domingo, 29 de dezembro de 2013

METRATON e ARCANJOS - MIGUEL GABRIEL RAFAEL


METRATON - Um tempo Poderoso - 11min

Metatron

Cubo de Metatron
Metatron (do hebraico מטטרון) é um anjo1 serafim, na tradição judaica e em algumas tradições cristãs, sendo tido como "O Anjo Supremo", Porta-voz Divino, mediador de Deus com a humanidade 2 e o Anjo da Morte e da Vida. É mencionado em algumas passagens do Talmude, como escrivão Divino, é uma figura importante na mística judaica e muito comum em textos pós-bíblicos e ocultistas, que lhe atribuem a invenção do Tarot3

Origem

Um rabino judeu do século I, Elisha ben Abuyah, como relatado no Talmude, recebeu permissão divina para entrar no paraíso e viu Metatron sentado (uma ação que no céu é permitida apenas ao próprio Deus). Elisha, então, exclamou "Há de fato dois poderes no céu!"4 , julgando que Metatron também era um deus. Diante disso o anjo recebeu humildemente 60 golpes de bastão de fogo, para provar que não era Deus. Outras aparições de Metatron na literatura clássica judaica é no Livro de Enoque onde ele desempenha o papel de "príncipe do mundo", e ganha as características sublimes que geralmente lhe são atribuídas.

Etimologia

Não existe consenso sobre o significado de seu nome, mas estudiosos afirmam que tem origem no termo Metatron Hekhalot-Merkabah que teria origem nas antigas palavras mágicas hebraicas Adiriron e Dapdapiron. Outros sugerem que pode significar "O guardião do relógio" ou ainda "proteger".

Também se sugere que foi retirado do nome persa Mithras. Em referência ao Talmude por vezes Metatron é identificado como a alma do messiash (mashiach), como Anjo de YHWH (Anjo do Senhor), ou como Representante de YHWH. A palavra Metatron é numericamente equivalente a El Shaddai (Supremo Provedor, ou interpretativamente Todo Poderoso) em hebraico gematria, portanto, é dito que ele tem um "nome como o seu Mestre." Acredita-se que as poucas fontes que citam o nome Metatron, se explicam por ele adotar outros nomes. Alguns cristãos Netzarim atribuem a Metatron o título de messias acreditando que Metatron seria a Alma do messias e uma manifestação do Eterno (YHWH).

Identidade


Ascensão de Enoque

Não há consenso geral mas é muito comum a associação de Metatron a Enoque, pai de Matusalém, antepassado de Noé, e um dos patriarcas bíblicos, a quem é atribuída uma vida relativamente curta se comparada com outros patriarcas. Segundo os cabalistas, Enoque teria sido transfigurado no anjo mais próximo de Deus, após sua ascensão5 .
E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou. [Gênesis 5:22-24]

Este pequeno trecho sugere que Deus o transformou em Metatron, já que o Gênesis silencia sobre os motivos que levaram a Deus a tomar Enoque.6 Samael Aun Weor também imagina Metatron como Profeta Enoque, o Anjo que forneceu a humanidade com as 22 letras hebraicas e original Tarot, afirmando que o anjo vive nos mundos superiores na região Aziluth (O Caminho Iniciático no Arcano para Tarot e Kabbalah). E de acordo com Johann Andreas Eisenmenger, Metatron transmite as ordens diárias de Deus para os anjos Gabriel e Sammael, sendo frequentemente identificado como irmão gêmeo de Sandalphon, que se diz ter sido o Elias. Há ainda o parecem de serem dois Metatrons, uma escrito com seis letras (מטטרון), e um escrito com sete (מיטטרון). O primeiro pode ser o Enoque transformado, aquele relatado como Escriba Divino; e o Metatron Primordial, uma emanação da "Causa das Causas", especificamente a décima e última emanação, identificado com o Presença Divina terrena.7 O que abre margem para a interpretação de que Metatron, seria não um indivíduo, mas um título ou ainda um ser de nível muito elevado. Mas a doutrina mais comum é a ideia de um único Enoque-Metatron, sendo o este uma Teofania. O que significa que ele não é uma divindade, mas Deus se manifesta diretamente em Metatron, e ele seria o ser mais próximo da divindade primordial.8

Muitas vezes Metatron é confundido com o Arcanjo Miguel, recebendo os mesmos títulos e funções.9 Mas é notório que Metatron é superior em hierarquia a Miguel, embora Miguel muitas vezes seja tido como o anjo na mais alta hierarquia celestial. O famoso Anjo da Morte também é frequentemente associada a Metatron.

Misticismo e Ocultismo

Devido ao seu caráter misterioso, e a ligação com o Livro de Enoque. A figura de Metatron recebeu um forte sincretismo, sendo frequentemente associada ao esoterismo e a mitologia. Sua figura é descrita por adeptos do cristianismo místico como o mais alto dos anjos tendo de 2,5 a 4 metros, e uma figura bastante imponente, com 72 asas, em 12 pares de 6, e um número incontável de olhos, dos quais precisa para executar sua enorme e vasta tarefa de velar pelo mundo inteiro. Nesse sentido, o anjo é tido como guardião universal e mantenedor do Universo.

Aparições


Jacó luta com o anjo de nome desconhecido.
Várias aparições bíblicas tem anjos não denominados, mas estes porém são enviados para tarefas importantes, onde se supõe que somente um anjo de alta hierarquia poderia agir e alguns cabalistas frequentemente associam essas aparições a Metatron, sendo as mais conhecidas:
  • Um anjo que teria guiado o povo hebreu na travessia do Mar Vermelho.
  • O anjo que impediu o sacrifício de Isaque por Abraão.
  • O Anjo da Morte, a última praga que Moisés lançou sobre o Egito, que teria matado o primogenito de cada família, cuja porta da casa não estivesse marcada com o sangue de um cordeiro.
  • O anjo, de nome secreto, que lutou com Jacó, e lhe feriu deslocando a juntura da coxa de Jacó.
  • O anjo porta-voz de Deus no livro do Apocalipse.
  • E de maneira geral, uma manifestação Teofania de Deus Pai em forma corpórea.
  • Por isso alguns creem que Metatron e Cristo sejam a mesma pessoa

Cubo de Metatron

O Cubo de Metatron, um dos componente da Flor da Vida, é composto de treze círculos, sendo cada círculo considerado um "" e ligado a outro por uma única linha reta, formando um total de 78 linhas. Assim, o Cubo de Metatron é uma figura sólida derivada diretamente da Fruta da Vida. A primeira escrita cabalística do Cubo de Metatron seria quando Metatron disse ter criado esse cubo de sua alma. Isso também é visto na arte cristã, onde ele aparece na altura física de seu peitoral, seja na frente física ou na traseira física dele. O Cubo de Metatron é também considerado um glifo sagrado e às vezes é desenhado em torno de um objeto ou pessoa para proteger os poderes de demônios e satânicos. Essa ideia também aparece na Alquimia, em que o círculo era considerado o círculo da vida, podendo ser usado como um círculo de contenção, um círculo de criação e/ou de transmutação: seria cada círculo desses, um círculo alquímico.

Cultura popular

  • Na série de vídeo game Silent Hill, um símbolo recorrente na história é o talismã de Metatron, também chamado de Selo "Virun VII".
  • Metatron também aparece na série de jogos Shin Megami Tensei
  • Metatron aparece como um personagem do filme Dogma (de Kevin Smith), que é interpretado por Alan Rickman. Aqui ele é a voz do Senhor, que não podem falar diretamente aos humanos, porque sua voz é tão poderosa que mata as pessoas que a ouvem.
  • No romance Belas Maldições (de Terry Pratchett e Neil Gaiman), Metatron aparece, também, como a voz do Senhor. A nota também explica seu papel de secretária do presidente imprensa. Um fato curioso neste livro que a Metatron fala de si mesmo no plural, dizendo "Nós somos os Metatron".
  • Metatron é o nome da segunda faixa da banda de rock progressivo The Mars Volta incluído no seu álbum The Bedlam Goliath.
  • Metatron é o mais alto posto na classe Assassino PVP MMORPG Shaiya online.
  • No MMORPG Champions Online, Metatron é um título conquistado ao vencer 5000 Nephilims, liberando assim a Nephilim Full Mask.
  • Metatron é o nome de uma banda de metal de El Salvador.
  • Na série de mangá "666 Satan", de Seishi Kishimoto, Metatron é um dos dez anjos da kabbalah santo representado por Cruz.
  • Na obra de Philip Pullman, Metatron é o regente d'A Autoridade, sendo o anjo mais poderoso dos universos.
  • Em outra série de mangá,"Angel Sanctuary" da autora japonesa Kaory Yuki, Metatron também aparece como uma criança que ainda precisa dos cuidados de outros anjos para um dia talvez poder ocupar seu lugar no trono celeste. Sendo durante a série substituído por um "regente" de índole duvidosa, o anjo inorgânico Rociel (irmão gêmeo da anjo orgânica Alexiel), e cuidado por um anjo misterioso chamado Sevotarte (Sevy) com quem possui uma relação bem próxima. A trama ainda inclui um "irmão gêmeo malvado" para o pequeno Metatron, o deformado Sandalfon.
  • Na série Supernatural, Metatron é mencionado como o anjo que escreveu em pedra a palavra de Deus, que só pode ser lida por um profeta.
  • No video game Fez, Metatron é a resposta de um dos enigmas encontrados durante o jogo, tendo como dicas "o deus de 64-bits" e "a geometria sagrada".
  • No video game Zone of Enders e Zone of Enders 2nd Runner de Hideo Kojima(Konami), Metatron é a matéria utilizada nos "robôs" e que faz o piloto ter uma conexão neural(ou espiritual) com o mesmo.
  • A banda austríaca de metal gótico Darkwell lançou em 2004 seu segundo álbum de estúdio intitulado Metatron em que a terceira faixa também recebe o mesmo título.

Referências Ir para cima GEMAṬRIA: Metatron. Jewish Encyclopedia.

Ver também: Cubo de Metatron      Flor da Vida     Fruta da Vida     Angelicais - Enoque     Tyberonn     Arcanjo Miguel     Anjo da Morte     Alquimia   Cabala

 

Miguel (arcanjo)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Arcanjo Miguel)

São Miguel Arcanjo
Arcanjo Miguel (por Guido Reni).

Arcanjo e "Príncipe da Milícia Celeste"
Veneração por Cristandade, Judaísmo, Islamismo
Festa litúrgica 29 de setembro
Atribuições Escudo ("Quit ut Deus"); Lutando contra o Dragão; segurando a balança, como o juiz dos mortos
Padroeiro dos fuzileiros navais, marinheiros, motoristas de ambulância, paramédicos, paraquedistas, radiologistas, radioterapeutas e da Santa Igreja Católica Apostólica Romana
Gloriole.svg Portal dos Santos

Miguel (em hebraico: מִיכָאֵל (Micha'el ou Mîkhā'ēl; em grego: Μιχαήλ, Mikhaḗl; em latim: Michael ou Míchaël; em árabe: ميخائيل, Mīkhā'īl) é um arcanjo nas doutrinas religiosas judaicas, cristãs e islâmicas. Os católicos, anglicanos e luteranos se referem a ele como São Miguel Arcanjo ou simplesmente como São Miguel. Os ortodoxos se referem a ele como Texiarca Arcanjo Miguel [carece de fontes] ou simplesmente como Arcanjo Miguel.

Em hebraico, Miguel significa "aquele que é similar a Deus" (mi-"quem", ka-"como", El-"deus"), o que é tradicionalmente interpretado como uma pergunta retórica: "Quem como Deus?" (em latim: Quis ut Deus?), para a qual se espera uma resposta negativa, e que implica que "ninguém" é como Deus. Assim, Miguel é reinterpretado como um símbolo de humildade perante Deus1 .

Na Bíblia Hebraica, Miguel é mencionado três vezes no Livro de Daniel, uma como um "grande príncipe que defende as crianças do seu povo". A ideia de Miguel como um advogado de defesa dos judeus se tornou tão prevalente que, a despeito da proibição rabínica contra se apelar aos anjos como intermediários entre Deus e seu povo, Miguel acabou tomando um lugar importante na liturgia judaica.
Em Apocalipse 12:7-9, Miguel lidera os exércitos de Deus contra as forças de Satã e seus anjos e os derrota durante a guerra no céu.

Na Epístola de Judas, Miguel é citado especificamente como "arcanjo". Os santuários cristãos em honra a Miguel começaram a aparecer no século IV, quando ele era percebido como um anjo de cura, e, com o tempo, como protetor e líder do exército de Deus contra as forças do mal. Já no século VI, a devoção a São Miguel já havia se espalhado tanto no oriente quanto no ocidente. Com o passar dos anos, as doutrinas sobre ele começaram a se diferenciar.

Etimologia

Do termo “Arcanjo”


Arcanjo, num fragmento da Epístola de Judas (Tadeu) no Codex Sinaiticus (330-350 A.D.)
Arcanjo tem duas raízes, “arch” e “angelos”.

O prefixo grego “arch” (ἀρχ) deriva de “arché” (ἀρχή) que se refere tanto a “começo, ponto de partida, princípio”, como “suprema substância subjacente” ou “princípio supremo indemonstrável” 2 .
A partir dessa raiz “arché” temos o antepositivo “arch”, em português, com o sentido de “aquilo que está na frente, o que está no começo, na origem, ponto de partida de um entroncamento” 2 , sendo traduzido “acima”, “superior” ou “mais importante” e “o que governa, que dirige, que comanda, que lidera” e ainda carregando consigo idéias de poder, autoridade, império e superioridade 3 .

Quanto ao grego “angelos” (άγγελος), vertido para “anjo”, significa simplesmente “mensageiro”.

A partir dessas raízes, portanto, a palavra “Arcanjo” (αρχάγγελος) se traduz “Líder dos Mensageiros”, “Chefe dos Mensageiros” 4 "Capitão dos Anjos" 5 ,"Primeiro Anjo" 5 , “Acima dos Anjos”, “Superior aos Anjos” 2 6 7 “Anjo Superior” 8 ou “Anjo Chefe” 9 10 11 12 , num aspecto qualitativo de liderança e substancialmente de superioridade 7 , da mesma maneira que se traduz palavras com o mesmo radical, tal como “arquiteto” (chefe dos construtores), “arcebispo” (classe hierárquica superior a Bispo), “hierarquia” (poder sagrado) ou “anarquia” (falta ou ausência de poder).

Miguel em Hebraico

Do termo “Miguel”

A tradução literal para o nome Miguel é “Aquele/Quem como Deus”.
  • Mi = Aquele/Quem(?)
  • Ka = Como
  • El = Deus
Como no hebraico não existia sinais de pontuação, algumas palavras trariam consigo um significado inquisitivo. Por isso a partícula “Mi” que significa “quem” muitas vezes é traduzida sintaticamente como interrogação, ocorrendo em 350 textos do Antigo Testamento onde é mencionada13 .
Exemplo:
Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.” (Is. 6:8)
ואשׁמע את־קול אדני אמר את־מי אשׁלח ומי ילך־לנו ואמר הנני שׁלחני (Texto Original Hebraico)14
va'eshma et qol adonai omer et·mi esh'laj umi ielej·lanu vaomar hineni shelajeni ומי (Texto Original Transliterado)15
Dessa forma, o Talmude sugere uma interpretação inquisitiva para o nome Miguel, tendo a tradução contextual “Quem é como Deus?”16 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 ou “Quem é semelhante a Deus?”28 29 30 . Este entendimento hoje não é compartilhado somente pela comunidade judaica, pois mais tarde foi incorporado pela cristandade em geral “para não colocar em causa a própria Escritura”, tanto por católicos e evangélicos, como adventistas 31 , e também por outras comunidades religiosas, como as testemunhas de Jeová e os islâmicos. Mas para as cosmovisões judaica, jeovista e muçulmana, o pressuposto de não haver nenhuma outra pessoa igual a Deus (Sl. 35:10; 89:8) é literal, implicando sugestivamente a resposta “Ninguém é Igual a Deus” num entendimento retórico.

Quanto ao sufixo “El”, é também relacionado de forma regular com nomes significando afirmativamente “Deus” em todos os casos, tal como em Daniel (Deus é Juiz), Emanuel (Deus é Conosco), Ezequiel (A Força é de Deus), Samuel (Chamado pelo Nome de Deus), Gamaliel (Deus me Faz o Bem), Ananias (Deus é Clemente), João (A Graça é de Deus),Ismael (Deus Ouve), etc. Esse entendimento é compartilhado por algumas denominações cristãs trinitarianas e alguns famosos comentaristas bíblicos como Matthew Henry e até o próprio João Calvino, pai da Igreja Congregacional, da Presbiteriana e de muitas outras reformadas, trinitarianos convictos, entendendo o termo segundo a tradução literal. Para esses, diferentemente dos judeus, muçulmanos e testemunhas de Jeová, o Arcanjo Miguel não tem natureza angélica, e sim divina, sendo o próprio Cristo que veio com esse “nome de guerra” fazendo um desafio a Satanás que, desde o princípio, sempre desejou estar acima dos anjos e ser igual ao Criador (Is. 14:12–14).

Referências nas Escrituras

Bíblia Hebraica

Na Bíblia Hebraica e, portanto, no Antigo Testamento, o profeta Daniel teve uma visão após um jejum (em Daniel 10:13-21), um anjo identifica Miguel como o protetor de Israel. O profeta se refere a Miguel como "um dos primeiros príncipes"32 . Posteriormente, em Daniel 12:1, Daniel é informado sobre o papel de Miguel durante o "tempo de tribulação" que "nunca houve desde que existiu nação até aquele tempo" e que33 :
Nesse tempo se levantará Miguel, o grande príncipe que se levanta a favor dos filhos do teu povo;
Assim, embora as três referências a Miguel no Livro de Daniel sejam referentes ao mesmo indivíduo que age de forma similar nos três casos, o último se coloca no "fim dos tempos", enquanto que os outros dois são na época contemporânea na Pérsia34 . Estas são as únicas referências ao arcanjo Miguel na Bíblia Hebraica35 .
As referências ao "capitão das hordas do Senhor" que estão no Livro de Josué nos primeiros dias da campanha pela Terra Prometida (veja Josué 5:13-15) foram por vezes interpretadas como sendo referentes ao arcanjo Miguel, mas não há nenhuma base teológica para esta proposição, dado que Josué claramente adorava essa figura e os anjos não eram adorados, o que indica que a figura possa se referir ao próprio Yahweh36 37 .

Novo Testamento

O Apocalipse (Apocalipse 12:7-9) descreve uma guerra no céu na qual Miguel, sendo o mais forte, derrota Satã38 :
Houve no céu uma guerra, pelejando Miguel e seus anjos contra o dragão. O dragão e seus anjos pelejaram, e não prevaleceram; nem o seu lugar se achou mais no céu. Foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama Diabo e Satanás, aquele que engana todo o mundo; sim, foi precipitado na terra, e precipitados com ele os seus anjos.
Após o conflito, Satã foi atirado à terra juntamente com os anjos caídos de onde eles ainda tentam "desviar o caminho da humanidade"38 .
Em outro trecho, na Epístola de Judas (Judas 1:9), Miguel é referido especificamente como sendo um "arcanjo" quando ele novamente confronta Satã:39 :
Mas quando Miguel, o arcanjo, discutindo com o Diabo, altercava sobre o corpo de Moisés, não ousou fulminar-lhe sentença de blasfemo, mas disse: O Senhor te repreenda.
Uma referência a um "arcanjo" também aparece em I Tessalonicenses (I Tessalonicenses 4:16):
porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, com voz de arcanjo e com trombeta de Deus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
Porém, o arcanjo que marca a Segunda Vinda de Cristo não é mencionado39 .

Nos apócrifos

No livro de Enoque Miguel é designado como o príncipe de Israel. No livro dos Jubileus, ele é retratado como o anjo que instruiu Moisés na Torá. Nos Manuscritos do Mar Morto é retratado lutando contra Beliel.

Cristianismo

Cristianismo primitivo

Os primeiros cristãos consideravam alguns mártires - como São Jorge e São Teodoro - como patronos militares. Porém, a São Miguel, eles entregavam bem-estar dos doentes e foi como um curador que ele era venerado na Frígia (na moderna Turquia)40 .
O mais antigo e mais famoso santuário de São Miguel no antigo Oriente Próximo era associado com suas águas medicinais. Ele era chamado de Michaelion41 e foi construído no início do século IV pelo imperador romano Constantino I em Calcedônia, no local de um templo anterior chamado Sosthenion35 .
Uma pintura do Arcanjo Miguel matando uma serpente se tornou a principal no Michaelion após Constantino ter derrotado Licínio nas redondezas em 324, eventualmente tornando-a o padrão da iconografia de Miguel como um santo guerreiro, assassinando um dragão35 . O Michaelion tinha uma magnífica igreja e ela se tornou o modelo para centenas de outras igrejas no cristianismo oriental, que espalhou a devoção ao arcanjo42 .
No século IV, a homilia de Basílio de Cesareia, De Angelis, colocou Miguel acima de todos os outros anjos. Ele foi chamado de "Arcanjo" por ser o príncipe dos outros anjos.43 No século VI, a imagem de Miguel como curador continuava em Roma, algo visível pelo costume de os doentes, após uma epidemia, dormirem uma noite no Castel Sant'Angelo (dedicado a Miguel por ter salvo Roma), esperando a sua manifestação43 44 .
No século VI, o crescimento da devoção ao santo na Igreja Ocidental se manifestou pelas festas dedicadas a ele, como se pode ver no Sacramentário Leonino. No século VII, o Sacramentário Gelasiano incluia uma festa para "S. Michaelis Archangeli", assim como o Sacramentário Gregoriano43 . Alguns destes documentos mencionam uma hoje inexistente Basilica Archangeli na Via Salária, em Roma.43 .
A angeologia de Pseudo-Dionísio, que era amplamente lida já no século VI, dava a Miguel uma alta posição na hierarquia celestial43 . Posteriormente, no século XIII, outros, como Boaventura, acreditavam que ele seria o príncipe dos Serafins, a primeira das nove ordens angélicas. De acordo com Tomás de Aquino45 , ele seria o príncipe da última e mais baixa ordem, a dos anjos43 .

Catolicismo

Arcanjos Ortodoxos

Conselho Angelical (Ангелскй Собор). Ícone ortodoxo representando os sete arcanjos tradicionais da Ortodoxia.
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Arcanjo Miguel
Arcanjo Gabriel
Arcanjo Rafael
Arcanjo Uriel
Arcanjo Jegudiel
Arcanjo Salatiel
Arcanjo Jeremiel
Arcanjo Baraquiel

Os católicos romanos e os ortodoxos geralmente se referem a Miguel como "São Miguel", um título honorífico cuja origem não foi uma canonização. Ele é geralmente nas litanias cristãs como "São Miguel Arcanjo". Os ortodoxos adicionalmente o chamam de "Archistrategos" (veja estratego) ou "Comandante Supremo das Hostes Celestiais"

Nos ensinamentos católicos, São Miguel tem quatro papéis principais46 . O primeiro é como comandante do Exército de Deus e o líder das forças celestes em seu triunfo sobre os hostes infernais47 . Ele é visto como um modelo angélico para as virtudes do "guerreiro espiritual", em guerra contra o mal, por vezes também visto como sendo a "batalha interna"48 .

O segundo e o terceiro papel de Miguel lidam com a morte. No segundo, Miguel é o anjo da morte, levando a alma de todos os falecidos para o céu. Neste papel, na hora da morte, Miguel desce e dá à alma uma chance de se redimir antes da morte, atrapalhando assim o diabo e seus asseclas. As orações católicas em geral se referem a este papel de Miguel. No terceiro papel, ele mede as almas numa balança perfeitamente equilibrada (daí o motivo de ele ser também muitas vezes representado segurando uma balança)49
Em seu quarto papel, São Miguel, o patrono especial do povo escolhido no Velho Testamento, é também o guardião da Igreja. Era comum o anjo ser reverenciado por ordens militares de cavaleiros durante a Idade Média. Este papel também se estende a ser o santo padroeiro de numerosas cidades e países.50 51 .

O catolicismo romano inclui ainda tradições como a Oração de São Miguel, que pede especificamente que os fiéis sejam defendidos pelo santo52 53 54 . O Terço de São Miguel Arcanjo é composto por nove saudações, uma para cada ordem angélica55 56 .

Protestantismo primitivo

Alguns dos primeiros acadêmicos protestantes identificaram Miguel com a pré-encarnação de Cristo, baseando sua visão parcialmente na justaposição de "criança" e arcanjo no capítulo 12 do Apocalipse e também nos atributos dados a ele por Daniel57 .

Testemunhas de Jeová

As Testemunhas de Jeová acreditam que há apenas um "arcanjo" no céu e na Bíblia. Eles ensinam que o Jesus de antes da encarnação e após a ressurreição, e o Arcanjo Miguel são a mesma pessoa: "a evidência indica que o Filho de Deus era conhecido como Miguel antes de vir à Terra e é conhecido também por este nome após o seu retorno ao céu, onde ele agora está na forma do glorificado espírito Filho de Deus." Eles notam que o termo "arcanjo" na Bíblia só é usado no singular, jamais de forma clara no plural. Eles também afirmam que Miguel é o mesmo "Anjo do Senhor" que conduziu os israelitas no deserto58 59 . Sob este ponto de vista, o espírito que leva o nome de Miguel é chamado de "um dos principais príncipes", "o grande príncipe que tem o comando de seu [de Daniel] povo" e "o arcanjo" (Daniel 10:13, Daniel 12:1; 1 9:60 .

Adventistas do Sétimo Dia

Adventistas do Sétimo Dia acreditam que Miguel era um outro nome para o Verbo Divino (como em João 1:1) antes d'Ele ter se encarnado como "Jesus". Ele seria o Verbo, não criado, por conta de quem todas as coisas são criadas. O Verbo então se fez nascer encarnado como Jesus61 .

Eles acreditam que o nome "Miguel" é importante para mostrar a sua verdadeira identidade, assim como Emanuel (que significa "Deus conosco"). Eles acreditam que o nome significa "aquele que é Deus" e que, como "Arcanjo" ou "comandante ou líder dos anjos", ele liderava os anjos e, por isso, a afirmação em Apocalipse 12:7-9 que identifica Jesus como sendo Miguel62 . Além disso, "Miguel" seria um dos muitos títulos associados ao Filho de Deus, a segunda pessoa da Divindade. E este ponto de vista não estaria de modo algum em conflito com a crença em sua Divindade Plena, pré-existência eterna e, também de maneira nenhuma, seria uma diminuição de Sua pessoa ou obra63 .

Ainda na visão adventista, a afirmação em I Tessalonicenses 4:16 identifica claramente Jesus com Miguel64 , assim como João 5:2564 .

Nas Escrituras ele é mostrado fazendo coisas que também se aplicam a Cristo desde o início, ele é também Cristo pré-encarnado65 66 .

Mórmons

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias acredita que Miguel é Adão, o Antigo de Dias (de Daniel 7), um príncipe e um patriarca da família humana e que Miguel ajudou Jehovah (a forma celeste de Jesus) na criação do mundo sob a direção de Deus Pai67 68 69 70 .

O anjo Miguel nos manuscritos do Mar Morto


São Miguel luta contra o dragão, por Jean Fouquet.
Desde a publicação, em 1991, da quase totalidade dos textos descobertos no deserto da Judeia, comumente conhecidos como os manuscritos do Mar Morto, que o estudo acerca da angeologia judaica sectária e extra-bíblica teve um grande desenvolvimento.

Nestes textos, numa perspectiva que viria a ser recuperada pelos movimentos gnósticos do Século I, Miguel é apresentado como a figura celestial de Melquisedeque exaltado, elevado aos céus. É similarmente referido como o "príncipe da luz", conforme 11Q13, que dará combate ao "príncipe das trevas", Satã, Belial ou Melkireshah (o príncipe das profundezas da Terra). Este confronto dar-se-á aquando da grande batalha celeste que antecederá o fim dos tempos e a nova vinda do fundador da comunidade essênia, o "Mestre da Justiça", como Messias escatológico.

Neste contexto, e numa descrição profundamente ambivalente, em 4Q529 e 6Q23 o triunfo definitivo da paz não lhe é atribuído, conforme alguns depreendem de Judas 1:9, acima transcrito, onde Miguel recusa a função de juiz escatológico, mas apenas é o seu arqui-estratega. Miguel recusa inclusive o título de "Senhor" e de "Salvador", ao mesmo tempo que, segundo 4Q246, aguarda que, tal como o seu modelo histórico apresentado neste texto, Antíoco Epifânio, se possa autoproclamar "um deus" e ser adorado como deus, tal como aquele em Daniel 11,36-37.

Para outros[quem?], segundo a interpretação que fazem de alguns dos manuscritos do Mar Morto, Miguel é mesmo apresentado como o grande usurpador do senhorio de Deus numa opinião que, com alguns matizes, é idêntica à de movimentos para-cristãos nascidos no Século XIX. Segundo aquela referida interpretação, Miguel louvaria o malquisto rei Sedecias, referido em 2 Reis 24:19, prometendo-lhe, inclusive, uma aliança para que este leve a bom termo os seus planos malévolos.

Em síntese, a angeologia apresentada pela interpretação destes textos não é homogénea, mas aduz um grande leque de orientações desde as menos negativas como as que consideram Miguel como Melquisedeque exaltado, mas com desejos de ser adorado, até às profundamente negativas, as que o concebem como próximo do malévolo rei Sedecias. Nos primeiros séculos da nossa era, esta literatura teve muita influência em círculos gnósticos vindos do helenismo platonizado na medida em que a sua falta de clareza e a ambiguidade esotérica, quase a roçar o paganismo (de facto, tais perspectivas jamais poderiam ser tidas como inspiradas, quer pelo judaísmo, quer pelo cristianismo), serviu plenamente os seus intuitos de estabelecerem pontes de contacto com o crescente influxo cultural do cristianismo e, assim, não perderem a sua importância religiosa.

Festas, patronato e ordens


Festas

Nas Igrejas Católica, Anglicana e Luterana, a festa do Arcanjo Miguel ocorre em 29 de setembro (no calendário ocidental), quando também se comemoram os anjos Gabriel e Rafael, chamada de "Festa de São Miguel e todos os anjos"71


Na Igreja Ortodoxa, a principal festa de São Miguel é em 8 de novembro (21 de novembro na maior parte das denominações ortodoxas, que ainda usam o calendário juliano), quando ele é homenageado com o resto dos "Poderes não encarnados do Céu" (os anjos) como sendo seu "comandante supremo". O "Milagre de São Miguel em Chonae" é comemorado em 6 de setembro72 73 .

Patronatos e ordens

No cristianismo medieval, Miguel, juntamente com São Jorge, se tornaram santos patronos da cavalaria medieval e é hoje considerado como o santo patrono dos oficiais de polícia e militares51 74 .
No século XV, Jean Molinet glorificou o ato de guerra do arcanjo como o "primeiro feito de cavalaria e habilidade de cavaleiro que jamais fora realizado"75 . Assim, Miguel se tornou o patrono natural da primeira ordem de cavalaria da França, a Ordem de São Miguel, de 1469. No sistema de honras britânico, uma ordem de cavalaria fundada em 1818 também foi batizada em homenagem aos dois santos guerreiros, a Ordem de São Miguel e São Jorge76 . A Ordem de Miguel, o Valente é a mais alta condecoração militar na Romênia.

Além de ser o patrono de guerreiros, os doentes e os aflitos também consideram o Arcanjo Miguel como seu santo padroeiro77 . Baseando-se na lenda de sua aparição do século VIII em Mont-Saint-Michel, na França, o Arcanjo também é o santo patrono dos marinheiros em seu mais famosos santuário43 . Após a cristianização da Alemanha, onde as montanhas eram geralmente consagradas aos deuses pagãos, os cristãos colocaram-nas sob o patronato do Arcanjo Miguel e diversas capelas ao santo foram erigidas por todo o país43 . Ele também é o santo padroeiro de Bruxelas desde a Idade Média78 . A cidade de Arkhangelsk, na Rússia, foi batizada em sua honra e a Ucrânia - e sua capital, Kiev - considera o Arcanjo como seu padroeiro79 .

Imagens

Gabriel (em hebraico גַּבְרִיאֵל, no hebraico moderno Gavriʼel, no hebraico tiberiano Gaḇrîʼēl; em latim Gabrielus; em grego Γαβριήλ, transl. Gabriēl; em árabe جبريل, trans. Jibrīl ou جبرائيل, transl. Jibrail; todos do aramaico Gabri-el, "homem forte de Deus"1 ), também conhecido como São Gabriel Arcanjo, é, nas religiões abraâmicas, um anjo que serve como mensageiro de Deus. Aparece pela primeira vez numa menção no Livro de Daniel, na Bíblia hebraica. Em algumas tradições é tido como um dos arcanjos, noutros como anjo da morte.

Com base em duas passagens do Evangelho segundo Lucas, diversos cristãos e muçulmanos Gabriel teria anunciado os nascimentos de João Batista e Jesus. O Islã, além disso, acredita que Gabriel teria sido o meio pelo qual Deus optou por revelar o Corão a Maomé, e que através dele teria enviado uma mensagem para a os profetas revelando-lhes suas obrigações. É conhecido como o chefe dos quatro anjos favorecidos, e o espírito da verdade, e em certas crenças seria uma personificação do Espírito Santo.2 3 Gabriel também é mencionado na fé Bahá'í, especificamente na obra mística de Bahá'u'lláh, Sete Vales.

Anjo Gabriel, por Giotto di Bondone
É citado várias vezes na Bíblia; foi ele que anunciou ao profeta Daniel a sucessão de potências mundiais, bem como a vinda do Messias (em hebraico Mashiah, em grego, Cristo, "Ungido"). Disse o profeta: "Apareceu Gabriel da parte de Deus e me falou: dentro de setenta semanas [de anos] (70 anos x 7, ou seja, 490 anos) aparecerá o Santo dos Santos." (Daniel 9:24-26)

Ao anjo Gabriel foi confiada a missão mais alta que jamais havia sido confiada a alguém: anunciar o nascimento do Filho de Deus. Por isso, é muito admirado desde a antigüidade. O termo de apresentação quando apareceu a Zacarias para anunciar-lhe que ia ter por filho João Batista foi este: "Eu sou Gabriel, o que está na presença de Deus." (Lucas 1:19)

São Lucas disse: "Foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, a uma virgem chamada Maria, e chegando junto a ela, disse-lhe: "Salve Maria, cheia de graça, o Senhor está contigo". Ela ficou confusa, mas disse-lhe o anjo: "Não tenhas medo, Maria, porque estais na graça do Senhor. Conceberás um filho a quem porás o nome de Jesus. Ele será filho do Altíssimo e seu Reino não terá fim". (Lucas 1:26-38)

Segundo a tradição, os arcanjos são os mensageiros (em grego "angélos") de Deus das Boas Novas, nos ajudam a dar bom rumo e direção à nossa vida, nos dão compreensão e sabedoria. É a ele que recorrem os que necessitam desses dons.

Segundo a religião islâmica, ao anjo Gabriel foi atribuída a revelação do Corão ao profeta Mohammad (ou Maomé), o que teria ocorrido em uma ocasião em que Mohammad orava e meditava em uma montanha em Meca. Com base nas revelações desse episódio, Maomé teria começado sua saga de divulgação das obras de Deus, no que viria a ser o Islamismo.


São Rafael Arcanjo
Arcanjo
Veneração por Toda a cristandade e islamismo
Principal templo St. Raphael's Cathedral em Dubuque, Iowa
Festa litúrgica 29 de setembro
Atribuições anjo segurando um vasilhame ou frasco; anjo caminhando com Tobias; arcanjo; rapaz carregando um peixe; rapaz com cajado
Padroeiro Jovens; cegos; enfermidades; médicos; farmacêuticos; Iowa; anjos; amor; apaixonados; insanos; deficientes mentais; Washington; pastoras e viajantes
Gloriole.svg Portal dos Santos

Rafael (do hebraico רָפָאֵל, transl. Rāp̄āʾēl, "Deus cura"; em árabe: رافائيل; transl. Rāfāʾīl; amárico: ሩፋዔል, transl. Rāfāʾīl), o fato de Rafael ser considerado o portador da cura Divina, fornece indícios de que ele seja o responsável pela transição do corpo e espírito, a cura divina também pode ser entendida como a morte, ou seja Rafael é o Anjo da Morte.

Rafael também conhecido como São Rafael Arcanjo, é o nome de um arcanjo comum às religiões judaica, cristã e islâmica, responsável por executar todos os tipos de cura. Enviado por Deus para curar em Seu Nome, Rafael significa "Deus cura" em hebraico; a palavra correspondente a médico é Rophe. O Cristianismo, ao "derivar" do Judaísmo, também desenvolveu algumas concepções próprias da hierarquia dos angelicais e atribuições dos angelicais e o mesmo aconteceu no islamismo. Rafael é o ceifador, anunciador do fim dos tempos, do Juízo Final. Alguns estudiosos afirmam que o Arcanjo Rafael foi enviado ao Egito durante a Páscoa. Seria ele o enviado por Deus para assassinar certos primogênitos do Egito durante a cominação das pragas egípcias. Por esta razão ele é tido como o Anjo da Morte. O Arcanjo Rafael também teria duelado contra Samyaza a mando de Deus.1

Oração

Glorioso Arcanjo São Rafael, que vos dignastes tomar a aparência de um simples viajante, para vos fazer o protetor do jovem Tobias; ensinai-nos a viver sobrenaturalmente, elevando sem cessar nossas almas, acima das coisas terrestres.

Vinde em nosso socorro no momento das tentações e ajudai-nos a afastar de nossas almas e de nossos trabalhos todas as influências do Inferno.

Ensinai-nos a viver neste espírito de fé, que sabe reconhecer a misericórdia Divina em todas as provações, e as utilizar para a salvação de nossas almas.

Obtende-nos a graça que vos peço <>, de inteira conformidade à vontade Divina, seja que ela nos conceda a cura dos nossos males, ou que recuse o que lhe pedimos.
São Rafael, guia protetor e companheiro de Tobias, dirigi-nos no caminho da salvação, preservai-nos de todo perigo e conduzi-nos ao Céu. Assim seja. <Pai Nosso
, uma Ave Maria e faça o sinal da Santa Cruz>> 2

Judaico-cristãs

Na Bíblia, o Arcanjo Rafael é citado no Antigo Testamento, no Livro de Tobias (presente somente no cânon católico). No capítulo 5, versículo 4 (Tb 5,4) há o início das aparições de Rafael ao jovem Tobias: "(…)Tendo saído, deparou-se-he o anjo Rafael, sem demonstrar, todavia, ser um anjo de Deus".3 Já no capítulo 6, versículo 3 (Tb 6,3), vê-se porque imagem esculpida pelos católicos mostra o arcanjo segurando um peixe.4 Eis que o grande peixe que tentou devorar Tobias e que o anjo lhe ordenou que o dominasse para tirar-lhe o fel, o qual, é indicado que é usado pelo arcanjo para curar o pai de Tobias devolvendo-lhe a visão. (Tb 6,11)5

No capítulo 12, Rafael se dá a conhecer, se apresentando como anjo (arcanjo) de Deus (Tb 12,15) "Eu sou Rafael, um dos sete santos anjos que assistem e têm acesso à majestade do Senhor".6
Não é mencionado no Novo Testamento, mas a tradição o identifica como o anjo da ovelha em João 5,2. Rafael também é figura proeminente nos costumes do Judaísmo. Ele é um dos três angelicais que visitaram Abraão antes da devastação física de Sodoma e Gomorra.7

Sua festa é celebrada no dia 29 de setembro, junto com a do Arcanjo Gabriel e a do Arcanjo Miguel.
No passado era celebrado, "sozinho", no dia 24 de outubro.

Islâmicas

Israfil não é nomeado no Qur'an (Corão) diferentemente de Jibrail (Gabriel) e Mikail (Miguel). De acordo com a Hadith(الحديث), Israfil (árabe Rafael) é o anjo responsável por sinalizar a vinda do Juízo Final soprando a corneta (chamada Sûr) e enviando o "Sopro da Verdade". A Sûr será soprada duas vezes: da primeira virá o início do Juízo Final; da segunda, todas as almas serão chamadas a julgamento e interrogadas
Arcanjo, do grego: arkhaggelos,(arkhos, principal, primeiro; aggelos, mensageiro), latim eclesiáticos: archangelus, é o anjo principal ou anjo da mais alta ordem (a oitava) na hierarquia celeste.1 Na bíblia cristã, o termo aparece apenas duas e apenas no Novo Testamento (ver logo mais na seção Cristianismo).2

Judaísmo


Jacó lutando com o Anjo, de Gustave Doré, 1885.
A Bíblia hebraica usa os termos מלאכי אלוהים (malakhi Elohim, "Anjos de Deus"),3 מלאכי אֲדֹנָי (malakhi Adonai, "Anjos do Senhor"),4 בני אלוהים (b'nai elohim, "filhos de Deus") e הקדושים (ha-qodeshim, "os santos") para se referir aos seres interpretados tradicionalmente como mensageiros angelicais. Outros termos são utilizados em textos posteriores, como העליונים (ha-elyonim, "os elevados"). De fato, anjos são pouco comuns, com exceção de obras posteriores, como o Livro de Daniel, embora sejam mencionados rapidamente nas histórias de Jacó (que, de acordo com diversas interpretações, teria lutando contra um anjo) e Lot, que foi avisada por um anjo da destruição iminente das cidades de Sodoma e Gomorra. Daniel é a primeira figura bíblica que se refere aos anjos individualmente, por seus nomes.5

Especula-se, portanto, que o interesse judaico nos anjos tenha se desenvolvido durante o cativeiro na Babilônia.6 De acordo com o rabino Simeão ben Lakish, de Tiberíade (230 - 270 d.C.), todos os nomes específicos dos anjos teriam sido trazidos pelos judeus da Babilônia.

Não existem referências explícitas a arcanjos nos textos canônicos da Bíblia hebraica (Antigo Testamento). No judaísmo pós-bíblico certos anjos passaram a assumir uma importância particular, desenvolvendo personalidades e papéis únicos. Embora se acredite que estes arcanjos tivessem proeminência entre as hostes celestiais, nenhuma hierarquia sistematizada foi desenvolvida. Metatron é considerado o mais importante dos anjos na Merkabah e no misticismo cabalístico, e frequentemente desempenha a função de escriba. É mencionado brevemente no Talmude,7 e figura com destaque nos textos místicos da Merkabah. Miguel, que atua como guerreiro e representante de Israel (Daniel, 10:13), é visto de maneira particularmente benevolente. Gabriel é mencionado no Livro de Daniel (Daniel, 8:15-17) e, rapidamente, no Talmude,8 bem como em muitos textos místicos da Merkabah. As referências mais antigas aos arcanjos foram feitas na literatura dos períodos intertestamentais (por exemplo, 4 Esdras 4:36).

Dentro da tradição rabínica, na Cabala e no capítulo 20 do Livro de Enoque, e na Vida de Adão e Eva, o tradicional número de arcanjos é mencionado como sendo de pelo menos sete, que são os principais. Três arcanjos superiores também são referenciados com frequência: Miguel, Rafael e Gabriel. Existe alguma confusão acerca de um dos oito nomes a seguir, no que tange ao que é listado como não sendo realmente um arcanjo: Uriel, Sariel, Raguel e Remiel (possivelmente o Ramiel do Apocalipse de Baruque, que presidiria sobre as visões verdadeiras), Zadequiel, Jofiel, Haniel e Chamuel.9 O filósofo judaico medieval Maimônides escreveu uma hierarquia angelical judaica.

Adicionalmente, lares que seguem as tradições judaicas costumam entoar uma canção de boas-vindas aos anjos antes do início do jantar da noite de sexta-feira (sabá), intitulada "Shalom Aleichem", que significa "a paz esteja convosco". Isto tem sua origem numa declaração atribuída ao rabino Jose ben Judah, que dois anjos acompanhariam cada fiel ao retornar a seu lar depois dos serviços das noites de sexta-feira na sinagoga,10 anjos associados com a 'boa inclinação' (yetzir ha-tov) e a 'má inclinação' (yetzir ha-ra).11

Cristianismo


Arcanjo Gabriel, pintura de Paolo de Matteis, 1712.
Figuras de arcanjos aparecem no Antigo Testamento, mas o termo "arcanjo" não é usado nas versões em grego, no entanto, a palavra aparece nas versões em grego de pseudepígrafos como os escritos de Enoque que atribui classe aos anjos e apenas duas vezes na Bíblia cristã, apenas no Novo Testamento:12 13
porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, com voz de arcanjo e com trombeta de Deus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
Mas quando Miguel, o arcanjo, discutindo com o Diabo, altercava sobre o corpo de Moisés, não ousou fulminar-lhe sentença de blasfemo, mas disse: O Senhor te repreenda.
No Antigo Testamento, Josué 5:13 até Josué 5:15 descreve um mensageiro que se identifica como "capitão do exército de Jeová".13

Protestantismo


Arcanjo Miguel, Guido Reni (na igreja Santa Maria della Concezione, em Roma, 1636)
O Novo Testamento fala frequentemente de anjos (por exemplo, anjos trazem mensagens a Maria, José e os pastores; anjos falam com Jesus após a sua tentação no deserto, outro anjo o visita durante sua agonia, anjos são vistos na tumba do Cristo ressurrecto, e são anjos que libertam os apóstolos Pedro e Paulo da prisão); somente duas referências, no entanto, são feitas a "arcanjos": Miguel, na Epístola de Judas (1:9) e Primeira Epístola aos Tessalonicenses (4:16), onde a "voz de um arcanjo" será ouvida quando do retorno de Cristo.
Arcanjos Ortodoxos
Conselho Angelical (Ангелскй Собор). Ícone ortodoxo representando os sete arcanjos tradicionais da Ortodoxia.
Arcanjo Miguel
Arcanjo Gabriel
Arcanjo Rafael
Arcanjo Uriel
Arcanjo Jegudiel
Arcanjo Salatiel
Arcanjo Jeremiel
Arcanjo Baraquiel

 Ortodoxo

A tradição ortodoxa oriental menciona "milhares de arcanjos";14 no entanto, apenas sete arcanjos são venerados pelo nome.15 Uriel é incluído, e os outros três mencionados com mais frequência são Selafiel, Jegudiel e Baraquiel (um oitavo, Jeremiel, é por vezes mencionado como arcanjo).16

 A Igreja Ortodoxa celebra a Sinaxe do Santo Arcanjo Miguel e todos os outros incorpóreos celestes em 8 de novembro do calendário litúrgico ortodoxo oriental (para as igrejas que utilizam o calendário juliano, 8 de novembro equivale ao 21 de novembro do calendário gregoriano). Entre outros feriados em homenagem aos arcanjos estão a Sinaxe do Santo Arcanjo Gabriel, em 26 de março (8 de abril), e o Milagre do Santo Arcanjo Miguel em Colossas, em 6 de setembro (19 de setembro). Além destes, toda as segundas-feiras do ano são dedicadas aos Anjos, com uma menção especial feita nos hinos litúrgicos de Miguel e Gabriel. Na iconografia ortodoxa, cada anjo tem uma representação simbólica:16
  • Miguel, que vem do hebraico "Que é igual a Deus". São Miguel foi descrito, no cristianismo primitivo, como um comandante, que empunha em sua mão de direita uma lança com a qual ataca Lúcifer/Satã, e em sua mão esquerda um ramo verde de palmeira. No top de sua lança se encontra uma fita de linho com uma cruz vermelha. O arcanjo Miguel é considerado especificamente como um 'Guardião da Fé Ortodoxa', e um combatente contra as heresias.
  • Gabriel, que significa "Homem de Deus" ou "Poder de Deus". É o arauto dos mistérios divinos, especialmente a Encarnação de Deus e de todos os mistérios relacionados a ela. É retratado desta maneira: em sua mão direita segura uma lanterna acesa, e, na sua mão esquerda, um espelho de jaspe. O espelho simboliza a sabedoria de Deus como um mistério escondido.
  • Rafael, que significa "cura de Deus" ou "Deus, o que cura" (Tobias, 3:17 e 12:15). Rafael é retratado ao conduzir Tobias (que carrega um peixe pescado no rio Tigre) com sua mão direita, e segurando um jarro de alabastro, usado à época pelos médicos, em sua mão esquerda.
  • Uriel, que significa "Fogo de Deus", ou "Luz de Deus" (III Esdras 3:1, 5:20). É retratado empunhando uma espada contra os persas em sua mão direita, e uma chama na esquerda.
  • Sealtiel, que significa "Intercessor de Deus" III Esdras, 5:16. É retratado com seu rosto e seus olhos inclinados para baixo, com suas mãos sobre o peito, em oração.
  • Jegudiel, significa "Glorificador de Deus". É retratado com uma grinalda dourada em sua mão direita, e um chicote de três pontas na mão esquerda.
  • Baraquiel, que significa "Benção de Deus". É retratado segurando uma rosa branca em sua mão, contra seu peito.
  • Jeremiel, que significa "Exaltação de Deus". É venerado como um inspirador de pensamentos exaltados, que elevam uma pessoa a Deus (III Esdras, 4:36). Por vezes é considerado um oitavo arcanjo.

Representaçãoes artísticas


Anjo

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Ícone de Arcanjo Rafael
Anjo (do latim angelus e do grego ággelos (ἄγγελος), mensageiro), segundo a tradição judaico-cristã, a mais divulgada no ocidente, conforme relatos bíblicos, são criaturas espirituais, conservos de Deus como os homens (Apocalipse 19:10), que servem como ajudantes ou mensageiros de Deus. Os Anjos também podem ser considerados escravos de Deus no que tange ao sentido lato da palavra escravo, isto é, o que vive em absoluta sujeição a outrem 1 . Também podem igualmente ser considerados escravos porque não recebem nenhuma remuneração por seu trabalho e estão a mercê da vontade Divina, podendo Deus dispor, a Seu critério, do Anjo - sem que ele possa exercer qualquer direito e objeção pessoal ou legal.
Na iconografia comum, os anjos geralmente têm asas de pássaro e uma auréola. São donos de uma beleza delicada e de um forte brilho, e por vezes são representados como uma criança, por terem inocência e virtude.
Os relatos bíblicos e a hagiografia cristã contam que os anjos muitas vezes foram autores de fenômenos miraculosos, e a crença corrente nesta tradição é que uma de suas missões é ajudar a humanidade em seu processo de aproximação a Deus.
Os anjos são ainda figuras importantes em muitas outras tradições religiosas do passado e do presente e o nome de "anjo" é dado amiúde indistintamente a todas as classes de seres celestes. Os muçulmanos, zoroastrianos, espíritas, hindus e budistas, todos aceitam como fato sua existência, dando-lhes variados nomes, mas às vezes são descritos como tendo características e funções bem diferentes daquelas apontadas pela tradição judaico-cristã, esta mesma apresentando contradições e inconsistências de acordo com os vários autores que se ocuparam deste tema. O Espiritismo faz uma descrição em muito semelhante à judaico-cristã, considerando-os seres perfeitos que atuam como mensageiros dos planos superiores, sem, no entanto, tentar atribuir forma ou aparência a tais seres: seria apenas uma visão de suas formas morais. A diferença da visão espírita se faz apenas pelo raciocínio de que Deus, sendo soberanamente justo e bom (atributos que seguem-lhe a perfeição, ou seja, Deus não precisa evoluir, já é e sempre foi perfeito e imutável), não os teria criado perfeitos, pois isso seria creditar a Deus a capacidade de ser injusto, face à necessidade que os homens enfrentam de experimentação sucessiva para aperfeiçoarem-se. O Espiritismo apresenta a visão de que tais seres angélicos, independente de suas hierarquias celestiais, estão nesse ponto evolutivo por mérito próprio, são espíritos santificados e livres da interferência da matéria pelas próprias escolhas que fizeram no sentido evolutivo e de renúncia de si mesmos ao longo do tempo, sendo facultado também aos homens atuais - ainda muito materializados - atingirem, através de seus esforços morais e intelectuais nas múltiplas reencarnações, tais pontos de perfeição. (O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 1865). Dentro do Cristianismo Esotérico e da Cabala, são chamados de anjos aos espíritos num grau de evolução imediatamente superior ao do homem e imediatamente inferior ao dos arcanjos. Para os muçulmanos alguns anjos são bons, outros maus, e outras classes possuem traços ambíguos. No Hinduísmo e no Budismo são descritos como seres autoluminosos, donos de vários poderes, sendo que alguns são dotados de corpos densos e capazes de comer e beber. Já os teosofistas afirmam que existem inumeráveis classes de anjos, com variadas funções, aspectos e atributos, desde diminutas criaturas microscópicas até colossos de dimensões planetárias, responsáveis pela manutenção de uma infinidade de processos naturais. Além disso a cultura popular em vários países do mundo deu origem a um copioso folclore sobre os anjos, que muitas vezes se afasta bastante da descrição mantida pelos credos institucionalizados dessas regiões.

Índice

As hierarquias angélicas no Cristianismo


Gustave Doré: Ilustração para a Divina Comédia, de Dante Alighieri: Paraíso, canto XXXI

Teto do Batistério de São João, em Florença, mostrando as hierarquias angélicas
No Cristianismo os anjos foram estudados de acordo com diversos sistemas de classificação em coros ou hierarquias angélicas. A mais influente de tais classificações foi estabelecida pelo Pseudo-Dionísio, o Areopagita entre os séculos IV e V, em seu livro De Coelesti Hierarchia.2
No Cristianismo a fonte primária ao estudo dos anjos são as citações bíblicas, como quando três anjos apareceram a Abraão,3 embora existam apenas sugestões ambíguas para a construção de um sistema como se ele se tivesse desenvolvido em tempos posteriores.4 Isaías fala de serafins;5 outro anjo acompanhou Tobias; a Virgem Maria recebeu uma visita angélica na anunciação do futuro nascimento de Cristo,6 e o próprio Jesus fala deles em vários momentos, como quando sofreu a tentação no deserto 7 e na cena do horto das oliveiras, quando um anjo lhe fortalecia antes da Paixão.8
São Paulo faz alusão a cinco ordens de anjos.9 Depois foi São Dionísio um dos primeiros a propor um sistema organizado do estudo dos anjos e seus escritos tiveram muita influência, mas foi precedido por outros escritores, como São Clemente, Santo Ambrósio e São Jerônimo. Na Idade Média surgiram muitos outros esquemas, alguns baseados no do Areopagita, outros independentes, sugerindo uma hierarquia bastante diferente. Alguns autores acreditavam que apenas os anjos de classes inferiores interferiam nos assuntos humanos.
Tradições esotéricas cristãs também foram invocadas para se organizar um quadro mais exato. As classificações propostas na Idade Média são as seguintes:
  • São Clemente, em Constituições Apostólicas, século I:
    • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Éons, 4. Hostes, 5. Potestades, 6. Autoridades, 7. Principados, 8. Tronos, 9. Arcanjos, 10. Anjos, 11. Dominações.
  • Santo Ambrósio, em Apologia do Profeta David, século IV:
    • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Dominações, 4. Tronos, 5. Principados, 6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Anjos, 9. Arcanjos.
  • São Jerônimo, século IV:
    • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Dominações, 5. Tronos, 6. Arcanjos, 7. Anjos.
  • Pseudo-Dionísio, o Areopagita, em De Coelesti Hierarchia, c. século V:
    • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
  • São Gregório Magno, em Homilia, século VI:
    • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Principados, 6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
  • Santo Isidoro de Sevilha, em Etymologiae, século VII:
    • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Principados, 5. Virtudes, 6. Dominações, 7. Tronos, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
  • João de Damasco, em De Fide Orthodoxa, século VIII:
    • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Potestades, 6. Autoridades (Virtudes), 7. Governantes (Principados), 8. Arcanjos, 9. Anjos.
  • São Tomás de Aquino, em Summa Theologica, (1225-1274):
    • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
  • Dante Alighieri, na Divina Comédia (1308-1321):
    • 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Arcanjos, 8. Principados, 9. Anjos.
De todas estas ordenações a mais corrente, derivada do Pseudo-Dionísio e de Tomás de Aquino, divide os anjos em nove coros, agrupados em três trìades:

Primeira Tríade

A 1ª Ordem é composta pelos anjos mais próximos de Deus, que desempenham suas funções diante do Pai.

Serafins


Serafins rodeando o trono de Deus, em iluminura das Petites Heures de Jean de Berry século XIV

Criatura fantástica do tipo dos kerabu, proveniente de Khorsabad
O nome serafim vem do hebreu saraf (שרף), e do grego, séraph, que significam "abrasar, queimar, consumir". Também foram chamados de ardentes ou de serpentes de fogo. É a ordem mais elevada da esfera mais alta. São os anjos mais próximos de Deus e emanam a essência divina em mais alto grau. Assistem ante o Trono de Deus e é seu privilégio estar unido a Deus de maneira mais íntima, e são descritos em Isaías como cantando perpetuamente o louvor de Deus e tendo seis asas.
O Pseudo-Dionísio diz que sua natureza ígnea espelha a exuberância de sua atividade perpétua e infatigável, e sua capacidade de inflamar os anjos inferiores no cumprimento dos desígnios divinos, purificando-os com seu fogo e iluminando suas inteligências, destruindo toda sombra.10 Pico della Mirandola fala deles em sua Oração sobre a Dignidade do Homem (1487) como incandescentes do fogo da caridade, e modelos da mais alta aspiração humana 11

Querubins

Do hebreu כרוב - keruv, ou do plural כרובים - keruvim, os querubins são seres misteriosos, descritos tanto no Cristianismo como em tradições mais antigas às vezes mostrando formas híbridas de homem e animal. Os povos da Mesopotâmia tinham o nome karabu e suas variantes para denominar seres fantásticos com forma de touro alado de face humana, e a palavra significa em algumas daquelas línguas "poderoso", noutras "abençoado".
No Gênesis aparece um querubim como guardião do Jardim do Éden, expulsando Adão e Eva após o pecado original.12 Ezequiel os descreve como guardiães do trono de Deus e diz que o ruflar de suas asas enchia todo o templo da divindade e se parecia com som de vozes humanas; a cada um estava ligada uma roda, e se moviam em todas as direções sem se voltar, pois possuíam quatro faces: leão, (O leão sempre foi reconhecido como forte, feroz, majestoso, ele é o rei dos animais e essa face simboliza então sua força). touro, (o touro é reconhecido como um animal que trabalha pacientemente para seu dono. Ele é forte, podendo carregar um urso, e conhece o seu dono). águia, (como um anjo, este pássaro voa acima das tempestades, enquanto abaixo delas existem tristezas, perigos, e angústias. Um pássaro ligeiro e poderoso, elegante, incansável) e homem, Esta face fala da mente, razão, afeições,e todas as coisas que envolvem a natureza humana, isso, para alguns estudiosos, significa que eles assim como os homens possuem o livre arbítrio. E eram inteiramente cobertos de olhos, significando a sua onisciência.13 Mas as imagens querubins que Moisés colocou sobre a Arca da Aliança tinham forma humana, embora com asas.14
Os Querubins, para alguns teólogos, ocupam o topo da hierarquia, pois alguns não consideram os serafins como anjos , uma vez que a palavra hebraica para anjo é "malak" (mensageiro) e da mesma forma no grego, anjo é "angelus" (mensageiro) e estas figuras aladas que aparecem, na Bíblia, apenas em Isaías capítulo 6, onde exaltam a Deus mas não comunicam mensagens ao profeta.
São Jerônimo e Santo Agostinho interpretam seu nome como "plenitude de sabedoria e ciência". São representados muitas vezes como crianças pequenas dotadas de asas, chamados putti (meninos) em italiano. Têm o poder de conhecer e contemplar a Deus, e serem receptivos ao mais alto dom da luz e da verdade, à beleza e à sabedoria divinas em sua primeira manifestação. Estão cheio do amor divino e o derramam sobre os níveis abaixo deles.15
Satanás é descrito como o querubim ungido, sendo chamado antes pelo nome de Lúcifer ou Belial.

Tronos ou Ofanins

Os Tronos têm seu nome derivado do grego thronos, que significa "anciãos". São chamados também de erelins ou ofanins, ou algumas vezes de Sedes Dei (Trono de Deus), e são identificados com os 24 anciãos que perpetuamente se prostram diante de Deus e a Seus pés lançam suas coroas.16 São os símbolos da autoridade divina e da humildade, e da perfeita pureza, livre de toda contaminação.15

Segunda Tríade

A 2ª Ordem é composta pelos Príncipes da Corte celestial.

Dominações

As Dominações ou Domínios (do latim dominationes) têm a função de regular as atividades dos anjos inferiores, distribuem aos outros anjos as funções e seus mistérios, e presidem os destinos das nações. Crê-se que as Dominações possuam uma forma humana alada de beleza inefável, e são descritos portando orbes de luz e cetros indicativos de seu poder de governo. Sua liderança também é afirmada na tradução do termo grego kyriotes [küriotés], que significa "senhor", aplicado a esta classe de seres.
São anjos que auxiliam nas emergências ou conflitos que devem ser resolvidos logo. Também atuam como elementos de integração entre os mundos materiais e espirituais, embora raramente entrem em contato com as pessoas.

Virtudes

As Virtudes são os responsáveis pela manutenção do curso dos astros para que a ordem do universo seja preservada. Seu nome está associado ao grego dunamis, significando "poder" ou "força", e traduzido como "virtudes" em Efésios 1:21, e seus atributos são a pureza e a fortaleza. O Pseudo-Dionísio diz que eles possuem uma virilidade e poder inabaláveis, buscando sempre espelhar-se na fonte de todas as virtudes e as transmitindo aos seus inferiores.15
Orientam as pessoas sobre sua missão. São encarregados de eliminar os obstáculos que se opõe ao cumprimento das ordens de Deus, afastando os anjos maus que assediam as nações para desviá-las de seu fim, e mantendo assim as criaturas e a ordem da Divina providência. Eles são particularmente importantes porque têm a capacidade de transmitir grande quantidade de energia divina. Imersas na força de Deus, as Virtudes derramam bênçãos do alto, frequentemente na forma de milagres. São sempre associados com os heróis e aqueles que lutam em nome de Deus e da verdade. São chamados quando se necessita de coragem.

Potestades

As Potestades ou Potências são também chamadas de "condutores da ordem sagrada". Executam as grandes ações que tocam no governo universal. Eles são os portadores da consciência de toda a humanidade, os encarregados da sua história e de sua memória coletiva, estando relacionados com o pensamento superior - ideais, ética, religião e filosofia, além da política em seu sentido abstrato.
Também são descritos como anjos guerreiros completamente fiéis a Deus. Seus atributos de organizadores e agentes do intelecto iluminado são enfatizados pelo Pseudo-Dionísio, e acrescenta que sua autoridade é baseada no espelhamento da ordem divina e não na tirania. Eles têm a capacidade de absorver e armazenar e transmitir o poder do plano divino, donde seus nomes.15
Os anjos do nascimento e da morte pertencem a essa categoria. São também os guardiões dos animais.

Terceira Tríade

A 3ª Ordem é composta pelos anjos ministrantes, que são encarregados dos caminhos das nações e dos homens e estão mais intimamente ligados ao mundo material.

Principados


Guido Reni: São Miguel, 1636

Fra Angelico; Anunciação
Os Principados, do latim principatus, são os anjos encarregados de receber as ordens das Dominações e Potestades e transmití-las aos reinos inferiores, e sua posição é representada simbolicamente pela coroa e cetro que usam. Guardam as cidades e os países. Protegem também a fauna e a flora. Como seu nome indica, estão revestidos de uma autoridade especial: são os que presidem os reinos, as províncias, e as dioceses, e velam pelo cultivo de sementes boas no campo das ideologias, da arte e da ciência.

Arcanjos

O nome de arcanjo vem do grego αρχάγγελος, arkangélos, que significa "anjo principal" ou "chefe", pela combinação de archō, o primeiro ou principal governante, e άγγελος, aggělǒs, que quer dizer "mensageiro". Este título é mencionado no Novo Testamento por duas vezes e a esta ordem pertencem os únicos anjos cujos nomes são conhecidos através da Bíblia: Miguel, Rafael e Gabriel. Miguel é especificamente citado como "O" arcanjo,17 ao passo que, embora se presuma pela tradição que Gabriel também seja um arcanjo, não há referências sólidas a respeito. Rafael descreve a si mesmo como um dos sete que estão diante do Senhor18 classe de seres mencionada também no Apocalipse.19 .
Considerado canônico somente pela Igreja Ortodoxa da Etiópia, o Livro de Enoque fala de mais quatro arcanjos, Uriel, Ituriel, Amitiel e Samuel, responsáveis pela vigilância universal durante o perído dos Nefilim, os "anjos caídos". Contudo em outras fontes apócrifas estes são por vezes ditos como querubins. A igreja Ortodoxa faz de Uriel um arcanjo e o festeja com Rafael, Gabriel e Miguel na Synaxis de Miguel e os outros Poderes Incorpóreos, em 21 de novembro20 .
Seu caráter de mensageiros, ou intermediários, é assinalada pelo seu papel de elo entre os Principados e os Anjos, interpretando e iluminando as ordens superiores para seus subordinados, além de inspirar misticamente as mentes e corações humanos para execução de atos de acordo com a vontade divina21 . Atuam assim como arautos dos desígnios divinos, tanto para os Anjos como para os homens, como foi no caso de Gabriel na Anunciação a Maria. A cultura popular faz deles protetores dos bons relacionamentos, da sabedoria e dos estudos, e guerreiros contra as ações do Diabo.

Anjos

Os anjos são os seres angélicos mais próximos do reino humano, o último degrau da hierarquia angélica acima descrita e pertencentes à sua terceira tríade. A tradição hebraica, de onde nasceu a Bíblia, está cheia de alusões a seres celestiais identificados como anjos, e que ocasionalmente aparecem aos seres humanos trazendo ordens divinas. São citados em vários textos místicos judeus, especialmente nos ligados à tradição Merkabah. Na Bíblia são chamados de מלאך אלהים (mensageiros de Deus), מלאך יהוה (mensageiros do Senhor), בני אלוהים (filhos de Deus) e הקדושים (santos).22 São dotados de vários poderes supernaturais, como o de se tornarem visíveis e invisíveis à vontade, voar, operar milagres diversos e consumir sacrifícios com seu toque de fogo. Feitos de luz e fogo 23 24 sua aparição é imediatamente reconhecida como de origem divina também por sua extraordinária beleza. Segundo a tradição católica os anjos(mensageiros) são designações de cargos, não de natureza. Para Deus, apesar dos vários cargos angelicais, todos são anjos e todos são iguais perante Ele.

Os anjos em outras tradições

No Budismo e Hinduísmo

O Budismo e o Hinduísmo descrevem os anjos, ou devas, como os chamam, de maneira semelhante às outras religiões ocidentais. Seu nome deriva da raiz sânscrita div, que significa "brilhar", e seu nome significa, então, os "seres brilhantes" ou "autoluminosos". Dizem que alguns deles comem e bebem, e podem construir formas ilusórias para poderem se manifestar em planos de existência diferentes dos seus próprios. O Budismo estabelece uma categorização bastante completa para os seus devas, em grande parte herdada da tradição Hinduísta.

Islamismo


Sultão Muhammad: A Mi'raj, ou Ascensão de Maomé, rodeado de anjos. Iluminura, c. 1650
A angelologia islâmica é largamente devedora às tradições dos Zoroastrianismo, do Judaísmo e do Cristianismo primitivo, e divide os anjos em dois partidos principais, os bons, fiéis a Deus, e os maus, cujo chefe é Iblis ou Ash-Shaytan, privados da graça divina por terem se recusado a prestar homenagens a Adão..25

Por outro lado, existe também no Islamismo uma categorização hierárquica. Em primeiro lugar estão os quatro Tronos de Deus, com formas de leão, touro, águia e homem. Em seqüência, vêm o querubim, e logo os quatro arcanjos: Jibril ou Jabra'il, o revelador, intermediário entre Deus e os profetas e constante auxiliador de Maomé; Mikal ou Mika'il, o provedor, citado apenas uma vez no Corão (2:98) e quem, segundo a tradição, ficou tão horrorizado com a visão do inferno quando este foi criado que jamais pôde falar de novo; Izrail, o anjo da morte, uma criatura espantosa de dimensões cósmicas, quatro mil asas e um corpo formado de tantos olhos e línguas quantas são as pessoas da Terra, que se posta com um pé no sétimo céu e outro no limite entre o paraíso e o inferno; e Israfil, o anjo do julgamento, aquele que tocará a trombeta no Juízo Final; tem um corpo cheio de pelos e feitos de inumeráveis línguas e bocas, quatro asas e uma estatura que vai desde o trono de Deus até o sétimo céu.26 Por fim, os demais anjos. Como uma classe à parte estão os gênios, ou djins, que possuem muitas características humanas, como a capacidade de se alimentar, propagar a espécie, e morrer, e cujo caráter é ambíguo.27

Espiritismo

Para o Espiritismo, doutrina que tem o Cristianismo por base e foi iniciada no século XIX por intermédio de Allan Kardec, os anjos seriam os espíritos elevados de benignidade superior que são protetores dos necessitados e mensageiros do amor.28 Seriam, portanto, aqueles que trazem mensagens do mundo incorpóreo. Por este motivo seriam chamados de anjos, palavra que significa mensageiros, os quais aparecem inúmeras vezes nos textos sagrados de religiões judaico-cristãs, indicando a comunicabilidade entre vivos e mortos. Ainda segundo o Espiritismo, os anjos, em sua concepção mais comumente conhecida e aceita - criaturas perfeitas, a serviço direto de Deus - seriam os espíritos que já alcançaram a perfeição passível de ser alcançada pelas criaturas. Estes, ao fazê-lo, passariam a dedicar a sua existência a fazer cumprir a vontade de Deus na Criação, por serem capazes de compreendê-la completamente. Que haja seres dotados de todas as qualidades atribuídas aos anjos, não restam dúvidas. A revelação espírita neste ponto confirma a crença de todos os povos, fazendo-nos conhecer ao mesmo tempo a origem e natureza de tais seres.

As almas ou Espíritos são criados simples e ignorantes, isto é, sem conhecimentos nem consciência do bem e do mal, porém, aptos para adquirir o que lhes falta. O trabalho é o meio de aquisição, e o fim - que é a perfeição - é para todos o mesmo. Conseguem-no mais ou menos prontamente em virtude do livre-arbítrio e na razão direta dos seus esforços; todos têm os mesmos degraus a franquear, o mesmo trabalho a concluir. Deus não aquinhoa melhor a uns do que a outros, porquanto é justo, e, visto serem todos seus filhos, não tem predileções. Ele lhes diz: Eis a lei que deve constituir a vossa norma de conduta; ela só pode levar-vos ao fim; tudo que lhe for conforme é o bem; tudo que lhe for contrário é o mal. Tendes inteira liberdade de observar ou infringir esta lei, e assim sereis os árbitros da vossa própria sorte. Conseguintemente, Deus não criou o mal; todas as suas leis são para o bem, e foi o homem que criou esse mal, divorciando-se dessas leis; se ele as observasse escrupulosamente, jamais se desviaria do bom caminho. Entretanto, a alma, qual criança, é inexperiente nas primeiras fases da existência, e daí o ser falível. Não lhe dá Deus essa experiência, mas dá-lhe meios de adquiri-la.

Assim, um passo em falso na senda do mal é um atraso para a alma, que, sofrendo-lhe as conseqüências, aprende à sua custa o que importa evitar. Deste modo, pouco a pouco, se desenvolve, aperfeiçoa e adianta na hierarquia espiritual até ao estado de puro Espírito ou anjo. Os anjos são, pois, as almas dos homens chegados ao grau de perfeição que a criatura comporta, fruindo em sua plenitude a prometida felicidade. Antes, porém, de atingir o grau supremo, gozam de felicidade relativa ao seu adiantamento, felicidade que consiste, não na ociosidade, mas nas funções que a Deus apraz confiar-lhes, e por cujo desempenho se sentem ditosas, tendo ainda nele um meio de progresso.29

 A Humanidade não se limita à Terra; habita inúmeros mundos que no Espaço circulam; já habitou os desaparecidos, e habitará os que se formarem. Tendo-a criado de toda a eternidade, Deus jamais cessa de criá-la. Muito antes que a Terra existisse e por mais remota que a suponhamos, outros mundos havia, nos quais Espíritos encarnados percorreram as mesmas fases que ora percorrem os de mais recente formação, atingindo seu fim antes mesmo que houvéramos saído das mãos do Criador. De toda a eternidade tem havido, pois, puros Espíritos ou anjos; mas, como a sua existência humana se passou num infinito passado, eis que os supomos como se tivessem sido sempre anjos de todos os tempos.

Realiza-se assim a grande lei de unidade da Criação; Deus nunca esteve inativo e sempre teve puros Espíritos, experimentados e esclarecidos, para transmissão de suas ordens e direção do Universo, desde o governo dos mundos até os mais ínfimos detalhes. Tampouco teve Deus necessidade de criar seres privilegiados, isentos de obrigações; todos, antigos e novos, adquiriram suas posições na luta e por mérito próprio; todos, enfim, são filhos de suas obras.
E, desse modo, completa-se com igualdade a soberana justiça do Criador.30

Teosofia


Anatomia esquemática do anjo patrono do santuário de Borobudur, Java, segundo indicações do teosofista Geoffrey Hodson em seu livro O Reino dos Deuses. Sua forma é na verdade esférica, com feixes de luz irradiante, e aqui se mostra em corte. Os círculos regulares concêntricos de sua aura indicam sua avançada evolução. Muitos detalhes foram omitidos
A Teosofia admite a existência dos seres angélicos, e várias classes dentre eles, embora existam relativamente poucos estudos neste campo que as sistematizem profundamente, dos quais os de Charles Leadbeater e sobretudo Geoffrey Hodson são as fontes mais ricas e interessantes.

Charles Leadbeater diz que, sendo um dos muitos reinos da criação divina, o reino angélico também está, como os outros, sujeito à evolução, e que existem grandes diferenças em poder, sabedoria, amor e inteligência entre seus integrantes. Pelo mesmo motivo, o de constituírem um reino independente, com interesses e metas próprias, diz que os anjos não existem mormente em função dos homens e seus problemas, como reza a cultura popular, apesar de assistí-los de uma variedade imensa de formas, como por exemplo na ministração dos sacramentos das igrejas, na cura espiritual e corporal dos seres humanos, e na sua inspiração, encorajamento, proteção e instrução.31 32 Mesmo que o reino angélico como um todo esteja envolvido em muitas tarefas que não dizem respeito ao homem, Leadbeater afirma em A Ciência dos Sacramentos que existe uma classe deles especialmente associada aos seres humanos, a dos anjos da guarda, na verdade uma espécie de silfos, à qual se confia uma pessoa por ocasião de seu batismo, e que por seu serviço conquistam a individualização, tornando-se serafins.33

 Os anjos são descritos por Hodson como tendo uma atitude em relação a Deus completamente diversa da humana, não concebendo uma existência personalizada individual, mas sim uma consciência única central e ao mesmo tempo difusa e onipresente, de onde suas próprias consciências derivam e à qual estão inextrincavelmente ligadas. Sentem-se unidos a esta consciência e para eles não é possível, exatamente por esta unidade, experimentarem egoísmo, separatividade, desejo, possessividade, ódio, medo, revolta ou amargura. Apesar de serem essencialmente seres amorosos, seu amor é impessoal, sendo extremamente raras associações estreitas com quaisquer indivíduos. Em seus estudos Hodson os divide em quatro tipos principais, associados aos quatro elementos da filosofia antiga: terra, água, fogo e ar.

Hodson faz também uma associação dos anjos com a Árvore Sefirotal, derivada da tradição Cabalística, definindo dez ordens. Afirma que um dos aspectos do Logos é de natureza angélica e acrescenta que ao reino angélico pertencem os chamados espíritos da natureza. Muitos destas classes estão envolvidos em processos naturais básicos como a formação celular e cristalização mineral, sendo por isso de dimensões microscópicas, constituindo os primeiros degraus da sua longa evolução em direção aos anjos planetários e formas ainda mais grandiosas como os grandes arcanjos solares, de estatura verdadeiramente colossal, a ponto de poderem ser percebidos de pontos próximos à extremidade externa do sistema solar. Outros tipos são os silfos, as salamandras, as fadas, dríades, ondinas e os variados espíritos da natureza conhecidos desde a antigüidade em várias culturas. Suas descrições dão uma vívida idéia da importância destes seres na manutenção da ordem cósmica e na manifestação do universo desde sua origem insondável até as formas físicas, passando por todos os degraus intermédios. Em seu livro O Reino dos Deuses oferece uma série de ilustrações do aspecto dos vários tipos de anjos, diferindo radicalmente das tradicionais representações angélicas da cultura ocidental, e diz que apesar disso ambos, anjo e homem, derivam suas formas de um mesmo arquétipo.34 35 36

Astrologia

Algumas tradições astrológicas atribuem nomes para os anjos "embaixadores" dos planetas na Terra, responsáveis pela influência desses planetas na vida do homem. São eles:
  • Miguel: é o reitor do Sol
  • Gabriel: é o reitor da Lua
  • Rafael: é o reitor de Mercúrio
  • Uriel/Anael: é o reitor de Vênus
  • Camael/Samuel: é o reitor de Marte
  • Zacariel/Sadkiel: é o reitor de Júpiter
  • Orifiel/Cassiel: é o reitor de Saturno
Os anjos reitores de Urano, Netuno e de planetas-anões como Plutão/Plutoides e Éris geralmente não são mencionados por não serem planetas conhecidos desde a antigüidade. Alguns astrólogos propuseram o nome Ituriel para o anjo embaixador de Urano.

Na Literatura

Pouco espaço foi ocupado pelo anjo na modernidade, sobrevivendo na literatura por meio do culto dos jovens. No entanto, perdeu seu significado original e assumiu outro: um ser romântico que muitas vezes foi "amaldiçoado" ao se apaixonar por uma humana, as histórias mais recentes são a dos livros Fallen (com direitos comprados pela Disney) que é o primeiro volume da saga composta por Tormenta, Paixão e Rapture. Também é famosa a saga Hush Hush, composta por Sussurro, Crescendo e Silêncio. Já Halo trata de um amor que ultrapassa as barreiras do céu e do inferno".

Judaísmo

Posto que tenha servido de espeque ao desenvolvimento das mitologias cristã e islamita, precipuamente, o judaísmo possui conceitos próprios e diversos sobre os anjos.37

Anjos especiais


Bernhard Plockhorst: Anjo da guarda

O Anjo da Guarda

Dentre os anjos da tradição cristã está o tipo do anjo da guarda, chamado fravashi pelos seguidores de Zoroastro, e ao anjo da guarda, como o nome diz, é confiada individualmente cada pessoa ao nascer, protegendo-a do mal até onde a ordem divina o permita, fortalencendo corpo e alma e inspirando-a à prática das boas ações.

O Anjo do Senhor

Na Bíblia, sobretudo no Antigo Testamento há várias menções à aparição do Anjo do Senhor. A expressão "Anjo do Senhor" causa curiosidade por tratar-se não apenas de mais um anjo e sim de um anjo específico, considerando a antecedência do artigo definido o.

De acordo com algumas posições teológicas, o Anjo do Senhor que fez vários contatos com personagens bíblicos, entre os quais Abraão, Hagar, Gideão, sendo aparições do próprio Deus e constituindo, portanto, uma espécie de teofania ou até mesmo uma cristofania.38

Também é conhecido como o Anjo da Presença, embora este termo tenha em certas filosofias um significado bem específico. O Anjo da Presença, segundo o pensamento gnóstico e cristão esotérico, não é um ser com vida própria, mas sim uma forma-pensamento que representa Cristo durante o sacramento da Eucaristia e é um veículo da Sua consciência e das Suas bênçãos.39 40

Lúcifer

Segundo diversas tradições, Lúcifer seria um Querubim que se rebelou o Arcanjo Miguel, e contra o próprio Deus, sendo posto por Gabriel para fora do Céu. Com Lúcifer foram todos seus seguidores.
Outros teólogos e alguns grupos cristãos como as Testemunhas de Jeova, afirmam que "a única referência a Lúcifer na Bíblia aplicava-se a Nabucodonosor, rei de Babilônia. E embora a arrogância dos governantes babilônicos realmente refletisse a atitude de Satanás que também anseia ter poder e deseja colocar-se acima de Deus, a Bíblia não atribui claramente o nome Lúcifer a Satanás".41

Ver também

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Ligações externas

Anjo caído


Quadro de Mihály Zichy, "Lúcifer". Mostra o banimento de Lúcifer do Céu por Deus.
Um 'Anjo caído é um demónioPE ou demônioPB, do grego δαίμων (o que divide), que na tradição judaico-cristão, é um ser intermediário entre o homem e Deus, um anjo que, após uma guerra nos céus1 , afastou-se do plano divino, tornando-se voluntariamente um espírito do Mal.
Na teologia cristã (católica, ortodoxa e protestante) e o Anjo Caído ou Anjo Decaído é um anjo que cobiçando um maior poder, acaba se entregando "às trevas e ao pecado". O termo "anjo caído" indica que é um anjo que caiu do Paraíso. O Anjo Caído mais famoso é o próprio Lúcifer. Os Anjos Caídos são bastante comuns em histórias de conflitos entre o bem e o mal.

Doutrina

Para os cristãos, os demônios são anjos maus que, chefiados por Lúcifer ou Satanás, se rebelaram contra Deus, pecando por orgulho, como se pudessem tornar iguais ao Criador e foram, por isso, condenados e precipitados, para sempre, no inferno. O cristianismo ensina que Deus não criou seres propensos ao mal e nem os condenou ao Inferno, foram eles que usando de seu Livre Arbítrio se rebelaram e condenaram a si próprios. O Credo e a Sagrada Escritura nos ensinam que Deus criou todas as coisas, visíveis e invisíveis. Assim, os primeiros seres que Ele criou foram os puros espíritos, ditos Anjos, dos quais alguns se revoltaram contra o Criador, tornando-se demônios, condenados eternamente . A Escritura e a Tradição afirmam que o Diabo foi primeiro um anjo bom, criado por Deus. Em 1215, o Quarto Concílio de Latrão afirmou: “De fato, o Diabo e os outros demônios foram por Deus criados naturalmente bons; mas eles, por si, é que se fizeram maus”. A Bíblia fala do pecado destes anjos caídos . O ‘’Catecismo da Igreja Católica’’ ensina que “a queda consiste na livre opção destes espíritos criados, que radical e irrevogavelmente recusaram Deus e o seu Reino. Encontramos um reflexo desta rebelião nas palavras do tentador aos nossos primeiros pais: ‘Sereis como Deus’ .

O Diabo é ‘pecador desde o princípio’ (1 Jo 3, 8), ‘pai da mentira’ (Jo 8, 44). É o caráter irrevogável da sua opção, e não uma falha da infinita misericórdia de Deus, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado” (CEC art. 392 e 393). São João Damasceno em sua obra “A fé Ortodoxa” (II, 4: PG 94, 877) afirma: “Não há arrependimento para eles depois da queda, tal como não há arrependimento para os homens depois da morte”. Assim, por detrás da opção de desobediência dos nossos primeiros pais, há uma voz sedutora, oposta a Deus (Gn 3, 1-5) a qual, por inveja, os faz cair na morte (cf. Sb 2, 24). A Escritura e a Tradição vêm neste ser um anjo decaído, chamado Satanás (cf. CEC art. 391). Ensina a doutrina que os demônios, sendo inimigos da natureza humana assumida pelo Verbo de Deus, agindo por ódio contra Deus e pela inveja que têm ao gênero humano (cf. Mt 8,16; Ef 6,12; 1 Pd 5, 8), procura induzir o homem ao mal, podendo mesmo, com permissão divina, causar-lhe algum dano ao corpo e aos bens que possui, como aconteceu com Jó. O Papa Paulo VI, tratando do assunto, reafirmou que "Os demônios estão na origem da primeira desgraça da humanidade: foi o tentador pérfido e fatal do primeiro pecado, o pecado original (Gn 3; Sb 1, 24). Com a queda do homem, o Diabo adquiriu um certo poder sobre o homem, do qual só a redenção de Cristo pode libertar. É história que dura ainda hoje. Recordemos os exorcismos do Batismo e as frequentes referências da Sagrada Escritura e da Liturgia ao agressivo e premente poder das trevas (Cf. Lc 22, 53; Cl 1, 13).

O Diabo é o 'adversário número um', é o tentador por excelência. Sabemos, portanto, que este ser obscuro e perturbador existe realmente e que ainda atua com astúcia traiçoeira. É o adversário oculto que semeia erros e desgraças na história humana ... O 'Anjo Mau' é o homicida desde o princípio ... e o 'Pai da Mentira', como o define Cristo (Cf. Jo 8, 44-45); é o insidiador sofista do equilíbrio moral do homem. É ele o pérfido e astuto encantador que sabe insinuar-se em nós, através dos sentidos, da fantasia, da concupiscência, da lógica utopista, ou dos desordenados contatos sociais na realização de nossas obras para introduzir-lhes desvios, tão nocivos quanto, na aparência, conformes com as nossas estruturas físicas ou psíquicas, ou com as nossas profundas e instintivas aspirações". O mesmo pontífice afirmou que "A fumaça de Satanás está entrando pelas frestas da Igreja", ou seja, o Diabo e seus demônios não deixam de perseguir e atacar os membros da Igreja, sejam leigos ou clérigos, do mesmo modo ameaçador que tentou a São Pedro e os demais apóstolos (Cf. Lc 22, 31). Mas, os poderes infernais jamais prevalecerão contra a Igreja, em sua organização e doutrina (Mt 16, 18). Em sua providência, Deus não permite que sejamos tentados acima de nossas forças, de sorte que sempre podemos e devemos resistir aos demônios, como fez Cristo e nos exorta o apóstolo São Tiago (Cf. MT 4; Tg 4,7; 1 Cor 10,13. A doutrina ensina que os demônios procuram arrastar ao inferno as almas humanas, empregando para isto as tentações e as obsessões.

As tentações são más inspirações e ciladas armadas contra as almas dos homens, devido à natureza perversa dos homens, da qual os demônios se aproveitam. As obsessões são os tormentos sensíveis que os demônios exercem no corpos. Contudo, sabe-se pelos Evangelhos que , além das tentações ordinárias e obsessões malignas, pode haver raros casos de possessão diabólica (Mt 8, 28-32; 12,22), ou seja, um demônio se apodera da ação humana, tomando posse do corpo do homem, usando-o como instrumento para blasfêmias e maldições. A doutrina ensina que “A graça é a defesa decisiva contra os ataques dos demônios. O cristão deve ser militante; deve ser vigilante e forte, recorrendo às vezes a algum exercício ascético especial, para afastar determinadas invasões diabólicas. Jesus ensina isto, indicando como remédio a oração e o jejum (Cf. Mc 9,29) e a Igreja recomenda a confiante devoção de cada homem ao seu Anjo da Guarda.

O ‘Catecismo da Igreja Católica’ conclui que: “o poder de Satanás não é infinito. Satanás é uma simples criatura, poderosa, pelo fato de ser puro espírito, mas, de qualquer modo, criatura: impotente para impedir a edificação do Reino de Deus. Embora satanás exerça no mundo a sua ação, por ódio contra Deus e o seu reinado em Jesus Cristo, e embora a sua ação cause graves prejuízos – de natureza espiritual e indiretamente, também, de natureza física – a cada homem e à sociedade, essa ação é permitida pela Divina Providência, que com força e suavidade dirige a história do homem e do mundo. A permissão divina da atividade diabólica é um grande mistério. Mas, ‘nós sabemos que Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam’ (Rm 8, 28)”.

Suma Teológica

Santo Tomás de Aquino, na primeira parte de sua Suma Teológica, nas questões 50 a 115 trata dos Anjos, e nesta parte aborda a questão dos demônios, a saber:
  • Questão 58 (Do modo do conhecimento angélico) – Artigo 5: “Se no intelecto do anjo pode haver falsidade”;
  • Questão 59 (da vontade dos anjos) – Artigo 1: “Se nos anjos há vontade própria”;
  • Questão 59 – Artigo 3: “Se nos anjos há livre arbítrio”;
  • Questão 63 (Da malícia dos anjos quanto à culpa) – Artigo 1: “Se pode haver nos anjos o mal da culpa”;
  • Questão 63 – Artigo 2: “Se nos anjos pode haver somente os pecados da soberba e da inveja”;
  • Questão 63 – Artigo 3: “Se o Diabo desejou ser como Deus”;
  • Questão 63 – Artigo 4: “Se alguns anjos são naturalmente maus”;
  • Questão 63 – Artigo 5: “Se Lúcifer, no primeiro instante da sua criação foi mau por culpa da própria vontade”;
  • Questão 63 – Artigo 6: “Se mediou algum tempo entre a criação e a queda do anjo”;
  • Questão 63 – Artigo 7: “Se o Anjo supremo, dentre os que pecaram, era o supremo de todos”;
  • Questão 63 – Artigo 8: “Se o pecado do primeiro anjo foi a causa dos outros pecarem também”;
  • Questão 63 – Artigo 9: “Se mais anjos pecaram do que preservaram”;
  • *Questão 64 (Da pena dos demônios) – Artigo 1: “Se o intelecto dos demônios ficou entenebrecido pela privação do conhecimento de toda a verdade”;
  • Questão 64 – Artigo 2: “Se a vontade dos demônios está obstinada no mal”;
  • Questão 64 – Artigo 3: “Se há dor nos demônios”;
  • Questão 64 – Artigo 4: “Se o nosso ar é o lugar da pena do demônios”;
  • Questão 109 (Da ordem dos anjos maus) – Artigo 1: “Se há ordem nos demônios”;
  • Questão 109 – Artigo 2: “Se entre os demônios há superiores
  • Questão 109 – Artigo 3: “Se nos demônios há iluminação”;
  • Questão 109 – Artigo 4: “Se os bons anjos têm superioridade sobre os maus”;
  • Questão 114 (do ataque dos demônios) – Artigo 1: “Se os homens são atacados pelos demônios”;
  • Questão 114 – Artigo 2: “Se tentar é próprio de Lúcifer”;
  • Questão 114 – Artigo 3: “Se todos os pecados procedem da tentação de Lúcifer”;
  • Questão 114 – Artigo 4: “Se os demônios podem seduzir os homens com milagres verdadeiros”;
  • Questão 114 – Artigo 5: “Se o demônio vencido fica por isso impedido de atacar”.

Aparência


A queda do Diabo, segundo Gustave Doré.
Existem várias imagens de um Anjo Caído, algumas muito parecidas com a de um "Anjo Luminoso". Entre elas, podemos citar: um homem com grandes e negras asas de morcego; um anjo sem a sua auréola e com as asas de penas negras; um homem com a metade direita com asas de anjo e a metade esquerda com asas de demônio, um anjo bom com uma asa quebrada e até mesmo como um anjo comum, porém sem o carisma e a graça angelical deste.

Referências musicais

Há letras de músicas que citam Anjo Decaído. Uma das mais famosas mas no entanto longe de ser a única que aborda o assunto tão explicitamente é a Sympathy for the Devil da banda inglesa Rolling Stones. Nesta música o anjo decaido era no Céu como um grande maestro que conduzia a orquestra de Deus. Zeca Baleiro cita na música Heavy metal do senhor, uma banda do diabo formada por anjos decaídos. Há também a música da consagrada banda de Heavy Metal Inglesa Iron Maiden "The Fallen Angel" que aborda a história da rebeldia de Azazel e sua cobiça pelo paraíso.

Livros

Há também alguns livros, cujo história são entorno de Anjos caídos. Os livros mais famosos são:

 Fonte:
Wikipédia, a enciclopédia livre.