Este é o 1ºandamento, o Molto Allegro,
da mais importante música (Sinfonia nº40)
de um dos maiores génios da música de todos os tempos,
Wolfgang Amadeus Mozart.
Manuscritos do Mar Morto
Os Manuscritos do Mar Morto são uma coleção de centenas de textos e fragmentos de texto encontrados em cavernas de Qumran, no Mar Morto, no fim da década de 1940 e durante a década de 1950.[1] Foram compilados por uma seita de judeus conhecida como Essênios, que viveram em Qumran do século II a.C. até aproximadamente 70.[1] Porções de toda a Bíblia Hebraica foram encontradas, exceto do Livro de Ester e do Livro de Neemias.[1] Os manuscritos incluem também Livros apócrifos e livros de regras da própria seita.[1] Os Manuscritos do Mar Morto são de longe a versão mais antiga do texto bíblico, datando de mil anos antes do que o texto original da Bíblia Hebraica, usado pelos judeus atualmente.[1] Atualmente, estão guardados no Santuário do Livro do Museu de Israel, em Jerusalém.[1]
Histórico
Os manuscritos do Mar Morto foram casualmente descobertos por um grupo de pastores de cabras, que em busca de um de seus animais localizou, em 1947, a primeira das cavernas com jarros cerâmicos contendo os rolos de papíro. Inicialmente os pastores tentaram sem sucesso vender o material em Belém. Mais tarde, foram finalmente vendidos para Athanasius Samuel, bispo do mosteiro ortodoxo sírio São Marcos em Jerusalém e para Eleazar Sukenik, da Universidade Hebraica, em dois lotes distintos.
A autenticidade dos documentos foi atestada em 1948. Em 1954, governo israelense, que já havia comprado o lote de Sukenik, comprou através de um representante, os documentos em posse do bispo, por 250 mil dólares.
Outra parte dos manuscritos, encontrada nas últimas dez cavernas, estavam no Museu Arqueológico da Palestina, em posse do governo da Jordânia, que então controlava o território de Qumram.
O governo jordaniano autorizou apenas oito pesquisadores a trabalharem nos manuscritos. Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel apropriou-se do acervo do museu, porém, mesmo com a entrada de pesquisadores judeus, o avanço nas pesquisas não foi significativo. Apenas em 1991, com a quebra de sigilo por parte da Biblioteca Hutington em relação aos microfilmes que Israel havia enviado para algumas instituições pelo mundo, um número maior de pesquisadores passou a ter acesso aos documentos, permitindo, enfim, que as pesquisas avançassem significativamente.
Os desdobramentos em relação aos resultados prosseguem e, recentemente, a Universidade da Califórnia apresentou o "The Visualization Qumram Project" (Projeto de Visualização de Qumram), recriando em três dimensões a região onde os manuscritos foram achados. O Museu de Israel já publicou na Internet parte do material sob seus cuidados e o Instituto de Antiguidades de Israel do Museu Rockefeller trabalha para fazer o mesmo com sua parte do material.
Autoria
A autoria dos documentos é até hoje desconhecida. Com base em referências cruzadas com outros documentos históricos, ela é atribuída aos essênios, uma seita judaica que viveu na região da descoberta e guarda semelhanças com as práticas identificadas nos textos encontradas. O termo "essênio", no entanto, não é encontrado nenhuma vez em nenhum dos manuscritos.
O que se sabe é que a comunidade de Qumram era formada provavelmente por homens, que viviam voluntariamente no deserto, em uma rotina de rigorosos hábitos, opunham-se à religiosidade sacerdotal e esperavam a vinda de um messias.
Importância para o cânone bíblico
Antes da descoberta dos Rolos do Mar Morto, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam da época do nono e do décimo século da era cristã. Havia muitas dúvidas sobre a confiabilidade dessas cópias. A análise dos textos encontrados mostra que os textos hebraicos eram bastante fluidos antes de sua canonização. Há textos que são quase idênticos ao texto massorético embora haja fragmentos do livro do Êxodo e de Samuel com diferenças significativas das cópias modernas.
Mas o Professor Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do Mar Morto, declarou: "O Rolo de Isaías [de Qumran] fornece prova irrefutável de que a transmissão do texto bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas mãos de copistas judeus, foi extremamente fiel e cuidadosa."
O rolo mencionado por Barrera trata-se de uma peça com 7 metros de comprimento, em aramaico, contendo o inteiro livro de Isaías. Diferentemente deste rolo, a maioria deles é constituída apenas por fragmentos, com menos de um décimo de qualquer dos livros. Os livros bíblicos mais populares em Qumran eram os Salmos (36 exemplares), Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21 exemplares). Estes são também os livros mais frequentemente citados nas Escrituras Gregas Cristãs.
Embora os rolos demonstrem que a Bíblia não sofreu mudanças fundamentais, eles também revelam, até certo ponto, que havia versões diferentes dos textos bíblicos hebraicos usadas pelos judeus no período do Segundo Templo, cada uma com as suas próprias variações. Nem todos os rolos são idênticos ao texto massorético na grafia e na fraseologia. Alguns se aproximam mais da Septuaginta grega.
Anteriormente, os eruditos achavam que as diferenças na Septuaginta talvez resultassem de erros ou mesmo de invenções deliberadas do tradutor. Agora, os rolos revelam que muitas das diferenças realmente se deviam a variações no texto hebraico. Isto talvez explique alguns dos casos em que os primeiros cristãos citavam textos das Escrituras Hebraicas usando fraseologia diferente do texto massorético. — Êxodo 1:5; Atos 7:14. Assim, este tesouro de rolos e fragmentos bíblicos fornece uma excelente base para o estudo da transmissão do texto bíblico hebraico. Os Rolos do Mar Morto confirmaram o valor tanto da Septuaginta como do Pentateuco samaritano para a comparação textual.
Os rolos que descrevem as normas e as crenças da seita de Qumran tornam bem claro que não havia apenas uma forma de judaísmo no tempo de Jesus. A seita de Qumran tinha tradições diferentes daquelas dos fariseus e dos saduceus. É provável que essas diferenças tenham levado a seita a se retirar para o ermo. Eles se encaravam como cumprindo Isaías 40:3 a respeito duma voz no ermo para tornar reta a estrada de YHWH. Diversos fragmentos de rolos mencionam o Messias, cuja vinda era encarada como iminente pelos autores deles. Isso é de interesse especial por causa do comentário de Lucas, de que “o povo estava em expectativa” da vinda do Messias. — Lucas 3:15.[carece de fontes]
Os Rolos do Mar Morto ajudam até certo ponto a compreender o contexto da vida judaica no tempo em que Jesus pregava. Fornecem informações comparativas para o estudo do hebraico antigo e do texto da Bíblia. Mas o texto de muitos dos Rolos do Mar Morto ainda exige uma análise mais profunda.
Controvérsias
A associação de Jesus Cristo com a seita dos essênios ou sua influência sobre estes é controversa. Os essênios, que viviam em comunidades isoladas, tinham conceitos muito diferentes dos das outras seitas judaicas (Saduceus, Fariseus) sobre a Lei de Moisés. Preocupavam-se em especial com a purificação pessoal, eram geralmente celibatários e vestígios encontrados nas cavernas de Qumran indicam que se vestiam apenas com túnicas brancas e acessórios simples. Havia uma interpretação muito rígida da guarda do sábado, pois segundo suas regras, até fazer suas necessidades fisiológicas era considerado violação ao sábado. A seita dos essênios mantinha uma estrita postura com o sábado devido a lei de Moisés estar vigente durante aquele periodo.Israel Knohl
O acadêmico judeu Dr. Israel Knohl, presidente do Departamento Bíblico da Universidade Hebraica de Jerusalém e professor convidado nas universidades de Berkeley e de Stanford, apresenta no seu livro: "The Messiah Before Jesus" (O Messias antes de Jesus), com base nestes pergaminhos, a tese de que por volta do ano do nascimento de Jesus Cristo falecera um suposto Messias, chamado Menahem, o essénio, em circunstâncias semelhantes àquelas em que o próprio Jesus mais tarde viria a morrer (apesar das obras e ensinamentos de cada qual contrastarem, conforme se verá em seguida), e supõe o autor que Jesus poderia ter tido conhecimento desta história.Menahem (ou Menachem), líder de uma seita judaica de Qumran, tentou liderar uma revolta contra os Romanos, mas acabou morto por estes, que proibiram que o seu corpo fosse enterrado. Este grupo de discípulos, ao contrário dos cristãos, logo se dissipou. Este Menahem teria, segundo Knohl, falecido por volta de 4 a.C.
Michael Wise
Outro académico, o cristão Michael Wise, professor nos Estados Unidos, afirma que o messias dos pergaminhos se chamava Judah e morreu de forma violenta por volta de 72 a.C. Wise publicou o livro "The First Messiah" em 1999.NOVIDADE
Lançada a Terceira Edição do livro:PERGAMINHOS DO MAR MORTO: UM LEGADO PARA A HUMANIDADE
Os Pergaminhos do Mar Morto são a mais antiga versão já descoberta da Bíblia do Velho Testamento e foram uma das maiores descobertas arqueológicas do Século 20. Eles foram escritos há dois mil anos, aproximadamente entre o ano 200 antes da Era Comum (AC) até a destruição do Segundo Templo, no ano 70 da Era Comum (DC).
Além de serem contemporâneos a Jesus, essa foi uma época de acontecimentos cruciais para o Judaísmo e o Cristianismo. Entre as escrituras, destacam-se os textos bíblicos, que mostram que os textos lidos atualmente são os mesmos de mais de dois milênios, e vários textos sobre a vida comunitária dos Essênios, uma seita que se isolou nas proximidades do Mar Morto e cujas práticas foram absorvidas pelo nascente Cristianismo.
O acervo foi encontrado casualmente por beduínos, nas cavernas de Qumram, próximos ao Mar Morto, em Israel, em 1947. Eles foram preservados devido ao clima peculiar do Mar Morto, que está localizado a cerca de 25 quilômetros de Jerusalém. Na região, as temperaturas médias são altas, entre 30 e 40º C; a umidade relativa do ar é baixíssima; é extremamente salgada; e o alto grau de evaporação produz uma espécie de vapor.
Entre agosto de 2004 e fevereiro de 2005, a Calina Projetos Culturais e Sociais, em conjunto com o Instituto de Antiguidades de Israel, apresentou a Exposição Pergaminhos do Mar Morto: Um Legado Para a Humanidade, em São Paulo e Rio de Janeiro. A Exposição trouxe pela primeira vez à América Latina fragmentos originais dos Pergaminhos do Mar Morto e diversos artefatos arqueológicos do mesmo período, como vasos, potes e utensílios em pedra e cerâmica, moedas, objetos em couro, tecidos, entre outros.
Durante a Exposição, foram esgotadas as duas primeiras edições do Livro, no total de dez mil exemplares. Para quem visitou ou não, mas se interessa por arqueologia, história e cultura, essa terceira edição é uma oportunidade para adquirir uma obra que contém a história de objetos tão importantes para a humanidade e belíssimas fotos dos objetos e da região do Mar Morto.
O livro é apresentado em papel couché de alta qualidade, capa dura, possui cerca de 80 páginas e seu valor é de R$ 50,00. Para pedir, entre em contato com o email info@marmorto.com.br. Em São Paulo, o livro está sendo vendido em algumas livrarias e na banca de jornais da Rua Indiana, 204, esquina com Av. Portugal, no Brooklin. O telefone é (11) 5042-0303.
A edição da Terceira Edição do livro contou com o patrocínio do Grupo Haganá Segurança e apoio da Secretaria Municipal de Cultura - SP, através da Lei Mendonça (incentivo à Cultura).
Capítulos:
I. Introdução: A Região do Mar Morto
II. A Descoberta
III. As Pesquisas Arqueológicas de Qumran
IV. Linha do Tempo
V. Os Essênios
VI. Os Pergaminhos de Qumran
VII. Conservação dos Pergaminhos do Mar Morto
VIII. Publicação dos Pergaminhos
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Livros Essênios (Sectários) · Calendário - Regras da Comunidade - Salmos Sectários
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Li-Sol-30
http://www.marmorto.com.br/Web/pagina_2.htm
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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