domingo, 18 de abril de 2010

O PAPA, BENTO XVI

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  Papa Bento XVI  
    Pontificado - início: 19/04/2005 

 
 
 
                                                Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, nasceu em 16 de abril de 1927, cidade de Marktl, diocese de Passau – Alemanha. O pai era Comissário de Polícia e era originário de uma tradicional família de agricultores na Baixa Baviera. Passou sua adolescência em Traunstein e no ano de 1939, ingressou num seminário preparatório. Quatro anos mais tarde (1943), com 16 anos de idade, junto com os integrantes de sua classe, foi designado a prestar serviços em baterias anti-aéreas por ocasião da Segunda Guerra Mundial. Prestou ainda treinamento básico para a infantaria de Wehrmacht no mês de novembro de 1944. Por isso, em 1945, acabou sendo preso por tropas americanas, que imaginavam ser ele um soldado alemão, e por isto foi encaminhado a um acampamento para prisioneiros de guerra, mas acabou sendo libertado no mês de junho de 1945. Foi quando reingressou no seminário.   

                                                 Em 29 de junho de 1951 ele e seu irmão Georg foram ordenados sacerdotes. Iniciou aqui suas atividades de professor, especializando-se nas faculdades de teologia e filosofia de Freising. Em 1953, doutorou-se em teologia com a dissertação “O Povo e a Casa de Deus na Doutrina da Igreja, de Santo Agostinho”. Quatro anos mais tarde obteria a cadeira com seu trabalho sobre “A Teologia da História de São Boaventura”. Pela sua notável intelectualidade e experiência, foi-lhe atribuído o encargo de dirigir a Dogmática e Teologia Fundamental na Escola Superior de Filosofia e Teologia de Freising.  

                                                Ministrou seus ensinamentos em Bonn de 1959 a 1969, paralelamente em Münster (1963 a 1963) e Tubing (1966 a 1969). Neste último ano, passou a ser catedrático de Dogmática e História dos Dogmas na Universidade de Rabistona, exercendo o cargo de vice-presidente na mesma universidade. Em 1962 contribuiu notavelmente nas comissões do concílio Vaticano II como consultor teológico do cardeal Joseph Frings, Arcebispo de Colona. 

                                                Entre suas numerosas publicações, destacam-se: “Introdução ao Cristianismo”, que trata de uma recompilação das lições universitárias publicadas em 1968 sobre a profissão da fé apostólica; “Dogma e Revelação” (1973), que é uma coletânia de ensaios, pregações e reflexões pastorais. Nesta ocasião, obteve notável ressonância seu discurso, pronunciado na Academia Católica bávara, sobre o tema “Porque sigo, todavia, na Igreja?”, onde afirmou: “Só é possível ser cristão na Igreja, ao lado da Igreja”. Em 1985 publicou o “Informe sobre a fé” e, em 1996 “O Sal da Terra”.Em 24 de Março de 1977, o Papa Paulo VI o nomeou Arcebispo de Munique para, no dia 24 de maio subseqüente receber a consagração episcopal. Foi ele o primeiro sacerdote diocesano a assumir, depois de 80 anos, o governo pastoral da grande diocese bávara.    

                                                Em 1977, o Papa Paulo VI o nomeou cardeal, tendo participado da Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos como relator, em 1980, que tratou dos temas: “Os deveres da família cristã no mundo contemporâneo” e “Reconciliação e penitência e a missão da Igreja”.Em 25 de novembro de 1981 foi nomeado por João Paulo II como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé; e pesidente da Pontifícia Comissão Bíblica e Pontifícia Comissão teológica Internacional. Em novembro de 1998 foi eleito vice-decano do colégio cardinalício e, em 30 de novembro de 2002, o Santo Padre aprovou sua eleição de decano do colégio cardinalício, realizada por cardeais da ordem dos bispos. 

                                                Foi presidente da Comissão para a preparação do Catecismo da Igreja Católica, que lhe custou seis anos de intensos trabalhos (1986 a 1992).
                                                Em 10 de novembro de 1999 recebeu o doutorado "honoris causa" de Direito, emitido pela Universidade Italiana - LUMSA. Em 13 de novembro de 2000, foi acadêmico honorário da Pontifícia Academia de Ciências. 

                                                Acumulou diversas outras importantes funções como: Membro do Conselho da II Secção da Secretaria de Estado, das Congregações para as Igrejas Orientais, para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, para os bispos, para a Evangelização dos Povos, para a Edcucação Católica, do Pontifício Conselho Para a Promoção e Unidade dos Cristãos e das Pontifícias Comissões para a América Latina e "Ecclesia Dei". 

                                                Durante sua trajetória, defendeu resolutamente os valores valores evangélicos e cristãos, empenhando-se decididamente a combater conceitos estranhos que pudessem, de qualquer forma, vir atingir os valores doutrinários da Igreja. De personalidade forte, nunca poupou palavras para defender os preceitos da religião católica. Por suas exposições, muitas vezes duras, porém verdadeiras, enfrentou constantes críticas, perseguições e declaradas inimizades. 

                                                Desde 1981, quando foi nomeado como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, arrebanhou uma larga fileira de inimigos, ao empenhar-se dedicadamente aos processos a si atribuídos, que visavam a investigação e controle da ortodoxia. Condenou a Teologia da Libertação, pelo seu conteúdo exclusivamente social, baseado em conceito ideológico e marxista. Também repudiou a manifestação de sacerdotes asiáticos, que tentaram colocar a doutrina da Igreja Católica no mesmo plano das religiões não-cristãs que, segundo eles, também faziam parte do plano de Deus para a salvação da humanidade.

                                                Muitos, não conseguindo enxergar seu zelo como preservador da doutrina de Cristo,  o taxaram de "conservador" radical, diante da sua inflexibilidade ante surgimento de ideologia terrenas e condenando também temas como homossexualidade, matrimônios gays, controle da natalidade, uso de métodos artificiais para evitar a contracepção ou evitar a Aids, aborto, eutanásia, ordenação de mulheres e o sincretismo religioso. Demonstrou afabilidade ao diálogo inter-religioso, ao mesmo tempo que mostrou-se inflexível quanto aos pontos doutrinários e dogmáticos. Dentro disto, foi que manifestou certa restrição às relações ecumênicas, que pendiam para a unificação de idéias em filosofias diversificadas, inconciliáveis à doutrina da Igreja, além de atacar os modismos e tendências atéias da modernidade. 

                                                Assumiu o nome de Bento XVI, no dia 19/04/2005, conforme anúncio à multidão congregada no Vaticano, que aguardava ansiosa após o anúncio da eleição do novo Papa, pela fumaça branca da chaminé vista por todos na Praça de São Pedro. 

                                                Em sua primeira aparição pública, o recém-eleito Pontífice pediu ao mundo que rezasse por ele e por seu papado. "Entrego-me às vossas preces", disse o Papa à grande multidão, vindas de todas as partes do mundo. Foi ovacionado e interrompido por diversas vezes com gritos e aplausos. Vestido com os paramentos papais, Bento XVI deu sua primeira bênção à cidade de Roma e ao mundo (bênção "Urbi et Orbi")

Bento XVI é o Papa mais idoso, desde Clemente XII, que também tinha 78 anos, quando eleito em 1730 e o primeiro Papa alemão, desde Vitor II (1055). 
 

Algumas fotos da posse do Papa Bento XVI: 

Um comentário:

  1. O QUE TERA ACONTECIDO COM PAPA JOÃO PAULO II, QUE TEVE UMA MORTE RAPIDA E MISTERIOSA?

    O QUE ACONTECEU COM OS TRÊS SEGREDOS DE FA
    ÁTIMA?

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