sábado, 19 de fevereiro de 2011

O UNIVERSO TEM UM PROPÓSITO?

 Lawrence M. Krauss

Improvável.

Talvez você esperasse uma afirmação mais forte, num sentido ou noutro. Mas, como cientista, não acho que possa fazê-lo. Enquanto nada na biologia, química, física, geologia, astronomia ou cosmologia jamais forneceu evidências diretas de haver propósito na natureza, a ciência nunca poderá provar acima de qualquer dúvida que  tal propósito não existe.

Como disse Carl Sagan, em outro contexto: ausência de evidência não é evidência de ausência.

Naturalmente, nada impediria que a ciência descobrisse evidências positivas de orientação ou propósito divinos, se estas estivessem ao nosso alcance. Por exemplo, se amanhã à noite olhássemos as estrelas, e elas estivessem organizadas em um padrão que diz “Estou aqui”, acho que até os céticos mais aferrados da ciência suspeitariam que algo está acontecendo.

Mas nenhum desses sinais inequívocos foi encontrado entre os milhões e milhões de conjuntos de dados que coletamos a respeito do mundo natural ao longo de séculos de exploração. E é precisamente essa a razão pela qual um cientista pode concluir que é muito improvável haver qualquer propósito divino. Se um criador tivesse tal propósito, poderia escolher demonstrá-lo de uma forma um pouco mais clara aos habitantes de sua criação.

Sempre estaremos livres, como fazem algumas pessoas, para interpretar as leis da natureza como indícios de propósito; por exemplo, o Papa Pio quando o físico belga George Lemaitre demonstrou que a teoria geral da relatividade de Einstein implicava que o universo teve um começo.

Isso foi interpretado pelo Papa como uma prova científica do Gênesis, mas Lemaitre pediu que parasse de fazer tal afirmação. O big bang, como tornou-se conhecido, pode ser interpretado em termos de origem divina, mas pode ser igualmente interpretado como remover deus completamente da equação. A conclusão está na mente do observador, e está fora do âmbito da teoria e predição científicas.

Finalmente, mesmo se o universo tiver um propósito oculto, tudo o que sabemos sobre o cosmos sugere que não desempenhamos um papel central nele. Nós somos, enquanto planeta, cosmicamente insignificantes. A vida na terra acabará, como provavelmente já acabou em incontáveis outros planetas no passado, e acabará no futuro. Todas as estrelas e todas as galáxias que vemos poderiam desaparecer num instante, e o universo continuaria comportando-se mais ou menos como o faz agora. A natureza parece ser tão impassível quanto é inflexível.

Portanto, religiões organizadas, que colocam a humanidade no centro de algum plano divino, parecem ser um afronta à nossa dignidade e à nossa inteligência. Um universo sem propósito não deveria nos deprimir, tampouco sugerir que nossas vidas são inúteis. Como parte de uma inspiradora história cósmica, nós nos vemos num remoto planeta neste remoto canto do universo, dotados de inteligência e autoconsciência. Nós não deveríamos nos desesperar, mas humildemente nos alegrar em aproveitar ao máximo esses dons, e celebrar nosso breve momento ao sol.

Lawrence M. Krauss 
é professor de física e astronomia 
na Case Western Reserve University.


 Amor
Fonte
Ateus.net
tradução: André Cancian
    http://ateus.net/artigos/ciencia/o-universo-tem-um-proposito/
    Sejam felizes todos os seres. 
    Vivam em paz todos os seres. 
    Sejam abençoados todos os seres.

    quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

    Cosmos - Quem Pode Salvar A Terra ? Parte 3 de 7 (Dublado em Português)

    TVEscola2 | 31 de março de 2009 | pessoa(s) gosta(m), 0 pessoa(s) não gosta(m)

    Episódio 13 (Ultimo): Quem Pode Salvar A Terra ?
    Este episódio é a histórica declaração televisiva que refere a necessidade urgente de uma perspectiva planetária para enfrentar a loucura da corrida aos armamentos nucleares.
    No passado, guerreamo-nos uns aos outros, raramente apreciando as semelhanças de todas as culturas e povos da Terra.
    Mas agora o mundo encontra-se no meio de uma devastadora revolução de nível mundial, conforme se vai encaminhando para uma única comunidade global.
    Ao mesmo tempo, as máquinas de destruição tornaram-se capazes de arrasar a nossa civilização, e talvez, até mesmo a nossa espécie.
    A promessa de uma grande civilização científica já foi uma vez destruída pela ignorância e pelo medo, quando no séc. V uma multidão de fanáticos destruiu por completo a grande Biblioteca de Alexandria.
    Voltamos, a seguir, à viagem de quinze bilhões de anos desde a explosão inicial até ao presente... Um planeta Terra infestado por sessenta mil armas nucleares.
    O Dr. Sagan argumenta que a nossa sobrevivência não se deve apenas a nós próprios, aos nossos antepassados, ou aos nossos descendentes, mas também a esse Cosmos, antigo e enorme, do qual despontamos.
    Mais informações:
    http://www.carlsagan.com/
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmos
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Sagan
    http://www.documentarios.org/serie/de...
    http://www.aeroespacial.org.br/educac...
    ( Andrelz )

    Categoria:

    Educação

    Biblioteca de alexandria

    arthurglhrm | 29 de janeiro de 2010 | pessoa(s) gosta(m), 0 pessoa(s) não gosta(m)

    Tirado da série Cosmos apresentada pelo cientista Carl Sagan. O vídeo relata sobre a magnífica Biblioteca de Alexandria, sem dúvida alguma, foi a maior perca que a humanidade já teve.

    Categoria:

    A Biblioteca de Alexandria - PARTE 1 de 2

    ricardost2006 | 7 de setembro de 2010 | pessoa(s) gosta(m), 0 pessoa(s) não gosta(m)

    Neste vídeo o astrônomo Carl Sagan, em uma pequena parte da sua aclamada série COSMOS, nos explica que foi aqui que a jornada da ciência começou de forma sistemática no ocidente. A Biblioteca de Alexandria no Egito foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo, foi fundada no início do século III a.C. Estima-se que a Biblioteca tenha armazenado mais de 400.000 rolos de papiro, podendo ter chegado a 1.000.000 nos seus 700 anos de existência.

    A Biblioteca de Alexandria era o maior centro de conhecimento do planeta guardando um saber sem igual. Vinham sábios de todo o mundo para Alexandria e debatiam e estudavam os mais variados temas. Este clima de tolerância para com as outras culturas não voltaria a ser visto durante mais de 1500 anos. Em 391 d.C., durante o reinado do imperador Teodósio, a Biblioteca foi completamente destruída por um bispo cristão. Com a destruição deste grande centro de conhecimento a Humanidade ficou mergulhada numa Idade das Trevas durante os próximos 1000 anos seguintes. A lista dos grandes pensadores que frequentaram a biblioteca de Alexandria inclui nomes de grandes gênios do passado como Arquimedes, Euclides, Aristarco, Hipátia, Eratóstenes, Héron entre outros.

    Categoria:

    Educação

    A Biblioteca de Alexandria - PARTE 1 de 2

    ricardost2006 | 7 de setembro de 2010 | pessoa(s) gosta(m), 0 pessoa(s) não gosta(m)

    Neste vídeo o astrônomo Carl Sagan, em uma pequena parte da sua aclamada série COSMOS, nos explica que foi aqui que a jornada da ciência começou de forma sistemática no ocidente. A Biblioteca de Alexandria no Egito foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo, foi fundada no início do século III a.C. Estima-se que a Biblioteca tenha armazenado mais de 400.000 rolos de papiro, podendo ter chegado a 1.000.000 nos seus 700 anos de existência.

    A Biblioteca de Alexandria era o maior centro de conhecimento do planeta guardando um saber sem igual. Vinham sábios de todo o mundo para Alexandria e debatiam e estudavam os mais variados temas. Este clima de tolerância para com as outras culturas não voltaria a ser visto durante mais de 1500 anos. Em 391 d.C., durante o reinado do imperador Teodósio, a Biblioteca foi completamente destruída por um bispo cristão. Com a destruição deste grande centro de conhecimento a Humanidade ficou mergulhada numa Idade das Trevas durante os próximos 1000 anos seguintes. A lista dos grandes pensadores que frequentaram a biblioteca de Alexandria inclui nomes de grandes gênios do passado como Arquimedes, Euclides, Aristarco, Hipátia, Eratóstenes, Héron entre outros.

    Categoria:

    Educação

    CARL SAGAN - História de Eratóstenes (Incrível!!!)



    AEpicon | 4 de abril de 2009 | pessoa(s) gosta(m), 0 pessoa(s) não gosta(m)

    Um trecho da série COSMOS, estrelada por Carl sagan.
    Aproveite e aprenda...

    Frases e pensamentos de Carl Sagan

    mariocesarbmoro | 10 de abril de 2009 | pessoa(s) gosta(m), 1 pessoa(s) não gosta(m)

    Pequena compilação de frases de Carl Edward Sagan,
    onde ele fala sobre ciência e questões religiosas.


    Trilha sonora: Entends-tu les Chiens Aboyer de Vangelis.


    Os Quatro Cavaleiros do Ateísmo - O Debate

    nagoldpa | 9 de fevereiro de 2011 | pessoa(s) gosta(m), 2 pessoa(s) não gosta(m)

    DESCRIÇÃO: Richard Dawkins, Daniel Dennet, Sam Harris e Chistopher Hitchens - Juntos sem moderação, os quatro gigantes do Ateísmo e do Pensamento Livre conversam sobre Ciências, Deus, Religião etc.

    O vídeo está completo {quase duas horas} e todo legendado

    Créditos pela tradução para o português feita por: Dimas Luz

    Titulo original: Discussions with Richard Dawkins, Episode 1: The Four Horsemen {2008}

    {Subtitle english}

    Gravado em 30 de setembro de 2007

    Todos os quatro autores têm recebido recentemente uma grande quantidade de atenção da mídia para seus escritos contra a religião - algumas positivas e outras negativas. Nessa conversa eles contam histórias sobre a reação do público aos seus livros, os sucessos inesperados, críticas e deturpações comuns. Eles discutem as perguntas difíceis sobre a religião que enfrentam o mundo hoje, e propõem novas estratégias para o futuro.

    Alguns Livros:
    Deus, um Delírio - Richard Dawkins
    Carta A Uma Nação Cristã - Sam Harris
    Deus não é Grande - Chistopher Hitchens
    Quebrando o Encanto: A Religião Como Fenômeno Natural - Daniel Dennet

    Links para download do dvdrip em dois servidores:

    The.Four.Horsemen.DVDRip.XviD.avi
    Total Size (MB) ....: 844,34 MB
    Video Length .......: 01:57:14
    Video Codec Code ...: XVID
    Video Codec Name ...: XviD MPEG-4 codec
    Resolution .........: 720 x 400
    Framerate ..........: 29,970 FPS
    Audio Bitrate ......: 199 KB/s (VBR)
    Channels ...........: 2 Ch
    Sampling Rate ......: 48000 Hz

    Rapidshare:
    http://rapidshare.com/files/180890720...
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    ou

    Hotfile:
    http://hotfile.com/dl/48599109/a5c4eb...
    http://hotfile.com/dl/48599122/37d6fc...
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    http://hotfile.com/dl/48599160/e1b994...

    Legenda: Português do Brasil
    http://www.4shared.com/document/jINuD...

    Vídeo produzido pela Fundação Richard Dawkins para a Ciência e a Razão (RDFRS) filmado por Josh Timonen.
    Quem quiser pode adquirir o DVD original, sem legenda, no site http://RichardDawkins.net

    quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

    COMPLEXO DE ELECTRA

     

     

    Complexo de Electra

    O complexo de Electra define-se como sendo uma atitude emocional que, segundo algumas doutrinas psicanalíticas, todas as meninas têm para com a sua mãe; trata-se de uma atitude que implica uma identificação tão completa com a mãe que a filha deseja, inconscientemente, eliminá-la e possuir o pai.
    Sigmund Freud referia-se a ele como Complexo de Édipo Feminino, tendo Carl Gustav Jung dado o nome "Complexo de Electra", baseando-se no mito de Electra, filha de Agamemnon. Freud rejeitava o uso de tal termo por este enfatizar a analogia da atitude entre os dois sexos.

    O complexo de Electra é, muitas vezes, incluído no complexo de Édipo, já que os princípios que se aplicam a ambos são muito semelhantes.

    Electra


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    Na mitologia grega, houve vários personagens com o nome Electra.

    Electra filha de Agamemnon

    Electra, segundo Frederic Leighton

    Electra é uma personagem da mitologia grega, filha de Agamemnon e da rainha Clitemnestra. É a personagem principal de uma peça homónima de Sófocles e de outra por Eurípides, além da paródia de Ésquilo.

    Amargurada e impulsiva, Electra, levada mais pela fúria do que pela maldade, induziu seu irmão Orestes a assassinar sua mãe, vingando a morte de seu pai, arquitetada por Clitemnestra. Esse seria um ato do qual ambos se arrependeriam, pois, antes de sua morte, a rainha havia dito que amava os filhos, e que tratava-a mal para que Egisto, seu amante e também inimigo e assassino de Agamemnon, não desconfiasse de seus sentimentos pela filha, e, assim, não fizesse mal a esta.

    A princesa não se deixando levar pela compaixão, a mata sangrentamente. Mais tarde, Electra desposa Pílades, amigo de Orestes e seu primo, o filho primogênito do rei Estrófio.
    O termo complexo de Electra é usado na psicanálise como a contrapartida feminina do complexo de Édipo, para designar o desejo da filha pelo pai. Tal termo foi proposto por Jung, contudo, Freud, por sua vez, prefere usar complexo de Édipo tanto para o menino quanto para a menina.

    Electra - Outra versão:
    Electra, princesa de Micenas, é filha de Agamênon e Clitemnestra, sendo irmã de Orestes e Ifigênia. A rainha, sua mãe, atormentada pelo sacrifício de Ifigênia, une-se ao sobrinho do esposo. Esse príncipe, Egisto, fora perseguido por Agamênon e privado de seus direitos. Retornando a Micenas durante a guerra de Tróia, une-se à rainha, com quem tem um filho, Aletes.

    Os dois amantes aguardam o retorno do rei para consumar a vingança. Após o assassinato do pai por Egisto e Clitemnestra, Electra é poupada pela mãe. Mas consome-se pela perda do pai, Agamênon, a quem adorava. Pedia aos deuses que lhe enviassem um meio de vingar sua morte. Suas preces serão atendidas por seu irmão Orestes, a quem salvou da morte em criança. Prevendo o que viria com a volta de Egisto, confiou-o em segredo a um velho preceptor, que o levou para longe de Micenas.

    Por tudo isto, era tratada no palácio como escrava. Temendo que a enteada tivesse um filho que um dia pudesse vingar a morte de Agamênon, Egisto fê-la casar-se com um pobre camponês. O marido, todavia, respeitou-lhe a virgindade. Mas é chegado o dia do retorno de Orestes. A jovem princesa o guiará até os assassinos de seu pai. Quando, após a morte de Egisto e Clitemnestra, Orestes foi envolvido e "enlouquecido" pelas Erínias, ela colocou-se a seu lado e cuidou do irmão até o julgamento final no Areópago de Atenas. 

    Após ser absolvido pelo voto de Atena, Orestes e Pílades, seu amigo, partem para Táurida em busca de uma estátua de Ártemis. Lá encontrarão Ifigênia como sarcedotísa de Ártemis. Retornam todos à Micenas e, após as núpcias de Orestes com Hermíone, Electra casa-se com Pílades.

    Electra filha de Atlas

    Electra também é uma das Plêiades, filha de Atlas. Ela teve vários filhos com Zeus: Dardano, Iasion e (segundo algumas versões) Harmonia.

    Electra filha de Oceano

    Electra foi uma filha de Oceano e Tétis. Segundo Hesíodo, ela é mãe de Íris (mitologia) por Taumante.

    Complexo de Electra

    Após vários pedidos, depois da exposição do Complexo de Édipo, para escrever sobre o Complexo de Electra, não posso deixar de satisfazer os pedidos sobre este assunto, aliás já o tinha prometido. O equivalente feminino do Complexo de Édipo tomou o nome de Complexo de Electra, expressão introduzida por Yung.

    Segundo um mito grego Electra teria concebido da sua união com Zeus a Harmonia. Mas sobretudo a personagem de Electra é especialmente conhecida pela tragédia grega como sendo filha de Agamémnon, rei de Micenas e chefe das forças gregas contra Tróia, e de Clitemnestra, a qual era amante de Egisto. Este com a sua amante planeavam matar Agamémnon, depois do seu regresso da guerra, e usurpar o trono. Electra sente-se devorada pelo desejo de vingar o pai, a quem muito amava, fazendo com que matem sua mãe e o amante. Mas não foi ela a matá-los com as suas próprias mãos, incitou o seu irmão Orestes a realizar esse gesto e depois ajudou-o a enterrar o punhal.
    Depois de uma fase de fixação afetiva na mãe, durante a primeira infância, a jovem apaixonou-se pelo pai e tem ciúmes da mãe; ou então se não for correspondida pelo pai, tenderá a virilizar-se, para seduzir a mãe, ou recusando qualquer casamento, inclinar-se-á para a homossexualidade. De qualquer das formas, Electra simboliza o Amor passional pelos pais, muito especialmente e em primeiro pelo pai, ao ponto de os reduzir à igualdade pela morte. Nesta espécie trágica dum equilíbrio fúnebre pedindo aos deuses "justiça contra a injustiça" Electra alcança o símbolo do mito ao restabelecer a Harmonia desejada!


    Esta lenda mitológica serviu como tantas outras para esclarecer
    com base científica muitos distúrbios humanos 
    tanto a nível psicológico como mental.

    Assim Freud mais tarde explica, que satisfeitas as necessidades básicas da fome e da sede, e segundo este psiquiatra o Id que é uma das 3 bases arquitetónicas do psiquismo (além do Super-Ego e do Ego) é conduzido pelos impulsos sexuais e por vezes agressivos. Segundo a teoria freudiana a criança é atraída sexualmente em relação ao progenitor do sexo oposto, e de princípio rejeita e teme o do mesmo sexo.

    A rapariga pode sentir uma grande atração, paixão pelo pai e rivalidade em relação à mãe
    . Mas o desejo relativamente ao pai é contrariado por várias condicionantes, o tabu, o proibido, o medo de ser descoberta, e isto explica psicologicamente a tendência de muitas mulheres para amores secretos e socialmente proibidos. A relação da rapariga com o pai, se este a facilita, diminui a sua autoridade, e pode a situação ser conduzida ao incesto. As proibições não são interiorizadas na rapariga da mesma maneira que no rapaz sendo a formação do Super-Ego menos marcante.

    A interdição que incide no Incesto constitui para os dois sexos, a limitação mais importante da sua sexualidade. A atração sexual sentida pelo pai ou pela mãe permanece na qualidade de primeira experiência amorosa, por vezes como modelo de todo o amor futuro.

    A rapariga vive a fase fálica duma maneira diferente que no rapaz. Como foi dito, já no Complexo de Édipo, esta fase é o resultado dum conflito de desejos pulsionais e profundos recalcamentos gerados em muitas situações no decorrer da infância.

    A fixação nos orgãos sexuais é obsessiva por vezes tanto no rapaz como na rapariga, e uma curiosidade premente leva a criança à descoberta do sexo oposto. Portanto a fase fálica na rapariga não é vivida da mesma forma que no rapaz. Nele gera o "complexo de castração", pois vive com mais interioridade a proibição, e sente-se castrado pelo rival, a rapariga não interiorizando tão profundamente a proibição gera o "complexo dum desejo sexual" fixando o orgão do sexo oposto. A menina é mais precoce na atividade sexual especificamente na masturbação, pois com cerca de 3 a 4 anos pode atingir orgasmos, criando uma obsessão e um isolamento para a prática do ato. Estes complexos originam mais tarde mais ou menos graves distúrbios psico-sexuais, tornando-se mais graves nos homens, assim como às neuroses e às perversões.

    Na verdade a falta de cultura dos adultos, a ignorância consentida muitas vezes (torna tudo mais fácil), o medo de falar sobre assuntos tão naturais como a própria Natureza leva a desabrochar precocemente instintos básicos, primários nas crianças, que passam pela obsessão em que vivem recalcadamente a desconhecer outros valores na infinitude do leque da Vida que certamente os tornariam mais tarde adolescentes e depois adultos mais saudáveis, mais felizes!

    O fato de se esconder aos jovens o papel que a sexualidade virá a desempenhar nas suas vidas conduz a uma deseducação trágica e às mais funestas perversões sexuais. Só produzem seres ansiosos profundamente inibidos no domínio afetivo e angustiosamente dependentes. As raparigas procuram frequentemente, e a nível inconsciente, nos homens o pai. 
    O Complexo de Electra é muito mais, pois leva muitas mulheres já casadas a continuarem a ser perseguidas pelos pais, e elas a segui-los … irresistivelmente, numa luta titânica, num conflito gerado depois de culpas oprimidas, de vergonhas recalcadas! Muitos homens tal como as mulheres fazem com os seus filhos, permitem-se dormir com as suas filhas – meninas. Eles sabem que tem importância …
    Muitos distúrbios psico-sexuais seriam inexistentes, se os valores criados na mente humana elevassem o Homem à dignidade, à Verdade sem omissões nem cobardes fugas, ao Amor traduzido nas mais salutares manifestações de afetividade. Se os valores criados na mente humana elevassem o Homem à Coragem, à Justiça, à Lealdade, e à vontade indômita de adquirir conhecimentos profundos da sua não menos profunda e imensurável atividade psíquica, na humanidade reinaria mais Harmonia, mais Amor!

    Outro tema insistentemente pedido, originado por problemas que afligem as mães. Mas … é importante que se relatem as raízes, os primórdios donde o Complexo de Édipo foi transportado desde a mais longa data para os angustiantes complexos humanos! Contar uma lenda grega, além de cultivar os espíritos mais ignorantes, talvez seja uma ilustração para as realidades vivenciais.

    O psicólogo Carl Gustav Jung afirmou que habita no espírito inconsciente de todos nós o potencial para termos certas ideias elementares ou "Arquétipos" e sermos transformados por elas. Este "inconsciente colectivo" expressa-se por mitos que vêm sendo repetidos sob diversas formas. E as lendas são uma das formas, pois nas lendas há sempre algo de profundamente simbólico. Melhor entenderemos agora o:


    Complexo de Édipo

    Alguns heróis míticos enfrentam problemas profundos, por vezes insolúveis. Para os antigos gregos, as suas histórias trágicas demonstravam quanto a estrutura humana é falível e todas as suas desgraças eram originadas pela sua condição de homens.

    Talvez um dos mais famosos heróis trágicos seja Édipo, em cuja história encontrou bem definido um dos mais tormentosos conflitos a que se chamou "Complexo de Édipo".

    Conta a lenda grega que ao filho do rei Tebas, Édipo, um oráculo vaticinou, que um dia ele mataria o pai, o rei de Tebas, e casaria com sua mãe. Em consequência o rei mandou matar o filho, mas em segredo um criado abandonou-o vivo numa encosta de pés atados. Um pastor recolheu-o e deu-lhe um nome que significa "pés inchados". Mais tarde um rei e sua esposa, estrangeiros, adoptaram a criança e educaram-na como se fosse seu filho numa cidade distante.

    Mais tarde, Édipo, já adulto, e sobre dúvidas crescentes sobre a sua origem levou-o a consultar um oráculo que lhe afirmou: "Tu matarás o teu pai e casarás com tua mãe". Édipo afastou-se então dos seus pais adoptivos para escapar a estas fatalidades. Na sua fuga travou uma violenta discussão na estrada com um desconhecido e matou-o, sem suspeitar que era o seu pai. Defrontou uma esfinge, monstro com cabeça de mulher e corpo de leão, que matava todas as pessoas que não conseguiam decifrar os seus enigmas, à qual lhe perguntou: "Qual o animal que anda com quatro patas de manhã, com duas ao meio dia e com três ao anoitecer?". E Édipo respondeu "O homem que caminha com as mãos e os pés no chão quando criança, mantém-se de pé sobre as duas pernas na sequência da Vida e precisa de apoiar-se numa bengala quando envelhece".

    Édipo decifrou o enigma e o monstro lançou-se ao mar. Creonte, irmão da rainha Jocasta já viúva, que era a mãe de Édipo, tinha prometido a mão desta a quem libertasse Tebas do terror da Esfinge. Édipo entretanto viajou para Tebas, e deste modo desposou a rainha Jocasta sem saber que era a sua mãe. Posteriormente descobriu com horror que o estranho que matara era seu pai e que tinha desposado sua mãe. Jocasta enforcou-se. Édipo furou os seus próprios olhos, partindo para o exílio com sua filha Antígona.

    Os grandes cientistas psicólogos recorrem aos antigos mitos para explicar muitos distúrbios humanos a nível psicológico e até mental. Sigmund Freud viu nesta lenda o modelo dum conflito fundamental do homem: a representação do desejo sexual inconsciente e universal de cada filho pela mãe e da consequente rivalidade em relação ao pai. Segundo a teoria freudiana esta lenda caracteriza uma fase do desenvolvimento psicológico infantil, mas que pode conduzir a perturbações que, caso não sejam tratadas, se traduzem mais tarde na idade adulta em perturbações neuróticas.

    O que Édipo na lenda não podia saber representa na realidade psicológica o que é recalcado no inconsciente. No final do desenvolvimento da sexualidade infantil ou a Fase Fálica o desejo do rapaz em relação à mãe esbarra com a proibição que lhe advém do pai e com reais ou supostas ameaças de castração. A criança deseja expulsar o pai, mas este desejo entra em contradição com o sentimento de afectividade que sente por ele, acrescentado com a dependência da sua protecção e com o referencial que a criança tem para a sua virilidade futura. Este conflito gera o seu desejo sexual em relação à mãe, e substitui-o por uma ternura, em alguns casos por vezes demasiado insistente em abraços e carinhos aparentemente desprovidos de sexualidade.
       
    Convém dar-vos a conhecer o que é a Fase Fálica, que é uma fase profundamente estudada e cientificamente esclarecida na Psicologia das Profundidades, que neste capítulo designa o resultado por assim dizer "congelado" de um conflito dos desejos pulsionais e os recalcamentos gerados em determinadas situações da evolução da infância.

    Um dos mais típicos exemplos deste tremendo conflito é o Complexo de Édipo, pois nele se confrontam a forte atracção física pela mãe e a rivalidade pelo pai, para além das interdições que a educação e a civilização fazem entrar no jogo. As futuras relações com a mulher ficarão para sempre marcadas por esse facto, se o jovem não for submetido a psicoterapias adequadas. O complexo de Édipo e o sentimento de castração originam o estado fálico, centrado na zona genital. Esta fase fálica é interrompida pelo tempo de latência. Entre mais ou menos o quarto ano e o quinto ano de idade e a puberdade, alonga-se o tempo de latência durante o qual as pulsões sexuais parecem mais ou menos obliteradas. O amor sexual pela mãe atenua-se, transformando-se num amor menos físico. Do amor e rivalidade simultâneas pelo pai resulta um comportamento ambivalente que pode por vezes ficar em suspenso durante toda a Vida!

       O complexo de Édipo pode ser resolvido e ultrapassado logo nos primórdios da infância, dependendo do processo formativo educacional e ambiental onde a criança se desloca. Por muito amor que a mãe albergue pelo seu filho não é saudável deixá-lo adormecer com as mãozinhas da criança mexendo no seu peito, e mais ainda beijá-lo na boca. Situações continuadas mesmo depois da passagem para a segunda infância:

    A criança dormir assiduamente com a mãe ou com o casal. Há casos em que o rapazinho chora convulsivamente até a mãe o ir buscar para a sua cama, e é muitas vezes o pai que tem que sair da cama e ir dormir para outro lado para o menino sossegar. Quando já na segunda infância, se o pai tem trabalho por turnos, ou tem que se ausentar por noites, o menino está sempre ansioso para poder ir dormir com a mãe, o que esta permite, mais os contactos físicos de lhe mexer no peito, de a abraçar e a mãe de o beijar na boca. 
    Até no banho quando esse tempo podia ser aproveitado para brincar numa ludoterapia que faz feliz a criança, muitas vezes a mãe chama a atenção para o orgão sexual mexendo e remexendo no mesmo, como se fosse a brincadeira mais atractiva! É lamentável, mas acontece até que depois mais crescido já é o menino que chama a atenção mexendo ele, como se estivesse na mais alegre brincadeira! E tantas e tantas coisas congéneres que eu poderia citar que são causas fundamentais para o impedimento da ultrapassagem do complexo de Édipo na devida altura que certamente encheria páginas.
    Essa ultrapassagem, essa resolução desse complexo de que se fala tão levemente seria talvez fundamental para que o homem adulto não cometesse tantos erros, até pela ignorância do que se passa dentro dele.

    Há rapazinhos que nem passam pelo tempo de latência e eu na minha actividade profissional tenho trabalhado intensamente nestes tipos de problemas.

    Muitas das situações são resultados de profunda ignorância, outras, em simultâneo com essa ignorância são profundas carências afectivas e angustiantes frustrações sentimentais que levam as mulheres a agarrarem-se ao filho para mitigar situações psíquicas, por vezes bem confusas que as atormentam. Quando o rapazinho é filho único e estas situações confrangedoras existem, este rapaz está marcado para toda a vida e há sempre fracassos, mesmo a nível sexual com outras mulheres. Seguramente é vítima de distúrbios psico-sexuais.

    Há que habituar a criança à sua cama desde bébe, não com a rigidez de não o acolher momentaneamente com todo o carinho para a mamada, e aconchegá-lo, e com muita suavidade e doçura não lhe permitir determinados hábitos já apontados. 
    Mesmo que o pai não esteja, o menino tem a sua cama, que a mãe fará sentir como é agradável ter uma caminha tão bonita, saber contar-lhe histórias infantis consoante a idade, onde os sentimentos nobres começam a ter valor na mente da criança, e onde outros meninos e meninas, animais, jardins e bosques fazem parte da vivência infantil que a mãe cria com carinho, com fins didácticos e formativos, mas que aliciam a criança. Um tempo que se deve dedicar, pois antes de adormecer é o que ficará no inconsciente mais profundamente marcado. 
    Todos estes princípios e muitos mais que poderia citar ao longo do crescimento da criança conduz a uma educação sexual em que o complexo de Édipo é perfeitamente ultrapassado!

    A infelicidade é indubitavelmente com frequência filha da ignorância mesclada com fracassos sentimentais e carências profundas de afecto, o alimento essencial a uma melhor saúde psíquica!

    Irei falar no próximo artigo, no fenómeno semelhante ocorrido na menina, um complexo paralelo ao complexo de Édipo denominado Complexo de Electra.

    Gia Carneiro Chaves

    Tal sogro, tal genro
    Estudo sugere que mulheres tendem a escolher maridos parecidos com os pais
    A leitora já reparou na aparência do seu pai e marido? Pois um grupo de psicólogos húngaros e americanos não só percebeu que havia uma semelhança entre sogros e genros como resolveu testá-la em um estudo com pais e filhas adotivas. Os resultados foram publicados em 22 de março no site da revista Proceedings of the Royal Society of London B.
    O complexo de Electra foi batizado a partir de um mito grego segundo o qual Electra (esq.), para vingar o pai, Agamêmnon, incita seu irmão Orestes a matar a mãe, Clitemnestra, e seu amante Egisto, que haviam assassinado Agamêmnon (a vingança está representada à direita)

    Estudos prévios demonstraram que animais e humanos geralmente escolhem parceiros que se parecem com eles mesmos, tendência chamada de homogamia. Cientistas da Universidade de Pécs (Hungria) e da Universidade Estadual de Wayne (EUA) acreditam que a homogamia em humanos ocorre em parte por causa de 'impressões sexuais' [sexual imprinting] causadas pelo pai na menina durante a infância.

    Sob a ótica da psicanálise de tradição freudiana, o fenômeno poderia ser atribuído à atração que as mulheres sentiriam pelo pai -- o complexo de Electra, contrapartida feminina do famoso complexo de Édipo. Os autores do estudo atual, no entanto, têm uma explicação diferente daquela proposta pelos seguidores de Freud.

    Os pesquisadores acreditam que a criança tende a criar um modelo mental do fenótipo do pai que é usado como parâmetro para a escolha de um parceiro. "Parece que, durante um momento crítico ou sensível da infância, um processo de 'impressão sexual' constrói um modelo do pai, que fica registrado no cérebro da menina. Algumas evidências sugerem que fatores olfativos e visuais podem estar envolvidos", disse à CH On-line o psicólogo americano Glenn E. Weisfeld, um dos autores do artigo.

    Para testar essa hipótese, foram examinadas 26 famílias com filhas adotivas. O critério foi adotado para determinar se a mulher escolheria alguém parecido consigo mesma ou com seu pai e, assim, descartar qualquer possibilidade de homogamia genética.

    Quase 250 voluntários participaram do estudo. Primeiramente, eles tiveram de apontar, para cada uma das participantes, qual seria seu marido, em um conjunto de quatro fotos. Em seguida, um outro grupo de voluntários deveria tentar relacionar o marido de cada uma das participantes a seu pai adotivo em um novo conjunto de quatro fotos, tiradas quando a filha tinha entre dois e oito anos. Finalmente, o mesmo foi feito com fotos da mãe adotiva.

    Foi detectada uma semelhança significativa entre sogros e genros, maior ou menor em função do relacionamento entre pai e filha durante a infância. Aquelas que afirmaram ter tido uma boa relação com seus pais tendiam a ter maridos mais parecidos com eles. Estudos anteriores indicaram que um processo similar de 'impressão sexual' também ocorre com os homens, que tendem a escolher uma esposa que se pareça com sua mãe.

    Os cientistas acreditam que a homogamia seria uma vantagem evolutiva para humanos e outros animais. "Indivíduos de muitas espécies escolhem parceiros um pouco parecidos com eles geneticamente. Isso parece conferir algum tipo de vantagem adaptativa", explica Weisfeld. "Casais humanos que se parecem, por exemplo, tendem a ter baixas taxas de aborto -- mas é claro que um grau de parentesco muito próximo também não é aconselhável."

    Liza Albuquerque
    Ciência Hoje On-line
    11/05/04 
    .04.2006 | Teatro | Ao Vivo

    Materna Doçura ou Complexo de Electra?

    A Companhia Trigo Limpo Teatro Acert levou a Guimarães a adaptação de romance de Possidónio Cachapa.
    Entre 6 e 8 de Abril esteve em cena no pequeno auditório do Centro Cultural de Vila Flor a peça Materna Doçura, mais uma aposta do Trigo Limpo Teatro Acert.

    «Ninguém sai ileso de um grande amor. 
    Ou da falta dele.
    Esta é uma história sem fronteiras. 
    E de reencontros. 
    Os homens têm coração de mulher.
    Deixam-se amar em silêncio. 
    As mulheres têm a força de homens. 
    São elas que mais fazem avançar a ação…»  

    Eis o que se pode ler na contracapa do livro que provocou esta aventura teatral - a peça é uma adaptação do romance homónimo do escritor Possidónio Cachapa.

    Materna Doçura
    Tal sogro, tal genro

    Estudo sugere que mulheres tendem a escolher maridos parecidos com os pais

    A leitora já reparou na aparência do seu pai e marido? Pois um grupo de psicólogos húngaros e americanos não só percebeu que havia uma semelhança entre sogros e genros como resolveu testá-la em um estudo com pais e filhas adotivas. Os resultados foram publicados em 22 de março no site da revista Proceedings of the Royal Society of London B.

    O complexo de Electra foi batizado a partir de um mito grego segundo o qual Electra (esq.), para vingar o pai, Agamêmnon, incita seu irmão Orestes a matar a mãe, Clitemnestra, e seu amante Egisto, que haviam assassinado Agamêmnon (a vingança está representada à direita)


    Estudos prévios demonstraram que animais e humanos geralmente escolhem parceiros que se parecem com eles mesmos, tendência chamada de homogamia. Cientistas da Universidade de Pécs (Hungria) e da Universidade Estadual de Wayne (EUA) acreditam que a homogamia em humanos ocorre em parte por causa de 'impressões sexuais' [sexual imprinting] causadas pelo pai na menina durante a infância.


    Sob a ótica da psicanálise de tradição freudiana, o fenômeno poderia ser atribuído à atração que as mulheres sentiriam pelo pai -- o complexo de Electra, contrapartida feminina do famoso complexo de Édipo. Os autores do estudo atual, no entanto, têm uma explicação diferente daquela proposta pelos seguidores de Freud.


    Os pesquisadores acreditam que a criança tende a criar um modelo mental do fenótipo do pai que é usado como parâmetro para a escolha de um parceiro. "Parece que, durante um momento crítico ou sensível da infância, um processo de 'impressão sexual' constrói um modelo do pai, que fica registrado no cérebro da menina. Algumas evidências sugerem que fatores olfativos e visuais podem estar envolvidos", disse à CH On-line o psicólogo americano Glenn E. Weisfeld, um dos autores do artigo.

    Para testar essa hipótese, foram examinadas 26 famílias com filhas adotivas. O critério foi adotado para determinar se a mulher escolheria alguém parecido consigo mesma ou com seu pai e, assim, descartar qualquer possibilidade de homogamia genética.

    Quase 250 voluntários participaram do estudo. Primeiramente, eles tiveram de apontar, para cada uma das participantes, qual seria seu marido, em um conjunto de quatro fotos. Em seguida, um outro grupo de voluntários deveria tentar relacionar o marido de cada uma das participantes a seu pai adotivo em um novo conjunto de quatro fotos, tiradas quando a filha tinha entre dois e oito anos. Finalmente, o mesmo foi feito com fotos da mãe adotiva.

    Foi detectada uma semelhança significativa entre sogros e genros, maior ou menor em função do relacionamento entre pai e filha durante a infância. Aquelas que afirmaram ter tido uma boa relação com seus pais tendiam a ter maridos mais parecidos com eles. Estudos anteriores indicaram que um processo similar de 'impressão sexual' também ocorre com os homens, que tendem a escolher uma esposa que se pareça com sua mãe.

    Os cientistas acreditam que a homogamia seria uma vantagem evolutiva para humanos e outros animais. "Indivíduos de muitas espécies escolhem parceiros um pouco parecidos com eles geneticamente. Isso parece conferir algum tipo de vantagem adaptativa", explica Weisfeld. "Casais humanos que se parecem, por exemplo, tendem a ter baixas taxas de aborto -- mas é claro que um grau de parentesco muito próximo também não é aconselhável."

    Liza Albuquerque
    Ciência Hoje On-line
    11/05/04

    .04.2006 | Teatro | Ao Vivo
    Materna Doçura ou Complexo de Electra?
    A Companhia Trigo Limpo Teatro Acert 
    levou a Guimarães a adaptação de romance de Possidónio Cachapa.

    Entre 6 e 8 de Abril esteve em cena no pequeno auditório do Centro Cultural de Vila Flor a peça Materna Doçura, mais uma aposta do Trigo Limpo Teatro Acert.

    «Ninguém sai ileso de um grande amor.
    Ou da falta dele. Esta é uma história sem fronteiras. E de reencontros. Os homens têm coração de mulher. Deixam-se amar em silêncio. As mulheres têm a força de homens. São elas que mais fazem avançar a ação…»

    Eis o que se pode ler na contracapa do livro que provocou esta aventura teatral - a peça é uma adaptação do romance homónimo do escritor Possidónio Cachapa.

    Materna Doçura originou uma encenação particular, lembrando o ritmo cinematográfico, que passeia de mãos dadas com a narrativa literária. A ação decorre num espaço de arquitectura cénica multifacetada, de onde se estão constantemente a abrir portas e alçapões, para a criação de um edifício teatral com capacidades múltiplas de surpresa, de funcionalidade e de magia. O jogo de luzes é mais um elemento a ajudar neste sentido.

    Durante duas horas conta-se a história dos encontros de Sacha, protagonista que está preso quando a peça começa. Sacha poderia estar preso por ter morto o homem que matou a sua mãe, mas desta vez é por ter filmado um filme que retrata um ato de amor sexual entre uma mãe que perdeu o seu filho e um filho que procura a sua mãe. A peça tem músicas originais de diferentes compositores convidados, que assumem um papel relevante na encenação. Sacha viaja de Portugal para Paris em busca de uma vida diferente, e a música acompanha-o nas suas viagens: música portuguesa, francesa, africana... À volta desta personagem surgem 50 intervenientes, interpretados pelos sete atores da companhia.     Para além de escritor, Possidónio Cachapa é dramaturgo e argumentista, tendo escrito, entre outros: Kiss Me, longa-metragem realizada por António da Cunha Telles e Herman Enciclopédia, com as Produções Fictícias, tendo a adaptação cinematográfica de Materna Doçura obtido o 1º lugar no concurso de Apoio à Escrita de Argumento de 2004.

    A versão teatral, que está em digressão até Maio, antecipa-se à versão cinematográfica com argumento do próprio autor, sendo um trabalho de criação que sublinhará a releitura do romance, através duma abordagem de exploração de códigos teatrais a decorrerem em tempos, espaços e registos de representação diferenciados.   Esta não é a primeira incursão da companhia Trigo Limpo Teatro Acert no domínio da adaptação de textos e autores literários (Mia Couto, Jorge Amado, García Márquez, Lobo Antunes, entre tantos outros).  A Companhia Trigo Limpo Teatro Acert assinala em 2006 trinta anos de atividade teatral, pelo que esta nova produção surge como uma ponte de ousadia a abrir caminho para todo um programa muito especial que marcará a sua tripla década de atividade teatral.

    «Contar uma história continua a ser, indubitavelmente, a grande chave da construção do edifício teatral. Não somente porque exige um olhar distanciado e, ao mesmo tempo, cúmplice com a situação que se deseja apresentar, como representa uma aventura de mergulho profundo sobre os intervenientes que a farão viver. Um teste de inteligência sobre os códigos de entendimento das emoções a viverem no espaço teatral dum faz-de-conta carregado de autenticidade inventiva.»

    José Rui Martins, encenador  Liliana Pacheco

     Amor
    Fonte
    Wikipédia
    Gia Carneiro Chaves

    Sejam felizes todos os seres. 
    Vivam em paz todos os seres. 
    Sejam abençoados todos os seres.

    terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

    ROBERTO BURLE MARX



    Artes Plásticas
    Exposição exibe pinturas de Burle Marx

    Consagrado como um dos grandes paisagistas modernos, a mostra tem por objetivo esclarecer outros aspectos da obra de Burle Marx, que foi também desenhista e pintor, entre outras especialidades

    22 de abril de 2008

     
    As pinturas são uma parte pouco conhecida da obra de Burle Marx
    Obrasileiro Roberto Burle Marx é conhecido internacionalmente como um dos maiores paisagistas do século XX. No Brasil, ele é popularmente conhecido como o autor das famosas ondas do calçadão de Copacabana. 


    Tendo trabalhado com arquitetos do calibre de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, seu trabalho, porém, não se limita à área de paisagismo, Burle Marx se desenvolveu também em inúmeras outras especialidades. Foi desenhista, pintor, escultor, tapeceiro, ceramista, designer de objetos e também arquiteto. 

    Esta exposição apresenta treze tapeçarias em grande formato executadas pelo artista entre as décadas de 1980 e 1990. A mostra "Burle Marx e o Jardim Monumental", estará aberta ao público até o dia 15 de maio, no saguão do Edifício Altino Arantes, em São Paulo. As pinturas são uma seleção feita a partir de várias coleções particulares. Todas elas de grandes dimensões, com a menor medindo 1,55 m de largura e a maior chegando a 3,53 metros.

    As coloridas figuras abstratas remetem imediatamente ao inconfundível traço do artista, e faz um contraponto interessante com seu trabalho com paisagismo. Nas palavras do curador da mostra, Antonio Carlos Abdalla, "as telas se assemelham aos jardins projetados por Burle Marx: linhas curvas, sobreposições de níveis e uma harmonia de cores, que se transformou em sua marca registrada, sempre construída com a variação da flora brasileira”.
    Retrato do artista
     Burle Marx, por Guignard























    O sobrenome em comum não é mera coincidência, O filósofo alemão Karl Marx era primo do avô de Roberto Burle Marx. 

     Quadro presente na exposição paulistana- Nascido em São Paulo, em 1909, Roberto foi o quarto filho da pernambucana Cecília Burle e do judeu alemão Wilhelm Marx. Desde cedo o futuro paisagista teve contato tanto com as artes quanto o cultivo de plantas. Sua mãe era uma exímia pianista e cantora, e despertou nos filhos o amor pela música e pelas plantas, que cultivava diversas espécies exóticas de flores no grande jardim da residência da família. Em 1913, quando os negócios do pai começaram a ir mal, eles decidiram se mudar para o Rio de Janeiro, cidade em que Roberto Burle Marx passaria boa parte de sua vida.
    Quando estava já com 19 anos, Roberto teve um problema com a visão, e a família, em busca de tratamento adequado, mudou-se para a Alemanha, onde permaneceram por dois anos, entre 1928 e 1930. Lá, o jovem Burle Marx teve a oportunidade de entrar em contato com as diversas vanguardas artísticas que despontavam na época. Na Alemanha, também, em visita ao Jardim Botânico, descobriu uma estufa onde eram cultivadas diversas plantas brasileiras, que despertaram enorme interesse no garoto. 

    Nas diversas exposições que teve oportunidade de testemunhar, entre elas as de Picasso, Matisse, Klee e Van Gogh, lhe causaram um grande impacto, fato que o levou a decidir tornar-se pintor, e estuda por algum tempo no ateliê de Degner Klemn.

    De volta ao Rio de Janeiro, seu amigo e vizinho, o futuro arquiteto Lucio Costa, o estimula a ingressar na Escola Nacional de Belas Artes. Lá, Burle Marx tem a oportunidade de conhecer uma parte das figuras que iriam compor a famosa "Escola Carioca", primeira geração de arquitetos modernistas brasileiros, entre eles, Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa e Milton Roberto.
    Jardim concebido para a cobertura de um prédio no Rio de Janeiro, projeto desenvido pelo arquiteto durante os anos 40
    A Escola Carioca era um grupo de arquitetos e paisagistas liderados por Lúcio Costa que visavam a renovação completa da técnica e da expressão arquitetônicas no Brasil. O grupo se manteve unido entre 1931 e 1935, eles formaram um grupo que estudou a fundo as inovações da arquitetura européia moderna, visando traduzir essas inovações para o idioma brasileiro, formando um identidade nacional na arquitetura.


    Estudaram a fundo as teorias de Walter Gropius, Mies van der Rohe, e principalmente, Le Corbusier. Esse movimento foi o reflexo na arquitetura de uma autoconsciência da necessidade de uma mudança radical que acompanhasse a industrialização e o desenvolvimento que aconteciam no Brasil da década de 1930. Tais idéias já haviam surgido nas artes plásticas, na literatura e na música com os artistas da "Semana de Arte Moderna de 1922", restava só a arquitetura despertar para o espírito da nova era. 
    Esses arquitetos modernos não se limitam em produzir prédios modernos apenas no Rio de Janeiro, mas espalharam seus projetos por todas as principais capitais brasileiras, além de projetos importantes no exterior.

    O primeiro projeto paisagístico de Burle Marx apareceu em 1932, em parceria com a arquitetura de Lúcio Costa e Gregori Warchavchik. A partir daí, Burle Marx passou a dedicar-se ao paisagismo como sua ocupação principal, mas paralelamente, nunca deixou de realizar seus desenhos e pinturas. O projeto foi realizado com sucesso e Burle Marx é nomeado em 1936, a assumir a diretoria dos parques e jardins do Recife, onde realiza projetos menores de praças e jardins públicos.

    Seu nome é consagrado porém no projeto de paisagismo para o Edifício Gustavo Capanema, a sede do Ministério da Educação e Saúde Pública do Rio de Janeiro. O edifício é considerado um dos grandes triunfos e o estabelecimento definitivo da arquitetura moderna no Brasil. Sua equipe era composta por nomes como Lucio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer e Affonso Eduardo Reid, entre outros. O terraço-jardim que Burle Marx foi encarregado de projetar é considerado um marco da ruptura modernista com o velho paisagismo. Caracteriza-se pela vegetação nativa e suas formas sinuosas, o jardim possuía uma configuração inédita não só no país como também no mundo, com espaços contemplativos e de estar.
    Além deste, o arquiteto realizou diversos projetos importantes, como a criação do primeiro Parque Ecológico do Recife, em 1937; elaborou também o projeto de urbanismo dos jardins da Cidade Universitária da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1953; no mesmo ano, cuida do projeto do jardim do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte; e no ano seguinte é o responsável também pelo projeto paisagístico para o Parque Ibirapuera, em São Paulo; em 1955 projeta o paisagismo do MAM-RJ, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

    Nos anos 1960 ainda realiza seus projetos mais importantes, como a estruturação do paisagismo do eixo monumental de Brasília, e do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, além de ser o responsável, em 1968, pelo paisagismo da Embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos. Sua criação mais conhecida, provavelmente, é o calçadão da Avenida Atlântica, no Rio de janeiro. Uma calçada toda formada por pedras brancas e negras, que serpenteiam em curvas sinuosas por quatro quilômetros, acompanhando toda a orla da praia de Copacabana. 
    As ondas do Calçadão de Copacabana é provavelmente o projeto mais famoso assinado por Burle Marx
    Durante as décadas de 1970 e 1980, Burle Marx recebe importantes condecorações, como a "Comenda da Ordem do Rio Branco do Itamaraty em Brasília", o título "Doutor Honoris Causa da Academia Real de Belas Artes de Haia", na Holanda, e "Doutor honoris causa do Royal College of Art em Londres", na Inglaterra. 
    Desde 1965 até seu falecimento, contou com a colaboração, em todos os seus trabalhos, do arquiteto Haruyoshi Ono. Roberto Burle Marx morreu em junho de 1994, no Rio de Janeiro, aos 84 anos. Sem nunca ter deixado de realizar projetos paralelos, o paisagista tem também um papel de destaque nas artes plásticas brasileiras, trabalho que é muito pouco conhecido, daí a importância desta mostra. “Burle Marx foi um amante da natureza e sempre procurou valorizar a nossa flora exuberante, deixando obras marcantes. 
    É um grande prazer expor um pouco da obra desse grande artista”, comentou Sílvia Balbo Messias, gerente de relações institucionais do espaço expositivo.
    Divulgação:
    "Burle Marx e o Jardim Monumental"
    Quando: Até 15 de maio
    Onde: Edifício Altino Arantes
    R. João Brícola, 24, Centro de São Paulo - Próximo à estação do Metrô São Bento
    Horários: De segunda a sexta-feira, das 10h00 às 17h00.
    Quanto: Entrada Gratuita
    Informações: tel.- 3249-7466



     Amor
    Fonte 
    CausaOperária
    http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=5150
    Sejam felizes todos os seres. 
    Vivam em paz todos os seres. 
    Sejam abençoados todos os seres.