenlace fatal. Acerca destes bancos americanos, não somos mais os únicos a puxar a campainha de alarme: o Banco da Inglaterra aguarda falências de grandes bancos que teriam, segundo ele, perdido o estatuto de "too big to fail" [11] . Reiteramos portanto nossa advertência a respeito.
Tal como um boxeur, todos estes golpes encaixados tornaram o país grogue e não é preciso senão um último para o derrubar no chão. Se ele não vier de um incumprimento de pagamento americano em Outubro, isto acontecerá com algum outro compromisso que tiver sido adiado mas que, desta vez, não cederá.
Shutdown: a risada do mundo, mas com um riso amarelo
Quando escrevíamos no GEAB nº 77 a respeito da votação do orçamento: "não há dúvida que um compromisso será encontrado no último minuto ou, mais provavelmente, algumas horas ou mesmo alguns dias após a data limite", é forçoso constatar que ainda subestimávamos as divergências políticas em Washington uma vez que o "alguns dias" que tínhamos em mente transformaram-se em semanas. O diário Le Monde tinha como título do seu sítio web "o lamentável espectáculo de Washington" [12] . Mas finalmente este shutdown não tem um impacto desmedido sobre os mercados financeiros [13] , portanto tudo vai bem, parecem pensar numerosos republicanos que se acomodam muito bem a uma paralisia do Estado Federal e à redução das despesas públicas que se seguem.
Esta não é a opinião dos países que possuem um montante elevado de títulos do tesouro dos EUA, que se sentem lesados [14] pelos Estados Unidos. Eles estão estupefactos pela insustentável ligeireza dos EUA e pela atitude irresponsável daquele que ainda recentemente era "o patrão". Se o país entra em incumprimento em relação à sua dívida, a onda de choque será certamente terrível. Entretanto, isto não seria o fim do mundo uma vez que um eventual incumprimento poderia simplesmente assumir a forma de um atraso de pagamento de alguns dias; além disso, as diferentes regiões do mundo seriam afectadas muito desigualmente conforme o seu grau de desligamento da economia estado-unidense. Não, o país que mais sofrerá com esta solução (e qualquer outra, igualmente) será certamente os próprios Estados Unidos. Para registo: recordamos que eles detêm dois terços da sua própria dívida pública.
Eis porque os países melhor governados já começaram este
grande desligamento, à cabeça dos quais está a China que
sabe, desde Sun Tzu, que "quando o trovão explode já
é demasiado tarde para tapar os ouvidos".[15]
http://resistir.info/crise/geab_78.html
Licença padrão do YouTube
Visões do Futuro - Revolução na Física Quântica - 59min.
Energia
Motor diamétrico engana Terceira Lei de Newton e trapaceia Mecânica Quântica
Com informações da New Scientist - 01/11/2013
Os pulsos de luz adquirem massa efetiva - quando um deles tem massa
efetiva negativa, eles vão na mesma direção quando se chocam.
[Imagem: New Scientist]
Isaac Newton acaba de ser trapaceado e a mecânica quântica ignorada.
Pulsos de laser girando em circuitos de fibra óptica aceleram a si
mesmos, parecendo quebrar a lei da física de que toda ação deve ter uma
reação igual e oposta.
Isso cria na prática um tipo de "motor" em que duas partículas se
chocam e, ao invés de se afastarem, vão na mesma direção, produzindo uma
aceleração "eterna".
Apesar de se basear em um truque - a luz age como se tivesse massa - o
experimento poderá ter efeitos muito práticos, como telecomunicações
mais confiáveis e circuitos eletrônicos mais rápidos.
Motor diamétrico
De acordo com a terceira lei de Newton sobre o movimento, quando uma
bola de bilhar bate em outra, ambas se movimentam para longe uma da
outra.
Mas se uma das bolas de bilhar tivesse uma massa negativa, quando as
duas bolas colidissem, elas iriam acelerar na mesma direção.
Este efeito poderia ser útil em um motor diametral, ou motor
diamétrico, um mecanismo especulativo no qual a massa negativa e a
positiva interagiriam para acelerar para sempre.
A NASA pesquisou o uso desse efeito na década de 1990, em uma
tentativa de criar um novo sistema de propulsão para naves espaciais.
Mas havia um grande problema: a mecânica quântica estabelece que a matéria não pode ter massa negativa. Mesmo a antimatéria, que consiste em partículas com cargas e spins opostos aos de seus homólogos materiais normais, tem massa positiva.
Nas equações da teoria quântica de campos, todos os termos envolvem
quadrados da massa, de modo que qualquer massa negativa se torna
positiva de qualquer maneira.
Massa efetiva
Agora, Martin Wimmer e seus colegas da Universidade de
Erlangen-Nuremberg, na Alemanha, eliminaram esse empecilho e construíram
um motor diamétrico usando uma "massa efetiva".
Quando um material diminui a velocidade de um pulso de luz que o
atravessa, proporcionalmente à sua energia, esse pulso se comporta como
se tivesse massa - essa é a chamada massa efetiva.
Dependendo da forma das ondas de luz e da estrutura do cristal que
elas atravessam, os pulsos de luz podem ter uma massa efetiva negativa.
Mas fazer com que tal pulso interaja com outro pulso com uma massa
efetiva positiva exige um cristal tão longo que ele iria absorver a luz
antes que os dois pulsos pudessem mostrar o efeito diamétrico.
Ainda
que não resulte em motores espaciais com aceleração eterna, o truque
pode ter efeitos práticos reais. [Imagem: Martin Wimmer et al./Nature
Physics]
Para contornar mais esse problema, Wimmer juntou dois círculos de
fibra óptica, criando um caminho infinito para pulsos de laser. Os
pulsos se dividem entre os loops em um ponto de contato, e a luz
continua se movendo em torno de cada volta na mesma direção.
A chave para isso é que um loop é ligeiramente mais longo do que o
outro, de forma que a luz que circula por ele fica retardada em relação à
luz que circula no outro.
Quando esse pulso retardado volta ao ponto de contato e se divide,
ele compartilha alguns de seus fótons com o pulso no outro loop. Depois
de algumas voltas, os dois pulsos desenvolvem um padrão de interferência
que lhes dá massa efetiva.
A equipe criou pulsos com massa efetiva positiva e negativa,
demonstrando na prática um motor diamétrico, ou diametral, passando uma
rasteira em Newton e na mecânica quântica de uma vez só.
Os pesquisadores fazem questão de ressaltar que "nenhuma lei foi quebrada", embora os efeitos façam parecer assim.
Aceleração dos elétrons
Ainda que isto não resulte em motores espaciais com aceleração eterna, o truque pode ter efeitos práticos reais.
Os elétrons circulando nos semicondutores também podem ter massa
efetiva, de modo que os loops podem ser usados para fazê-los acelerar,
aumentando a velocidade de processamento dos computadores.
Por que a velocidade do silício não é mais suficiente
E, em algumas fibras ópticas, a velocidade de um pulso de luz é
equivalente ao seu comprimento de onda, o que significa que os loops
podem ser usados para controlar a cor de saída de uma fibra - seu
comprimento de onda.
A técnica também poderá aumentar a largura de banda das comunicações ópticas ou até mesmo ajudar a criar telas a laser, segundo os pesquisadores.
Tudo isso, é claro, em teoria, já que não será fácil adaptar as laçadas de fibras ópticas para fins práticos.
Bibliografia:
Optical diametric drive acceleration through action-reaction symmetry breaking Martin
Wimmer, Alois Regensburger, Christoph Bersch, Mohammad-Ali Miri, Sascha
Batz, Georgy Onishchukov, Demetrios N. Christodoulides, Ulf Peschel- Nature Physics- Vol.: Published online- DOI: 10.1038/NPHYS2777
Ondas e Particulas - 20min.
CPBR6 As Maravilhas da Nanoparticulas - 69min.
Energia
Descoberta uma nova quasipartícula, o Leviton
Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/11/2013
Esquema do dispositivo usado para criar e detectar os levitons.
As
quasipartículas aparecem como picos criados na superfície do metal,
sendo detectadas pelos eletrodos no ponto central.[Imagem: IRAMIS/CEA]
Leviton
Físicos da França e da Suíça identificaram pela primeira vez um novo tipo de quasipartícula.
O leviton é formado quando se injeta energia em um elétron
individual, que então se destaca do mar de partículas onde ele existe
normalmente, e passa a navegar sozinho.
Em condições normais, tão logo se excita um elétron na superfície de
um metal, a "manada" inteira sai correndo, gerando uma corrente
elétrica, e não uma quasipartícula individual.
A melhor analogia para o leviton é uma onda do mar que se destacasse
na superfície do mar e prosseguisse por conta própria, independentemente
das demais ondas.
O nome leviton foi dado em homenagem ao físico Leonid Levitov, que
previu a possibilidade da criação da quasipartícula em 1996, e segue a
nomenclatura usada para os solitons.
A criação do leviton significa que é possível usar elétrons
individuais para transportar e processar informações quânticas, de forma
similar à que se emprega fótons para transmitir informações em
circuitos ópticos - a informação não seria transportada por ondas de
luz, mas, por assim dizer, por ondas de matéria.
Onda eletrônica individual
Os elétrons normalmente existem naquilo que os físicos descrevem como um "mar de Fermi" de partículas.
Quando eles são excitados - ou seja, recebem energia - eles saltam
desse mar de Fermi, deixando para trás as lacunas, quasipartículas
representantes de uma carga positiva, criadas na saída dos elétrons
energizados.
O que Levitov descobriu, e agora foi confirmado experimentalmente, é
que é possível excitar um único elétron, que sai sem criar lacunas - não
gerando, assim, uma corrente elétrica.
Ao ser gerada, essa onda independente propaga-se pelo material
obedecendo às leis da mecânica quântica, caracterizando uma
quasipartícula - o leviton.
Os levitons têm a mesma massa efetiva que os elétrons, e interagem da mesma forma com os campos eletromagnéticos.
O experimento essencialmente cria uma fonte de elétrons individuais, equivalente aos geradores de fótons individuais usados em experimentos de comunicações e computação quântica.
Bibliografia: Minimal-excitation states for electron quantum optics using levitons J. Dubois, T. Jullien, F. Portier, P. Roche, A. Cavanna, Y. Jin, W. Wegscheider, P. Roulleau, D. C. Glattli - Nature Vol.: Published online - DOI: 10.1038/nature12713