sábado, 24 de agosto de 2013

HAARP-.REAL GUERRA CLIMÁTICA 44:19





HAARP-History.Channel.Isso.E.Impossivel.Guerra.Climatica.Dublado


O HAARP é um dos projetos mais controversos já empreendidos pelo governo dos Estados Unidos. Oficialmente, trata-se de um complexo de antenas cuja finalidade é promover estudos de caráter puramente científico. Mas muitos pesquisadores questionam essa versão. Neste video, se explica de que forma o Projeto HAARP pode ser utilizado como uma terrível arma de destruição em massa, revela um plano militar secreto e conduz você por uma trilha de evidências que levam a teorias de conspiração verdadeiramente assustadoras



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

AKHENATON - MISTÉRIO E CORAGEM - CONSTRUINDO UM IMPÉRIO - 91Min.


 Construindo um Império - Egito 13 Episódio - 91min


AKHENATON - MISTÉRIO E CORAGEM
A civilização de Amenófis III e o poder de Tebas
 
A originalidade da obra empreendida por Akhenaton não é contestável, seja qual for o limite que cada historiador queira colocar. No entanto, é preciso entender a realidade do meio em que ele surgiu para melhor avaliar sua caminhada.
 
Seu pai, o faraó Amenófis III, começa a reinar por volta de 1.408 a.C. Seu governo se estenderá sobre um Egito fabulosamente rico que conhece seu verdadeiro apogeu. O prestígio das Duas Terras, nome tradicional do Egito, é imenso, tanto pela qualidade da civilização, quanto pelo poderio militar. A corte de Amenófis III apresenta um padrão de dignidade muito acima da média e, durante seu reinado, as artes, a arquitetura e as ciências recebem por parte do faraó uma atenção especial.
 
 
Amenófis III- Pai de Akhenaton

Sendo um enamorado da beleza, Amenófis III traz para a cultura egípcia elementos da cultura de outros povos com os quais mantém intercâmbio diplomático. Seu reinado porém, esbarra com dois problemas. O primeiro é a ascensão do poder militar dos hititas, que não recebem do faraó a devida atenção gerando, ao longo dos anos, grande inquietação interna e a desconfiança dos países aliados. O segundo é o grande poderio dos sacerdotes de Tebas, que não aceitam a forma centralizadora da administração adotada pelo faraó. Com efeito, Tebas é a cidade santa do deus Amon, O Oculto.
Funcionando como um verdadeiro Estado dentro do Estado, e com o Sumo Sacerdote com poderes de rei, são freqüentes as situações de confronto com o faraó, uma vez que criar e alijar reis era hábito dos sacerdotes de Amon. Neste meio, envolvido pela arte e a beleza, pelos temores da guerra e pelas tensões geradas pelo clero, nasce e cresce o futuro faraó Amenófis IV.

Descobrir Akhenaton é o mesmo que trazer à evidência um tipo de homem que busca ter uma visão do universo, colocando seus ideais acima das circunstâncias materiais e políticas. Sua vida apresenta aspectos de uma procura que podemos qualificar como iniciática. Ela abre nosso coração para uma luz maior e enriquece-nos com uma experiência de grande coragem de alguém que acreditou em seu sentir.
 
A Família e a Educação
 A formação do jovem Amenófis IV teve forte e positiva participação de seus pais, o faraó Amenófis III e a rainha Tii, um casal que a história registra como sendo de rara inteligência e com princípios morais elevados. Seu pai, homem de pulso forte, soube se fazer cercar de sábios que o assessoravam no governo do Egito e demonstrou grande capacidade de conquistar pacificamente o apoio dos países vizinhos. 
 
Demonstrou também coragem para romper com algumas tradições impostas ao faraó, dentre elas, a de se casar com uma mulher sem origem na realeza, mas sim de origem modesta. O faraó idealizava a formação de uma religião universalista, privilegiando em seu reinado o culto de Aton, apesar da forte influência de Tebas e seu deus Amon, o que certamente influenciou em muito a formação do pensamento de Akhenaton. Mais tarde, ainda vivo e durante o reinado de seu filho, Amenófis III apoiou as mudanças profundas promovidas por ele.

Sua mãe,
a plebéia Tii, foi personalidade marcante da história do Egito, participando ativamente das grandes decisões políticas sendo que, em certos casos, chegou mesmo a desencadeá-las.

 
 Rainha Tii ou Tiyi, Mãe de Akhenaton
 
Tii leva uma vida apaixonante e não descansa jamais, sendo vista constantemente nas manifestações públicas ao lado do rei, fato este que era inusitado na história do Egito. Segundo muitos historiadores, foi ela quem preparou todo o caminho para a chegada do filho ao poder.
 
Além dos pais, dentre os sábios que conviviam com o faraó, houve um de especial importância para o jovem Amenófis. Trata-se de Amenhotep, considerado um dos maiores sábios do Egito e que foi o grande educador do futuro faraó. Amenhotep era um homem que defendia ser fundamental acionar as idéias e conhecimentos de cada um, sem o que de nada valia o conhecimento para o homem. 
 
Esta posição foi fundamental na formação de Akhenaton, que possuía, desde jovem, grande tendência mística, e que encontrou em em seu preceptor Amenhotep o conhecimento necessário para buscar o equilíbrio de suas ações.
 
Início do Reinado
Amenófis IV - que mais tarde ficou conhecido como Akhenaton - foi coroado faraó aos 15 anos de idade, assumindo o poder e co-regência com seu pai, numa época em que Egito vivia uma situação interna tranqüila e de grande prosperidade. Seu reinado durou 13 anos (1.370 à 1.357 a.C.). Amenófis III morreu no 12o ano do reinado de Akhenaton.
 
Durante os oito anos do período de co-regência, Amenófis III pode passar ao filho toda sua experiência e também servir de apoio para as grandes mudanças promovidas por ele. É o pai também quem controla a impetuosidade do filho, evitando um confronto com o clero de Tebas antes que tivessem sido lançadas as bases da "revolução amarniana". O jovem Amenófis IV acredita que um ideal justo sempre triunfa, mas aprende com o pai a ser paciente.
Sua mãe, que viveu durante os seis primeiros anos de seu reinado, foi responsável pela estruturação das tendências místicas de Amenófis IV, fazendo com que ele se aproximasse da parte do clero que estava ligada aos antigos cultos do Egito, onde Aton era o deus maior.
 
Assim, durante os quatro primeiros anos de seu reinado, Amenófis IV vai, lentamente, se afastando de Tebas e amadurecendo a idéia de um Deus universal. Ao final deste período, ele inicia a grande revolução. Proclama sua intenção de realizar a cerimônia religiosa de regeneração - denominada "festa-sed" na qual o faraó "se recarrega". 
 
Para este ritual mágico, manda construir um templo para Aton e adota o nome de Akhenaton, o filho do sol. O significado destes atos é profundo dentro da cultura egípcia. O faraó indicava claramente que Aton passava à condição de deus do Egito, rompendo com os sacerdotes de Tebas.
 
No templo de Aton, pela primeira vez, o deus não tinha rosto, sendo representado pelo Disco Solar. Aton era o sol que iluminava a vida de todos. Imediatamente passa a ser conhecido como o faraó herético.
 
 Akhenaton
Não se pode entender a obra de Akhenaton sem se conhecer a figura de sua esposa, Nefertiti, a bela que chegou, bem como a figura de seus pais e Amenhotep. Segundo os historiadores, era uma mulher de rara beleza. Nefertiti, egípcia, pertencia a uma grande família nobre. 
 
Não seria ela, no entanto, quem o futuro faraó deveria desposar, o que novamente indica a independência da família real em relação aos usos e costumes impostos à corte.
 
O casamento, porém, se deu quando Amenófis IV tinha, aproximadamente 12 anos, sendo que Nefertiti era ainda mais jovem que ele. Akhenaton e Nefertiti acabaram por transformar seu casamento estatal em um casamento de amor. 
 
São muitas as cenas de arte que retratam o relacionamento carinhoso entre eles, o que, por si só, mostra a intensidade deste relacionamento, uma vez que não era comum na arte egípcia a expressão destes sentimentos. Com efeito, Akhenaton e Nefertiti são, até hoje, citados como exemplo de um dos casais românticos mais famosos da história.

Do mesmo modo de Tii, Nefertiti era muito mais que uma esposa e mãe, embora preenchesse perfeitamente estas funções. Foi também uma das cabeças pensantes da civilização amarniana, como ficou conhecida a obra de Akhenaton. Sob sua doçura e fascínio, ocultava uma vontade de impiedoso rigor.

Grã-sacerdotiza do culto de Aton, Nefertiti dirigia o clero feminino e nesta função conquistou o carinho e a admiração do povo.
Soube canalizar este sentimento popular de modo a fortalecer o carisma de seu marido diante do Egito. Viveu com o mesmo ardor de Akhenaton a nova espiritualidade.
 
O casal teve seis filhas e nenhum filho. Quando do declínio da saúde de Akhenaton, foi Nefertiti quem preparou sua sucessão. 
 
Segundo os historiadores, foi ela quem preparou o jovem Tut-ankh-Aton para ocupar o trono, que mais tarde reinou sob o nome de Tut-ankh-Amon. No espírito de Nefertiti, este era o único meio de preservar a continuidade monárquica e de garantir um necessário retorno à ordem.
 
Akhenaton - o Edificador
A idéia do deus único e universal foi se tornando cada vez mais consistente para Akhenaton. Com sabedoria e coragem, ele foi dando passos firmes para a construção de seu propósito. Era preciso materializar a idéia. Durante o quarto ano de seu reinado, Akhenaton definiu o local onde seria erguida a nova cidade. Sua escolha não se deu ao acaso, mas dentro de todo um simbolismo coerente com a nova doutrina. 
 
A cidade se chamaria Tell el Amarna que significa O Horizonte de Aton, ortanto, A Cidade do Sol. Estava localizada perto do Nilo, portanto, perto da linha da vida do Egito e a meio caminho entre Mênfis e Tebas, ou seja, simbolicamente seria o ponto de equilíbrio entre o mundo material e o mundo espiritual.
Ao todo foram quatro anos para a construção de Amarna com 8 km de comprimento e largura máxima de 1,5 km, com ruas grandes e largas, paralelas ao Nilo. Apenas no sexto ano é que ele anuncia oficialmente a fundação da cidade de Amarna. 
 
A proclamação recebeu integral apoio do clero de Heliópolis. Amarna passava a ser a nova cidade teológica onde seria adorado um deus solar, único. Com a construção de Amarna, num local em que o homem jamais havia trabalhado, Akhenaton prova que não é um místico sonhador, mas alguém compromissado em construir seus ideais, disposto a fazer uma nova era de consciência de Deus. 
 
Amarna não é uma cidade comum, mas o símbolo de uma nova forma de civilização, onde as relações humanas, desde a religião até a economia, achavam-se modificadas. Foi uma maneira de dar uma forma inteligível de suas idéias para os homens. Foi o teatro de uma tentativa fantástica de implantação do monoteísmo. 
 
Ali havia gente de todas as nações que se transformaram de súditos em discípulos de Akhenaton. Viver em Amarna, era tentar desafiar o desconhecido e mergulhar na aventura do novo conhecimento, acreditando que o sol da justiça e do amor jamais se deitaria.

A Vida em Amarna
Capital do Egito, cidade protegida, Amarna é antes de tudo uma cidade mística em virtude da própria personalidade do rei. Viver em Amarna era compartilhar da vida do casal real, suas alegrias e suas dores. Era descobrir, no rei, um mestre espiritual que ensinava as leis da evolução interior.

  Akhenaton e Nefertiti constantemente passeavam pela cidade, a bordo da carruagem do sol, buscando um contato com seus súditos. Diariamente, cabia a Akhenaton comandar a cerimônia de homenagem ao nascer do sol e a Nefertiti, a cerimônia do pôr do sol.
 
Para administrar a cidade, tendo como conselheiros políticos o pai, a mãe e um tio de nome Aí, Akhenaton herdou grande parte dos auxiliares de seu pai, que adotaram com entusiasmo a nova orientação religiosa do faraó. Akhenaton cuidou de ensinar a nova espiritualidade a todos seus auxiliares diretos.
Esta espiritualidade se baseia numa religião interior e na certeza de que existe um mesmo Deus para todos os homens.

Akhenaton favoreceu a ascensão social de numerosos estrangeiros abrindo ainda mais o Egito para a influência de culturas de outros povos. Assim, rapidamente o perfil social do Egito sofreu uma alteração de grande vulto. É fácil imaginar que muitos foram aqueles que ficaram descontentes com a nova situação, mas a grandiosidade do faraó fazia com que se mantivesse um equilíbrio na sociedade, e de sua sabedoria emanava uma energia que influenciava positivamente todos os aspectos da vida no Egito.

A
arte egípcia foi particularmente influenciada durante o reinado de Akhenaton, sendo historicamente classificada como a Arte Amarniana. De forma extremamente inovadora para a época, ela registra a visão que o faraó tinha do homem e do universo. Pela primeira vez surgem obras mostrando a vida familiar, o que vem ao encontro da concepção de Akhenaton de que o fluxo divino passa obrigatoriamente pelo organismo familiar. Em algumas obras, aparecem também membros da família real nus, como indicação da necessidade da transparência interior. Este tema da transparência do ser está presente na mística universal. 
 
Akhenaton permitiu que se registrasse em obras de arte, cenas da intimidade da vida da família real, o que jamais fora feito antes. Também são muito utilizados temas onde aparece a natureza, fauna e flora, considerados a grande dádiva da vida vinda de Aton. Outro aspecto relevante é a representação do faraó com aspectos nitidamente femininos, o que indicava ser ele, como filho do sol, origem da vida para o Egito, e portanto, ao mesmo tempo pai e mãe de seus súditos. A história classifica estas representações como as do Akhenaton teológico. 
 
Na poesia, a contribuição da civilização de Akhenaton é muito rica, especialmente nos escritos religiosos em homenagem ao deus Aton. É através dela que o faraó mostra a unicidade de Deus - o Princípio Solar - que criou o Universo, deu origem à vida em todas as suas manifestações. O Princípio Solar rege a harmonia do mundo, tudo cria e permanece na unidade.

Akhenaton e a Religião da Luz
Devemos observar que mesmo durante o período em que Tebas exerce a maior influência na religião egípcia, Mênfis e Heliópolis continuavam a alimentar a espiritualidade do reino.

Os sacerdotes destas cidades, sem o poder material de Tebas, consagravam-se ao estudo das tradições sagradas que cada faraó devia conhecer. Foi com estes sacerdotes que Akhenaton foi buscar as bases na nova ordem religiosa. Apesar dos séculos que nos separam da aventura espiritual de Akhenaton, podemos perceber seu ideal e sua razão de ser e nos aproximarmos, passo a passo, de Aton, cetro misterioso da fé do faraó.
 
Para ele (Akhenaton), Aton é um princípio divino invisível, intangível e onipresente, porque nada pode existir sem ele. Aton tem a possibilidade de revelar o que está oculto, sendo o núcleo da força criadora que se manifesta sob inúmeras formas, iluminando ao mesmo tempo o mundo dos vivos e dos mortos e, portanto, iluminando o espírito humano sendo, por isso, a sua representação o disco solar, sem rosto, mas que a todos ilumina.

Aton é também o faráo do amor, que faz com que os seres vivos coexistam sem se destruir e procurem viver em harmonia. 
 
Para Akhenaton, é essencial preservar uma "circulação de energia" entre a alma e o mundo dos vivos. Na realidade, não existe nenhuma ruptura entre o aparente e o oculto. Na religião do Egito não existe a morte, apenas uma série de transformações cujas leis são eternas. Em Amarna, os templos passam a ser visitados integralmente por todos, não mais existindo salas secretas em cujo interior somente os sacerdotes e o faraó podem entrar. 
 
Para Akhenaton todos os homens são iguais diante de Aton. A experiência espiritual de Akhenaton e os textos da época amarniana deslumbraram mais de uma vez os sábios cristãos. Numa certa medida, pode-se dizer que ele é uma prefiguração do cristianismo que viria, com uma visão profunda da unicidade divina, traduzida pelo monoteísmo. É espantosa a semelhança existente entre o Hino a Aton e os textos do Livro dos Salmos da Bíblia, em especial o Salmo 104.
Por outro lado, é fácil encontrar semelhanças entre a vida de Akhenaton e a vida de Moisés. Se um destrói o bezerro de ouro, o outro luta contra a multiplicidade de deuses egípcios, ambos lutando pelo ideal do monoteísmo e se colocando como mestres dos ensinamentos divinos para todo um povo. A religião de Amarna continha uma magia maravilhosa, uma magia que aproxima o homem de sua fonte divina.
 
 

O fim de Akhenaton
A implantação da nova ordem religiosa tornou-se quase que a única tarefa merecedora da atenção do faraó. Com isso não combateu os movimentos internos daqueles que se sentiram prejudicados pela nova ordem e também pelo crescimento bélico dos hititas. Por volta do 12o ano de seu reinado, com a morte de Amenófis III, estes movimentos internos tomavam vulto e as hostilidades externas se agravavam.
Akhenaton, porém, fiel a seus princípios religiosos, se recusava a tomar atitudes de guerra, acreditando poder conquistar seus inimigos com o poder do amor de Aton.
 

Nesta altura, a saúde de Akhenaton dá sinais de fraqueza, e ele resolve iniciar um novo faraó. Em Amarna, Nefertiti iniciara a preparação de Tut-ankh-Aton, segundo genro do faraó, para a linha de sucessão, uma vez que o casal não possuía filho homem. Akhenaton no entanto, escolhe Semenkhkare, iniciando com ele uma co-regência do trono.
Embora não existam registros claros sobre este período, tudo indica que durante a co-regência, que durou 5 ou 6 anos, morre Nefertiti, e sua perda é um golpe demasiado forte para Akhenaton, que vem a falecer pouco depois com aproximadamente 33 anos. Seu reinado, no total, durou cerca de 19 anos.
Semenkhkare também faleceu praticamente na mesma época, deixando vazio o trono do Egito e permitindo aos sacerdotes de Tebas a indicação de Tut-ankh-Aton, que imediatamente mudou seu nome para Tut-ankh-Amon, indicando que Amon voltava a ser o deus supremo do Egito.

Por ser muito jovem e não possuir a estrutura de seus antecessores, Tut-ankh-Amon permitiu a volta da influência de Tebas que, por sua vez, não mediu esforços para destruir todo o legado de Akhenaton, incluindo-se a cidade de Amarna.
 
Akhenaton - Um Marco na História da Humanidade
O fim dramático da aventura amarniana é devido a circunstâncias políticas e históricas que não diminuem em nada o valor do ensinamento de Akhenaton. Se é inegável que o fundador da cidade do sol, a cidade da energia criadora, entrou em conflito com os homens que ele queria unir pelo amor de Deus, não é menos verdade que ele abriu uma nova concepção sobre esta luz que a cada instante se oferece aos homens de boa vontade.
 
Sua experiência foi uma tentativa sincera de perceber a Eterna Sabedoria e de torná-la perceptível a todos. A coragem que demonstrou na luta constante por seus ideais, sem dúvida, fez dele um marco eterno na história da humanidade.
 
A história de Akhenaton mostra, mais uma vez, que um homem melhor faz um meio melhor, e que a força de sua convicção em seu objetivo altera a vida do meio, seja ele uma rua, um bairro, uma cidade, um país.... o Universo. Para isto, há de se ter Coragem!

Estátua feita de granito preto com o rosto de antigo faraó Amenhotep III foi encontrada no Egito Foto: AP
Estátua feita de granito preto com o rosto
 de antigo faraó Amenhotep III foi encontrada no Egito

Fonte;
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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

GEORGE HARRISON CANTA RARE KRISHNA


 Hare Krishna George Harrison - 16min
Om Rare Om ...George Harrison - 5min.
 
 
George Harrison canta Rare Krishna - 2min.

O Cantar de Hare Krishna

 

22 SI (entrevista - mantra) O Cantar de Hare Krishna (2000) (da) (pn)1
 
Mukunda Gosvami: Muitas vezes você diz ser um devoto à paisana, um yogi disfarçado ou um “Hare Krishna disfarçado”, e milhões de pessoas em todo o mundo foram induzidas ao canto através de suas canções. Mas e você? Como foi seu primeiro contato com Krishna?
George Harrison: Meu primeiro contato se deu através de minhas visitas à Índia. Pela época em que o movimento Hare Krishna veio pela primeira vez à Inglaterra, em 1969, John e eu já tínhamos conseguido o primeiro disco de Prabhupada, o “Krishna Consciousness”. Nós o tocamos bastante e gostamos muito. Essa foi a primeira vez que ouvi o canto do maha-mantra.

Mukunda: George, em sua autobiografia – I, Me, Mine –, você diz que sua canção “Awaiting on You All” é sobre japa-yoga, ou cantar mantra em contas. Você explica que mantra é uma “energia mística contida em uma estrutura sonora”, e que “cada mantra contém determinado poder dentro de suas vibrações”. De todos os mantras, no entanto, você afirmou que o “maha-mantra, o mantra Hare Krishna, é prescrito como a maneira mais fácil e segura de, na atual era, compreendermos Deus”. Como praticante de japa-yoga, que experiências você tem tido ao cantar?
 
22 SI (entrevista - mantra) O Cantar de Hare Krishna (2000) (da) (pn)2
 
George Harrison com os devotos de Krishna 
na cidade sagrada de Vrindavana. À sua direita, Mukunda Maharaja.

George: Prabhupada disse-me certa vez que devemos simplesmente nos manter cantando o tempo todo, ou tanto quanto possível. Ao fazer isso, você percebe o benefício. O fruto de se cantar é a bem-aventurança, ou a felicidade espiritual, que tem um sabor muito superior a qualquer outro encontrado aqui no mundo material. É por isso que digo que, quanto mais você canta, menos você quer parar, porque é uma sensação muito boa de paz.

Mukunda: Que há no mantra que provoca esse sentimento de paz e felicidade?
George: A palavra Hare é a palavra que invoca a energia que envolve o Senhor. Se você canta o mantra bastante, cria uma identificação com Deus. Deus é felicidade plena, bem-aventurança plena, e, cantando Seus nomes, nos unimos a Ele. Assim, este é um processo de realmente compreender Deus, processo este que torna tudo claro com o estado de consciência expandida que se desenvolve quando você canta. Como eu disse na introdução que há alguns anos escrevi para o livro Krishna, de Prabhupada: “Se Deus existe, quero vê-lO. É inútil crer em algo sem ter provas, e a consciência de Krishna e a meditação são métodos através dos quais realmente podemos perceber Deus”.

Mukunda: É um processo instantâneo ou gradual?
George: Não é algo de cinco minutos. É algo que demanda tempo, mas funciona, pois, sendo um processo direto para se alcançar Deus, nos ajudará a ter consciência pura e boa percepção, acima do estado normal e cotidiano de consciência.

Mukunda: Como você se sente após cantar por longo tempo?
George: Na vida que levo, às vezes observo que tenho oportunidades em que posso cantar verdadeiramente, e, quanto mais o faço, sinto que é mais difícil parar, e não quero perder a sensação que isso me traz.
Por exemplo, cantei o mantra Hare Krishna certa vez durante o percurso entre França e Portugal, sem parar. Dirigi cerca de vinte e três horas e cantei o tempo todo. É algo que faz você se sentir muito incrível. O engraçado é que eu nem mesmo sabia para onde estava indo. Ou seja: eu tinha comprado um mapa e sabia basicamente para onde eu me dirigia, mas não sabia falar francês, espanhol ou português. Se bem que nada disso parece importante. Você sabe, quando você começa a cantar, tudo passa a acontecer de maneira transcendental.

Mukunda: Os Vedas nos informam que, como Deus é absoluto, não há diferença entre a pessoa de Deus e Seu santo nome: o nome é Deus. Quando você começou a cantar, pôde perceber isso?
George: É necessário um pouco de tempo e fé para compreender que não há diferença entre Ele e Seu nome, para chegar ao ponto em que você não é mais mistificado sobre onde Ele está. É o tal negócio: “Será que Ele está aqui perto?”. Você compreende após algum tempo que “Ele está aqui, bem aqui!”. É uma questão de prática. Assim, quando digo que vejo Deus, não quero necessariamente dizer que, ao cantar, vejo Krishna em Sua forma original, com a qual Ele veio aqui cinco mil anos atrás, dançando em cima da água, tocando Sua flauta. Evidentemente, isso também seria ótimo, e é certamente possível também. Quando você, ao cantar, torna-se realmente puro, você pode ver Deus dessa maneira, ou seja, pessoalmente. Contudo, não há dúvida de que você pode sentir a presença dEle e saber que Ele está presente quando você canta.

Mukunda: Você pode se lembrar de algum incidente em que, através do canto, sentiu muito fortemente a presença de Deus?
George: Certa vez eu estava em um avião que passava por uma tempestade cheia de relâmpagos. Ele foi atingido por raios três vezes, e um Boeing 707 passou bem em cima de nós, faltando muito pouco para colidir com nosso avião. Pensei que a calda do avião havia explodido. Eu estava viajando de Los Angeles para Nova Iorque a fim de organizar o concerto para Bangladesh. Logo que o avião começou a sacudir, comecei a cantar Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare/ Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare. Aquilo continuou por cerca de uma hora e meia ou duas horas, o avião baixando centenas de metros e sacudindo em meio à tempestade, todas as luzes apagadas e todas aquelas explosões. Todos estavam aterrorizados. Acabei com meus pés prensados contra o assento da frente, meu cinto de segurança o mais apertado possível, e eu cantando Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare ao máximo de meus pulmões. Sei que saí vivo daquilo porque cantei o mantra. Peter Sellers também jura que se salvou certa vez de um desastre aéreo por ter cantado Hare Krishna.

Mukunda: Qual é a diferença entre cantar Hare Krishna e meditação?
George: Na verdade, cantar é o mesmo que meditar, mas creio que tem efeito mais rápido. Mesmo que você deixe as contas de lado, você ainda pode entoar o mantra ou cantá-lo sem precisar se valer das contas. Uma das principais diferenças entre meditação silenciosa e cantar Hare Krishna é que a meditação silenciosa depende mais de concentração, mas, quando você canta, trata-se de uma ligação mais direta com Deus.

Mukunda: O maha-mantra foi prescrito para os tempos modernos devido à natureza agitada da modernidade. Mesmo quando as pessoas encontram um local sereno, é muito difícil acalmar a mente por muito tempo.
George: Isso é verdade. Cantar Hare Krishna é uma espécie de meditação que se pode praticar mesmo quando a mente está turbulenta. Você pode inclusive estar cantando e fazendo outras coisas ao mesmo tempo. Isto é muito bom. Em minha vida, muitas vezes o mantra organizou tudo para mim. Ele me mantém em harmonia com a realidade, e, quanto mais você se senta em um lugar e canta, quanto mais incenso você oferece a Krishna no mesmo quarto, quanto mais você purifica a vibração, tanto mais você pode alcançar aquilo que está tentando fazer, que se resume em tentar lembrar-se de Deus, Deus, Deus, Deus, o mais frequentemente possível. E se você fala com Ele através do mantra, decerto isso ajuda.

Mukunda: Você canta frequentemente?
George: Sempre que tenho a oportunidade.

Mukunda: Uma vez você fez uma pergunta a Srila Prabhupada sobre um verso védico em particular, no qual se afirma que, quando cantamos o santo nome de Krishna, Krishna dança em nossa língua e desejamos ter milhares de ouvidos e milhares de bocas com os quais possamos apreciar melhor os santos nomes de Deus.
George: Sim. Creio que ele estava falando sobre a compreensão de que não há diferença entre Ele estar diante de você e estar presente em Seu nome. Esta é a verdadeira beleza do canto: você se liga diretamente a Deus. Não tenho dúvidas de que, dizendo “Krishna” repetidamente, Ele pode vir e dançar em minha língua. O ponto principal, contudo, é manter-se em contato com Deus.

Mukunda: Então, seu hábito é usar as contas enquanto você canta?
George: Ah! Sim. Tenho minhas contas. Lembro-me de que, quando as consegui, elas eram apenas esferas de madeira ásperas, mas agora me alegra dizer que, de tanto cantar, elas se tornaram polidas.

Mukunda: Em geral, você as mantém dentro do saquinho quando canta?
George: Sim, acho muito bom ficar tocando-as. Isso mantém outro dos sentidos fixo em Deus. As contas realmente ajudam neste aspecto. O que me frustrava um pouco no começo era as pessoas perguntarem: “Você machucou a mão, quebrou-a ou algo assim?”, só porque eu estava com muita vontade de cantar e mantinha minha mão no saquinho de contas o tempo todo. Usar as contas também me ajuda a descarregar grande quantidade de energia nervosa.

Mukunda: Algumas pessoas dizem que, se todos do planeta contassem Hare Krishna, não seriam capazes de manter suas mentes naquilo que estivessem fazendo. Em outras palavras, algumas pessoas perguntam se o mundo inteiro não iria parar caso todos adotassem o canto. Elas imaginam que as pessoas parariam de trabalhar em fábricas, por exemplo.
George: Não. Cantar não o impede de ser criativo e produtivo. Ao contrário, ajuda a concentrar-se mais. Acho que este seria um bom tema para a televisão: imagine todos os trabalhadores na linha de montagem da Ford em Detroit cantando “Hare Krishna, Hare Krishna” enquanto parafusam rodas. Seria algo maravilhoso. Poderia inclusive ajudar a indústria automobilística, e provavelmente fabricariam carros mais decentes.

Mukunda: Falamos bastante sobre japa, ou o canto personalizado que a maioria dos cantores pratica. No entanto, há outra categoria chamada kirtana, ou seja, o canto congregacional no templo ou nas ruas, com um grupo de devotos. O kirtana geralmente produz um efeito mais sobrecarregado, como se recarregasse nossas baterias espirituais, e dá aos outros a oportunidade de ouvir os santos nomes e se purificar.
Na verdade, eu estava com Srila Prabhupada quando ele começou o canto em grupo no parque Tompkins Square, no Lower East Side de Nova Iorque, em 1966. O poeta Allen Ginsberg costumava ir cantar muito conosco, tocando seu harmônio. Muitas pessoas vinham ouvir o canto, e depois Prabhupada dava aulas do Bhagavad-gita quando voltávamos ao templo.
 
22 SI (entrevista - mantra) O Cantar de Hare Krishna (2000) (da) (pn)3
 
George Harrison cantando Hare Krishna com os devotos na modalidade kirtana.

George: Sim, no templo, ou cantando com um grupo de pessoas, a vibração torna-se muito mais forte. Claro que, para certas pessoas, é difícil cantar em suas contas em meio a multidões, enquanto outras se sentem mais à vontade cantando no templo. Faz parte da consciência de Krishna tentar ocupar todos os sentidos de todas as pessoas. É preciso experimentar Deus a todo instante e através de todos os sentidos, e não apenas aos domingos, ajoelhando-se em algum banco duro de igreja. Porém, se você visita um templo, pode ver retratos de Deus, pode ver a forma da Deidade do Senhor e pode simplesmente ouvi-lO, ouvindo a si mesmo e os demais pronunciando o mantra. Isto é apenas um modo de compreender Deus, o que torna o processo muito mais convidativo e atrativo: ver quadros, ouvir o mantra, cheirar incenso, flores e assim por diante. Isto é o que há de bom em seu movimento. Ele incorpora tudo: o canto, a dança, a filosofia e a prasada. A música e a dança também ocupam posições importantes no processo. Não se trata apenas de algo para queimar o excesso de energia.

Mukunda: Sempre observamos que, ao cantarmos na rua, as pessoas tendem a aglomerar-se em volta e ouvir. Muitas delas batem os pés e dançam conosco.
George: É incrível o som dos címbalos. Quando os ouço a alguns quarteirões de distância, é como se algo mágico se despertasse em mim. Sem ter verdadeira consciência do que está acontecendo, as pessoas estão sendo despertadas espiritualmente. É óbvio que, em um sentido superior, o kirtana sempre continua, quer ouçamos, quer não.

Agora, na maioria das cidades ocidentais, o grupo de sankirtana é algo que se vê comumente. Adoro ver esses grupos de sankirtana, porque adoro a ideia de os devotos se misturarem com todos, dando a todos a oportunidade de se lembrarem. Escrevi na introdução do livro Krishna: “Todos procuram Krishna. Alguns não compreendem que estão procurando por Ele, mas estão. Krishna é Deus. Cantando Seus santos nomes, os devotos rapidamente desenvolvem a consciência de Deus”.
 
 22 SI (entrevista - mantra) O Cantar de Hare Krishna (2000) (da) (pn)2
 
George Harrison com os devotos de Krishna 
na cidade sagrada de Vrindavana. À sua direita, Mukunda Maharaja.
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