Sócrates (470 a.C.)
Filósofo grego que viveu em Atenas, revolucionou a história da filosofia ao deslocar reflexão do mundo natural para o mundo humano. Ao fazer do diálogo o método de sua filosofia, procurou conhecer-se a si mesmo para saber em que consistia sua sabedoria. Sempre seguido de discípulos, onde se reuniam no Liceu do Ginásio, foi acusado de subversão e de corromper a juventude. Condenado à morte, foi obrigado a beber cicuta na prisão de Atenas. Sócrates nada deixou por escrito, e seus pensamentos são conhecidos por meio das obras de outros filósofos.
Platão (428–347 a.C.) 81 anos
Nos diálogos Eutífron, Críton, Fédon e Apologia de Sócrates — escolhidos para integrar o volume 2 —, Platão discorre sobre piedade, dever, justiça, juventude e maturidade. Ele foi o principal discípulo de Sócrates, que desenvolveu e aprimorou as idéias do mestre e construiu um pensamento que criou raízes profundas na filosofia ocidental.
A República, de Platão
A República é convite à reflexão sobre a sociedade perfeita. É o sonho de uma vida harmônica, justa, que prevaleça sobre o caos. Qual o melhor regime político? A quem deve ser designado o poder? Qual deve ser a estrutura da sociedade? A famosa Alegoria da Caverna você encontrará neste livro.
Aristóteles (383–322 a.C.) 61 anos
Discípulo de Platão, Aristóteles é o criador da lógica formal, instrumento utilizado pela ciência e pela filosofia em sua construção. Em textos de Poética, Organon, Política e Constituição de Atenas, que formam a edição 3 da coleção Os Pensadores, Aristóteles discorre com mestria sobre arte literária, lógica, moral e política. Ao lado de Platão, Aristóteles é o pensador mais influente da filosofia ocidental de todos os tempos.
Santo Agostinho (354–430) 76 anos
Teólogo medieval que se transformou em um dos maiores nomes do pensamento cristão. Para Santo Agostinho, razão e fé caminham juntas: é necessário compreender para crer e crer para compreender. A obra Confissões reconstitui de forma brilhante a trajetória de sua vida e de sua evolução espiritual, deixando um legado de fé e sabedoria.
Tomás de Aquino (1225–1274) 49 anos
Em textos como Ente e a Essência, Compêndio de Teologia, Súmula contra os Gentios e partes extraídas da Suma Teológica, Tomás de Aquino estabelece a diferença entre essência e existência, discute as relações entre razão e fé, analisa as noções de verdade e demonstra a existência de Deus. O volume procura reunir os principais temas do teólogo que cristianizou o pensamento de Aristóteles.
História da Filosofia
Quem foram, o que disseram e imaginaram os homens que construíram a história do pensamento humano? Dirigida a estudantes e leigos, este livro refaz todo o percurso da filosofia, das suas origens – os mitos orientais e a estruturação da razão na Grécia Antiga – até as teorias desenvolvidas na segunda metade do século XX, passando por nomes como Sócrates, Aristóteles, Descartes, Marx, Freud, Sartre, entre centenas de outros. Apresentado de maneira sucinta, é uma obra para consulta e pesquisa e uma excelente iniciação ao conhecimento, uma rara oportunidade para despertar no leitor a sensação que se encontra no ponto de partida de toda especulação filosófica, o espanto e o maravilhamento diante dos mistérios da vida.
Maquiavel (1469–1527) 58 anos
Em sua obra mais importante, O Príncipe, Maquiavel propõe uma doutrina política centrada na experiência e na prática: toda iniciativa política, para ser eficaz, deve ajustar-se às circunstâncias. Os Escritos Políticos reúnem reflexões sobre problemas concretos que o filósofo enfrentou ao longo de sua carreira diplomática e política.
Thomas More (1480–1535) 55 anos
Consagrado mundialmente por sua obra, no qual descreve um Estado imaginário, em que a situação geográfica permite o comércio marítimo e a defesa contra os inimigos. A obra, uma versão renascentista do Estado ideal de Platão, prevê uma estrutura baseada em um comunismo embrionário e é por essa razão saudada como uma das precursoras do socialismo. Neste livro você encontra também a tradução inédita da obra Diálogo sobre o Conforto Espiritual e a Atribulação, que foi escrito no período em que More esteve na prisão.
Galileu (1564–1642) 78 anos
Galileu tornou-se conhecido como o criador da física moderna, ele também é visto como o pensador que modificou radicalmente a visão que os homens tinham do universo. Em O Ensaiador, Galileu relata suas experiências e estabelece um método que ilustra a atitude de um cientista moderno diante dos fenômenos.
Montaigne (1533–1592) 59 anos
Em sua mais conhecida obra, Ensaios, um conjunto de escritos sobre variados temas, o autor leva o espírito crítico e a razão às últimas conseqüências – a ponto de desconfiar de si mesmo – procurando observar o mundo com isenção. Montaigne fala sobre moral, costumes, política, educação e muitos outros assuntos que continuam a despertar discussões até hoje.
Thomas Hobbes (1588–1679) 91 anos
Defensor ardente da monarquia e materialista convicto, Hobbes sustenta que a filosofia é o conhecimento dos efeitos ou fenômenos e o meio mais adequado para se chegar a esse conhecimento é a matemática. O pensamento de Hobbes é particularmente significativo no que se refere à sociedade e ao Estado, o que é claramente visto na obra Leviatã. Com tradução primorosa e recomendada por renomados profissionais, este é um volume que não pode faltar na sua biblioteca.
Descartes (1596–1650) 54 anos
A obra de Descartes praticamente inaugura o modo de pensar moderno. Em Discurso do Método e em Meditações, ele fixa regras que fornecem os parâmetros para toda a filosofia e a ciência modernas. As Paixões da Alma representam a incursão de Descartes no domínio das questões morais. E em Objeções e Respostas ele expõe os pressupostos de sua filosofia contra as dúvidas e mal-entendidos dos filósofos e teólogos da época.
Espinosa (1632–1677) 45 anos
Autor de um dos mais completos e coerentes sistemas metafísicos de toda a história da filosofia. Incansável defensor da liberdade de pensamento, suas idéias o conduziram a interpretar a Bíblia racionalmente, a ser um severo crítico da monarquia e um apologista do sistema democrático. A liberdade, para ele, consiste na consciência da necessidade. As obras contidas no volume são: Tratado de Correção do Intelecto, Pensamentos Metafísicos, Tratado Político e Correspondência.
Leibniz (1646–1716) 70 anos
Leibniz percorre as principais questões da filosofia do conhecimento, relacionando-as com a metafísica, e estabelece uma concepção formalista da verdade em suas obras Novos Ensaios e Entendimento Humano, cuja influência se estende até hoje. Em Correspondência com Clarke, faz de Newton seu verdadeiro interlocutor.
Hume (1711–1776) 65 anos
Reconhecido por Kant como o autor que o despertou de seu “sono dogmático”, Hume foi o maior filósofo do empirismo britânico. Na obra Investigação Acerca do Entendimento Humano, Hume critica a idéia de causalidade presente nas grandes concepções metafísicas tradicionais. Em Ensaios Morais, Políticos e Literários, o filósofo desenvolve uma visão utilitarista da vida moral e política.
Kant (1724–1804) 80 anos
Ao concluir que a intuição humana está irremediavelmente ligada às impressões causadas pelos objetos exteriores, Kant questiona a possibilidade de afirmar verdades metafísicas. Seu Crítica da Razão Pura denuncia os limites do conhecimento teórico e abre espaços para a afirmação do procedimento científico.
Hegel (1770–1831) 61 anos
A obra de Hegel representa a mais rigorosa tentativa de realizar o ideal sistemático presente na idéia tradicional de filosofia. Na obra Fenomenologia do Espírito, de que selecionamos o Prefácio, a Introdução e os dois primeiros capítulos, são descritas as etapas da trajetória do Espírito na sua caminhada para a autocompreensão. Em Estética, Hegel focaliza o percurso do espírito sob as formas de arte.
Schopenhauer (1788–1860) 72 anos
A obra de Schopenhauer se caracteriza por uma concepção pessimista, manifestação irracionalista e romântica. As teses básicas de suas perspectivas filosóficas estão contidas em sua obra O Mundo como Vontade e Representação e Parerga e Paralipomena, em que nos mostra que o mundo só nos é dado como representação e que os objetos de conhecimento não têm realidade por si mesmos. Segundo esse pressuposto, a vontade é força cega.
Comte (1798–1857) 59 anos
Nas passagens escolhidas do Curso de Filosofia Positiva, Comte expõe seu projeto: criar uma filosofia capaz de sistematizar os resultados positivos do saber científico e não mais nas utopias e mitos que, para ele, haviam caracterizado o pensamento tradicional. Em Discurso Preliminar sobre o Conjunto do Positivismo, ele enfatiza a afinidade de sua proposta com o projeto de aprimoramento social ao qual o saber científico deveria servir.
Nietzsche (1844–1900) 56 anos
No final do século XIX, Nietzsche se dedicou a uma crítica radical da civilização. Os textos O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música, Aurora, Humano, Demasiado Humano, Assim Falou Zaratustra, entre outros contidos neste volume, dão uma excelente visão da obra do filósofo que anunciou o advento do super-homem: o indivíduo capaz de desprezar as ilusões de um mundo transcendente e dizer sim à vida.
Marx (1818–1883) 65 anos
Embora anteriores à publicação de O Capital, os textos Para a Crítica da Economia, Manuscritos Econômico-Filosóficos e O Rendimento e suas Fontes, selecionados no volume já apresentam muitas das concepções que seriam desenvolvidas mais tarde pelo filósofo.
Freud (1856–1939) 83 anos
Em 1909 Freud viaja aos Estados Unidos na companhia de Jung e profere na Universidade Clark cinco conferências de iniciação à psicanálise. O resultado desse trabalho, Cinco Lições de Psicanálise, seria publicado no ano seguinte. Integram ainda este volume A História do Movimento Psicanalítico e Esboço de Psicanálise.
Francis Bacon (1561–1626) 65 anos
Da mesma forma como Novum Organum contrapõe-se ao Organon aristotélico, a pequena obra Nova Atlântida, publicada postumamente, também é uma contraposição à Atlântida mencionada na República de Platão.
Heidegger (1889–1976) 87 anos
Os textos deste volume foram publicados entre 1928 e 1966. São aulas, conferências e ensaios em que predomina a problemática da segunda fase do pensamento de Heidegger. Alguns retomam temas tradicionais da Filosofia, como O Que É Metafísica?; outros reinterpretam autores fundamentais da tradição filosófica, como A Tese de Kant sobre o Ser. Em quase todos reaparece a questão central do pensamento heideggeriano, a diferença entre o Ser e o Ente e a necessidade de buscar a origem da Filosofia aquém das opções históricas que privilegiam os temas metafísicos presentes na história da Filosofia.
Santo Anselmo (1033–1109) 76 anos
Entre os textos deste volume, Monológio foi redigido sobre o fundamento racional da fé a pedido de outros religiosos da abadia de Bec. Em Proslógio Santo Anselmo procura provar a existência de Deus mediante o argumento depois chamado "argumento ontológico". Esse tipo de prova, mais tarde, seria rejeitado por outros pensadores, como Kant. Sob a forma de diálogo, A Verdade discute a existência e a natureza da verdade e da justiça. Mestre e discípulo dialogam em O Gramático. O debate se amplia, analisando a natureza das palavras e sua relação com os objetos.
John Locke (1632–1704) 72 anos
Em sua obra Ensaio acerca do Entendimento Humano, de 1690, Locke formula os postulados básicos do empirismo clássico e combate a doutrina das idéias inatas. Ao examinar a questão da origem das idéias simples e complexas, discute a natureza de idéias como as de número, substância, infinidade e causa. Investiga também o problema das palavras, o da extensão do conhecimento humano, o dos graus de assentimento e o da relação entre razão e fé.
Montaigne II (1533–1592) 59 anos
Na advertência inicial dirigida ao leitor, Montaigne afirma que os Ensaios constituem "um livro de boa-fé". E esclarece ainda: "sou eu mesmo a matéria deste livro". Na verdade a obra – um primor de argúcia e de estilo – retrata a vida complexa e assistemática da consciência permeada de dúvidas e interrogações. Seu tema central, trabalhado com elementos de ceticismo e estoicismo, atravessa os tempos e o próprio homem.
Pascal (1623–1662) 39 anos
Editados depois da morte de Pascal, os Pensamentos revelam as idéias da fase final do filósofo. Trata-se de um Pascal que, após a condenação do Jansenismo pelo papa Alexandre VI, troca a militância religiosa e a apologética pelo recolhimento. Um Pascal marcado pela consciência trágica da vida e da condição humana, apavorada diante "dos silêncios eternos dos espaços infinitos". Um Pascal que medita sobre a miséria e a grandeza do homem – "um caniço, mas um caniço pensante" – e que vê na fé, entendida embora como aposta e risco, uma conquista salvadora do coração, não da razão. Um Pascal que encontra em toda parte a sombra do paradoxo, a tensão entre o tudo e o nada.
Vico (1668–1744) 76 anos
A obra mais importante de Giambattista Vico, a Ciência Nova, permite compreender as idéias básicas do pensador napolitano. Em oposição à filosofia de Descartes, Vico rejeita o apelo à autoconsciência contido no cogito, bem como o princípio que faz das idéias claras e distintas o critério universal da verdade. Para ele, o homem só conhece verdadeiramente aquilo que faz ou cria. Por outro lado, professor de retórica, contrapõe à razão cartesiana o engenho – a faculdade de descobrir o verossímil e o novo. Pouco conhecido e valorizado em seu tempo, Vico foi redescoberto no século XX, tendo sua importância reconhecida por pensadores como Croce e Marx.
Berkeley (1685–1753) 68 anos
A partir de pressupostos empiristas, Berkeley critica, em Tratado sobre os Princípios do Conhecimento Humano – escrito em 1710 –, a noção tradicional de matéria e fundamenta seu imaterialismo no princípio de que "ser é perceber ou ser percebido".
Pavlov (1849–1936) 87 anos
Inúmeras foram as conseqüências e aplicações práticas das descobertas de Pavlov. Para a história das idéias em geral, a extraordinária contribuição de Pavlov constitui uma das mais completas concepções científico-naturalistas do homem, que levaram a psicologia e a pedagogia a se libertarem de pressupostos metafísico-espiritualistas, tradicionais no pensamento cristão ocidental. Ao lado da teoria dos reflexos condicionados, este volume traz O Estabelecimento do Sono, Resposta de um Fisiólogo aos Psicólogos, Crítica da Psicologia da Gestalt, entre outros textos.
Rousseau I (1712-1778) 66 anos
Uma das obras mais importantes de Rousseau, Do Contrato Social exerceu e exerce ainda enorme influência sobre o pensamento ocidental. Discute o fundamento legítimo da sociedade política e examina a relação entre natureza e convenção: analisa as condições e os limites em que opera o poder soberano e investiga a forma e o funcionamento governamental. Parte dessa dolorosa premissa: "o homem nasce livre, e por toda parte encontra-se a ferros".
Husserl (1859–1938) 79 anos
Consideradas pelo próprio Husserl como dotadas dos "elementos de uma elucidação fenomenológica do conhecimento", as Investigações Lógicas se desenvolvem no intuito de clarificar a origem da idéia de significação. Nesse sentido, a Sexta Investigação se desdobra progressivamente através de importantes temas: intenção e significação; análise fenomenológica dos graus de conhecimento; tipos de intuição; evidência e verdade; sensibilidade e entendimento; intuir e pensar etc. No apêndice Husserl discute a distinção entre percepção externa e interna e entre fenômenos físicos e fenômenos psíquicos.
Diderot (1713–1784) 71 anos
Diderot construiu uma obra polêmica, que minava as bases intelectuais da sociedade francesa do século XVIII. O caráter extremamente revolucionário de seus escritos fez com grande parte tivesse sua publicação impedida. O materialismo organicista de Diderot fundamenta uma ética cujos princípios podem ser encontrados em O Sonho de D´Alembert. Nessa obra afirma que vontade e livre-arbítrio são conceitos sem sentido, meras abstrações que só servem para obscurecer os fatos. Integram ainda este volume O Sobrinho de Rameau, Diálogo entre D´Alembert e Diderot, Continuação do Diálogo, Suplemento à Viagem de Bougainville, Paradoxo sobre o Comediante e Dos Autores e dos Críticos.
Isaac Newton (1643–1727) 84 anos
Os Princípios Matemáticos, obra fundamental de Isaac Newton, constitui o mais decisivo marco histórico na evolução da física. Na Óptica e em O Peso e o Equilíbrio dos Fluidos, Newton discute noções fundamentais referentes à luz, força, movimento, gravidade, velocidade, inércia etc., com contribuições metodológicas que repercutiram intensamente no pensamento do século XVIII.
Bergson (1859–1941) 82 anos
Nas cartas endereçadas ao filósofo americano Williams James, Bergson faz comparações entre seu pensamento e o de James. Em Introdução à Metafísica o autor desenvolve temas centrais de seu pensamento, como a distinção entre ciência e filosofia, a intuição e a concepção de metafísica enquanto uma "experiência integral". O ensaio O Cérebro e o Pensamento: uma Ilusão Filosófica discute e rejeita a tese do paralelismo entre o psíquico e o cerebral. Nas Conferências Bergson apresenta reflexões sobre o espírito filosófico, mostra que a consciência é basicamente memória e fala das relações entre o espírito e o corpo. O Pensamento e o Movente traz uma exposição de temas fundamentais do pensamento bersogniano.
Rousseau II (1712-1778) 66 anos
Em Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desiguladade entre os Homens Rousseau retrocede ao homem no estado de natureza, feliz em seu amoralismo integral, para encontrar as fontes da desigualdade entre os homens. O surgimento da propriedade instaura a desigualdade das sociedades civis, culminando no despotismo. Com Discurso sobre as Ciências e as Artes Rousseau ganhou o prêmio da Academia de Dijon, respondendo à questão: o restabelecimento das Ciências e das Artes terá contribuído para aprimorar os costumes?
Adorno (1903–1969) 66 anos
O Conceito de Iluminismo, que Adorno escreveu em colaboração com Horkheimer, analisa as implicações ideológicas da idéia iluminista de autonomia da razão e mostra como as promessas de libertação contidas no Iluminismo puderam ser transformadas em instrumentos de dominação. O Fetichismo na Música e a Regressão da Audição focaliza a degradação da arte pela indústria cultural. A Introdução à Controvérsia sobre o Positivismo na Sociologia Alemã critica a ideologia logicista na Ciência Social.
Montesquieu (1689–1755) 66 anos
Apenas escrevemos um livro em nossa vida ou reescrevemos várias vezes o mesmo livro. O de Montesquieu foi o Espírito das Leis, no qual pensava desde sua juventude, para o qual recolhia elementos durante sua carreira de estudioso, o qual confrontava antecipadamente, em suas viagens, com a realidade. Nesse livro Montesquieu expressa todo o seu pensamento, se é que seu pensamento havia aflorado em mais de um ponto em suas obras anteriores. Magistrado, enfim, e filósofo, fora levado por sua função e por sua fineza de espírito a elevar esse monumento à legislação e a mostrar, em a explicando, de que maneira se poderia pensar em aperfeiçoá-la.
Abelardo (1079–1142) 63 anos
A parte mais produtiva do pensamento filosófico de Abelardo originou-se de sua atividade como professor de lógica. Como todos os estudiosos da filosofia da primeira metade do século XII, o principal problema por ele tratado foi a controvertida questão dos universais, para a qual apresenta sua solução em Lógica para Principiantes, uma exposição sobre questões lógicas tradicionais. Em A História das Minhas Calamidades, carta autobiográfica, Abelardo narra sua vida, seu trajeto intelectual e o romance intenso e trágico com Heloísa.
Pré-Socráticos
De Tales de Mileto a Demócrito de Abdera, passando por Parmênides, Empédocles e Anaxágoras, entre outros, os textos apresentados neste volume proporcionam uma visão abrangente das diversas vertentes em que se constituíram as cosmogonias antigas e as várias interpretações acerca da origem e do destino do Mundo. Os fragmentos estão acompanhados de comentários, considerados clássicos, de Hegel e Nietzsche, bem como de outros autores que se dedicaram ao difícil trabalho de exegese dessas primeiras concepções filosóficas. Isso objetiva compreender que o início da filosofia é a um tempo remoto e próximo.
Fonte:
Os Pensadores
http://www.pensadores.com.br/autores.asp
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