segunda-feira, 12 de agosto de 2013

EU MAIOR - Professor Hermógenes - Entrevista


 
EU MAIOR - entrevista com Professor Hermógenes 
 


Trechos da entrevista com Professor Hermógenes. 
Documentário EU MAIOR, sobre autoconhecimento e busca da felicidade. 
www.eumaior.com.br

Saúde na Terceira Idade

entrevista com Professor Hermógenes - 17 de Fevereiro de 2007 


De que forma o livro Saúde na Terceira Idade pode ajudar o idoso?
O idoso passa por profundas transformações em sua vida e não deve cair no caso comum de sentir-se marginalizado e comprometido com a morte e a decadência. O livro surge para mudar a visão da terceira idade. Cada um precisa cair em si e dizer: 'Estou tendo a chance de realizar o melhor da minha vida e fazer coisas que não podia. É a oportunidade de trabalhar para ajudar alguém, uma instituição, em substituição ao trabalho profissional que vinha exercendo. Agora posso usar o lazer da melhor maneira.' O livro tem essa proposta, mas vai ajudar também com a metodologia holística do Yoga. Ela envolve o corpo físico e a estrutura energética, que atua no campo das emoções, dos pensamentos e, acima de tudo, proporciona um meio de chegar o mais perto possível da perfeição divina. 

Em que princípios se baseiam as técnicas ensinadas no livro?
Neste livro trago novidades porque não falo apenas no Hatha Yoga. Para a terceira idade, não posso usar determinadas técnicas que exigiriam manobras de corpo que o idoso não consegue fazer. Ofereço outras metodologias, como a caminhada, mas não esta que costumamos ver, com as pessoas conversando, escutando walkman e até fumando. Proponho uma caminhada completa, com a pessoa interiorizada, apreciando a paisagem e até orando. Também proponho a automassagem, com o objetivo de melhorar as circulações sangüínea, linfática, energética e nervosa. Outro método que sugiro é para restaurar a mobilidade das articulações de todo o corpo e desbloquear a circulação. Ainda acrescento técnicas de meditação e oração que afirmam o poder que está em nós e é divino. Desenvolvo outros temas que não são propriamente metodologias, mas sugestões para práticas da vida. Uma das coisas mais interessantes, e que tenho usado muito entre meus alunos, é o que chamo de positividade, ou seja, acabar com aquela história de dizer coisas destrutivas em relação a si e aos outros. Para ilustrar, conto a história do homem que caiu do quarto andar, e quando chegam perto dele perguntando o que aconteceu, diz: 'Eu também não sei, pois acabei de chegar'. Também falo de hábitos alimentares. Introduzo ainda o conceito de remusculação. Enfim, é um conjunto de propostas que se complementam. É um trabalho holístico.

Como o senhor comprovou a eficácia destas técnicas?
Tudo que está no livro foi experimentado por mim e por meus alunos em 35 anos de experiência (desde 1960). Nunca mudei nada. Agora resolvi fazer uma adaptação para os idosos porque suponho que alguns possam ter limitações. Quero que até o idoso de cama tenha o que fazer. Abordo até o problema da aposentadoria. Estou pedindo a Deus que o livro produza uma transformação que é difícil para quem cristalizou hábitos errados.

O senhor encontra alguma resistência à aplicação de seus métodos?
Sim. Não é uma resistência programada, mas afirmada através de muitos anos. Pior do que o Yoga não ser compreendido é ser compreendido erradamente. As mulheres aderem com facilidade. Por conta de fatores culturais, vivemos um machismo pouco inteligente. Quando os homens experimentam os resultados do Hatha Yoga, acham que o conheceram tarde. Em São Paulo, estive conversando com um piloto de avião. Ele estava num estado de estresse violento. Eu disse: 'Vai fazer Yoga.' Depois o encontrei muito bem. Disse que o Yoga tinha sido uma maravilha para ele. Perguntei quando tinha começado, e ele respondeu: 'Foi a minha mulher que começou.' A partir dela, melhorou a vida dele.

Seu trabalho fala muito no combate ao estresse. É ele o grande vilão do homem?
Minha visão é de que o estresse é a raiz comum de muitos males, a fonte de várias doenças que matam milhões, como as do coração, sono, hipertensão, impotência e úlcera. Na minha opinião, o estresse não é o vilão, mas um mecanismo que a vida desenvolve para se defender. Quando um animal se vê diante do predador, ele entra em estresse. Toda a confusão anatômica, fisiológica, psicológica e energética é para assegurar a integridade pessoal, e precisa ser compreendida e administrada. Se eu não administrar o estresse, ele se transforma em distresse, que é enfermidade. O Yoga nos ajuda a lidar com o estresse para chegar ao eustresse, uma condição de tranqüilidade, paz, eficiência e felicidade. Quer dizer, o estresse utilizado para chegar a uma qualidade de vida melhor.

Os problemas da terceira idade possuem maior relação com a dimensão espiritual ou a social?
Se a pessoa aceitar meu convite no livro, vai aumentar sua capacidade de relacionamento consigo e com os outros. O livro propõe que a pessoa chegue à terceira idade enfrentando os problemas à sua volta sem se deixar abater.

O senhor acha que os idosos brasileiros possuem alguma tendência cultural de assumir uma condição de improdutividade?
Já está em nosso inconsciente coletivo. Há quem ache que a terceira idade é o momento de parar, ver os netos crescerem, viver isolado, cheio de doenças. Esse livro vem contestar isso. Ser ou não ser jovem é uma questão de postura. Não sei como é em outros países, mas acredito que seja universal.
 
O senhor acaba de completar 75 anos demonstrando vigor, tranqüilidade e alegria de viver. Qualquer pessoa tem acesso a esta condição de equilíbrio?
É bom que se diga que tenho muitos motivos para viver estressado. Foram 75 anos de muitos desafios. Toda minha vida foi batalhada. Mas 'tudo concorre para o bem dos que amam Deus', disse o apóstolo Paulo. As pessoas não só podem alcançar essa alegria, como estão desafiadas e convidadas a isso. Quanto mais cedo começar, melhor. O sujeito que pensa em fazer isso quando ficar mais velho demonstra que o problema está mal equacionado nele. Eu tenho este vigor porque faço isso há 40 anos.

A partir de que idade uma pessoa pode aplicar estes princípios em sua vida?
No Japão existe uma especialidade médica que é a geriatria pediátrica. É a partir da infância que a pessoa deve ser preparada para a velhice, aprender a escolher os alimentos, os pensamentos, as emoções, os exercícios, enfim, disciplinar a vida e orientá-la para alguma coisa gloriosa.
O senhor costuma dizer que o maior perigo para o ser humano é ser contagiado pela doença da normose.

O que é isto?
É a doença de ser normal. Aí você pergunta: 'Mas o normal é doente?' Sim, é. O que não é doente é o natural. Normal é o comportamento que todos têm, a mesmice generalizada. Estive lendo que, depois da Segunda Guerra Mundial, o consumo de refrigerantes aumentou 85 por cento. Os normóticos são os que estão consumindo refrigerante. Quem não possui a doença prefere água ou sucos. Muitas coisas que destroem o homem estão na moda, dentro das normas. São normais, mas não são naturais. Normose é esta vida pequena, mesquinha, daqueles que são manobrados pela máquina de convencer. Os normóticos em geral são acometidos de outra doença, a egosclerose. Por que há tanta miséria no mundo? É porque a egosclerose dominou as pessoas de poder. Elas pensam: 'Primeiro, eu. Depois, eu. Em terceiro lugar, talvez, minha mulher e meus filhos. Os outros que se danem.' É isto que está acontecendo na política, nas finanças, na educação, na medicina, nas ciências em geral. As pessoas lutam pelo poder e, ao chegar lá em cima, continuam com isso estupidamente.
O senhor pode apontar pessoas que não tenham se tornado normóticas?
Mahatma Ghandi, Chico Xavier e irmã Dulce são exemplos de pessoas não-normóticas.

Durante suas viagens, cursos e palestras, o senhor vê o interesse por terapias alternativas e naturalistas aumentando?
Sim. Tenho recebido muito apoio e aceitação. Mas há exceções, como certos especialistas, cientistas e religiosos obliterados e dogmáticos que sentem alguma ameaça. Mesmo assim, são raros. O que apresento é convincente não somente pelo poder da experiência, mas também pela clareza da lógica. Minha alegria é ver transformadas as pessoas que aceitaram meus ensinamentos, saindo de problemas difíceis. Sem dúvida, eu seria mais aceito se fizesse alguma coisa normótica para os normóticos. Se eu oferecer carniça em festival de urubu, vou ganhar muito mais dinheiro, mas se oferecer flores, serei bicado.

Como o senhor conheceu o Hatha Yoga?
Eu tinha tuberculose. Meus pulmões pareciam casas de abelhas. Me atacou a laringe a ponto de me deixar afônico. Como o tratamento era à base de muita alimentação e muito repouso, quando terminou eu estava envelhecido e obeso, apesar de ainda estar na faixa dos 35 anos (por volta de 1956). O pior era o bloqueio psicológico e social que o médico me impôs. 'Você não pode ficar no Sol, pegar sereno, ir à praia, fazer ginástica' e por aí afora. Até propôs que eu me aposentasse porque minha vida estava comprometida. Foi aí que ganhei um livro de Yoga de um autor indiano, Selvajaran Yesudian, escrito em francês. Como era muito claro na didática, comecei a fazer sozinho, como experiência. Pensei: 'Ou fico bom ou morro logo'. A transformação em poucos meses foi tão espetacular que surgiu um novo ser daquela ruína. Senti o compromisso de dedicar o resto da minha vida a mostrar o mapa da mina aos outros.

Então o senhor é autodidata?
Sim. O mestre que eu tinha era invisível, chamava-se Deus. Não havia nada em português sobre o Hatha Yoga. O primeiro livro em nossa língua sobre o tema foi escrito por mim e publicado em 1960 a partir de minha experiência pessoal e de meus estudos sobre medicina oriental, anatomia, psicologia e tudo mais que me desse base para compreender o que se passara comigo. Chama-se Autoperfeição com Hatha Yoga, que chegou em 1996 à 35ª edição. O principal é a quantidade de cartas com depoimentos de pessoas, até da África portuguesa, dizendo como o livro mudou a vida delas.

Além dos livros, suas técnicas são ensinadas e divulgadas através da Academia Hermógenes. Como ela surgiu?
Ao escrever esse meu primeiro livro, ele se tornou um best seller. Fui procurado pelas pessoas para ensinar-lhes as técnicas. Para mim, o Yoga era tão puro que eu não queria misturá-lo com uma empresa. Um amigo de infância montou a coisa na rua Uruguaiana e me ofereceu em 1962. Vamos completar o 35º ano de funcionamento em 1997. Milhares de pessoas já passaram por lá.

Originalmente publicado em 1996 no sítio
 www.record.com.br/novaera

Visite o sítio do Professor Hermógenes em 


Professor Hermógenes
 
 
O professor Hermógenes tem toda a sua obra reeditada pela Editora Record, com novo projeto gráfico e revisão científica. O primeiro livro a ser relançado foi Yoga para Nervosos, um best seller do mais importante nome do yoga no Brasil, que fala sobre sua obra e vida na entrevista abaixo.

Hermógenes, escritor, poeta e pensador

“Já tive a surpresa de ouvir de Chico Xavier que eu era seu escritor favorito. Paulo Coelho, Roberto Shinyashiki e Leonardo Boff já me disseram que me consideram um pensador. Porém, a mídia nunca me entrevistou como escritor. Quando vou a algum programa de televisão, os apresentadores fazem meia dúzia de perguntas sobre yoga e logo pedem que eu faça uma demonstração do “homem-borracha”. Me dá um desgosto... Porque, desse jeito, estou fazendo propaganda da casca da banana, enquanto gostaria de falar do miolo.” - Hermógenes

Quem é Hermógenes? O nome diferente e o conteúdo das obras dá margem a acreditar que se trata de um espírito psicografado ou um filósofo da Grécia antiga. Nada disso. Nascido em Natal (RN) há 82 anos, o filósofo, poeta, escritor e terapeuta José Hermógenes de Andrade Filho - conhecido como professor Hermógenes - vive no Rio de Janeiro e agora tem o prazer de ver sua obra completa ser relançada pela Editora Record, com novo e belo projeto gráfico e revisão científica. São cinco livros técnicos que promovem a saúde e a longevidade e catorze livros poéticos e filosóficos. O primeiro relançamento é Yoga para nervosos, publicado pela primeira vez em 1965, mas com conteúdo e linguagem absolutamente atuais. Um dos capítulos, por exemplo, caracteriza e ensina como driblar a síndrome do pânico, doença que atinge atualmente 3% da humanidade, e que na época ainda não tinha sido descrita pelos médicos. Apesar de ser mais reconhecido por seu trabalho de divulgação da yoga, hoje em dia o professor dá apenas uma aula por semana e tem uma rotina de escritor. Viúvo há dois anos, pai de duas filhas e avô de 6 netos, ele mora sozinho num apartamento no bairro do Flamengo e encara a morte como “o sinal para iniciar o recreio”. “É um repouso para quem realmente se preparou para repousar. Quem não se preparou, vai continuar brigando do lado de lá”.

Por Valéria Martins-Stycer.

O conteúdo de Yoga para nervosos é absolutamente atual e científico apesar do livro ter sido escrito há mais de 40 anos. Como o senhor explica esse fenômeno?

Os livros clássicos falam de assuntos que estão presentes em todas as épocas. Escrevi Yoga para nervosos com a intenção de aliviar o sofrimento humano, que tem várias manifestações. Na academia, eu recebia muitas pessoas aflitas, preocupadas, angustiadas, estressadas, tensas que, em questão de semanas, começavam a mudar mostrando-se mais seguras e tranquilas. Percebi uma grande força no meu trabalho e me propus a compartilhar. Não se trata apenas de ginástica. Sempre falei muito nas aulas, mostrando os caminhos para a pessoa mudar, criar um sentido para sua vida, um novo estilo de viver. A falta de sentido na vida é uma neurose gravíssima.

Atualmente, 3% da população mundial sofre de síndrome do pânico. Em Yoga para nervosos, publicado em 1965, o senhor caracteriza a doença e ensina como lidar com os sintomas antes dela ser reconhecida pelos médicos. Como foi isso?
É verdade. Muitos alunos chegavam reclamando: “professor, eu sinto uma coisa terrível...”, “No dia em que a coisa me pega eu quase morro...”. Por isso, incluí no livro um capítulo chamado A Coisa, que explica a síndrome do pânico minuciosamente. Trata-se de um desequilíbrio psicossomático que submete a vítima a sentimentos muito dolorosos sobre os quais ele não tem o menor controle. O pânico nasce justamente da incapacidade de controlar esse estado tão perturbador. A principal estratégia para vencer a crise, conforme ensino no capítulo seguinte, é não se armar para se proteger. A tensão prepara o circuito para o pânico se alastrar. A solução é relaxar.

No primeiro capítulo do livro o senhor conta que, ao lançar a primeira edição, temeu ser criticado pelos médicos pelo fato de ser um leigo propondo soluções e terapias. Como a obra foi acolhida na época?
Eu me surpreendi com a boa acolhida. Acho que foi porque viram uma novidade proposta com muita convicção. Enquanto escrevia o livro, eu também tive o cuidado de me preparar para responder os médicos caso viessem a me criticar. Ao contrário disso, recebi cartas de muitos deles que se curaram depois praticar o que é proposto no livro.

O yoga foi redescoberto de uns 5 anos para cá, ou seja, entrou em moda porém com finalidade mais voltada para a forma física. O senhor acha que a parte filosófica está sendo esquecida pelos novos professores?
Sim. No meu primeiro livro previ que, um dia, o yoga conquistaria gente interessada em perpetuar a uma coisa que acaba: o corpo. Isso é uma insensatez. Quem usa yoga apenas como ginástica - o que é muito agradável e eficaz - está comendo a casca da banana e jogando o miolo fora.

O senhor teve graves problemas de saúde quando era criança e na década de 60. Quais foram esses problemas?
Quando criança eu tive paludismo, que é uma febre decorrente da picada de um mosquito. Já capitão do exército, fui atacado por tuberculose. Esta, quase me matou. O yoga e a medicina me resgataram.

Como e quando o yoga entrou na sua vida?
Naquela época (final da década de 1950), não se ouvia falar de yoga no Rio de Janeiro. Descobri e comprei numa livraria um livro em francês que mostrava o poder terapêutico do yoga e ensinava a praticar. Comecei a fazer escondido do médico. Os resultados foram maravilhosos. Foi aí que assumi o compromisso de, até o fim da minha vida, ensinar as pessoas a se curar através desse método. Foi com essa intenção que escrevi o meu primeiro livro Auto-perfeição com hatha yoga, que foi best-seller na época do lançamento e hoje está na 42º edição.

Como o senhor começou a dar aulas?
Através do livro, as pessoas tomaram conhecimento da minha proposta e passaram a me procurar para ter aulas. Num primeiro momento, recusei-me a transformar yoga em profissão. Eu ainda era membro do exército e me preocupava com viver, na prática, preceitos do yoga como a verdade e a desambição. Porém, um amigo de infância lá de Natal, construtor, alugou para mim uma sala no centro da cidade - a mesma há 42 anos. No início, eu era diretor, professor, faxineiro e secretário. Então, comecei a ter a alegria de ver as pessoas se libertarem dos seus limites, condicionamentos e do sofrimento. A academia se converteu em meu laboratório, de onde tirei fundamentos para escrever meus outros livros.

O senhor é um dos grandes vendedores de livros do Brasil. A que se deve esse sucesso?
Antes de escrever sobre yoga, tive a experiência de escrever livros didáticos sobre História do Brasil, Organização Social e Política e Moral e Cívica. Tomei a iniciativa de escrever porque era professor do Colégio Militar, lidava com esses temas e tinha idéias absolutamente progressistas em relação aos textos vigentes na época. Quebrei a cara. Bati de frente contra uma comissão conservadora que controlava essas publicações e meus livros não foram aprovados. Mas eu sempre soube me comunicar bem.

O senhor conta que em determinada época da vida experimentou um pouco da angústia perfeccionista dos escritores. Como foi isso?
Isso não passou, não. Toda vez que termino um texto fico lendo e relendo a fim de torná-lo mais claro, dar mais força ao que escrevi. É um trabalho de escritor, muito embora eu não me considere escritor.

Autores de best-sellers como Paulo Coelho, Roberto Shinyashiki e Leonardo Boff o consideram como mais do que um escritor, uma espécie de sábio ou pensador. O que acha disso?
É verdade. Já tive a surpresa de ouvir de Chico Xavier que eu era seu escritor favorito. Porém, a mídia nunca me entrevistou como escritor. Quando vou a algum programa de televisão, os apresentadores fazem meia dúzia de perguntas sobre yoga e logo pedem que eu faça uma demonstração do “homem-borracha”. Me dá um desgosto... Porque, desse jeito, estou fazendo propaganda da casca da banana, enquanto gostaria de falar do miolo.

Quando o senhor iniciou sua obra poética e filosófica - composta hoje de 14 livros -- mostrou seus textos a um poeta que lhe aconselhou a burilar mais os versos. Como encarou essa crítica?
Optei pelo conteúdo em vez da forma. Escrevo o que chamo de “Cintilações”. São frases que contém um pouco de doçura, encanto, talvez de beleza, talvez de poesia, talvez de desafio, que facilitam a germinação de sementes de reflexão e questionamentos. Um exemplo: “Enquanto caía, pensava o pingo de chuva: ‘que importa deixar o céu se estou indo fertilizar a terra?’”. Muitos apreciam os meus livros e conhecem o meu nome, mas não sabem se estou vivo ou morto. Uns pensam que eu sou um espírito comunicante. Outros, que eu sou um filósofo grego.

Suas influências vão de Jesus Cristo a Sai Baba, de Helena Blavatsky (fundadora da Teosofia) a Chico Xavier, do sufismo (filosofia do Islã) ao kardecismo. Como foi esse percurso na formação do seu pensamento? Como o senhor concilia mensagens filosóficas tão diferentes? Ou não são tão diferentes assim?
São diferentes na superfície. Na profundidade, é tudo a mesma coisa. Eu sou um farejador. Meu compromisso é com a busca. Sempre li e me interessei por todas as filosofias sem medo, sem preconceito, sem apego. A verdade é eterna e o topo da montanha é um só.

Na dedicatória do livro Canção Universal o senhor diz que, por amor, rezou para sua mãe morrer e, assim, libertar-se do corpo doente que lhe causava sofrimento. Foi difícil tomar essa iniciativa? Como o senhor encara a morte?
Não foi difícil porque ela estava sofrendo demais, com o corpo irrecuperável. Meu amor filial se manifestou através de uma oração para que ela fosse. Cheguei a dizer no ouvidinho dela: “esse corpo não lhe serve mais, mãe. Deixa esse corpo!” Algum materialista vai dizer que eu matei minha mãe. Não é nada disso. Hoje, eu faria a mesma coisa. Porque sei que a morte é uma transição necessária. A morte é o toque para iniciar o recreio. É um repouso para quem realmente se preparou para repousar. Quem não se preparou, vai continuar brigando do lado de lá.

O senhor diz que a yoga “é a viagem dos que, intoxicados de divertimento, acordados pelas abençoadas pancadas das vicissitudes, saudosos da ‘casa do Pai’, (...) se tornaram aspirantes ao Eterno”. O que quer dizer com isso?
Nós vivemos nesse mundo rendidos aos desejos, aos apegos, às rejeições, ao medo, e buscamos soluções na aquisição de bens materiais, gozar prazeres, subir na vida etc. Isso entretém a gente aqui. Quando conseguimos o que queremos, vem um prazer - momentâneo, porque nada é eterno. Se não conseguimos, vêm a tristeza e a depressão. Só existe uma solução: despertar para a verdade superior. Tudo o que está aqui é ilusório. Eu defino ‘infelicidade’ como ‘a pretensão de eternizar o provisório’.

Como é sua rotina aos 82 anos?
Acordo cedo, às cinco horas. Faço algumas práticas de yoga, oração e meditação. Como meu desjejum vegetariano e vou trabalhar no computador. Dou duro sob o ponto de vista do primor e da dedicação. Depois do almoço tiro uma sonequinha e, à tarde, vou novamente para o computador. Nessa época, outono, lá pelas três e meia eu saio para caminhar entre as árvores do Parque do Flamengo. É uma caminhada holística, que todo mundo deveria praticar. Porque existe a caminhada mecânica, na qual o sujeito marcha com walkman, alheio a tudo. Eu procuro curtir a beleza da paisagem, prestar atenção aos detalhes, penetrar em mim mesmo. Quando volto, já está escuro. Tomo banho, lancho frutas e à noite, se me dá apetite, ainda trabalho um pouquinho. Senão, vou ver besteiras na televisão. Durmo mais ou menos às dez e meia.

Sua mensagem é essencialmente de paz, evolução e iluminação espiritual. Como o senhor encara o que acontece no mundo, principalmente depois do atentado terrorista de 11 de setembro? O senhor é otimista quanto ao futuro?
A Bíblia nos conta a história do Filho Pródigo, que começa com um afastamento da casa paterna. O rapaz sai pelo mundo com o bolso cheio de dinheiro, gastando com os amigos, procurando novos prazeres. Chega num ponto em que nada lhe resta. Aí, sente-se miseravelmente. Nessa hora, em meditação, conclui que todo o sofrimento ocorreu por causa do afastamento. O alívio estaria em se reaproximar e se juntar àquilo que ele tinha deixado. Ele volta feliz à casa do pai, que o acolhe muito bem. Porém, se não houvesse sofrido tanto, o danado ainda estaria se alienando. A humanidade está chegando nesse ponto crítico e começa a se preparar para voltar.

O senhor está preparando algum livro novo?

Sim. O livro no qual tenho trabalhado atualmente chama-se Esplendores na madrugada. É um livro de cintilações.


OBRAS DO PROFESSOR HERMÓGENES JÁ DISPONÍVEIS:
 
  • Canção Universal   
  • Convite à Não-Violência  
  • Dê uma Chance a Deus   
  • Yoga: Caminho para Deus
  • Viver em Deus  
  • Iniciação ao Yoga
  • Mergulho na Paz
  • Saúde Plena: Yogaterapia
  • Saúde na Terceira Idade: Saúde no Jovem, Obra Nati
  • Superação
  • Yoga: Paz com a Vida 
  • Yoga Para Nervosos 
   





Enviado em 22/08/2010-Licença padrão do YouTube

domingo, 11 de agosto de 2013

A Era de Francisco O Papa do Fim do Mundo


A Era de Francisco O Papa do Fim do Mundo47min.
Até 13 de março deste ano, Jorge Mario Bergoglio era apenas o arcebispo de Buenos Aires e cardeal-presbítero argentino. Neste dia, o mundo foi surpreendido com sua escolha como o 266 º Sumo Pontífice da Igreja Católica, colocando a Argentina e a América Latina no centro das atenções. Agora, enquanto o Vaticano acerta os últimos detalhes da primeira viagem do papa Francisco ao Brasil, em sua primeira viagem internacional, o History Channel apresenta o especial inédito "O Papa do Fim do Mundo", no dia 21 de julho, domingo, às 21h, sobre a vida e as ações do novo representante supremo da Igreja Católica.

Responsável por liderar mais de 1,2 bilhão de fiéis em todo o mundo, o novo papa surpreendeu também por seu estilo simples, despojado e pela preocupação social, tendo já demonstrado qual será o tom de seu papado. Além disso, com uma Igreja em crise, o papa Francisco demonstrou disposição para colocar a casa em ordem, sem receio de tocar em questões polêmicas, envolvendo o Vaticano e o clero. O papa estará no Brasil entre 23 e 28 de julho para a Jornada Mundial da Juventude, na cidade do Rio de Janeiro, ocasião em que visitará Aparecida do Norte, em São Paulo.

Por meio de um relato dinâmico, o programa revela a trajetória de Francisco, o primeiro jesuíta da história da Igreja Católica a se consagrar papa, e apresenta o perfil do homem que vem cativando a todos por seus atos e declarações. O especial satisfaz inúmeras curiosidades a seu respeito: quem é esse religioso humilde, mas austero, que vai ao encontro dos menos favorecidos em um Estado que enfrenta crescente perda de fiéis? O que pensa esse governante da Igreja Católica que dispensa as regalias do alto cargo, como automóveis oficiais e chofer, para correr o mundo sobre seus sapatos velhos?

"O Papa do Fim do Mundo" busca respostas a questões que inquietam a comunidade católica, analisa os desafios que enfrentará como Sumo Pontífice e tenta entender o que os fiéis esperam dele, quem são seus inimigos e por que motivo dispensa privilégios e luxos. Investiga, ainda, profecias que o anunciam como o último papa e revela a verdadeira participação do Cardeal Bergoglio durante a ditadura militar argentina. Reúne, também, preciosos depoimentos de pessoas de diversos países, que ajudarão a traçar o seu perfil. Entre eles, o de Federico Lombardi (sacerdote jesuíta italiano, porta-voz do papa e diretor da Rádio e Televisão do Vaticano), o de Antonio Sparado (sacerdote jesuíta e filósofo, editor-chefe da revista romana La Civitá Catolica) e o de Marco Politti (analista de prestígio, jornalista e autor do livro Crise de um Papado).

Leia mais em: vcfaz.TV -
 History exibe especial sobre o Papa Francisco
 http://www.vcfaz.tv/viewtopic.php?t=2...
 O outro lado de Bento XVI -

A segunda Cruzada - 92min.
History Channel - Os Segredos do Vaticano - 85min.

Ronaldo Malta  

Publicado em 23/07/2013-Licença padrão do YouTube

VENCENDO A NEGATIVIDADE - OBSESSÃO ESPIRITUAL:- Dr.Sérgio Felipe de Oliveira


 Dr. Sérgio Felipe de Oliveira
A Glândula Pineal- 67min.
Dr.Sérgio Felipe de Oliveira - Análise Da Lei das causas...10min.
Dr.Sérgio Felipe de Oliveira
Doenças e Espiritualidade- 75min.

Dr.Sérgio Felipe de Oliveira
Sintonia Fraterna- Faculdade Uniluz - 84min.
Dr.Sérgio Felipe de Oliveira - Visão Espírita - 61min

VENCENDO A NEGATIVIDADE -
 OBSESSÃO ESPIRITUAL: QUANDO COMEÇA E QUANDO TERMINA?

Obsessão é o ato de exercer influência do tipo negativa. Trata-se de um termo clássico e tradicional utilizado em meio à comunidade espiritualista que passa a ideia de que uma ou mais pessoas, lugares, objetos ou entidades, estão sofrendo influencia negativa de origem espiritual. A designação obsessão espiritual revela o caráter extrafísico do processo, portanto, de forma geral, trata-se de obsessão invisível e silenciosa, logo, com baixíssimo grau de percepção por parte do obsediado.
Existem inúmeros tipos de obsessões, contudo, neste material vamos tratar apenas as de ordem espiritual.

O assunto é denso, exige profundidade, atenção, maturidade e muito bom senso, porque está intimamente relacionado às questões mais profundas da alma humana. Digo isso porque a obsessão não acontece sem um obsessor. A obsessão é um sistema energético que funciona pela presença do obsessor e do obsediado. Não há um sem o outro.
E como decidi abordar o tema com foco apenas na obsessão do tipo espiritual, vamos estreitar a amplitude do assunto lembrando que para considerar a obsessão espiritual, antes precisamos considerar a existência do espírito ou o caráter imortal da alma.
É importante ficar claro que a obsessão espiritual se dá pela ação de influência de um espírito desencarnado sobre um ou mais espíritos encarnados.
Também podemos lembrar que existem diversos tipos de obsessão, como por exemplo, entre pessoas encarnadas, entre espíritos desencarnados, entre pessoas e espíritos. Neste caso estamos abordando unicamente a ação de seres desencarnados sobre os encarnados.

A IMORTALIDADE DA ALMA E DOS ASPECTOS DA PERSONALIDADE
Ao desencarnar, a alma guarda consigo todos os aspectos de sua personalidade, o lado positivo e o negativo. Quando a morte vem, a única coisa que se perde é o corpo físico, todavia o temperamento, a base moral e o universo de pensamentos e sentimentos ficam preservados. É aí que as obsessões começam, porque os mesmos defeitos e virtudes que a pessoa tinha quando vivia na matéria, agora ela manifestará no lado extrafísico da vida.

 ESCOLHAS E SINTONIAS

Quando a alma desencarna no processo da morte do corpo físico, é a sua constituição moral e sua personalidade que determinará os horizontes que seguirá. Em outras palavras, “a cada um será dado conforme suas obras”.
O que uma pessoa vive na vida material, no que concerne a forma como ela pensa e sente a vida e a sua capacidade de sentir mais ou menos amor, determinará o seu endereço na vida além-túmulo. Como a alma não morre, e ela é a matriz da sua existência, você não se livrará daquela tendência de se magoar, daquela visão pessimista, daquela mania de reclamação, daquela atitude crítica, somente porque “passou para o outro lado”.
Se você é uma pessoa legal aqui no lado da matéria, assim será do lado de lá!
Se você é chato, inconveniente e negativo aqui no lado da matéria, assim você será do lado de lá!
A morte não muda o que as pessoas são em essência!
A morte é uma transição necessária que acontece para que as pessoas possam reavaliar seus estágios de evolução e para que possam se reciclar quanto aos seus propósitos e necessidades.
Definitivamente, quanto mais você focar o sentido de uma vida física na busca por evolução espiritual e reforma íntima, mais chances você terá de não se tornar um obsessor no pós-morte!

 EU, UM OBSESSOR???
Esse é um caminho, infelizmente, muito comum!
O motivo é simples, você vive uma vida inteira sem propósito espiritual e sem focar na evolução da sua consciência e na realização da verdade da sua alma. A consequência é que a morte vem e você não estava preparado para ela. Isso implica em sentir muitos sentimentos negativos, como apegos, medos, tristezas, mágoas, ressentimentos e irritações. É aí que as obsessões mais simples, as quais são as mais ocorrentes na vida humana, surgem.
Você morreu, mas aquele ressentimento está mais vivo do que nunca. O seu corpo morreu, mas aquela tristeza está mais forte do que nunca. O seu corpo já virou resido no cemitério, mas aquele vício por cigarro, álcool ou por aquela alimentação desregrada ainda está muito forte.
O que você acha que acontece?
Você acha mesmo que somente porque você é um espírito desencarnado é que tudo será curado?
Ledo engano...
No lado de lá da existência, os vícios, incluindo os emocionais como reclamação, crítica, apego, ficam mais intensos, mais protuberantes, portanto mais incômodos.
E o mesmo desafio pessoal, que envolve dedicação, vontade, desapego e força, necessária para vencer as suas limitações, será igualmente necessário.
O lado espiritual da vida revelará totalmente o que você é em essência!
O lado espiritual da vida mostrará a face escura e a face clara da sua alma! O lado que estiver mais nutrido vencerá!
Não existe um Deus que castiga, pois céu e inferno são estados de consciência que sintonizam a pessoa em ambientes bons ou ruins. O céu e o inferno são aglomerados de coisas, pessoas, energias de mesmo padrão, portanto você terá o seu magnetismo pessoal como o GPS que lhe guiará para o seu ambiente perfeitamente adaptado para  o que você é em essência e verdade.
Você se tornará um obsessor de pessoas encarnadas se não souber se livrar a tempo das inferioridades mundanas que lhe mantem em estado de apego e dependência, seja no nível e tipo que forem.

 O INÍCIO DE UMA OBSESSÃO
Cada ser escolhe como quer evoluir. Evoluir pela dor ou pelo amor será sempre a escolha oferecida a cada alma, contudo, evoluir não é uma escolha, é uma lei natural, a qual você não pode se desligar.
Você tem a oportunidade de após a morte do seu corpo físico, seguir no caminho da consciência e da continuidade da sua evolução, mesmo que isso exija dedicação, empenho e muito trabalho. Sempre há uma mão estendida do lado espiritual, proporcionando ajuda no sentido da elevação moral daquele que acaba de desencarnar. Todavia, ceder aos impulsos da carne e obedecer a um chamado da alma não é tarefa simples, em especial para aquele que se intoxicou profundamente no período de uma vida, com ilusões mundanas, materialismo excessivo e paixões animalizadas.
É nesse momento que a evolução pelo caminho da dor pode começar. Se o espírito recém-desencarnado não se dedicar ao aprimoramento de sua alma, cederá aos impulsos ainda remanescentes de uma alma contaminada pelo estilo de vida material sem valores espirituais.
Como saciar os desejos de uma alma doente e dependente de elementos de uma vida material?
Somente com elementos do mundo material...
Dessa forma, o espírito apegado ao modo de vida na Terra, ignora o chamado que levará ao o seu aperfeiçoamento para ser magnetizado aos elementos que provocaram a ilusão da saciedade.
Com esta escolha, o espírito passará a seguir o caminho da vampirização energética ou simplesmente obsessão espiritual (os dois termos significam a mesma coisa). De forma magnética será atraído para pessoas encarnadas que estejam mergulhadas nas sensações em que ele é viciado, passando a participar ativamente da aura de acontecimentos, idas e vindas dessas pessoas.
Seu objetivo não é fazer mal a ninguém, apenas alimentar suas sensações de carência com os fluidos energéticos das práticas realizadas na Terra por um ou mais encarnados.
A obsessão acontece no sentido de sugar os fluidos corpóreos extrafísico exalados pelos ambientes e pessoas que produzem as sensações as quais o obsessor necessita.

 ELEMENTOS DE DEPENDÊNCIA
Tudo o que promove o aumento do amor e da elevação da alma ajuda na construção da proteção espiritual, da saúde em todos os níveis e da ascensão da alma humana. Todavia, tudo aquilo que gera vício e provoca sentimentos animalizados ou desequilibrados, gera a escravização.
Se você é uma pessoa cheia de rancor, poderá viciar-se em situações de mágoa e quando desencarnar, ficar presa às situações similares;
Se você é uma pessoa controladora e autoritária na sua família, quando desencarnar, tende a ficar preso as situações similares;
Se você é descompromissado, não tem vontade de crescer, não tem ambição para vencer o comodismo, quando desencarnar, tende a ficar preso em situações similares;
Se você só reclama da vida e fica se lamentando o tempo todo, quando desencarnar, tende a ficar preso a situações similares;
Emoções negativas são viciantes, estudos científicos já comprovam essa afirmação, portanto, são as maiores responsáveis por dar origem a condição de obsessor espiritual

 90% DAS OBSESSÕES NÃO SÃO FEITAS POR ESPÍRITOS MALÍGNOS
Você não precisa ser uma pessoa maldosa para se tornar um obsessor espiritual, basta que você se deixe levar pelas emoções negativas, que feche as portas para a necessidade de evolução e que mergulhe nos erros da invigilância espiritual, para que você se torne um candidato a obsessor. É simples assim!

 90% DOS OBSESSORES PROCURAM AMIGOS E FAMILIARES
Da mesma forma que vivemos no mundo material em grupos sintonizados por afinidades, quando desencarnamos e não aprendemos a domar as emoções viciantes, voltamos a procurá-los. Desta forma, as obsessões tem a maior tendência de acontecer com parentes e amigos.
Notadamente, os obsessores procuram os seus semelhantes!

 AS CONSEQUÊNCIAS

É importante evidenciar que o elemento de ligação entre o obsessor e o obsediado é um conjunto de emoções e sentimentos. Em outras palavras, o obsessor reconhece no obsediado uma ponte para que ele volte a experimentar os fluidos de determinadas sensações, portanto não existem vítimas, somente consequências de ações.
Mesmo assim, é necessário explicar alguns dos tipos mais clássicos de consequências envolvidas no processo de obsessão.
Basicamente o obsessor se alimenta de uma ou mais sensações específicas que são geradas na associação do corpo mental e emocional do obsediado. E para que essas sensações sejam produzidas pelo obsediado, o obsessor irá constantemente estimular seu alvo a tais ações. Com essa corrida sem fim, o obsediado passa a ser manipulado não somente pelos seus próprios vícios, mas também pela ações de entidades externas.
Por meio dessa influenciação, o obsediado aumenta o seu nível de dependência e de desequilíbrio. Também pode começar a sentir outros anseios, dores, emoções e traços de temperamento do seu obsessor, o que provocará inúmeras sensações inconvenientes.
Como o processo de obsessão acontece por conta da sintonia de sensações, é dificilmente percebida por pessoas distantes da vida espiritual e porque não manifestam características muito diferentes daquelas que retratam a sua personalidade. E outras palavras, as consequências negativas das obsessões dão a impressão de ser fruto apenas de um desajuste meramente pessoal. E com isso a percepção dos reais fatos se torna impossível para pessoas materialistas (neste conceito não me refiro ao dinheiro, mas apenas as pessoas que não estão abertas para enxergar, sentir e acreditar no lado espiritual da vida).

 TIPOS DE OBSESSÕES ESPIRITUAIS
O tipo mais ocorrente de obsessão espiritual é o que relatei anteriormente, contudo não é o único. Existem outros padrões de obsessões bem mais complexas e arquitetadas. Vamos citar aquelas as quais considero as mais relevantes.

OBSESSÕES DE INIMIGOS ESPIRITUAIS
Quando um conflito surge entre duas pessoas, as consequência dessas desavenças podem atravessar os séculos. Quando as pessoas envolvidas estão em dimensões diferentes, ou seja, uma está no plano físico e outra no plano espiritual, uma obsessão espiritual pode surgir.
Os laços negativos que foram criados por conta dos conflitos criam sintonia entre os dois seres. Depois disso, o indivíduo desencarnado toma proveito da sua invisibilidade para fazer valer sua influenciação negativa no sentido de promover sua vingança, seu ataque ou qualquer que seja a sua ação perniciosa. Casos assim acontecem com muita frequência e precisam de muita dedicação por parte principalmente do obsediado para que o processo se encerre. Além disso, a oração de familiares e amigos pode também oferecer vibrações positivas que favorecem a transmutação do carma. É importante entender que os conflitos podem ter origem em uma ou mais existências (vidas passadas).
Nesses casos, o obsediado dificilmente conseguirá tratar a obsessão se não procurar ajuda especializada, bem como, mergulhar profundamente no seu caminho de reforma íntima.

SISTEMAS ENERGÉTICOS DE VICIAÇÃO
Os submundos espirituais são regiões extrafísicas envolvidas por vibrações negativas, de baixo calão, estruturadas de material astral sombrio, proveniente das imperfeições da alma humana. Nesses ambientes conhecidos genericamente por umbral (região onde existe grande perturbação e sofrimento) ou inferno (do latim: profundezas, mundo inferior) muitos espíritos especializados na obsessão coletiva, desenvolveram sistemas complexos para garantir a exploração em escala maior dos fluidos vitais humanos carregados de sensações e sentimentos que alimentam os seus vícios. Esses sistemas contam com o trabalho de escravos espirituais que atuam na crosta da Terra exercendo influencias em encarnados para que o processo de obsessão organizada siga acontecendo. Esses sistemas são especializados por áreas de interesse, como por exemplo: escolas e universidades, grupos religiosos, bares e prostíbulos, festas e eventos, grupos políticos, entre outros.
Quando uma ou mais pessoas no ambiente extrafísico da Terra desenvolve ações, atitudes ou movimentos que indiquem uma possibilidade de abalar a ação desse sistema organizado por espíritos especialistas (os quais normalmente lideram falanges de muitos espíritos viciados ou enveredados para o mal) poderão sofrer retaliação.
Esses casos são graves, a considerar que essas organizações são monitoradas a distância pelos técnicos espirituais a serviço do bem maior, os únicos capazes de proceder com os recursos corretos, com as estratégias perfeitas para o desmantelamento de suas atividades.
Quando uma pessoa por imperícia, distração ou inocência, comete ações impensadas contra essas organizações (quase sempre sem perceber), pode sofrer graves consequências. Especialmente se essas ações infringirem leis naturais, então os agentes do bem maior nada poderão fazer para atenuar as consequências. Nestes casos, a pessoa pode ter a sua vida literalmente virada de pernas para o ar!
Se um pessoa desavisada agir de forma que provoque alterações nos sistemas desses seres das sombras, todavia não estiver agindo contra nenhuma lei da justiça divina, ela será amparada pelos seres de luz responsáveis pela tarefa.

RETALIAÇÃO DE OBSESSORES DE TERCEIROS
É comum uma pessoa que esteja ajudando alguém na sua reforma íntima sofrer a retaliação do espírito obsessor relacionado a ela.
Imagine que você esteja ajudando alguém a se livrar de um vício ou a curar aspectos da personalidade inferior de alguém que esteja sobre influencia espiritual de uma entidade qualquer. Pela mudança no padrão energético da pessoa que está buscando ajuda, ela passará a ser considerada pelo obsessor como a responsável pela perda de seu “escravo”, logo, pode começar a sofrer ataques espirituais da entidade perturbada.
Uma vez que o trabalho de ajuda seja feito dentro de um âmbito de respeito, não julgamento e amor, não haverá desequilíbrio nas leis de justiça divina, portanto a pessoa será amparada por seres de luz empenhados na tarefa. Da mesma forma, se a pessoa que oferece ajuda conduzir práticas que alterem o equilíbrio da justiça divina, certamente receberão o impacto das ações incorretas.

OBSESSÃO POR ENCOMENDA

Você pode ter sido alvo de alguém que encomendou um “trabalho” para lhe prejudicar por inúmeros motivos que o egoísmo humano pode criar. Exemplo: Inveja, cobiça, vingança, entre outros. Neste caso, a pessoa interessada no mal de alguém encarnado, encomenda o serviço para algum feiticeiro que cobra um valor pelo serviço. Este feiticeiro trabalha em consórcio com espíritos malignos especializados, os quais avaliam detalhadamente as falhas morais e os pontos fracos do alvo, para o planejamento das ações obsessivas.
Neste caso, a consequência dos atos ou carma fica acumulado na energia tanto de que solicita o trabalho, quanto de quem o intermédia (o feiticeiro e os espíritos associados).  Mesmo assim, a ação do trabalho poderá facilmente atingir o alvo se este sucumbir as falhas morais que dão vida aos efeitos da ação obsessiva. Da mesma forma, a conduta moral elevada, a associação com praticas de elevação moral e o serviço altruísta amoroso pode construir os diques de contenção necessários para impedir que tais influências sejam recebidas.
No caso das encomendas, poderão ser utilizados espíritos escravos ou soldados dos reinos inferiores, os quais muitas vezes podem se revezar no processo de obsessão negativa. Utilizam-se de vibrações perniciosas através de técnicas de implantação mental de pensamentos que dão origem a emoções, que por sua vez podem produzir as consequências desejadas pelos seres das sombras.

OBSESSÃO POR IMPLANTES EXTRA FÍSICOS
A vida física é uma cópia grosseira meramente aproximada da vida espiritual. Da mesma forma que as tecnologias estão avançando no mundo físico e afetando a vida de todas as pessoas, nas atmosferas espirituais elas também estão presentes.
Para organizar um sistema de obsessão espiritual mais efetivo e eficiente, os espíritos especialistas das sombra criaram um complexo sistema de obsessão por dispositivos tecnológicos, os quais substituem a necessidade da presença constante dos espíritos escravos ou dos soldados das sombras no ambiente das obsessões.
Os implantes são pequenos dispositivos implantados nos corpos espirituais dos encarnados que pulsam vibrações específicas para o objetivo de cada obsessão.
Por se tratar de uma tecnologia espiritual avançada, esses dispositivos só podem ser removidos com a cooperação trabalhadores a serviço do bem maior encarnados e desencarnados.
Nessas tarefas de remoção de implantes, são necessários trabalhadores habilidosos na manipulação de energias vitais de cura, associadas às vibrações e a perícia dos técnicos do plano espiritual, espíritos guardiões e especialistas na manipulação das energias de plantas e minerais, como os conhecidos pais velhos.
A remoção de um implante extrafísico por meio de um médium ou terapeuta holístico despreparado pode gerar graves consequências ao implantado.

TIPOS DE OBSESSORES
SIMPLES


Aquele parente ou amigo que está preso ao plano físico simplesmente pela sintonia de apego as emoções e sentimentos mundanos. Por essa causa, acaba se tornando um obsessor, muitas vezes sem ter consciência do caráter pernicioso de sua ação.

ESCRAVIZADO
Após atingir um nível de profunda dependência e apego aos desejos mundanos, esses seres são escravizados por entidades especializadas, que os utilizam oferecendo permutas e os mantendo como trabalhadores para os mais diversos tipos de ação.

QUIUMBAS
São os bagunceiros e vândalos espirituais. Não se prendem a nada e não tem nenhuma intenção elevada, não tem ambição de nada, apenas bagunçar. Normalmente andam em grupos contendo mais do que três quiumbas. Podem facilmente afetar um ambiente o tornado um campo de discussões e desentendimentos.

SOLDADO DAS SOMBRAS

É uma classe de espíritos realmente conscientes do mal, arredios, revoltados e contrariados. Eles sabem o que estão fazendo, estão conscientes de seus papeis e consequências. São empregados nos mais diversos tipos de trabalhos sempre orientados por espíritos especializados.

ESPECIALISTAS

Apenas para não aprofundar propositalmente nesta classificação, pode-se dizer que são diversas classes de espíritos especialistas. Contudo, vale lembrar que são peritos nas artes de manipulação de fluidos vitais, na influenciação por meio da hipnose e na disciplina mental. Em outras palavras, são especialistas no domínio dos elementos. Não costumam aparecer, de forma alguma se deixam mostrar, bem como não trabalham em causas pequenas. Estão empenhados em atuar em ações coletivas ou em pessoas importantes no mundo, cujo suas ações reflitam consequências em muitas pessoas. Se você não é um político muito influente, se você não tem um trabalho de grande expressão, se você não é um líder espiritual, não se preocupe, pois você jamais será alvo de um especialista das sombras.

Um grande abraço.

Bruno J.Gimenes
http://holisticocromocaio.blogspot.com.br/2013/08/vencendo-negatividade-obsessao.html