sexta-feira, 28 de junho de 2013

REFLEXÃO SOBRE DEUS com SOHAM Jñana - Vídeo 01





SOHAM Jñana

Citações do autor

“O meu arco tenho posto nas nuvens, e ele será por sinal de haver um pacto entre mim e a terra”. Este foi o sinal da aliança com que, simbolicamente (não literalmente), Deus prometeu não mais destruir o mundo (dualidade) pelas águas (amor humano). A partir de então, o mundo só se consumiria pelo fogo, o fogo do Amor Divino, que, ao subir ao coração do homem, rasgará os véus da ilusão da separação; sendo que, esse fogo, se alumiará e se propagará, através dos corações, pelo sopro do Espírito Santo.
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De há uns anos para cá, os dias têm voado mais rápido do que nunca, o universo parece ter pressa de chegar ao “dia que nem o filho sabe”, ao dia que antes do mundo ser mundo, já dele Deus tinha Saudade.
Não sabemos quando, não sabemos como, mas sabemos que esse dia será. Não será como a mente possa imaginar, nem será como o coração possa acalentar, nem sequer como a alma possa alcançar…
É a ele que Jesus se referia quando dizia que: “Não tardará a perguntar o ancião dos dias a uma criança de sete dias pelo lugar da vida e viverá, porque muitos dos primeiros se farão últimos e serão um único”. Nesse lugar em parte alguma nesse dia em tempo nenhum, tudo se dará num nada ocorrer…
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Quando vimos ao mundo trazemos códigos de Alma para nos guiar em nossa missão de vida, como lembretes do real propósito de estarmos neste lugar de passagem que chamam de vida.
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As mentes estão repletas de conceitos de pecado, de moral, do que se deve e não deve, do que se pode e não pode… Paulo falou tanto de pecado, do proibido e do autorizado, do bem e do mal (segundo sua bitola), enquanto Jesus apenas falava de Amor, de serviço, de entrega, e, nas poucas vezes que usou a palavra pecado, era apenas para dizer que eram perdoados.
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Lealdade, fidelidade, responsabilidade… me soam a palavras que servem bem para definir como um cachorro deve ser para um dono. São também palavras que os homens que gostam de manipular os homens usam, mas não praticam e os que praticam são usados e manipulados. Leal só a Deus, fiel só ao seu Chamado, responsabilidade só do meu servir, não do seu resultado que a Deus pertence. Que importa a dignidade na sociedade se a sociedade é indigna diante de Deus?
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Quem não enxerga a Alma do seu irmão não enxerga seu irmão.
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O Amor do Pai não é exclusivo, mas inclusivo, ele não rejeita nenhum Amar, mas sublima a todos em seu Amor Divino (Incondicional, Infinito e Absoluto). Assim sendo, o amor fraternal, e não só, nada é se não for transcendido nesse Amar. Esse Amar é o Amar onde todas as formas de amar, uma vez transcendidas se tornam um só Amar.
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A vontade do Pai não se pode sobrepor ao nosso livre-arbítrio, a menos que não mais tenhamos livre-arbítrio porque nos entregamos totalmente e sem condição ao Chamado do Pai.
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No domínio da Alma não há mais o tu e o eu, o aqui e o ali, apenas o que é de Deus.
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Quando um coração sincero procura por Deus, Ele costuma responder para além do que pedimos, por isso digo que devemos ter cuidado com o que pedimos a Deus porque quando lhe pedimos Ele mesmo, Ele dá Ele mesmo, através de sua essência de Amor que se torna realidade em nossas vidas, e essa experiência costuma ser avassaladora e não deixar pedra sobre pedra no mundo que era nosso até então.
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A verdade que se conhece é externa, adquirida, relativa. A verdade que se reconhece, porque sempre foi nossa, apenas tinha sido esquecida, essa é interna, e porque sempre existiu e existirá em nós é também absoluta.
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Os homens ficariam surpresos e incrédulos se soubessem que, em verdade, toda a mensagem espiritual do homem Jesus (o histórico e não o inventado da fé cristã) coloca a Salvação, o resgate da ilusão da separação, no coração da mulher, no sagrado feminino, e pede ao homem de se tornar um ser espelho desse sagrado. O poder nunca esteve, nem estará, na força, no conhecimento, nas riquezas, na posse… mas sim no Amar Incondicional, Infinito e Absoluto.
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A essência do mundo, dos universos, de tudo é a essência de Deus: Amor, por isso você experiencia a sensação de que o mundo cabe em seu coração, pois sua capacidade de Amar é tão infinita como o mundo.
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Aquele que foca a luz sobre os demais é luz, mas quem a foca sobre si mesmo nada mais é que um alienado que se julga iluminado.
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A autenticidade de quem somos é algo que só a Alma reconhece na Alma, pois, tudo o demais que reveste nosso ser são ilusões das formas, dos sentidos, da mente (que mente) e da individualização. Afinal, tal como existe Deus para além de Deus existe o SOU para além do SER.
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Ninguém adentra de verdade (de forma perene) num coração se não for através da Alma. Os que tentam entrar num coração através da mente, dos sentimentos ou do corpo, acabam, mais cedo ou mais tarde, por serem rejeitados pelo coração quando o coração se lhes descobre a mentira, a ilusão, a humanidade, o amar condicional, finito e relativo.
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O tempo é uma ilusão que depende de outra ilusão sem a qual não existiria tempo: o espaço.
O espaço é uma ilusão que depende de outra ilusão sem a qual não existira espaço: a dualidade, o aqui o ali e o entre os dois.
A dualidade é uma ilusão que depende de outra ilusão sem a qual não existiria dualidade: a separação, o eu e o tu, o eu e os outros que não eu, o eu e o algo que não eu.
A separação é uma ilusão que depende de outra ilusão sem a qual não existiria separação: o medo.
E, por fim, o medo é uma ilusão que depende de outra ilusão sem a qual não existiria medo: a ilusão de que possa existir algo mais do que Amor, algo mais do que Deus.
Se, para nós que, imersos na ilusão, experienciamos o tempo, como: passado – presente – futuro. Para Deus, que É Tudo o que é (inclusive o que não é, seja lá o que isso for), todo o tempo é uma forma de: Antes de ser, já era, uma forma de movimento em repouso, ou uma manifestação no seu eterno estado de potencialidade no imanifesto. Como todas as sinfonias do mundo se encontram no estado de potencialidade no silêncio.

Quando se está em estado de unção (messiânico) – que é um estado de união consciente com Deus em nós – acede-se ao eterno Agora de Deus onde todos os tempos, todos os lugares… são simultâneos e interdependem uns do outros sem sequência (tempo e ilusão). Aí percebe-se que todo o passado é tão pai do futuro como filho dele, percebe-se que o futuro, que em Deus que não está sujeito ao tempo, mas a quem todo o tempo está sujeito em sua ilusão, já ocorreu. Essa ocorrência futura para o homem, mas intemporal para Deus, é o que chamo de Saudade do futuro. O futuro em todas as suas gamas de infinitas possibilidades… em Deus… já ocorreu sem tempo, num “antes de ser, já era”.
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Importa que não deixemos a vida passar por nós, mas que nós passemos por ela, nunca esquecendo o real propósito da nossa passagem por cá, nossa missão de Alma: Sermos cálices vivos para Deus neles derramar o que nunca subiu ao coração do homem: Amor Divino.
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Tudo pode ser sinal ou revelação desde que não procuremos que sejam. Quando o são realmente eles forçam a nossa observação e nunca nos apontam para onde ir ou não ir (seria interferir no nosso livre-arbítrio), apenas nos mostram onde estamos no momento em que se nos manifestam. Mas saber onde se está, momento a momento, ainda que não nos ajude a caminhar, nos permite conhecer o quanto ainda estamos longe ou perto do “lugar da vida”.
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O céu não é mais o limite para o pássaro, nem Deus para a Alma… parar só em Deus para além de Deus.
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Quando você está em estado de união consciente com Deus em si, você está ungido, ou seja, em estado de consciência messiânica. Quando você consegue que este estado se transforme no seu estado natural de ser, você está no mundo não sendo mais do mundo, você está pronto para servir o Chamado de Deus.
Você veio ao mundo para, nele, responder ao Chamado de Deus, servindo seus desígnios, servindo para o resgate de tudo e todos da ilusão da separação, se tornando parte do Cálice onde Deus irá derramar no mundo sua essência de Amor: Incondicional, Infinito e Absoluto, algo que nunca subiu ao coração do homem.
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O que é de Deus se cumpre ao serviço de Deus, seja o que for, como for, quando for… se for. Nada está condicionado a nada, tudo é o que é, sem expectativas nem receio, sem querer nem rejeitar… apenas com Amar do Amar de Deus: Incondicional, Infinito e Absoluto.
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Deus é amor, e o amor não é qualquer coisa de Deus: ele é o próprio Deus em essência manifesta. Todo aquele que procura atingir o estado de união consciente com Deus nele (estado de ungido) acaba por sentir o que tão bem exprimiu Guillaume de Saint-Thierry: “Senhor, eu estou certo de ter em mim o desejo de te desejar e o amor de te amar… Tu fizeste-me progredir até aqui: desejar desejar-te e amar amar-te. Mas o que é que eu amo assim, eu não sei. O que é amar o amor, desejar o desejo? Quando eu amo o amor, não é o amor que eu amo, mas é Deus presente no amor do meu amor.”
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Sempre que estamos na dúvida de como lidar com uma situação devemos pensar e nos questionar: “Que faria o Amor agora?” Claro que não estou falando do amor ao próximo nem do amor a nós mesmos, mas do Amor a Deus, que é serviço ao seu Chamado, aquilo que está fora do alcance de nossa mente e até mesmo de nosso coração e que só nossa Alma pode entender e discernir.
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Fim, só em Deus, lá onde tudo o que não acaba nunca começou, e onde tudo o que tem fim termina em seu começo.
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Tal como não se pode definir a Deus, porque isso seria limitar o Absoluto, também não se pode definir o Amor quando ele é essência de Deus em nós, e, ainda que nesta parte do todo não pareça ser possível caber o todo, sentimos que não pararemos de querer buscar esse algo – que não temos palavras para expressar nem conhecer, ainda, o que é – porque começamos a perceber que isso é a própria vida, e que, sem esse sentir que cresce em nós para o infinito, nada mais tem sentido, nada mais é vida… só morte.
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Nos caminhos de nossa vida temos encruzilhadas que ocorrem no máximo três vezes, em tempos, idades e formas diferentes, e é nesses momentos que nossa Alma nos manda um recado, um convite a recuperarmos nossa missão de vida. Isso, claro, é também um convite a despir as vestes com que nos vestimos, desconstruir os paradigmas que dão suporte às ilusões que nos levam pelos descaminhos da vida que pensamos serem caminhos para Deus. Porque onde, em nosso caminho, não houver Amor e só Amor (não o que os homens chamam de Amor) o chão que percorremos não estará nos levando de volta para casa, mas para a morte.
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Não somos deste mundo, somos do Pai, viemos do seu Reino e para ele vamos voltar com todos os nossos irmãos e irmãs, não só deste tempo como de todos os passados, presentes e futuros em Deus onde não há tempo. Existe uma missão de resgate e todos somos, como filhos e filhas do Pai, o Vivo, Chamados a tentar cumprir essa missão de Amor.
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Nós não somos o que vivemos, mas vivemos o que somos momento a momento. Felizmente podemos sempre nos tornar crianças e nascer de novo para quem realmente somos. E, se ainda assim, passados umas horas, uns dias, umas semanas, uns meses, uns anos, nos afastamos de novo de quem realmente somos, apenas basta nos perdoar, sorrir, e voltar a ser criança para nascer de novo para Deus. Esse era o sentido simbólico do batismo de João e de Jesus, perdoarmo-nos, deixar a água corrente levar o que não somos, e, como do meio do líquido amniótico de nossa mãe (mundo), nos permitir nascer de novo e ouvir a voz de Deus nos dizer: “hoje eu te gerei”.
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Nada é mau ou bom, o bem ou o mal não está naquilo que o homem vive ou faz, mas na consciência com a qual ele vive o que vive ou faz o que faz.
Assim sendo, dois seres unidos na carne pode ser sexo e libido ou uma união sagrada no Santo dos Santos em Amor e Oração. Só que, quem vive o Sagrado, sabe que nem sequer essa forma de Ser Amor tem maior nem menor valor que qualquer outra, como um olharque mergulha num olhar, uma mão que segura uma mão, a sentida presença do outro em nós ainda que na distância e na ilusória ausência… O verdadeiro Amor é Incondicional, Infinito e Absoluto.
Incondicional significa Amar o outro não como outro, nem como si mesmo, mas como todos os outros num só, inclusive ele e você. Significa Amar o outro sem motivos, Amar porque Ama, Amar o outro mesmo que ele não o saiba, mesmo que ele não lhe veja com esse olhar de Amor, mesmo que, mesmo que, mesmo que… A consciência com a qual se está presente no que se pensa, fala, escreve, faz (seja o que for), é que torna esse pensar, falar, escrever, fazer um reflexo do ser.
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Quando vimos ao mundo trazemos códigos de Alma para nos guiar em nossa missão de vida, como lembretes do real propósito de estarmos neste lugar de passagem que chamam de vida.
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O ser, no sentido carnal, é apenas uma roupa, uma veste efêmera que resulta da ilusão da separação em que a manifestação (mundo) está imersa. Mas quando você está no mundo sem mais ser do mundo o seu ser se despe e anda nu com a Alma liberta de qualquer encobrimento.
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A essência do mundo, dos universos, de tudo… é a essência de Deus: Amor (Incondicional, Infinito e Absoluto).
Por isso, por vezes experienciamos a sensação de que o mundo, o universo cabe em nosso coração, pois sua capacidade de Amar é tão infinita como o mundo, os universos e todas as suas dimensões (se as houver).
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“Kesivo VeChasima IHVH”
Deus é Amor e seu Amar contempla todos em todos os tempos, a questão nunca esteve em Deus dar sua benção e todas as suas graças, mas em o homem recebê-las. Porque enquanto o cálice interno do ser estiver repleto do que é do homem e do mundo, não terá como receber o que é de Deus.
Assim sendo, em vez de pedirmos que Deus abençoe o nosso próximo, deveríamos requestar para que o nosso próximo se despoje do dual para receber o uno, se despoje do que é do mundo para receber o que é de Deus em seu coração.
Jesus provavelmente diria ao seu próximo, em vez de “Deus lhe abençoe”: Kesivo VeChasima IHVH, que significa “Que você seja inscrito e selado para Deus”.
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Procuro viver uma entrega total àquilo que vem de Deus através da Alma. Escuto e procuro seguir os sinais do Pai, num “tanto faz” (o que for), desde que, o que for (seja o que for), venha de Deus e para Deus, e não do homem para o homem.
O que é de Deus se cumpre ao serviço de Deus, seja o que for, como for, quando for… se for.
Nada está condicionado a nada, tudo é o que é, sem expectativas nem receio, sem querer nem rejeitar… apenas com Amar do Amar de Deus: Incondicional, Infinito e Absoluto.
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No plano de Deus só sirvo, quem realiza é Ele, nós somos responsáveis de nosso servir, não do seu resultado.
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Deus tem um plano e você faz parte dele, esse plano não é para sua vida, mas sua vida é para esse plano.
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Saudade! Algo de tipicamente caraterístico dos Chamados de Deus. Uma saudade do futuro, de algo que em Deus (para quem não há tempo) já aconteceu e que de tão sagrado e divino ecoa pela eternidade em todas as direções e dimensões da manifestação do imanifesto, até ao âmago das almas de todos os tempos, passados, presentes e futuros.

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Meu querer já não tem voz e se perdeu há muitos anos, só o do Pai me importa, ainda que seu “querer” não seja um querer no sentido dos homens, afinal Deus nada quer, tudo É, e esse seu “tudo Ser” é Amor, e aí reside seu único querer, que não o é.
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Toda a vida que, de qualquer forma, é apegada ao mundo acaba por ser uma morte que se ignora.
O desapego que permite estar no mundo sem ser do mundo, não é aquele que comumente se fala, é algo que não deixa pedra sobre pedra quando surge em verdade. É o saltar do planalto do “Algo” para o abismo do “Nada”. Por isso Jesus dizia que não podia servir-se a dois mestres: a Deus e a César.
Muito mais Jesus disse para exemplificar a forma coerente de se viver esse desapego do mundo no mundo, mas quem acredita em suas palavras?
Em verdade os que se dizem amar a Jesus (seja lá quem eles consideram que ele seja ou tenha sido) com seus atos e suas vidas chamam a Jesus de mentiroso, ainda que tenham o coração e a boca cheios do seu nome e de suas palavras.
Então junto minha voz à pergunta de Fernando Pessoa: “Quem vem viver a verdade que morreu?”
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A mensagem de Jesus é clara: Não há redenção, nem salvação, nem retorno se não for pela, e através da, MULHER. Nesta Era do Espírito Santo em que nos encontramos, ela é a Nova Jerusalém, seu corpo o Templo Sagrado, e sua Alma o Santo dos Santos onde podemos ver e sermos visto de Deus… para além de Deus.
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O Deus que se teme é o Deus de Paulo.
O Deus que se Ama é o Deus de Jesus.
O Deus que se teme é uma criação do homem para manipular o homem.
O Deus que se Ama e cuja essência é Amor (Incondicional, Infinito e Absoluto) é a única realidade.
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Unifica, ó Israel; meus Senhores, é nosso Elevados, meus Senhores é UM! Amarás, pois, meus Senhores, teu Elevados, de todo o teu coração, de todo o teu ser, de toda tua intensidade. Dt 6, 4-9
Esta é a tradução correta ainda que possa soar estranho e parecer errada. Quem, neste caso, traduzir, adaptando para o senso comum, desvirtuará o propósito espiritual hermético do texto e impedirá o acesso ao seu sentido messiânico oculto. Por isso Jesus acrescentou: … e de todo o teu entendimento. Mt 22, 37; Mc 12, 30; Lc 10, 27.
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Jesus nos convida a tomar consciência da nossa unidade interior com a fonte de tudo e de todos. Ao adentrarmos nessa consciência, reconheceremos em nós a fonte da vida e, da mesma forma, seremos por ela reconhecidos. Uma vez que tomamos conhecimento do propósito da nossa vida em harmonia com os desígnios de Deus, tudo toma outro sentido, os véus da ilusão começam a cair um a um, e pouco a pouco se nos revela o rosto de Deus em oculto (uma metáfora para a verdade que sempre esteve diante de nossos olhar cego pela ilusão da separação).
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Uma amiga me fez interrogar se a morte de Jesus terá sido em vão. Não sei se sua morte foi em vão, no fundo até creio que, de certa forma, até foi. Mas estou convicto que sua vida não foi em vão. A morte e o mundo só atingiram seu corpo, as vestes da dualidade, mas esse corpo não era nem ele, nem dele… tal como nosso corpo não é nem nós, nem nosso. Mas para que a vida de Jesus não tenha sido em vão ainda assim cabe a cada um de nós procurar cumpri-la, preenchê-la, realizá-la, desempenhando a tarefa que ele nos deixou para concluir em seu nome. O desfecho dessa completude não nos pertence, apenas nos é pedido assumir: “por mim não falha!”
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Que importa termos a verdade se não somos verdadeiros?
“A verdade que temos” só consegue se tornar “a Verdade que somos” quando nos desapegamos de tudo e de todos, até de nós mesmos, para que, ao diminuir o eu, Ele cresça em nós, que já nada somos senão um instrumento de seus desígnios.
Por isso Jesus disse: “Eu sou a Verdade” em vez de dizer: “Eu tenho a Verdade”.

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Deus não precisa de pensamentos nem palavras, ele os conhece antes mesmo que nós tenhamos deles consciência. Deus não precisa de nada, nós é que precisamos de sermos coerentes conosco, ou seja, coadunar, harmonizar, conciliar nossos palavras com nossos pensamentos, e nossas ações com ambos.
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Por Amor e com Amor, Deus criou o homem e o paraíso. Por medo (ilusão de que possa haver algo mais que amor) e com medo, o homem criou o diabo e o inferno.
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Quando adentras no universo de união consciente com Deus em ti, percebes que não há retorno. A cada passo que fazes em direção ao horizonte que está gravado na tua alma como missão de vida, o chão atrás de ti desaparece. Só tens aquele onde tu estás a te sustentar e na tua frente o abismo. Se não temeres ao pôr o pé no abismo, o chão surgirá debaixo dele e aquele que tu pisavas desaparecerá, e assim por diante, até chegares ao lugar da vida.
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A única coisa que possuo é minha total entrega a Deus, esse despojo das coisas do mundo, essa riqueza feita da ausência de tudo o que não preciso, porque o que realmente preciso sempre tenho: o Amor Incondicional, Infinito e Absoluto por Deus, e em Deus por tudo e todos.
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Não vivemos a vida, nem somos vividos por ela. O que chamamos de vida é um grande equívoco da consciência. Seu palco espaço temporal é como uma bola de sabão que contém o infinito e a eternidade. O ar aprisionado nessa bola de sabão é nossa consciência que se julga separada do ar que está para além e que chamamos de Deus, ainda que haja um Deus para além dEle.
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Quem chega adiante no Caminho de volta para Casa e no serviço do Pai/Mãe não mais se prende ao Amor, ainda que por Amor, porque primeiro está o Amor a Deus, e é nele que podemos encontrar todas as demais formas de Amor.
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“O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de modo que, o Filho do homem até do sábado é Senhor” [Mc 2 27-28] eu acrescentaria: “As profecias foram feitas por causa do homem, e não o homem por causa das profecias; de modo que, o Filho do homem até das profecias é senhor.”
Se não fosse o ruído de nossas mentes distraídas por pós de pirlimpimpim disfarçados de insight espirituais haveria uma gargalhada cósmica quando todos percebessem o que Jesus disse a seus discípulos quando estes lhe perguntaram: “Em que dia será o repouso daqueles que estão mortos e em que dia virá o mundo novo?” e Jesus respondeu: “Aquilo de que estais à espera já chegou. Vós, porém não o reconheceis”.
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O que “une” ou “separa” é a Manifestação do Amor através do Olhar (consciência)!
O olhar humano separa. Ele é fruto da consciência dual que alimenta a ilusão da separação. O olhar humano sobre o Amor vê horizontalmente dois onde só há um. Por isso o “ser humano” faz amor para ter amor.
O olhar espiritual busca a união, pois ele é fruto de uma consciência dual que deseja transformar-se em consciência unificada e unificante. Esse olhar quer unir e procura pela manifestação do Amor Divino. O olhar espiritual sobre o Amor vê verticalmente amor espiritual, e clama pelo Amor Divino. Por isso o “ser Espiritual” ama “ora” (sabendo que os corpos são templos vivos) para, a si, chamar a experiência do Amor Divino.
O Olhar Divino é o olhar da consciência de Ungido, ele resulta de um estado de união consciente com Deus em nós. É o olhar que não o é, porque, não vendo o “algo” como “algo”, une. O Olhar Divino sobre o Amor vê Amor Divino e Unifica, o que ilusoriamente estava separado, rasgando os véus da ilusão da separação.
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Se Deus É Tudo O Que É, então A Sua Essência, seja Ela O que for, É Tudo O Que Há.
Se A Essência de Deus É Tudo O Que Há, então o que nos “separa” de Deus é a mesma coisa que nos “une” a Deus, pois outra coisa não há.
Essa “Coisa” ou, melhor dizendo, essa “Não Coisa” É AMOR.
Se nada mais há que AMOR, Essência de Deus (ou seja, de Tudo O Que É), como pode esse mesmo AMOR “separar” o homem de Deus ou “unir” o homem a Deus?
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O amor humano é uma grande contradição, é como se cada um fosse um ser (alma) numa jangada (corpo) no meio do mar (vida) e para sobreviver no meio de tanta água precisa beber (amar), porém, cada vez que bebe da única água disponível, a do mar, tem mais sede, e então bebe de novo ficando ainda com mais sede, e no fim da sua jornada no mar (vida) morre desidratado de tanto beber. Ou seja, morre de falta de amor de tanto amar.
A água que pode saciar a sede é outra.
Tal como a água da chuva, ela vem do céu (de Deus). A água que sacia a sede não é aquela que se recebe, mas aquela que se dá. Não é a que vem de fora, mas a que brota de dentro, perene e sempre disponível.
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Englobante surge como a primeira característica do conceito de Deus (e não de Deus em si) alcançável pelo intelecto. Duas outras características decorrem dessa: Dicotômico e Ubíquo, formando uma trindade conceptual do atributo de Deus.
Se a caraterística é trina, não menos trina é sua essência, não deixando de ser uma só: Amor [1Jo 4, 7-8, 12-13 e 16-21]. Não o Amor humano, mas sim o Amor Divino: Incondicional, Infinito e Absoluto.
Tudo o demais que venha a ser dito sobre o atributo ou essência de Deus será sempre redutor da Verdade Divina sobre a qual mais se fala, menos se diz e menos se pode dizer.
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Quando Jesus se referia às obras que eram necessárias, não eram as obras humanas versus espirituais, mas à grande missão da humanidade que é o rasgar dos véus da ilusão e a manifestação do Reino de Deus.
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Jesus não ignorava que todo o dualismo – um EU (sujeito/observador) e ALGO ou algos mais do que eu (objeto/observação) – implica um “não eu” e “não algo” englobante que integra o sujeito/observador e o objeto/observação, (re)orientando a reflexão para a totalidade que, por sua vez, implica a unicidade “ENGLOBANTE” que alguns chamam de “Deus Único” ou “UM”.
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A ilusão e a mentira não precisam ser destruídas, pois desmoronam sempre perante a verdade.
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Quando “chegar” a Deus, não tenciono parar; esse não é Deus, mas o UM, a partícula elementar de Deus. Passarei para além, em direção a Deus para além de Deus; e quando “chegar” a Deus não pararei, esse também não é Deus, é a sua semelhança. Então prosseguirei em direção a Deus para além de Deus, para além de Deus; e quando “chegar” a Deus não pararei, pois esse ainda não é Deus, mas tão só sua Imagem. Então prosseguirei até Deus, para além de Deus, para além de Deus, para além de Deus; e quando “chegar” a Deus perceberei que não tive caminho, nem nunca cheguei porque nunca saí… Apenas sonhei viajar no sopro de Deus, indo numa expiração e regressando numa inspiração.
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Não posso me deixar perturbar pelo sofrimento de nossos irmãos, porque isso me levaria a cometer o erro de querer remediar o matrix. Ora, a dualidade, ainda que melhorada, nunca deixa de ser dualidade. Muitos apregoam desejar o novo mundo de paz e amor, eu vejo isso como desejar uma era de amargura da felicidade, porque nós não somos feitos para a pobreza da felicidade, mas sim para a riqueza do êxtase. Há Deus para além de Deus, e é para além dele que eu quero regressar.
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Leme, para que te quero? Delongas, contratempos, contrariedades, imprevistos… por vezes nada mais são que formas de Deus nos indicar o rumo.
Mas nós teimamos e queremos as coisas ao nosso jeito, depois estranhamos que ao chegarmos onde queríamos não tenhamos cumprido o propósito de nossa Alma ao serviço dos desígnios de Deus.
O campo de batalha da dualidade está repleto dos corpos moribundos de “Chamados” e “Eleitos” que, apressados de chegar, convencidos do caminho, se perderam por falta de entrega do rumo de suas vidas aos ventos – contrários ou a favor – que Deus sopra em nossas vidas.
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Se todos somos Um, tu és o outro e o outro é tu. Por isso, em absoluto nem tu nem ele são, pois apenas Deus É. Assim como a existência inexiste fora de Deus, a inexistência também. O homem é um perfeito exemplo da existência dessa inexistência.
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Para Deus não há um dia mais santificado que outro. Para nós cabe santificá-los pela nossa manifestação de ser.
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Replicou-lhe Jesus: Todo o que procurar saciar sua sede com o Amor humano tornará a ter sede; mas aquele que saciar sua sede do Amor que eu anuncio nunca mais terá sede; pelo contrário, o Amor que eu consagrar, se fará nele uma fonte de Amor Divino (Incondicional, Infinito e Absoluto).
Interpretação de Jo 4, 13-14 por SOHAM Jñana
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A Alma recebe a missão de vida de santificar o humano.
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Deus, sendo tudo, contém nele o tempo e o espaço. Como tal, para Deus o tempo não é um decorrer, mas um eterno agora onde todos os lugares são em parte alguma e todos os tempos em tempo nenhum. Assim, o não agir do homem dentro do seu livre-arbítrio, não pode nunca ter, para Deus, por consequência, a não realização do plano Divino, mas tão só, para o homem, o retardar da consecução desse plano.
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Quem ama e adora Deus na mulher, não precisa ir a nenhum templo, porque então a mulher se torna templo vivo, seu corpo o sacrário e seu útero o Sanctum Sancturum (o Santo dos Santos) tal qual o recinto sagrado no Templo de Jerusalém, fechado por três lados e cuja única entrada estava coberta por um véu.
Separador 1
Se quiseres alcançar Deus deixa que Ele te conduza até ele.
Não irás a ele por ti mesma(o), nem mesmo com todo o teu amor humano.
Faze o contrário, te entrega a Ele, e ele te guiará.
Usa teu corpo para expressar teu amor a Deus, como os místicos o fazem em adoração.
E não busque teu prazer, pois assim só conseguirás ficar no nível mais baixo.
Olha nos olhos do homem (da mulher) com quem te deitas e sente apenas o Amor a penetrar em ti pelo olhar do olhar do outro em ti.
Faze isso sempre, transforma teu leito, prepara-te para o enlace Divino, mas não tentes agarrá-lo porque ele fugirá de ti.
O segredo está na entrega, sem expectativas, apenas em completa submissão.
Teu Ser reconhecerá o momento em que ambos estarão prontos para transcender e assim tornarem-se os dois uma só carne, um só espírito, uma só alma.
Até lá… Não tentes correr atrás do Divino porque não te podes tornar-te aquilo que já És, a menos que… Não sejas.
Separador 1
Enquanto a carne buscar matar a fome da carne, a alma não se fartará na alma e a sede insaciável do homem por Deus persistirá.
Separador 1
Deus secretamente ensina a Alma e a instrui em perfeição de Amor, sem que ela faça nada nem entenda como.
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Porque os caminhos traçados pelos homens são feitos para quem quer seguir, sem se interrogar, para os destinos que as placas no caminho nos querem fazer crer que levam, eu sigo o descaminho que leva para Deus. Separador 1
Português é todo aquele que nasceu em Portugal ou sua semente mesmo muito longínqua tenha sido portuguesa. Assim, o povo português no seu sentido amplo de Império, em que inclui muito particularmente o povo brasileiro, é destinado, caso se entregue a esse “Chamado” intemporal, a resgatar almas, livrando-as do cativeiro da ilusão da separação, despertando-as do sonho do Ser, para a realidade Una, do Sou. Deverá ser mediador de uma mensagem de Jesus, destinada a todos os homens e mulheres do mundo, para que renasçam na experiência do Amor pleno, unindo corpo, coração e alma para o Amor Divino, Incondicional, Infinito e Absoluto, o qual, ao se manifestar no ser é já a chave do regresso ao Reino dos Céus e condição para que o mundo se revele ou se torne o Império do Amor que os profetas dos tempos do fim anunciaram.
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As dúvidas são a única forma de se caminhar em direção a Deus. Elas são a sabedoria de um homem que reconhece humildemente sua ignorância e o único antídoto contra as loucuras dos homens.Aquilo que mais afasta o homem de Deus são as certezas, quaisquer que sejam, acerca de si mesmo e de Deus. Elas são o alimento do fanatismo.
Deus nos deu a Vida e nós a desperdiçamos tentando ganhá-la. Deus nos deu o seu Divino Amor para unificar as Almas sedentas do Absoluto, mas, nós nunca adentramos nele, porque, na busca da satisfação dos sentidos, preferimos o amor humano.
 
Jesus disse: “Quando vos conhecerdes sereis então conhecidos e sabereis que sois os filhos do Pai, o Vivo. Mas se não vos conhecerdes, então estareis na pobreza, e sereis a pobreza” e ainda acrescentou: “Se vos perguntarem de onde vindes, dizei-lhes: Viemos da Luz, de onde a Luz procedeu de si mesma, ergueu-se (…) e manifestou-se nas suas imagens. Se vos perguntarem quem vós sois, dizei: Somos seus filhos, e somos os eleitos do Pai, o Vivo”.
Ainda que acreditemos que somos Filhos do Pai, O Vivo, e que todos sejamos UM em Deus, um terrível complexo de inferioridade em uns e megalomania em outros não nos permite tornar esse ungido estado de consciência realmente presente e manifesto em nossas vidas.
Ainda assim, a saudação namasté, que na sua forma resumida significa algo como: “Deus em mim saúda e reconhece Deus em ti” é quase tão vulgarizada e mal-empregada como a palavra amor. Ora, como podemos afirmar que reconhecemos o Pai no outro se, quando implicitamente dizemos que ele está em nós, por sermos seus filhos, não vivemos essa realidade, mas apenas expressamos seu conceito?
O grande desafio hoje, como no tempo de Jesus, continua de ser coerência. Então, irmãos e irmãs, que tal sermos, como Yeshua (Jesus) o foi, exemplos vivos do que falamos?
  
A maioria dos homens não procura por Deus nem O encontra. Uma minoria procura por Deus, mas ainda não O encontrou.
Amo e confio nas pessoas que fazem parte desses dois grupos, porque são coerentes.
Mas, ainda que eu ame, desconfio daqueles que dizem servir a Deus por tê-lo encontrado.
Deus É sempre mais daquilo que possamos conhecer dEle.
Deus não se encontra. Ele vem ao nosso encontro em um único Chamado que ecoa até nós desde a origem dos tempos.
Deus, desde a origem do mundo, procura derramar seu Amor sobre o Cálice da sua criação (homem e mulher os fez).
Mas, por causa das coisas do mundo em que colocamos nossos corações, Deus foi forçado a reter esse Amor.
Quando, em breve, Yeshua e Myriam, voltarem a ancorar no homem e na mulher, os casais Espírito Santo acolherão em seus Cálices esse Amor que irradiará para toda a criação.

Que valor tem o SIM daquele que não saberia dizer NÃO, ou o NÃO daquele que não saberia dizer SIM?
Um sim ou um não deve ser livre de coação interna ou externa. Ora, nossos paradigmas, nossas crenças, são agentes de uma inconsciente coação. Por isso, ainda que pensemos que nosso SIM é sim e nosso NÃO é não, apenas expressamos um ilusório livre-arbítrio.
Nunca poderemos chegar a Deus, devemos deixá-lo chegar a nós. Só ele pode, nós apenas devemos permiti-lo, e isso significa muita coisa que devemos abandonar… tanta coisa que nada mais nos resta senão Ele.

Se eu fosse Deus tinha já desistido do homem, porque o homem há muito que desistiu de Deus e criou um à sua imagem.
 
Deus olhou para o homem e a mulher e criou o Amor Divino (Incondicional, Infinito e Absoluto), o homem olhou para a mulher e inventou o amor humano (condicional, finito e relativo). A mulher desde então olha para o homem e procura onde está o Amor que Deus criou.

Considero e respeito os que se preocupam com a fome dos corpos, para que todos possam morrer de barriga cheia, mas principalmente reverencio aqueles que se preocupam com a fome das Almas, para que todos possam viver repletos de Deus. Foi esse o alimento que Jesus se preocupava em compartilhar diante da profunda desnutrição espiritual dos homens.
 
Em todo o coração do homem se acha uma parte que o Amor humano não é capaz de preencher. É aí que começa nosso encontro com o Amor Divino (Incondicional, Infinito e Absoluto), essência de Deus.

Há quem procure Deus, como se ele morasse em algum lugar, e tantos apregoam conhecer seu endereço. Eu desafio qualquer um a me dizer, não onde ele mora, mas onde ele não mora.
O homem inventou Deus em vez de procurar conhecê-lo. Por isso, em lugar do tão esperado Reino de Deus surgiu o das Igrejas, túmulos de Deus, o Vivo.

Os buscadores espirituais são seres estranhos! Tantas vezes Deus surge em suas vidas e lhes diz: “Eis-me aqui!” E eles exclamam: “Nem pensar! Deixa-me ainda procurar por ti!”
Todos nós pensamos que Deus colocou a vida antes da morte, mas foi o contrário. O que chamamos de vida e morte são as duas faces da mesma ilusão que é morte.
Vida é outro universo de consciência e suas faces são as trinas faces de Deus: Amor Incondicional, Infinito e Absoluto.

Os homens em suas orações falam com Deus como se fala com um homem digno de veneração e depois estranham seu silêncio. Não percebem que Deus não está sujeito ao espaço (a ilusão da dualidade de onde surge a ideia de nós e Ele) nem ao tempo, e, portanto, não nos vê nem nos ouve, mas nos conhece.  É nesse conhecer que Ele nos deu as respostas antes mesmo que soubéssemos das perguntas, antes mesmo que sequer surgisse a consciência do nosso eu. Por isso, digo que orar deve ser escutar… e depois disso agradecer e calar.
No fim da minha vida só me lembrarei de uma primeira vez. Não será a do primeiro beijo, nem do primeiro amor, diploma, carro, casa, ou até mesmo filho… será da primeira vez em que ouvi a voz de Deus e percebi que Ele nunca, em qualquer momento, deixou de Chamar por mim e por todos.
Há quem sabiamente diga que o presente pode mudar o futuro, mas eu digo que também pode mudar o passado. O presente é a única fonte de onde jorra o sentido do passado e do futuro e não algo de imprensado entre duas saudades, a do que foi e a do que será.
Humano é aquilo que pertence ou é relativo ao homem, e o único pensamento que me ocorre quanto a isso é Deus. Jesus era humano e por isso nos mostrou, com o exemplo de sua própria vida, o que isso significa. Mas o homem continua, desde a origem dos tempos, muito pouco humano, diria mesmo inumano. Muito da causa dessa inumanidade provém da ignorância de quanto é divino o ser humano.
Nenhum conceito consegue nos afastar mais de Deus do que o das hierarquias e das ascensões. Jesus disse: “o que procuram já chegou”, mas nós optamos por criar distâncias entre Deus e nós, para depois nos entretermos a percorrê-las.
 O ser humano obedece à vontade dos pais, mais tarde dos professores, mais tarde dos patrões, alguns até à do coração… mas quem realmente se preocupa em cumprir o desígnio de Deus?
O tempo nunca vai poder terminar sua marcha porque ela nunca começou. A dualidade, que é o motor do tempo, apenas é uma ilusão. Quando dela despertarmos, conheceremos que só uma única coisa foi e permanece real: o Divino Amor (Incondicional, Infinito e Absoluto).
Não há pior cego que aquele que crê que vê. Por isso, as provas de Deus, nunca são para Deus saber do homem – Deus sabe – mas, para o homem saber de si mesmo.
Jesus só tinha UM FALAR e UM DIZER.
Mesmo assim, procuravam fazê-lo ceder, ainda que em nome do amor a um pai, irmão, família, mestre, etc.
Mas, o SIM de Jesus era sempre SIM e o seu NÃO sempre NÃO, porque, consciente da urgência do serviço ao Pai, não podia compactuar com meios-termos ou tergiversações, ainda que fundamentadas em amor.
O Pai e as coisas do Pai eram superiores e iminentes, não havendo lugar para algo mais.
Jesus sempre lutou contra a hipocrisia daqueles cujo fruto (atos) não era coerente com a árvore (palavras).
Essa vida embrenhada na ilusão do mundo da dualidade é a verdadeira morte, mesmo que ainda tenhamos o sentimento de estarmos vivos.
Por isso, aqueles que se julgam vivos e dizem que devem morrer primeiro para depois ressuscitar estão enganados.
Se não receberem a ressurreição enquanto estão mortos (ainda que se julguem vivos), ao morrer na ilusão, mas não para a ilusão, não receberão nada.
Tomara que um dia, todo o tempo dispendido pelos homens com ritos, cultos, ensinamentos e aprendizado espiritual ou religioso, possa reverter para um tempo de aconchego no templo interno, onde Deus espera por nós com seu Amor Incondicional, Infinito e Absoluto, sem pedir nada em troca.
Só nesse lugar sagrado teremos acesso à “Sabedoria Perdida”, aquela que não sabíamos que sabíamos, mas que faz parte de nós desde o nosso primeiro dia de vida.
Nunca entendi por que, ainda que saibamos que assim é, persistimos em procurar fora a “sabedoria adquirida” que homens fabricam para homens.
Será por que a “Sabedoria Perdida” serve o SER nos impulsionando a vivermos esse conhecimento tornando-o real; enquanto que a “sabedoria adquirida” serve o PARECER nos impulsionando a procurarmos o reconhecimento dos outros diante daquilo que queremos PARECER?
Quanto mais se adentra na experiência messiânica de “união consciente com Deus em nós”, mais nos abstraímos da trivialidade do mundo, para vê-lo “com o olhar de Deus” que ensina a enxergar tudo o que existe com Amor. E, neste incondicional Amar, voltamos a “experienciar” Deus em nós.
Jesus, na camada mais hermética de suas polissêmicas palavras, tentava mostrar a dicotomia Divina por detrás da palavra de Deus, propondo um modo de pensar e conhecer que permitisse descobrir que no Absoluto, em Deus, as forças duais já não se combatem ou se opõem, mas mutuamente se reconhecem e se juntam na sua unicidade primeira e última.

 
Nem Buda é o nome de Siddhartha Gautama, nem Cristo é o nome de Yeshua há-Natzir (Jesus o Nazireu), são termos que definem um determinado estado de consciência.
Buda significa aquele que desperta, toma conhecimento, compreende e ama.
Cristo é uma tradução de Ungido e significa aquele que, por meio do Espírito Santo, desperta, toma conhecimento da presença do Divino nele e compreende que a sua essência É Amor.
Ambos os estados, búdico como crístico, surgem quando estamos em estado de “união consciente com Deus em nós nEle.”
Ainda assim, o estado crístico transcende o búdico, devido à Divina dádiva de um sopro chamado “Espírito Santo”.
Não obstante Jesus partilhar da ideia de que a tefilá (oração) era uma rachamê (súplica sincera a Deus), ele entendia que a única súplica aceitável seria a de pedir a Deus para ser capacitado para servi-lo. Por isso, Jesus ensinava que a prece não devia servir para pedir algo para nós ou para quem quer que fosse, mas apenas para confirmar nossa livre e entusiástica entrega nas mãos de Deus, a fim de que, entrando em comunhão de consciência com Ele, pudéssemos ser capacitados pelo seu Espírito Santo e servir o seu propósito para a humanidade.


A genuína, profunda e essencial mensagem espiritual de Jesus é tão simples, tão simples, tão simples… que se tornou difícil aos homens e mulheres adultos, maduros, eruditos, pensadores e arrazoadores de todos os tempos… entendê-la. Por isso Jesus realçava o quanto era importante, para podermos morrer para o velho e nascermos para o novo, primeiro, tornarmo-nos crianças.
O que importa um rito se o coração não está em sintonia? E se o coração está em sintonia para que o rito? Deus vê em oculto e não se ilude com manifestações externas.


Quando encontramos Deus em nós, encontramos o propósito Divino da vida, e as “realidades” do mundo deixam de ter qualquer sentido.
Que ninguém se abaixe ao nível da pobreza mental de sua humanidade quando pode aceder à mestria divina de sua alma. Seria tornar-se cativo do mundo quando pode se libertar no Amor.
Não importa como viver desde que tenhamos o mesmo “porquê” de Yeshua (Jesus) para viver.
Desconfio dos verbos “fazer” e “ter”, deveriam sempre ser subordinados ao verbo “ser”.
O Rabi Yeshua (mestre Jesus) não alimentava debates nem procurava convencer aqueles que rejeitavam seu ensinamento, mas enlevava-se em instruir todos que, em humildade, demandavam receber e ambicionavam entender aquilo que não era dele, mas que ele tinha ouvido do Pai que o enviou.
Viver a vida sem expectativas, com desapego, significa não estar apegado a um resultado específico, porque tanto faz. Isso é liberdade, isso é “santidade”, é vida mística, vida espiritual através da qual o homem procura comunicar-se com o Divino para a Ele unir-se pelo desapego de tudo, inclusive de si próprio.
Tornemos a nossa Alma novamente morada divina (Templo Vivo)! Como tal, os vendilhões, que representam a dualidade e o espírito do mundo da morte, mas também os que se servem do divino em vez de servir a Deus, devem ser expulsos do templo. Isso significa abandonar ego, cobiça ou desejo dos “algos”, sejam eles exteriores ou interiores. É preciso abandonar tudo o que serve à vontade pessoal quando esta não é tão só e apenas a vontade de servir a Deus. Não servir por servir, nem servir os que dizem que servem, senão servir ao desígnio que Deus gravou em nossa Alma antes mesmo de sermos enviados ao mundo.
O Chamado de Deus, nesta Era do Espírito Santo é dirigido ao feminino. O Chamado messiânico hoje é da “Filha do Homem”, do Messias de Aarão (Sacerdotal). Desta vez, o Messias de Israel (masculino e Real), apenas serve o feminino que será o instrumento de Deus para o cumprimento da profecia que Yeshua (Jesus), na sua última noite, fez para os dias de hoje. Que a Alma de cada ser feminino, que baixou ao mundo nesta Era Sagrada, saiba reconhecer esse Chamado cujos selos internos vieram nela gravados em letras de fogo que arde e não consome (Amor Divino).
 Lá onde o amor humano desiste, começa o Amor Espiritual. Lá onde o Amor Espiritual não alcança começa o Amor Divino.
 Há momentos em que a imensidade do amor se recusa a ser limitado na sua expressão. Então, é preciso fugir das limitadas palavras humanas, para que melhor possa se escutar as divinas que o silêncio nos traz. Jesus costumava assim proceder, e todos em seu redor respeitavam esses momentos.
Só não acaba aquilo que nunca começou, aquilo que não está submisso à dualidade, tudo o demais nasce e morre na ilusão da separação… até que, num dia sem tempo, surja o Magno Fim, que estava aguardando… na matriz de toda a origem.
Não há Amor Verdadeiro, ou seja, Divino, sem conhecimento de Deus em nós. Por isso digo que o Amor é a maior das sabedorias, que se chama ”Sabedoria Perdida”, a de Deus. Não a confundamos com a sabedoria adquirida, a dos homens. Se quisermos nos afastar da segunda, toda a cautela é necessária para que não nos afastemos também da primeira.


O Amor é também a maior santificação a que o ser humano possa alcançar. Amar é O estado de Santidade, não a santidade que os homens atribuem a outros homens, mas aquela em que Deus eleva o homem, quando, em Amor e por Amor, o homem se rebaixa diante dEle.
Deus não se apodera de ninguém. Por isso, quando Jesus refere que: “Muitos são Chamados, mas poucos escolhidos” devemos perceber que Deus chama a todos, mas que a escolha ou recusa é apenas nossa, não dEle.
Hoje, o povo de Deus chamado para uma missão no mundo, não se restringe mais apenas ao povo judeu, porque abrange toda a alma que nela transporta a recordação de sua origem em Deus e a saudade do futuro de seu destino de luz, ou do propósito messiânico de sua lusitanidade – literalmente: qualidade daquele que é proveniente da Lusitânia, a terra ou lugar da luz. Nesse sentido Jesus dizia: “Se vos perguntarem de onde vindes? Dizei-lhes: Viemos da Luz, de onde a Luz procedeu de si mesma, ergueu-se (…) e manifestou-se nas suas imagens.” [EvT 50]
O Amor a Deus deve exceder o amor por tudo e todos, o que implica desapego, de tudo e todos, inclusive do próprio desapego. Esse desapego da vida é Vida, para além da vida, porque tudo é livremente entregue nas mãos de Deus.


Deus, liberta-nos da ilusão da liberdade. Só quero ser livre se for para me submeter a ti.
Os que se dizem perto de Deus estão tão perto que não conseguem vê-lo. Prefiro os que estão suficientemente longe dEle para vê-lo.


De nada serve ter fé em Deus se não se der fé dEle, fazendo com que a nossa vida o comprove.
Içamos as velas das nossas aspirações e pedimos bons ventos, esquecendo que Deus serve-se dos ventos contrários para nos guiar no regresso a Casa.
A verdadeira união com Deus surge quando, numa total e incondicional entrega de Amor, nossa luz se torna sombra de Deus.
Definir Deus é torná-lo alguma coisa, enquanto Deus é Tudo, incluindo nada. É necessário procurar indefini-lo mais do que defini-lo.
Deus já não é uma Palavra poderosa, fizeram dela uma palavra mala na qual se têm colocado as maiores incoerências ao se expressar sobre Ele.
Só Deus nos pode introduzir no mistério de Deus, nenhuma hierarquia, nenhum Mestre, senão Ele que está em cada um aguardando ser procurado.
 A nossa vida é o livro que melhor fala de Deus. Se não o encontrarmos aí primeiro, de nada serve procurá-lo nos demais.
Julgamento é o instante de plena luz em que nos vimos tal como nos fizemos, e redescobrimos os outros sem os véus que nos encobriam Deus.
Orar é exultar numa exclamação, dizendo: “Deus!!!”. O silêncio que se lhe segue diz o resto.
Deus semeou o Homem nEle. O Homem desde então procura retornar a Ele. Em vão. Não se colhe sem ter semeado. Semeemos Deus em nós!
Encontrar Deus é abandonar tudo (que nada é) para nos precipitarmos no abismal nada (que tudo é) do seu Divino Amor.
Toda a oração devia ser apenas e tão só uma súplica por ouvir o que Deus quer de nós, porque o que nós queremos Ele já o sabe antes mesmo de nós o sabermos. Por isso, toda a oração deveria ser apenas um longo silêncio na procura de ouvir.
Devemos sempre colocar em dúvida nossas certezas e não as dos outros, porque, só as nossas podem nos levar ao fanatismo e à autoilusão.
Alimento-me de Deus na mesma proporção e medida em que jejuo do mundo.
Toda a criatura, desde que nosso olhar se detenha nela, como um ente, nos desvia de Deus. Mas se procurarmos escrutar até ao âmago, à essência, à alma, não só toda a criatura nos aponta para Deus, como pode, em determinada circunstância profética messiânica, participar de sua revelação.
Jesus nunca pretendeu entrar no estéril debate do culto verdadeiro e do culto falso porque, para ele, Deus nunca foi uma questão externa, de religião e culto, mas sim interna, de espiritualidade e união consciente com Deus em nós, templos vivos de Deus, o Vivo. Não se pode adorar o que não se conhece e não se pode conhecer a Deus sem conhecermos quem somos, não podemos conhecer o Pai como Pai sem nos conhecermos antes como filhos.
Fale-me de prática e não de conhecimento, porque a prática é o conhecimento tornado realidade.
Os judeus sempre se preocuparam mais com este mundo do que com outro, pois sabem que é neste que têm de concentrar todos seus esforços para se colocarem ao serviço de Deus no cumprimento de cada missão de Alma individual perante o propósito da vida perseguido pela Alma única da qual todas as individuais são parte.

Jesus tinha razão de não gostar de títulos sejam eles “filho de Davi”, “Messias”, “Rabi” ou outro qualquer, porque temia que as pessoas quisessem apenas moldá-lo em conformidade com as suas esperanças de um rei, de um salvador, de um milagreiro ou de um messias em vez de estarem atentas à sua mensagem, proveniente do Pai, entregando a todos a Chave que liberta o ser humano da ilusão em que vive aprisionado.


 Como definir Deus e  Deus é Amor?

 É impossível uma mente limitada na ignorância de si mesmo pretender sentir, conhecer e definir Deus.A disputa Cristianismo/Judaísmo é o maior obstáculo do encontro com Deus.Somos sementinha divina em eterno pesadelo,presos na tempestade de medos,falso poder na conquista da verdade,em primitivos rituais baseados em castigos,cantares de glórias e guerras vingativas,cruéis, desumanas. Vem daí o medo do "brotar" auto consciente na luz para só então experimentar e realizar Deus - Amor em si mesmo.  Ade

 Fonte:
http://jesusatrilogia.com/citacoes-do-autor/
Sejam felizes todos os seres.Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.