CAP. 2
A QUESTÃO DO SUPORTE SUBSTANCIAL DO PSIQUISMO.
2211y674.
A QUESTÃO DO SUPORTE SUBSTANCIAL DO PSIQUISMO.
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- O QUE TODOS DEVEM SABER DA FILOSOFIA -
- VI - Pequena Psicologia Filosófica -
- VI - Pequena Psicologia Filosófica -
675. Introdução. Depois de examinados os mais diversos fenômenos psíquicos, resta agora descer aos fundamentos substanciais que se encontram na base deles, como seus princípios.
Aqui, em psicologia, ocorre alguma repetitividade com o estudo sobre os corpos e sobre a vida, sobretudo com esta. Perguntava-se, que há sob os fenômenos corpóreos ? (vd 503) e que há sob os fenômenos vitais? (vd 541). Agora se pergunta, - que há sob os fenômenos psíquicos?
A repetividade ocorre, também porque já anteriormente se perguntava pelo monismo em geral, ou seja pela natureza psicossomático também dos corpos (vd 513).
Didaticamente o questionamento sobre o suporte substancial do psiquismo importa em dois tempos:
- conceituação das hipóteses monista e dualista do psiquismo (vd 676);
- tomada de posição sobre o suporte substancial do psiquismo (vd 682).
677. Dois sentidos de alma, ou alma parte do corpo, ou alma separada.
Para o monismo da natureza, os fenômenos psíquicos têm seu princípio causal na matéria corporal.Então a matéria corporal é princípio causal não somente dos fenômenos físicos, mas também dos da vida biológica, como do metabolismo, do crescimento, da geração. E seria também princípio causal de todas as funções psíquicas. Nesta hipótese, - a do monismo, - corpo e alma seriam um mesmo ser, com diversas faces. Ocorre, então, um reducionismo, para um só ser, em vez de dois ou mais princípios fundamentais a se associarem.
Neste caso, ou seja do monismo,
o corpo material não é algo pobre sem recursos.
É algo mais capaz do que à primeira vista
se poderia imaginar.
O monismo não rebaixa os fenômenos psíquicos, para reduzi-los aos fenômenos físicos. Trata-se de elevar a matéria, - sublimando-a, - ao mesmo nível do psiquismo, sem contudo negar a distinção específica entre os fenômenos habitualmente chamados físicos (corpóreos) e os fenômenos psíquicos.
Diferentemente, para o dualismo da natureza, a matéria se reduz apenas a um suporte grosseiro, meramente mecânico. Seria como uma carroça, da qual o carroceiro não faria parte. Para o dualismo, os fenômenos psíquicos são gerados por outro princípio substancial. Então a alma, ou espírito, apenas penetra no corpo material, dominando-o, como um espectro dentro da máquina.
Os dualista mais radicais descrevem mesmo ao corpo material como um cárcere da alma. Não há como provar esta fantasia!
O caráter geral do dualismo
é a arbitrária negação
que faz das qualidades efetivas da matéria.
678. O dualismo da natureza importa numa terminologia especial, em que a palavra dominante é alma, e aditivamente também a de espírito.
Definida em função ao seu sujeito próprio: a alma é o ato primeiro do corpo físico orgânico. Diz-se orgânico, porque o tipo da vida do homem exige um organismo de partes heterogêneas e ordenadas. Também se diz da alma, ser ela a forma substancial do ser vivo.
A alma, definida
em função ao efeito formal primário,
é aquilo pelo que se vive, se sente,
se move e se intelige.
O corpo por si só já possui a forma corpórea. A alma lhe acrescenta mais forma, dando-lhe a forma vegetativa com que se vive, a forma sensitiva com que se sente, a forma com que se pensa e se exerce a vontade.
Também importa cuidado com o sentido exato de espírito (do latim spiritus = sopro, vento, hábito, respiração e finalmente espírito no sentido em que estamos usando o termo). Oferece, pois, o termo espírito uma acepção nobre, todavia vaga e variada, razão porque importa insistir, para que a fantasia não distorça a reta conceituação que importa garantir.
Passa a haver corruptela, ao se entender o espírito, sem mais, como substância, como se de pronto fosse um ente radicalmente distinto do ente corpóreo. É difícil dizer o que seja um espírito. Já é difícil opinar o que seja um corpo. Mais difícil será dizer o que é um espírito. Seriamente pensado, o conceito de espírito começa por se dividir entre duas hipóteses, a monistas e a dualista.
Importa ainda distinguir entre espírito como ente e espírito como intencionalidade cognoscitiva, ou seja como atividade intencional. Neste caso, - entendido o espírito como uma intencionalidade cognoscitiva, - todos temos um espírito, enquanto exercemos atividade pensante.
O conhecimento é também um ente,
mas um ente sui generis,
dito as vezes ainda ente de razão.
Ele é apenas o atender a um objeto. Acontece efetivamente, ao se conhecer, uma atenção, que adverte para o objeto conhecido. Esta intencionalidade é atribuída também a uma obra de arte, enquanto de algum modo expressa algo.
Espírito como ente (ou como alma), não é apenas a intencionalidade, como a que acontece em um conhecimento ou em uma obra de arte. A intencionalidade é uma propriedade de algo. Esta propriedade é especificamente distinta das propriedades ordinariamente denominadas corpóreas.
Advertimos de novo, que esta propriedade denominada intencionalidade não se confunde com as propriedades ordinariamente denominadas corpóreas. Mas distinguir umas propriedades como distintas especificamente de outras propriedades, não quer dizer que o substrato, ou princípio, em que se apoia não possa ser o mesmo.
Efetivamente, o mesmo princípio pode ter muitas propriedades.
No dualismo, espírito está em sentido entitativo ou ontológico, ou ainda teológico, equivalendo a um ente, o qual se preconiza ser diferente da matéria.
Numa outra acepção, o espírito está em sentido intencionalístico. Agora a acepção é gnosiológica. Este outro sentido é mais peculiar à filosofia e ao modo generalizado de nos referir a nossa atividade psíquica superior.
679. Espécies de alma, vegetativa, animal e espiritual, eis o que ainda acontece no dualismo da natureza, como um complicador desta hipótese.
Ao se dizer que o corpo já possui a forma corpórea, e que a alma é também uma forma substancial, surge a indagação de como tudo isto se relaciona entre si.
Quiseram uns uma distinção maior como Platão e Descartes. Outros, como Aristóteles, propuseram uma distinção menor.
Para os que estabelecem o dualismo na natureza, existe não só uma alma especificamente diferenciada dos seres corpóreos, como também existem almas especificamente diversas entre si, a alma dos vegetais, a alma dos animais, a alma dos homens, envolvendo a dos animais as qualidades da dos vegetais, e a dos homens as qualidades dos vegetais e animais.
A direção dos argumentos é paralela a do argumento pelo qual fazem ver que, por debaixo da ação imanente há um princípio ativo, a alma.
Assim como para as ações imanentes estabelecem uma alma, ou uma forma substancial especificamente diversa da forma substancial corpórea, estabelecem agora também que, em modos de operar imanentes especificamente diversos entre si, correspondem almas igualmente diversificadas na espécie.
Para os dualistas, três são os modos de ação imanente, que são os três graus de vida:
- execução do fim, com forma e atividade predeterminada (as plantas);
- execução e forma do fim, com apenas predeterminação da atividade (animais);
- execução, forma, atividade, escolhidas pelo sujeito que opera (homens).
Em consequência são três as espécies de alma.
Quando ocorrem os três modos de atividade imanente num só indivíduo, alguns dualistas, como Platão, tendem a manter três almas. Por exemplo, três almas no mesmo ser humano.
Todavia quase todos os dualistas têm admitido que as três atividades imanentes se juntam em uma só alma. Então no ser humano, a sua alma seria, ao mesmo tempo, vegetativa, animal e espiritual.
E porque não seguir em frente, não somente juntando as três almas, e sim também o corpo material? Então um só seria o princípio, para o totalidade dos fenômenos. Somente os fenômenos seriam distintos especificamente, mas não o princípio de base, o que teria faculdades múltiplas.
680. Deveríamos mesmo distinguir, - como quer o dualismo, - entre princípios distintos para os fenômenos ditos corpóreos e os fenômenos psíquicos?
Posto o dualismo, - além da radical distinção entre corpo e alma, também a alma se poderia redividir em pelo menos três, - vegetativa, animal, espiritual.
Posto o monismo, nada disto se apresenta necessário, porque se podem juntar fenômenos específicos em um só princípio substancial, qualquer seja o nome que a ele se dê.
É o que importa avaliar, com vistas a uma tomada de posição.
683. Para julgar sobre a natureza do espírito humano, se devem levar em consideração normas preliminares de razoabilidade:
- não multiplicar os seres sem necessidade;
- respeitar a antitipia;
- não menosprezar as sugestões da presença sempre conjunta do espírito humano com a vida biológica.
684. Não multiplicar os seres sem necessidade. Os dualismos tendem explicar o mundo com fantasmagorias, como se os acontecimentos não pudessem decorrer de uma sequencial de causas e complexificações de elementos em composições progressivas e evolutivas.
Importa que a mundivisão
seja a mais razoável, buscando sempre explicar
a partir de elementos mais simples
as estruturas mais complexas.
Enquanto for possível explicar o espírito humano a partir do ser material, se deve fazê-lo. Apelar a uma distinção sem necessidade, prejudicaria a própria explicação, porquanto a redução de um ao outro explicaria um pelo outro reforçando a síntese.
685. A lei da antitipia é desrespeitada pelas concepções dualistas, certamente pelas concepções mais ingênuas.
Os dualistas se imaginam que um espírito penetra a um outro ser, denominado corpo, como um espectro que passa a comandá-lo a partir de dentro dele.
Como é que dois seres ocupariam o lugar da mesma entidade, ao mesmo tempo que seriam distintos? Neste sentido se tem tentado a teoria da união substancial.
No dualismo radical
os dois simplesmente se interpenetram.
Ordinariamente, os seres deslocam
uns aos outros, respeitando a antitipia,
e não parecem poder um ocupar
o lugar do outro.
E Deus nisto tudo? Se Deus é a totalidade da existência poderíamos dizer apenas que os demais seres participam da existência divina. Ocorrer aqui contato entre os princípios que regem a relação Deus e mundo (questão do monismo e dualismo no plano metafísico), e os princípios que regem alguns aspectos dos seres do mundo do mundo entre si (questão do monismo e dualismo corpo e alma).
No caso da relação Deus e mundo acontece algo como a relação entre a água do mar e a água da onda do mar. É a mesma a água do mar e a água da onda, divergindo apenas o modo de participar da mesma. Assim concebido, Deus não é um espectro a penetrar o mundo, mas é a totalidade da existência, da qual participam os demais seres conduzidos à existência.
A onda do mar não se encontra com o seu lugar no mesmo lugar do mar. Se isto acontecesse, o mar seria um espectro dentro da onda. Dois existiriam no mesmo lugar, contrariando a lei da antitipia.
A onda apenas participa da mesma água do mar. Assim, se o mundo existe separado de Deus, não se trata de duas existências a se situarem no mesmo lugar. São dois a participarem fundamentalmente da mesma coisa, um a participar de um modo e outro a participa de outro modo. Deus participa da existência como não recebida, e participa de toda a existência. A criatura participa da existência como recebida, e somente de modo limitado. Assim acontece, que podem existir Deus e o mundo, sem que se viole a lei da antitipia.
Pelo visto, não há como libertar a explicação dualista do mundo, - corpo e alma, - de ser uma violação da lei de antitipia.
Talvez fosse possível:
- um espírito ao lado do corpo;
- um corpo ao lado do espírito;
- um espírito ao lado de outro espírito,
- um corpo ao lado de outro corpo.
Mas não é possível:
- um corpo dentro de outro corpo,
- um corpo dentro de um espírito
- um espírito dentro de outro espírito,
- um espírito dentro de um corpo.
Desde que a lei da antitipia seja aceita, cai a interpretação dualista do ser humano, como constituídos de duas substâncias irredutíveis, - o corpo como morada, o espírito como hóspede.
686. Unidade do ser vivo. A diversidade específica entre as ações ocorridas no mesmo ser vivo não requer a multiplicidade do princípio substancial gerador.
A presença do espírito no conjunto biológico e por sua vez o conjunto biológico associado com a matéria, deverá sugerir uma hipótese inicial de que haja um só grande princípio gerador (por efeito formal) do todo.
Não é necessário, que modos diversos de atividade imanente correspondam a almas especificamente diversas, no caso particular de se encontrarem estes modos em um mesmo indivíduo.
Há processos outros que permitem explicar o fenômeno, e até razões restringentes, para adotar a nova posição, e assim evadir-se da tese de Platão que punha na planta uma alma, no animal duas, no homem três.
Aristóteles, apesar de dualista no que se refere à distinção de corpo e alma, admitiu contudo a unidade da forma substância, por efeito de uma composição de corpo e alma, como uma só substância, ainda que composta.
687. O primeiro argumento em favor da unidade especifica sensitiva e racional, parte da unicidade da forma substancial. É da natureza da forma substancial não poder ser senão uma em cada indivíduo, quer este indivíduo seja um corpo, quer um ser com psiquismo.
Se a forma substancial tem por função dar o ser simplesmente (esse simpliciter), determina-lhe, pois, a natureza e a espécie.
Neste sentido Tomás de Aquino, na esteira de Aristóteles, ponderou, em favor da unidade de forma do ser humano, em artigo sobre - Se há no homem , além da alma intelectiva, outra forma:
"Uma mesma coisa tem um só ser substancial.
Ora, como a forma substancial é que dá o ser substancial, cada coisa têm só uma forma substancial.
Logo, é impossível que haja, no homem,
alguma outra forma substancial,
além da alma intelectiva.
Mas se, como já se disse antes, a alma intelectiva está unida ao corpo como forma substancial, é impossível haja, no homem, qualquer outra forma substancial, além dela.
Para a evidência do que devemos considerar que a forma substancial difere da acidental, por não dar esta o ser absolutamente, mas o ser sob certo aspecto; assim o calor faz o seu objeto ser, não absolutamente, mas ser quente. Por onde, pela advertência da forma acidental, um ser não é feito ou gerado, absolutamente, senão sob certo aspecto ou de determinado modo; e, semelhantemente, desaparecida a forma acidental, um corpo não se corrompe absolutamente, mas só de certo modo.
Ao passo que, a forma substancial dá o ser absoluto. Por isso, com a sua advertência, um ser é gerado, pura e simplesmente; e, pelo seu desaparecimento, fica pura e simplesmente corrompido.
Por essa razão, os antigos filósofos da natureza, admitindo a matéria prima como um ser atual, ao modo do fogo, do ar ou corpos semelhantes, diziam que nenhum ser é, pura e simplesmente, gerado, nem é corrompido, mas que todo o vir-a-ser é alteração, como se vê em Aristóteles.
Se, portanto, além da alma intelectiva, preexistisse na matéria qualquer outra forma substancial, que tornasse atual o sujeito da alma, resultaria daí que a alma não dá o ser, pura e simplesmente e, por consequência, não seria forma substancial; e que, advindo a alma ou separando-se, não haveria geração nem corrupção, pura e simplesmente, mas só sob certo aspecto. Coisas manifestamente falsas.
Por onde, deve-se admitir que, além da alma intelectiva, nenhuma outra forma substancial há no homem; e que esta, assim como, na sua virtude, contém a alma sensitiva e a nutritiva, assim também contém todas as formas inferiores, fazendo, ela só tudo o que as formas menos imperfeitas fazem nos outros seres.
E o mesmo se deve dizer da alma sensitiva,
nos brutos, da nutritiva, nas plantas.
O mesmo se dirá universalmente,
de todas as formas mais perfeitas,
em relação às mais imperfeitas"
(Suma teológica, P. I - Questão 76).
688. O segundo argumento, em favor da unidade da alma sensitiva e racional, alega um postulado da natureza intelectiva e sensitiva, ao qual a própria natureza tem de atender, para não ser essencialmente defeituosa na sua constituição interna.
A vida sensitiva, como usa acontecer no homem, exige o concurso da vegetativa.(que por sua vez não é senão uma forma adiantada da atividade corpórea). De igual maneira, no ser humano, a vida intelectiva exige a sensitiva]
A alma do homem, por causa de sua constituição peculiar pela qual deve receber os objetos do conhecimento através dos sentidos, vai necessitar tanto da vida sensitiva como da vegetativa, portanto, a alma intelectiva postula que esta mesma alma seja num só tempo princípio de todos os modos de operação mencionados.
689. Avaliando, - é mais sábio criar um mundo em que tudo dispõe do psiquismo, do que um mundo em que a maior parte é pobre brutalidade.
Uma vez que Deus dispunha de sabedoria e de poder, terá criado um mundo coerente com ele mesmo.
Toda a criação é uma gratuidade. Por isso á também coerente, que Deus tenha dado a todas as suas criaturas igual oportunidade, no curso dos tempos.
Decididamente, Deus não terá praticado o angelismo em favor de uns e o brutalismo em desfavor de outros.
Tendo sido democrático para com toda a sua criação, Deus terá concedido a todas as suas obras a faculdade de conhecer aos outros seres. Concedeu a todos os seres o poder de se conhecerem a si mesmos, ainda que em oportunidades diversas.
Enfim, cuidou Deus, em sua bondade,
que todas as suas criaturas o chegassem
de algum modo a conhecer seu criador.
Entretanto, tudo foi dado em termos evolutivos, em que as oportunidades ocorrem em momentos distintos. Deu tempo ao tempo, que existe bilhões de anos, e poderá ocorrer em outros bilhões de anos, bem como em qualquer lugar do universo.
Sucessivamente, uns seres estão no estágio de consciente indiferenciado, outros em estagio mais adiantado, mas todos, ciclicamente, ora num, ora noutro momento.
No jogo transformante das oportunidades, a pessoa aparentemente surge em determinado momento. Na verdade, ela apenas acorda para manifestações crescentemente mais complexas e diferenciadas.
Também parece que a vida morre. De novo, apenas teria ocorrido o retorno ao estado indiferenciado das manifestações psíquicas. Como no plano físico, nada surge de novo e nada perece, mas tudo se transforma. No plano da percepção psíquica, nada surge e nada morre, mas tudo se transforma e tende a evoluir.
Como no curso dos dias, ora estamos acordados, ora dormimos, no curso dos tempos mais longos, ora somos isto, ora aquilo.
Com referência ao que dizem convicções sobrenaturalistas, de uma alma que surge e que depois se retira do corpo, é possível manter esta doutrina como uma possibilidade metafísica, - a qual entretanto é preciso provar. Seria não só um milagre eventual.
Seria um milagre
elevado à condição de regra,
como tudo o mais que se diz
de um Reino de Deus.
690. Concluindo sobre a filosofia natural em sentido amplo, - que expõe sobre corpo material e psiquismo, - anote-se que algumas conclusões produzem impacto, como já advertimos anteriormente (vd 583), porque diferem das opiniões tradicionais e religiosas fundamentalistas.
No que se refere ao sobrenatural, este somente poderá ser válido a partir da realidade natural anteriormente estabelecida, da qual então passaria a ser um acréscimo, se devidamente provado. Mas isto não se consegue ser entendido pelo simplismo proselitista dos pregadores de cornetinha!
Uma das hipóteses de impacto
oferecida pela filosofia natural em sentido amplo
é a que estabelece a possibilidade da ocorrência
do psiquismo em todos os entes.
O universo está imensamente vivo. Sem ser um imenso desperdício, por toda a parte vive, embora adormecido algum tempo e acordado em outro.
Épocas históricas houve em que não se admitia o surgimento do homem a partir da evolução animal. Já passou este tempo.
Continua a haver resistência à tese de que o psiquismo seja uma propriedade do corpo material. Também esta resistência passará, e todos acreditarão na universalidade da vida e do espírito.
[Fim da Pequena psicologia]
Versão em Português do original em Esperanto
© Copyright 1997
Fonte:
ENCICLOPÉDIA SIMPÓZIO
http://www.simpozio.ufsc.br/Port/1-enc/y-micro/SaberFil/PeqPsico/2211y674.html
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
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