sábado, 15 de junho de 2013

AS 12 FASES DA GRANDE OBRA ALQUÍMICA : Vitor Manuel Adrião



Sinfonia N.6 Pastoral- 44m


AS 12 FASES DA GRANDE OBRA ALQUÍMICA 
Vitor Manuel Adrião

A Alquimia laboratorial ou metálica que opera directamente com a substância dos elementos químicos da Natureza, consiste em operar sobre a Matéria-Prima ou Substancial dos mesmos eliminando ou separando as suas impurezas físicas (morte) deixando-os purificados e reunidos (ressurreição) através do Mercúrio e do Enxofre (Alma e Espírito) agindo sobre o Sal (Corpo), fixando assim os elementos voláteis ou etéreos na matéria purificada com os quais, por doze fases graduais, vai se formando a Pedra Filosofal, sinónima de Iluminação da Matéria pela libertação do Espírito encarcerado nela.

Essas doze fases ou processos da Grande Obra alquímica interligadas entre si, de maneira sucinta para não complicar e confundir o leitor menos habituado ao pensamento e linguagem do Hermetismo, são as seguintes em três etapas distintas cada uma com quatro fases :

Nigredo, “Obra Negra” – Dissolução e putrefacção da matéria.

Calcinação – Constitui a purificação do primeiro material sólido pelo fogo, sem contudo diminuir o seu teor de água (com o nome de "orvalho") para que fique calcinado e não em cinzas. O seu símbolo é um leão, indicativo de força e luz solar, visto na iconografia alquímica junto ao operador que mantém o fogo equilibrado com a água, e também a figura do dragão em chamas.

Solução ou Dissolução – A matéria sólida é transformada, dissolvida em líquida, desaparecendo nesse solvente assim se tornando a “dissolução filosófica” em que essa água é o próprio Mercúrio que solve ou absorve a essência do elemento químico diferenciado integrando-a ao seu estado indiferenciado original, ou seja, a Matéria-Prima ou Substância Universal. O símbolo desta etapa é um homem coroado (o Adepto da Arte Real) banhando-se num lago (as “águas mercuriais”) expressivo do mergulho dentro de si mesmo.

Separação – Tal como o Espírito é distinto da Alma, assim também o Mercúrio como elemento externo é separado do Enxofre que ele contém, e graças a um calor adequado coagula a si mesmo por um processo secreto (Secretum Secretorum) só conhecido dos Alquimistas e que vem a ser a linha divisória entre a Alquimia e a Química. Esse processo consiste, metaforicamente, em canalizar ou capturar para o interior de um balão de vidro (chamado "ovo filosófico") um raio de Sol, condensando-o, aprisionando-o hermeticamente fechado e alimentado com o fogo da retorta. A Terra, elemento sólido, fica por baixo enquanto o Espírito sobe. Concluída correctamente esta etapa, pode-se ver a formação de uma estrela (chamada "arco-íris" ou "cauda de pavão") dentro do balão. Esta fase fica assinalada pelo símbolo da estrela resplandecente, e também pela espada de um cavaleiro iconográfico.

Putrefacção – O calor mata os corpos sólidos no fundo do vaso e a putrefacção acontece, surgindo uma cor escura, negra, motivo porque é representada por dois corvos (um indicando a calcinação e outro a putrefacção), e ainda pelo esqueleto da morte carregando a foice e também por um mouro ou só pela sua cabeça enegrecida decepada.

Albedo, “Obra Branca” – Purificação da matéria pela substância “líquida”.

Conjunção – Cientes de si mesmos, a Alma e o Espírito, o Mercúrio e o Enxofre são novamente unidos. Toda a operação é realizada no mesmo recipiente, estando o balão ou frasco hermeticamente fechado. Por representar a “Núpcia Hermética” esta fase é simbolizada por um Rei (Espírito, Sol) e uma Rainha (Alma, Lua) de mãos enlaçadas.

Coagulação ou Congelação – Nesta fase aparece uma coloração esbranquiçada no crisol aquecido por um lume brando que promove mudança da matéria. Trata-se do processo de resfriamento que leva um líquido a solidificar-se, onde o sólido dissolvido num solvente reaparece quando este é evaporado. Trata-se da devolução à Terra do seu elemento devidamente purificado, tal qual acontece na ressurreição dos corpos. Por isto, esta etapa é representada por um Rei com o seu ceptro saindo ressuscitado do seu túmulo.

Cibação – Trata-se da adicção dos elementos químicos necessários à alimentação da matéria seca no crisol. É representada por um dragão ladeado pelo Sol e a Lua.

Sublimação – Nesta fase a matéria torna-se espiritual e o espírito material, ou seja, volatiza-se o fixo e fixa-se o volátil, sendo que ambos os processos dependem um do outro sem os quais não é possível volatizar (subtilizar) nem fixar (materializar), tendo papel dominante o elemento Ar como princípio de sublimação do Espírito e da Matéria por ser a etapa em que o vapor se solidifica e se eleva a matéria seca através do calor. Relata-se que esta etapa tem uma duração de quarenta dias. A sua representação iconográfica tamnto pode ser uma pomba descendo no crisol como uma águia subindo do crisol, dentre outras representações como a de um ancião deitado com uma pomba por cima e uma águia pousada no seu ventre, tendo por cima os símbolos astrológicos dos sete planetas tradicionais (Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vénus, Saturno).

Rubedo, “Obra Vermelha” – Estágio em que se fabrica a Pedra Filosofal.

Fermentação – É a reacção espontânea de um corpo orgânico à presença de um corpo que o decompõe, sendo também o processo de transformação química acompanhado de efervescência da natureza da produzida pelo fermento ou semelhante a ela. Nisto, na demanda da fábrica do alquímico, é costume adicionar-se ouro para tornar o já existente mais activo, posto que “a Natureza reproduz-se da própria Natureza”. São símbolos da fermentação as imagens do hermafrodita e do tonel de vinho que alguns substituem pela figura do deus Baco ou Dionísio.

Exaltação – É o processo semelhante à sublimação, uma espécie de ressublimação ou exaltação espiritual e também química marcada pela presença do ouro e do mercúrio. É assinalada pelas imagens do deus Júpiter com as flechas de fogo e pela sereia Melusina nisto indicando o “Mercúrio dos Filósofos”.

Multiplicação – Uma quantidade maior de energia calorífera é acrescentada nesta fase à matéria que aumenta em poder e não em quantidade. Esta matéria vem a tornar-se o “pó de projecção” necessário à transmutação dos metais impuros em ouro puro. Marca o início da aparição da Pedra Filosofal na sua forma primitiva. A Bíblia retrata esta fase no milagre da “multiplicação dos pães” por Cristo, sendo as suas alegorias iconológicas o lago com as águas da “eterna juventude” e uma cabra no cimo do monte.

Projecção – Trata-se da aplicação final da Pedra Filosofal nos seus usos normais, como o da transmutação dos corpos metálicos, lançando a Pedra ou o seu pó, “pó de projecção”, no metal básico fundido para transmutá-lo em ouro. Dotada de coloração vermelha viva, purpurada, a Pedra dos Filósofos saída do Sal Sublimado que é a Quintessência da Matéria, é representada por um Menino coroado – descendente do Rei e da Rainha, Sol e Lua, Enxofre e Mercúrio – que é o divino Delfim, ora vestido de branco imaculado, ora trajando de púrpura luminoso. Representa a revelação do Espírito na Matéria, consequentemente, a Iluminação dos Corpos pela Essência Divina, esta a derradeira meta dos verdadeiros Alquimistas. 


Esta fase é igualmente representada pelo ouriço-cacheiro e o Taça Sagrada que os antigos cavaleiros de demanda espiritual chamavam Santo Graal.
A Taça da Vida - O Santo Graal
Radeir- ost. 2006

Tudo isso sucintamente, por os símbolos que retratam as realidades efectivas multiplicarem-se por outros tantos gerando complexidades filosóficas e químicas absolutamente dispensáveis para o leitor comum para quem estes temas são absolutamente estranhos, ainda por cima com o crivo mais que errado de não passarem de “superstições e fábulas”, mesmo sabendo-se que a Química moderna é filha directa da Alquimia cuja origem perde-se na noite dos tempos. 

“Lusophia - Vitor Manuel Adrião”

(Cada Iniciação é acompanhada por música celestial, a música que Beethoven trouxe para a Terra e traduziu para os humanos nas Nove Sinfonias. Quando o ser alcança o exaltado lugar da Nona Iniciação,ele chega à mais alta fase das Iniciações. Torna-se um Adepto. Então, ele é capaz de chegar à presença do Senhor Cristo e receber  Sua suprema bênção.)
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AS NOVE SINFONIAS DE BEETHOVEN




 Beethoven - Sinfonia N.9 in  D minor Op 125 - 80m


Corinne Heline
AS NOVE SINFONIAS DE BEETHOVEN
Correlacionado com os Nove Mistérios Espirituais
Fraternidade Rosacruz Max Heindel
Centro Autorizado do Rio de Janeiro

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AS NOVE SINFONIAS DE BEETHOVEN
Correlacionado com os Nove Mistérios Espirituais
Corinne Heline


BEETHOVEN -O HOMEM
O que segue é a descrição de Beethoven por um amigo do grande compositor, transcrito por Ernest Newman em seu livro intitulado O Inconsciente Beethoven:
Um grupo de amigos estava em um restaurante quando Beethoven entrou. Era um homem de média estatura com cabeça leonina, cabeleira comprida e grisalha, e olhos brilhantes e penetrantes. Ele se moveu como num sonho e sentou-se com olhar atordoado. Ao falarem com ele, levantou suas pálpebras como uma águia que acorda assustada e esboçou um sorriso triste. De vez em quando, tirava um livro de seu casaco e começava a escrever. Um dia, alguém perguntou o que ele estava escrevendo


: “Ele está compondo, mas escreve palavras e não notas musicais. A arte tornou-se uma ciência com ele e ele sabe o que pode fazer. Sua imaginação obedece à sua insondável reflexão.”


Para um amigo íntimo, Beethoven uma vez descreveu seu método de trabalho:


 “Eu carrego minhas idéias comigo por longo tempo antes de escrevê-las. Minha memória é tão precisa que tenho a certeza de não esquecer um tema que me vem à mente mesmo no decorrer de vários dias. Eu o altero muitas vezes até ficar satisfeito, e, então, começa o trabalho em minha cabeça; e já que estou consciente do que quero, a ideia fundamental nunca me abandona; ela sobe, ela cresce. Eu vejo diante de minha mente a imagem em toda a sua extensão, como se estivesse numa simples projeção e nada deixa de ser feito a não ser o trabalho de escrever.

Isto caminha de acordo com o tempo que tenho para escrevê-la, pois, às vezes, tenho vários trabalhos para fazer ao mesmo tempo, mas nunca confundo um com outro”.

“Beethoven foi mais do que um simples músico. Foi um super homem... Sua riqueza de idéias o coloca ao lado de Shakespeare e Miguelângelo na
história do espírito humano... Suas sinfonias são para ele o que o Sermão da
Montanha é para a vida de Jesus; suas sonatas são a luta interna de Jesus no Jardim de Getsêmani.”
-
Edmond Bordeaux em LUDWIG VON BEETHOVEN

“Beethoven foi o Titã do mundo musical. Outros músicos famosos podem ser comparados uns com os outros,mas Beethoven não tem comparação. Ele está sozinho. Ele foi o Prometeus que foi erguido para trazer para nós a música espiritual do céu  –música que cativa e encantará a humanidade enquanto o mundo existir. Este foi Beethoven. “

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P R Ó L O G O
“Diante da Sinfonia de Beethoven, nós estamos frente a um marco de um novo período na história da arte universal, pois,através dela, apareceu um fenômeno raríssimo no mundo da arte musical de todos os tempos.”
Richard Wagner
LUDWIG VON BEETHOVEN nasceu em Bonn, Alemanha, em 16 de dezembro de 1770.


 Ele veio à Terra com uma missão definida. Citando as palavras de Johan Herder em seus estudos filosóficos da História da Humanidade
:
“Deus age sobre a Terra por intermédio de homens superiores escolhidos.”


Beethoven não nasceu para uma vida de facilidade e felicidade. Como a maioria das almas avançadas, desde a juventude, ele foi “um homem cheio de tristeza e familiarizado com a desgraça”, pois geralmente estava em pobreza desesperadora, cercado de pessoas incompatíveis e ambiente desarmônico. Ele disse para si mesmo:


“Eu não tenho amigos, tenho que viver só; mas sei que em meu coração Deus está mais perto de mim do que de outros. Eu me aproximo d’Ele sem medo e sempre O conheci. Também não estou preocupado com minha música, que possa ser levada por um destino adverso, pois ela libertará aquele que a compreenda da miséria que aflige outros”.


O gênio musical de Beethoven tornou-se evidente muito cedo. Ainda bem jovem, ele foi mandado para Viena onde estudou por algum tempo. Fez sua primeira apresentação naquela cidade em 1795, tocando seu concerto para piano em si bemol maior.


“Na meia idade”, escreve Charles O’Connell no livro V
ictor Book of the Symphony, “ numa época em que o republicanismo era uma traição, ele ousou ser republicano mesmo quando recebia o apoio de cortesãos e príncipes. Quando ser liberal era ser herege, ele viveu uma grande religião de humanista sem desrespeitar a ortodoxia estabelecida. Quando aristocratas perfumados olhavam de esguelha sua figura atarracada, de maneiras grotescas,traje ridículo, ele reagia rispidamente à mesquinhez.
Grande demais para ser ignorado,pobre demais para ser respeitado, excêntrico demais para ser amado, ele viveu, uma das mais estranhas figuras
em toda a história.


“A tragédia o seguiu como um cão. Ficou surdo e seus últimos anos foram vividos num vazio de silêncio. Silêncio! De onde tirava os sons que o mundo todo adorou ouvir e ele deve ter ouvido antes de todos!”


No início da civilização, os Mistérios foram instituídos com o propósito de ensinar à humanidade suas faculdades e poderes latentes ,de modo a se capacitar para investigar a vida e o trabalho do astral superior, veículos mental e espiritual que pertencem ao homem e à Terra.


Muitos clássicos literários contêm informação relativa aos Mistérios, por exemplo, a Divina Comédia de Dante e o Paraíso Perdido e Recuperado de Milton. Beethoven os descreveu musicalmente em suas Nove Sinfonias.


O caminho da Iniciação conduz a uma investigação das maravilhas e glórias que pertencem aos planos internos deste planeta.O homem é muito mais do que um corpo como é visto pelos olhos físicos. Ele é composto de outros veículos sutis que o interpenetram e também se estendem além da periferia do corpo físico. Assim,também a Terra está composta de mais que um globo físico. Ela tem veículos que a interpenetram e que se estendem para o espaço a dentro. Por meio da Iniciação, o homem se torna ciente de seus corpos mais sutis e de suas funções e adquire conhecimento dos vários veículos da Terra e de suas funções.
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Durante o século XIX, espíritos evoluídos reencarnaram para trazerem à compreensão vários conceitos de verdade espiritual relativos à Iniciação
-
conceitos que foram deixados de lado e esquecidos durante os séculos
do materialismo que envolveu o mundo. Estas verdades eram para serem revividas por aqueles que as aceitassem,de modo que pudessem ser fortalecidas e preparadas para os árduos e trágicos dias do século XX.


Richard Wagner, outro grande músico Iniciado, entendeu e apreciou a grande missão de Beethoven no mundo.


Ele percebeu o sublime significado interno e o êxtase da alma na Nona Sinfonia. Ele a considerou a suprema dádiva musical para a humanidade. Quando construiu seu lindo santuário da música em Bayreuth, ele a inaugurou com as cordas imortais da celestial Nona de Beethoven.
Berlioz escreveu sobre a Nona Sinfonia: “Qualquer coisa que se possa dizer desta sinfonia, o fundamental é que,quando terminou seu trabalho e contemplou a grandiosidade do monumento que tinha acabado de erguer,Beethoven deve ter dito a si mesmo: 


` Deixe a morte vir agora,minha tarefa está cumprida ‘.”

A culminância do trabalho de Beethoven foi alcançada nas suas nove sinfonias. Ele começou a primeira quando o mundo estava no limiar
do século XIX. A Primeira Sinfonia foi escrita em 1802. A nona e última foi completada e dada ao mundo em 1824. Com esta sublime composição, sua missão terrestre se aproximava de sua conclusão gloriosa. Seu chamado veio em 1827.


No seu mais alto aspecto, as Nove Sinfonias de Beethoven são uma interpretação musical dos passos iniciatórios conhecidos como os Nove Mistérios Espirituais. A primeira, a terceira, a quinta e a sétima são poderosas,vigorosas e imponentes, tipificando características masculinas centradas na cabeça ou no intelecto. A segunda, a quarta, a sexta e a oitava são gentis, graciosas, ternas e belas, tipificando as características femininas centradas no coração ou na intuição. Quando um aspirante passa através de vários passos iniciatórios dos Mistérios, ele aprende a equilibrar as forças da cabeça e do coração. Sua união é conhecida como o Casamento Místico. É este lindo rito que Beethoven descreve na sublime música da Nona Sinfonia.



Sinfonia N.1 in C major Op21 - Karajan /NYP - 24m
 Symphonie N.2 in D mayor Op36 - 35m

Symphonie N.3 - Eróica,Philippe Herrrwegh -52m

 

                                  Symphonie N.4 in B Flat Major - Op. 60 - 34m

Karajan 1948 -Beethoven Sinfonia N.5 -32m

Sinfonia N.6 in fá maior Op.68  Pastoral- 44m

 
Sinfonia N.7 em A maior Op 92 - 42m
Sinfonia N.8 op 93  - 26m
Orchestra Scarlatti della Rai di Napole
Cada Iniciação é acompanhada por música celestial, a música que Beethoven trouxe para a Terra e traduziu para os humanos nas Nove Sinfonias. Quando o ser alcança o exaltado lugar da Nona Iniciação,ele chega à mais alta fase das Iniciações. Torna-se um Adepto. Então, ele é capaz de chegar à presença do Senhor Cristo e receber
Sua suprema bênção.

http://www.fraternidaderosacruz.org/misterios.espirituais.pdf
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AS 12 FASES DA GRANDE OBRA ALQUÍMICA




Sinfonia N.6 Pastoral- 44m



AS 12 FASES DA GRANDE OBRA ALQUÍMICA 
Vitor Manuel Adrião
A Alquimia laboratorial ou metálica que opera directamente com a substância dos elementos químicos da Natureza, consiste em operar sobre a Matéria-Prima ou Substancial dos mesmos eliminando ou separando as suas impurezas físicas (morte) deixando-os purificados e reunidos (ressurreição) através do Mercúrio e do Enxofre (Alma e Espírito) agindo sobre o Sal (Corpo), fixando assim os elementos voláteis ou etéreos na matéria purificada com os quais, por doze fases graduais, vai se formando a Pedra Filosofal, sinónima de Iluminação da Matéria pela libertação do Espírito encarcerado nela.

Essas doze fases ou processos da Grande Obra alquímica interligadas entre si, de maneira sucinta para não complicar e confundir o leitor menos habituado ao pensamento e linguagem do Hermetismo, são as seguintes em três etapas distintas cada uma com quatro fases :

Nigredo, “Obra Negra” – Dissolução e putrefacção da matéria.

Calcinação – Constitui a purificação do primeiro material sólido pelo fogo, sem contudo diminuir o seu teor de água (com o nome de "orvalho") para que fique calcinado e não em cinzas. O seu símbolo é um leão, indicativo de força e luz solar, visto na iconografia alquímica junto ao operador que mantém o fogo equilibrado com a água, e também a figura do dragão em chamas.

Solução ou Dissolução
– A matéria sólida é transformada, dissolvida em líquida, desaparecendo nesse solvente assim se tornando a “dissolução filosófica” em que essa água é o próprio Mercúrio que solve ou absorve a essência do elemento químico diferenciado integrando-a ao seu estado indiferenciado original, ou seja, a Matéria-Prima ou Substância Universal. O símbolo desta etapa é um homem coroado (o Adepto da Arte Real) banhando-se num lago (as “águas mercuriais”) expressivo do mergulho dentro de si mesmo.

Separação
– Tal como o Espírito é distinto da Alma, assim também o Mercúrio como elemento externo é separado do Enxofre que ele contém, e graças a um calor adequado coagula a si mesmo por um processo secreto (Secretum Secretorum) só conhecido dos Alquimistas e que vem a ser a linha divisória entre a Alquimia e a Química. Esse processo consiste, metaforicamente, em canalizar ou capturar para o interior de um balão de vidro (chamado "ovo filosófico") um raio de Sol, condensando-o, aprisionando-o hermeticamente fechado e alimentado com o fogo da retorta. A Terra, elemento sólido, fica por baixo enquanto o Espírito sobe. Concluída correctamente esta etapa, pode-se ver a formação de uma estrela (chamada "arco-íris" ou "cauda de pavão") dentro do balão. Esta fase fica assinalada pelo símbolo da estrela resplandecente, e também pela espada de um cavaleiro iconográfico.

Putrefacção – O calor mata os corpos sólidos no fundo do vaso e a putrefacção acontece, surgindo uma cor escura, negra, motivo porque é representada por dois corvos (um indicando a calcinação e outro a putrefacção), e ainda pelo esqueleto da morte carregando a foice e também por um mouro ou só pela sua cabeça enegrecida decepada.

Albedo, “Obra Branca” – Purificação da matéria pela substância “líquida”.

Conjunção – Cientes de si mesmos, a Alma e o Espírito, o Mercúrio e o Enxofre são novamente unidos. Toda a operação é realizada no mesmo recipiente, estando o balão ou frasco hermeticamente fechado. Por representar a “Núpcia Hermética” esta fase é simbolizada por um Rei (Espírito, Sol) e uma Rainha (Alma, Lua) de mãos enlaçadas.

Coagulação ou Congelação – Nesta fase aparece uma coloração esbranquiçada no crisol aquecido por um lume brando que promove mudança da matéria. Trata-se do processo de resfriamento que leva um líquido a solidificar-se, onde o sólido dissolvido num solvente reaparece quando este é evaporado. Trata-se da devolução à Terra do seu elemento devidamente purificado, tal qual acontece na ressurreição dos corpos. Por isto, esta etapa é representada por um Rei com o seu ceptro saindo ressuscitado do seu túmulo.

Cibação – Trata-se da adicção dos elementos químicos necessários à alimentação da matéria seca no crisol. É representada por um dragão ladeado pelo Sol e a Lua.

Sublimação – Nesta fase a matéria torna-se espiritual e o espírito material, ou seja, volatiza-se o fixo e fixa-se o volátil, sendo que ambos os processos dependem um do outro sem os quais não é possível volatizar (subtilizar) nem fixar (materializar), tendo papel dominante o elemento Ar como princípio de sublimação do Espírito e da Matéria por ser a etapa em que o vapor se solidifica e se eleva a matéria seca através do calor. Relata-se que esta etapa tem uma duração de quarenta dias. A sua representação iconográfica tanto pode ser uma pomba descendo no crisol como uma águia subindo do crisol, dentre outras representações como a de um ancião deitado com uma pomba por cima e uma águia pousada no seu ventre, tendo por cima os símbolos astrológicos dos sete planetas tradicionais (Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vénus, Saturno).

Rubedo, “Obra Vermelha” – Estágio em que se fabrica a Pedra Filosofal.

Fermentação – É a reacção espontânea de um corpo orgânico à presença de um corpo que o decompõe, sendo também o processo de transformação química acompanhado de efervescência da natureza da produzida pelo fermento ou semelhante a ela. Nisto, na demanda da fábrica do alquímico, é costume adicionar-se ouro para tornar o já existente mais activo, posto que “a Natureza reproduz-se da própria Natureza”. São símbolos da fermentação as imagens do hermafrodita e do tonel de vinho que alguns substituem pela figura do deus Baco ou Dionísio.

Exaltação – É o processo semelhante à sublimação, uma espécie de ressublimação ou exaltação espiritual e também química marcada pela presença do ouro e do mercúrio. É assinalada pelas imagens do deus Júpiter com as flechas de fogo e pela sereia Melusina nisto indicando o “Mercúrio dos Filósofos”.

Multiplicação – Uma quantidade maior de energia calorífera é acrescentada nesta fase à matéria que aumenta em poder e não em quantidade. Esta matéria vem a tornar-se o “pó de projecção” necessário à transmutação dos metais impuros em ouro puro. Marca o início da aparição da Pedra Filosofal na sua forma primitiva. A Bíblia retrata esta fase no milagre da “multiplicação dos pães” por Cristo, sendo as suas alegorias iconológicas o lago com as águas da “eterna juventude” e uma cabra no cimo do monte.

Projecção – Trata-se da aplicação final da Pedra Filosofal nos seus usos normais, como o da transmutação dos corpos metálicos, lançando a Pedra ou o seu pó, “pó de projecção”, no metal básico fundido para transmutá-lo em ouro. Dotada de coloração vermelha viva, purpurada, a Pedra dos Filósofos saída do Sal Sublimado que é a Quintessência da Matéria, é representada por um Menino coroado – descendente do Rei e da Rainha, Sol e Lua, Enxofre e Mercúrio – que é o divino Delfim, ora vestido de branco imaculado, ora trajando de púrpura luminoso. Representa a revelação do Espírito na Matéria, consequentemente, a Iluminação dos Corpos pela Essência Divina, esta a derradeira meta dos verdadeiros Alquimistas. Esta fase é igualmente representada pelo ouriço-cacheiro e o Taça Sagrada que os antigos cavaleiros de demanda espiritual chamavam Santo Graal.

Tudo isso sucintamente, por os símbolos que retratam as realidades efectivas multiplicarem-se por outros tantos gerando complexidades filosóficas e químicas absolutamente dispensáveis para o leitor comum para quem estes temas são absolutamente estranhos, ainda por cima com o crivo mais que errado de não passarem de “superstições e fábulas”, mesmo sabendo-se que a Química moderna é filha directa da Alquimia cuja origem perde-se na noite dos tempos.

VMA

“Lusophia - Vitor Manuel Adrião”


(Cada Iniciação é acompanhada por música celestial, a música que Beethoven trouxe para a Terra e traduziu para os humanos nas Nove Sinfonias. Quando o ser alcança o exaltado lugar da Nona Iniciação,ele chega à mais alta fase das Iniciações. Torna-se um Adepto. Então, ele é capaz de chegar à presença do Senhor Cristo e receber  Sua suprema bênção.)
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