domingo, 25 de setembro de 2011

CORPUS HERMETICUM - MÔNADA


Corpus Hermeticum


Hermes Trimegisto. in Viridarium chymicum, de D. Stolcius von Stolcenbeerg, 1624
O conjunto de textos denominado Corpus Hermeticum (também chamado de Hermetica) escrito entre 100 e 300 d.C. no Egito, resulta de um complexo sincretismo religioso, de múltiplas influências (inclusive egípcias). Ocorreu no período da Pax Romana (Paz Romana), que colocou o Egito em contato com o restante do Império. u o Egito em contato com o restante do Império
Escrito na primeira pessoa 
por Thoth ou Hermes Trismegisto, contando as coisas
que lhe revelou seu contato com o nous
espécie de divindade absoluta. 

Durante os séculos seguintes, atribuiu-se erroneamente a esses textos uma exagerada antiguidade, situando-o na época das grandes pirâmides. Tal atributo lhe valeu uma leitura reverente e atenta que teve importante influência na ciência do Renascimento, quando quase tudo o que fora escrito na Antiguidade era lido como revelação fundamental.

Novos textos

Recentes traduções de textos encontrados na biblioteca de Nag Hammadi (Códice VI) contêm ao menos três escritos inéditos pertencentes ao Corpus Hermeticum:

Mônada (gnosticismo)


Mônada, segundo os Pitagóricos
Em muitos sistemas gnósticos (e heresiológicos), o Ser Supremo é conhecido como Mônade, o Uno, o Absoluto Aiōn teleos (O Perfeito Aeon, αἰών τέλεος), Bythos (Profundidade, Βυθός), Proarchē (Antes do Início, προαρχή, Hē Archē (O Início, ἡ ἀρχή) e Pai inefável.

O Uno é a fonte primal do Pleroma,
a região de luz. 
As várias emanações do Uno são chamados "Aeons".

Dentro de algumas variações do Gnosticismo, especialmente as inspiradas por Monoimus, o Mônade era o mais alto deus, que criou todas as demais divindades inferiores ou os elementos (similares aos Aeons).

Algumas versões mais antigas do Gnosticismo, especialmente as da escola valentiana, uma divindade inferior chamada Demiurgo teve um papel central na criação do mundo material, complementar ao papel do Mônade.

Nestas tradições, o Deus do Antigo Testamento 
é frequentemente considerado como sendo o Demiurgo
e não o Mônade, sendo que em algumas passagens 
ele pode se referir a ambos.

Histórico

De acordo com Hipólito, esta visão foi inspirada pelos pitagóricos, para quem a primeira coisa que existiu foi chamada de Mónade, que então deu existência da díade, que por sua vez pariu os números, e este o ponto, daí a linha e assim por diante[1]. Filósofos pitagóricos e platônicos como Plotino e Porfírio condenaram o Gnosticismo por seu tratamento dado ao Mônade ou o Uno.

Por um longo tempo, uma lenda persistiu sobre um jovem chamado Epifanes que teria sido o líder do Gnosticismo Monádico e que teria morrido aos 17 anos. Porém, estudiosos acreditam que lenda teria surgido de uma má interpretação da palavra grega epiphanēs, que deve ter sido entendida como um nome próprio num texto, quando de fato significa distinto, como em distinto amigo'[2].
 
MÔNADA

Mónade, termo normalmente vertido por mónada ou mônada, é um conceito-chave na filosofia de Leibniz. No sistema filosófico deste autor, significa substância simples - do grego μονάς, μόνος, que se traduz por "único", "simples". Como tal, faz parte dos compostos, sendo ela própria sem partes e portanto, indissolúvel e indestrutível.

Substância

Leibniz usa constantemente a expressão substância simples quando se refere à mónade. Cada mónade apresenta-se, neste sentido, como um mundo distinto, à parte, próprio - mas também como unidade primordial que compõe todos os corpos.

Contudo, Leibniz não aceita a substancialidade da extensão, teoria de algum modo provinda de Descartes e manifestada pelos cartesianos da época - Nicholas Malebranche e Antoine Arnauld. Isto significa que a concepção leibniziana começa a afastar-se da tradição típica do século XVII.

Átomo

As mónades são consideradas átomos da natureza, isto é, elementos simples que compõem todas as coisas. Cada mônada é, no entanto, distinguível das outras, possuindo qualidades que variam unicamente por princípio interno, visto que, enquanto substância pura, nenhuma causa exterior pode influir no seu interior. Não havendo partes em uma mónade, ela possui um detalhe múltiplo, isto é, envolve uma multiplicidade na unidade e expressa o universo sob um determinado ponto de vista ou seja é dotada de percepção.

Uma mônada não pode exercer
qualquer efeito sobre a outra pois entre elas 
ocorre uma acomodação, através de Deus, 
que, ao fazer cada uma, teve em conta todas as outras.

Dado que cada mónade possui em si a representação de todo o Universo e da relação entre todas as mónades, um espírito absoluto - Deus - pode, segundo Leibniz, a partir do que se passa em cada uma, inferir por mero cálculo o que se passa, o que se passou ou passar-se-á em todo o Universo. Este tópico gera discórdia entre os interpretadores quanto a concluir se Leibniz seria ou não adepto da predeterminação ou do livre-arbítrio.

Monadologia

Instado por Nicolas Rémond, conselheiro do duque de Orleans, Leibniz escreveria os Princípios da Filosofia - Monadologia já no final de sua vida, em 1714, para sustentar uma metafísica das substâncias simples.

Editada postumamente, em 1720, é uma das obras que melhor resumem sua filosofia. Nela, Leibniz tenta expor globalmente, de uma forma simples, o seu sistema das mônades. Trata-se de átomos formais, que não são físicos, mas sim metafísicos.

Mais de um século depois, em 1840, a edição francesa de Erdmann viria a intitular a obra simplesmente de Monadologia e o hábito já estabelecido de chamar monadologia à descrição do sistema de mónades viria, a partir daí, a estabelecer-se.

Fundamento

Leibniz
fundamenta as mônadas 
em cinco bases, ao longo da obra:
  • Matemática, pelo cálculo infinitesimal e suas conclusões antiatomistas (no sentido materialista de Epicuro, Lucrécio e Pierre Gassendi);
  • Física, pela teoria das forças vivas e, implicitamente, pela crítica à dinâmica cartesiana, cujos erros estimativos Leibniz se encarregou de destacar;
  • Metafísico, pelo princípio da razão suficiente que, assim como a navalha de Ockham, não pode retroceder indefinidamente e requer um ponto de partida em cada ser, determinado a trabalhar por sua própria vontade ou inércia;
  • Psicológico, pelo postulado das ideias inatas, contido nos Novos ensaios sobre o entendimento humano, que serviu de base para Kant redigir sua Crítica da razão pura;
  • Biológico, pela pré-formação seminal dos corpos e a subdivisão de funções em seu desenvolvimento orgânico.

Exposição

A Monadologia está exposta através de parágrafos lógicos, geralmente derivados um do outro, até o nonagésimo. Recebeu tal nome porque o autor quis retomar os termos monas (em grego: unidade), e logos (tratado ou ciência. Monadologia seria portanto o tratado das mônadas ou a ciência da unidade.

O texto apresenta-se de maneira que o leitor pode colocar-se perguntas que o auxiliam na compreensão da obra. Assim, por exemplo, é possível acompanhar a defesa de que o composto é derivado, extensão, fenômeno ou repetição do simples (ideia que Kant expressaria, por sua vez, na dicotomia fenômeno-noúmeno). Seria a alma uma mônada também? Se o for, ela é uma substância simples; caso contrário, é um composto e não pode ser uma mônada.

Qualidades das mônadas

As qualidades básicas das mônadas são a apetição e a percepção. Apetição é a tendência que nos impele, continuamente de uma percepção a outra - o princípio de mudança interna. É regida pelas leis das causas finais do bem e do mal. A apetição exprime a mobilidade das almas, que não estão jamais em repouso e tendem continuamente a uma melhor harmonia interior.

Entre as mônadas racionais (as almas) é necessário assinalar também a apercepção, ou seja, a reflexão e a consciência. Por outro lado, as mônadas carecem de uma figura, ainda que ocupem espaço, e - antecipando a Teoria da Relatividade - são o referencial absoluto do movimento.

 Polêmica dentro do racionalismo

Quando foi escrita, a Monadologia procurou colocar, a partir do monismo - rechaçando, porém, o pan-psiquismo espinoziano - o problema da realidade em geral e o da comunicação das substâncias em particular, ambos estudados também por Descartes. Assim, Leibniz apresentou uma solução alternativa à questão da relação entre a mente ("o reino das causas finais" ou teleológicas) e a realidade extensa a-substancial ("o reino das causas eficientes" ou mecânicas) por meio de uma harmonia pré-estabelecida entre as mônadas e a matéria, por um lado, e entre as próprias mônadas entre si, pelo outro lado.

Leibniz, na sua Monadologia, combateu o sistema dualista cartesiano e propôs-se superá-lo através de um sistema metafísico de caráter ao mesmo tempo monista (só o inextenso é substancial) e pluralista (as substâncias estão disseminadas no mundo em número infinito). Uma mônada é uma força irredutível que dá aos corpos as suas características de inércia e impenetrabilidade e que contém em si mesma a fonte de todas as suas ações. As mônadas são os elementos primeiros de todas as coisas compostas.

Paradoxos e Aporias


As mônadas são matéria, 
já que estão em todas as partes.

Não há uma mínima porção de extensão sem Mônadas. As Monadas são aquilo de que se compõe a extensão, porém elas mesmas não possuem extensão; o que não significa que sejam, por sua função, nulas (pois projetam e refletem força), nem imateriais (pois acompanham a matéria), nem materiais (pois nada que seja material pode interagir com elas).
A materialidade extensa consistiria na impenetrabilidade do inextenso - a mônada, "sem portas ou janelas" - transmitida passivamente por sucessões de movimentos que, junto com a percepção e a apercepção, integram o fazer ativo.

A mônada não pode permanecer situada naquilo que ela hipoteticamente gera, a extensão mesma, antes do ato gerador, acontecido no tempo. Portanto, extensão e mônada coexistem acausalmente e por criação intemporal, apesar de se vincularem de forma recíproca segundo as aparências.
Em resumo, afirma-se que a matéria é extensa, mas não só extensa. É formada de mônadas inextensas. Portanto seria extensa e inextensa?
 Não, já que a função da mônada é constituir a matéria, sem que se possa dizer que esta seja nada de concreto .

A chave é saltar da afirmação "a matéria é a ou é b" 
para a rotunda negação : "a matéria não é".

Conclusões

Esta teoria conduz: 
1) ao idealismo, porque a realidade em si é negada e multiplicada através de diferentes pontos de vista. As mônadas são "espelhos indestrutíveis do universo".

2) ao que tem sido chamado "otimismo metafísico", pelo princípio de razão suficiente, que é o conjunto das condições requeridas para a produção de um ser ou de um acontecimento e se desenvolve da seguinte maneira: a- tudo é por uma razão (segundo o axioma: do nada, nada provém); b- tudo o que é tem mais razões para ser do que para não ser (que seja é a melhor razão); c- tudo o que é também é melhor do que aquilo que não é (pelo item "a", ao ser mais racional, contém mais ser) e, por conseguinte, é o melhor possível (com base no axioma, o que contém mais ser é melhor do que contém menos ser). Daí a tese do melhor dos mundos possíveis, isto é, aquele "dotado de maior variedade de fenômenos com base no menor número de princípios".

3) à justificação do livre arbítrio pela harmonia preestabelecida. Esta refuta o fatalismo das causas eficientes ou geométricas (Espinosa), distinguindo entre predeterminação - já que nada do que se torna é indiferente, pois conta com uma razão para ser, antes do que não ser - e necessidade - dado que tudo o que é poderia ter sido de outro modo, na infinidade de mundos possíveis, com o que não é necessário no sentido de ser seu oposto contraditório.

4) a um emergentismo inverso. A extensão e as demais propriedades materiais viriam a ser fenômenos não redutíveis ao seu substrato ontológico. Do simples ao complexo, e não do complexo ( a matéria, o movimento) ao simples ( a percepção, a intenção).

Ver também

Ligações externas

 

Pleroma

Pleroma (Grego πλήρωμα) geralmente se refere à totalidade dos poderes divinos. A palavra significa plenitude (do grego πληρόω, "Eu preencho"), comparável a πλήρης que significa "cheio"[1] e é usada em contextos teológicos cristãos, tanto Gnósticos quanto por Paulo de Tarso em Colossenses 2:9.

 Pleroma no Gnosticismo

O Gnosticismo ensina que o mundo é controlado por Arcontes, dentre os quais está, segundo algumas versões do Gnosticismo,a divindade do Antigo Testamento, que mantém cativos alguns aspectos humanos, acidentalmente ou de propósito. O Pleroma celeste é a totalidade de tudo o que é considerado pela nossa compreensão como "divino". O Pleroma é muitas vezes referido como sendo a luz que existe "acima" do nosso mundo, ocupado por seres espirituais que se emanaram do Pleroma. 

Estes seres são descritos como Aeons (seres eternos) e, algumas vezes, como Arcontes. Jesus é interpretado como um Aeon intermediário que foi enviado, juntamente com a sua contraparte Sophia (gnosticismo), do Pleroma. Com a ajuda deles, a humanidade seria capaz de recuperar o conhecimento perdido de suas origens divinas e assim recuperar a unidade com o Pleroma. O termo é, portanto, um elemento central da cosmologia religiosa Gnóstica.

Textos Gnósticos enxergam o Pleroma como aspectos de Deus, o eterno Princípio Divino, que só pode ser parcialmente compreendido através do Pleroma. À cada Aeon (aspecto de Deus) é dado um nome (às vezes vários) e uma contraparte feminina (o Gnosticismo enxerga a divindade e a plenitude em termos da unificação masculino / feminino - veja Sizígia). O mito de criação Gnóstico continua contando como Sophia (Sabedoria) se separou do Pleroma e formou o Demiurgo, dando à luz assim ao mundo material.

Uso contemporâneo

Pleroma também é utilizado na língua grega em geral e pela Igreja Ortodoxa Grega, pois aparece na Epístola aos Colossenses. Proponentes da visão de que Paulo seria de fato um gnóstico, como Elaine Pagels da Universidade de Princeton, entendem que a referência na Epístola como algo a ser interpretado no sentido gnóstico.[2]

Carl Jung

Carl Jung utilizou a palavra no trabalho místico não publicado de 1916, Sete Sermões aos Mortos, que finalmente foi publicado em Resposta a Jó (1952) e depois num apêndice da segunda edição de sua autobiografia, Memórias, Sonhos, Reflexões (1962)[3]. De acordo com Jung, Pleroma é "ao mesmo tempo o tudo e o nada. É infrutífero pensar sobre o Pleroma. Nisto, tanto pensar quanto ser cessam, pois o eterno e o infinito não possuem atributos.

Neoplatonismo e Gnosticismo

John M. Dillon, no seu "Pleroma and Noetic Cosmos: A Comparative Study" (sem tradução em português) declara que o Gnosticismo importou o seu conceito de "reino ideal" ou Pleroma do conceito platônico de Cosmos e Demiurgo em Timeu e o conceito de Cosmos Noético de Fílon de Alexandria em contraste com o Cosmos estético. Para chegar nesta conclusão, ele contrasta o Cosmos Noético com passagens da Biblioteca de Nag Hammadi, onde os Aeons são expressados como pensamentos de Deus. Dillon afirma que o Pleroma é uma adaptação de idéias gregas, pois antes de Fílon não há nenhuma tradição judaica que aceite que o mundo material (ou Cosmos) foi baseado num mundo ideal que também existe.[4].

 
Absoluto
Absoluto, em Filosofia, é definido como a "realidade suprema e fundamental, independente de todas as demais". Na filosofia analítica e na filosofia pragmática, absoluto é tudo aquilo que não se deixa falsear.

  Etimologia

Absoluto vem do latim solutus ab omni re, compreendendo o que é "em si e por si", independentemente de qualquer outra consideração ou condição: é a quintessência da abstração, a essência e o termo da generalização. "Assim, o absoluto foi considerado por uns como a idéia, como a verdade, como o princípio fundamental de que derivam todos os outros, como o Ser por excelência, princípio e causa de tudo quanto existe, ao passo que para outros apenas representa uma pseudo-idéia (Hamilton), "Uma noção vazia de sentido" (Renouvier).

  Índia

Todas as tradições espirituais da Índia 
reconhecem a existência de uma realidade transcendental

Embora diferentes escolas proponham diferentes enfoques do mesmo, a maioria concorda que o o absoluto é supra-material, supra-consciente, supra-pessoal e não tem qualidades. Todas estas tradições insistem que o absoluto é idêntico a essência do ser humano, o si, e é realizável pela transcendência da mente. 

Entretanto eles oferecem diferentes especulações sobre a relação entre o absoluto e a essência interior do ser (inamente). A solução mais radical vem do vedanta advaita, que não vê nenhuma diferença entre o absoluto (brahman) e a essência da psique humana, o si transcendental (atman). 

No yoga clássico entretanto propõem a existência de uma pluralidade de sis (purusha), sendo um deles único que nunca foi e nunca será sujeito a ilusão da personalidade (individualidade). Este si em particular se chama "ishvara", no yoga de patanjali. Entretanto nas escolas não dualísticas de yoga, "ishvara" como criador não tem funda mentalidade.

Normalmente chamado de Brahma ou prajapati, 
ele é uma mera beldade (deva) 
ou um projeção mental do absoluto. 
  • O Neoplatonismo 
  •  
  •  
  • foi uma corrente de pensamento iniciada no século III que se baseava nos ensinamentos de Platão e dos platônicos, mas interpretando-os de formas bastante diversificadas. Apesar de muitos neoplatônicos não admitirem, o neoplatonismo era muito diferente da doutrina platônica. O prefixo neo, inclusive, só foi adicionado pelos estudiosos modernos para distinguir entre os dois, mas na época eles se autodenominavam platônicos.
O neoplatonismo começou com o filósofo Plotino, apesar de ele afirmar que recebeu os ensinamentos de Amônio Sacas, um estivador iletrado em Alexandria.

O Neoplatonismo
é uma forma de monismo idealista

Plotino ensinou a existência de um Uno indescritível do qual emanou uma sequência de seres menores. Os filósofos do neoplatonismo tardio, especialmente Jâmblico, adicionaram centenas de deuses e seres intermediários como emanações entre o Uno e a humanidade. Mas o sistema de Plotino era muito mais simples em comparação.

Os neoplatônicos não acreditavam no mal e negavam que este pudesse ter uma real existência no mundo. Isto era mais uma visão otimista do que dizer que tudo era, em última instância, bom. Era dizer apenas que algumas coisas eram menos perfeitas que outras.

O que outros chamavam de mal, 
os neoplatônicos chamavam de imperfeição,
de "ausência de bem".

Neoplatônicos acreditavam que a perfeição humana e a felicidade poderiam ser obtidas neste mundo e que alguém não precisaria esperar uma pós-vida (como na doutrina cristã). Perfeição e felicidade (uma só e mesma coisa) poderiam ser adquiridas pela devoção à contemplação filosófica.

Entre os neoplatônicos posteriores estão incluídos Porfírio, Proclo, Jâmblico e Hipátia de Alexandria. Agostinho de Hipona foi neoplatônico antes da conversão ao catolicismo e algumas das obras mais otimistas foram escritas durante este período.

O neoplatonismo foi frequentemente usado como um fundamento filosófico do paganismo clássico, e como um meio de defender o paganismo do cristianismo. Mas muitos cristãos também foram influenciados pelo neoplatonismo.

Em versões cristãs do neoplatonismo,
o Uno é identificado como Deus

O mais importante destes foi Pseudo-Dionísio, o Areopagita, cuja obra foi muito influente na idade média. Agostinho de Hipona (ou como é mais conhecido, por Santo Agostinho) se converteu ao Cristianismo por influência de Plotino, levando muitos estudiosos a rotular Agostinho o como um franco neoplatonista. Contudo, eles notam que a subordinação da filosofia de Agostinho às Escrituras leva-a a diferir da filosofia não-cristã. 

Alguns estudiosos mostraram que o neoplatonismo também foi influenciado pela teologia cristã, notavelmente pelos sistemas de crenças do Gnosticismo.
Na idade média as idéias neoplatônicas influenciaram o pensamento dos judeus cabalistas, como Isaac, o Cego. No entanto, os cabalistas modificaram o neoplatonismo de acordo com as próprias propensões monoteístas. Um famoso filósofo judeu neoplatônico do início da idade média foi Salomão Ibn Gabirol.

As idéias neoplatônicas 
também foram levadas para os pensadores islâmicos 
e sufis durante esse período, como Alfarabi 
e, através deste, Avicena.


O neoplatonismo sobreviveu no oriente como uma tradição independente e foi reintroduzida no ocidente por Plethon e subsequentemente revivido na renascença italiana por figuras como Marsílio Ficino, os Medici e Sandro Botticelli.

Fonte:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermetica
Sejam felizes todos os seres Vivam em paz todos os seres
Sejam abençoados todos os seres

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