AGARTHA: MÍSTICA, MITO ; HISTÓRIA
A grande Lenda de Agartha ou Shambala, atravessa os séculos irradiando a sua luz norteadora sobre as nações.
De essência versátil dada a sua riqueza e profundidade, o "Lugar das Origens" possui diferentes significados.
Mito, ioga e localidade sagrada segundo os antigos sábios tibetanos, os mistérios da Agartha tem sido revelados ao Ocidente a partir das descrições de grandes viajantes, tais como Helena P. Blavastky, Alexandra David Neel e o casal Nicholas e Helena Roerich.
A partir dos relatos de Saint Yves d'Alveydre e do viajante F. Ossendowsky, o assunto recebe novas riquezas e acepções na cultura ocidental. Se o Marquês descreve a "sociedade agarthina" ao modo de uma utopia, o viajante traz a palavra dos sábios da Mongólia por onde passou, tratando dos mundos subterrâneos e das profecias do Rei do Mundo. Por fim, o tema é acolhido pela pena do célebre perenialista René Guenón, para se consolidar como mais um tema clássico dos nossos tempos.
Estas são as quatro obras ocidentais "clássicas" da lenda agarthina, por ordem de aparecimento, envolvendo todas as formas originais de abordagem ao tema.
a. "A Missão da Índia", Saint Yves d'Alveydre, 1886 ("realismo fantástico")
b. "A Raça Futura", E. Bulwer Lytton, 1871 (romance esotérico)
c. "Bestas, Homens e Deuses", F. Ossendowsky, 1922 (mítico-científico)
d. "O Rei do Mundo", René Guenón, 1927 (exegético-filosófico)
Assim, podemos observar a construção (ou a "progressiva revelação") desta grande Lenda, que traz afinal a eterna Busca pela Terra Prometida, pois se relaciona ao duplo-fator fundador de unificação espaço-temporal de Centro e de Origens.
Analisemos agora sumariamente as três grandes "correntes" agarthinas de Mito, História e Mística, que não obstante acham-se sempre bastante interligadas. Na verdade, podemos analisar estes grandes mitos geográficos tríplices sob diferentes aspectos. Há por exemplo os três níveis da Agartha Eterna, relacionados à Sinarquia Trina e aos Centros de consciência da Divindade, da Hierarquia e da Humanidade.
Os símbolos acima, correspondem aos valores 3-6-9 e à geometria da Árvore Sefirotal, mas poderia ser também a de um stupa budista, que costuma ser relacionado aos cinco elementos mas apresenta nitidamente três degraus principais associados às raízes da geometria cósmica. O tema também se acompanha pelos preceitos da Sinarquia agarthina, o regime social orgânico, próprio para as três iniciações da raça árya.
Todas estas esferas de consciência, estão bem representadas na tanka tibetana a seguir, havendo:
a. no centro o Templo trino do Senhor do Mundo: Shambala,
b. em volta do primeiro círculo de montanhas os sete Templos médios da Hierarquia de Luz (a Loja Branca): Agartha,
c. e na base destes os doze pequenos Templos da humanidade conectados às raças-raízes: Vaikuntha.
Em função disto, podemos dizer também que existem três modalidades de sistemas geográficos, sempre para compor a triple evolução árya:
1. Tradição Terciária (Vaikuntha): Raça-raiz = Câmara de Aprendizado ("Onipresença")
2. Tradição Secundária (Agartha): Hierarquia = Câmara de Discipulado ("Onisciência")
3. Tradição Primária (Shambala): Deidade = Câmara de Iniciação ("Onipotência")
E assim, Shambala (Deidade) manifesta as Idéias arquetípicas originais que os videntes de Agartha (Hierarquia) captam como Ideais para plasmar através de seus discípulos junto à Vaikuntha (Raça-Raiz) como Ídolos nas instituições sociais humanas.
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