domingo, 25 de setembro de 2011

JUNG : CODEX I - VERDADE - AION -





Códice Jung

Enquanto isso, um único códice foi vendido no Cairo para um antiquário belga. Após tentativas de vendê-lo tanto em Nova Iorque e Paris, ele foi adquirido pelo Instituto Carl Gustav Jung, Zurique, em 1951, através da mediação de Gilles Quispel. A intenção era que o códice fosse um presente de aniversário ao famoso psiquiatra e, por isso, este códice é conhecido como Codex Jung (Codex I na coleção).


A morte de Jung em 1961 provocou uma disputa sobre a possa do Codex Jung, atrasando a entrega das páginas ao Museu Copta somente em 1975, após a primeira edição do texto já ter sido publicada. E assim, todos os papiros foram finalmente reunidos no Cairo.

O Evangelho da Verdade

O Evangelho da Verdade é um dos textos gnósticos dentre os livros apócrifos encontrados nos códices da Biblioteca de Nag Hammadi ("BNH"). Ele existe em duas traduções coptas, uma no dialeto "lycopolitano" que sobreviveu quase inteira no Codex I (o chamado Codex Jung) e outra no dialeto sahídico em fragmentos no Codex XII.

História

O Evangelho da Verdade provavelmente foi escrito em grego entre 140 e 180 da era cristã por gnósticos. O texto já era conhecido por Ireneu de Lyon, que argumentou contra o seu conteúdo e o declarou herético. Ele afirmava ainda que ele era uma das obras dos discípulos de Valentim[1] e que era o mesmo "Evangelho de Valentim" mencionado por Tertuliano em Contra Todas as Heresias[2].

A similaridade deste com outros trabalhos que se imagina serem dele e de seus seguidores fazem com que muitos especialistas concordem com Ireneu neste ponto.

Então os seguidores de Valentim, livres de todo medo, apresentam suas próprias composições e se vangloriam de ter mais Evangelhos do que os que de fato existem. A sua audácia foi tão longe que eles entitulam a sua mais recente composição "O Evangelho da Verdade", embora ele se pareça em nada com os Evangelhos dos Apóstolos, e assim nenhum Evangelho deles está livre da blasfêmia. Pois se o que eles produzem é o Evangelho da Verdade, e é tão diferente daquele que os apóstolos nos deixaram, aqueles que quiserem podem entender como se pode demonstrar pelas próprias Escrituras que aquilo que nos é deixado pelos apóstolos não é o Evangelho da Verdade.[1]
Após suas traduções coptas serem enterradas em Nag Hammadi, o Evangelho da Verdade ficou perdido até sua descoberta em 1945.

Estilo

A grande qualidade poética do texto é percebida mesmo na tradução e percebe-se uma forte tendência cíclica na apresentação dos temas. Não é só um Evangelho, no sentido de um reporte da vida e obra de Jesus de Nazaré, mas é melhor entendido como uma homilia.

O texto é considerado pelos especialistas
como um dos que foram melhor escrito
dentre todos os textos da coleção de Nag Hammadi
considerando seu alto valor não apenas como uma grande obra literária,
mas também como uma exegese gnóstica 
sobre diversos Evangelhos, canônicos ou não.

O texto cita Epístola aos Gálatas, Evangelho segundo João, Primeira Epístola de João, Apocalipse, Evangelho segundo Mateus, Primeira Epístola aos Coríntios, Segunda Epístola aos Coríntios, Epístola aos Colossenses e Epístola aos Hebreus do Novo Testamento. Destas, o Evangelho segundo João é o mais citado. Também é influenciado por Tomé, citando-o (Tomé 28[3]) ao lado de João 3:8 em um ponto (22.13-19)[4].

Conteúdo

O texto descreve uma teoria sobre a emergência do Erro personificado em forma feminina. Sua ignorância e sua vontade de ver o Pai geraram medo, que se apresentou numa nuvem pela qual o Erro ganhou poder.
Em seguida, descreve Jesus sendo enviado por Deus para remover a ignorância. Jesus era visto como um doutor embaraçando os outros escribas e doutores e afirmando que eles eram tolos por tentarem entender o mundo analisando a lei. Mas o Erro ficou furioso com isso e pregou Jesus numa árvore. O texto prossegue descrevendo o conhecimento que leva à salvação, que constitui o eterno descanso e a ignorância como um pesadelo.

Tendo descrito a parábola do Bom Pastor (João 10:1-42) de maneira esotérica, continua descrevendo como alimentar os famintos e dar repouso aos exaustos deve ser entendido como alimento à fome espiritual e repouso aos exaustos deste mundo.

Segue então uma parábola sobre a unção, cujo significado é obscuro, mas pode estar relacionado à forma como uma ânfora lacrada significa que ela está cheia, uma metáfora para conhecimento - obtenha o "lacre" final no quebra-cabeças e você entenderá, mas sem ele, as migalhas de compreensão que você possui podem ainda ser facilmente desmontadas:

Mas aqueles quem ele ungiu são os únicos que se tornaram perfeitos. Pois jarros cheios são aqueles que são ungidos. Mas quando a unção de um jarro [lacre] é dissolvida, ele esvazia, e pela razão de haver uma deficiência é aquela pela qual o óleo da unção se vai. Pois naquele momento um sopro o leva, uno pelo poder daquele dentro dele. Mas daquele que não tem deficiência, nenhum lacre é removido e nada se esvazia. Então o que lhe falta o Pai Perfeito repõe[4]
Desconhecido, Evangelho da Verdade
Exceto por uma descrição final sobre como adquirir paz pela Gnose, o resto do texto contém tratados relacionados à conexão entre o Filho e o Pai. Um exemplo disto é a frase utilizada o nome do Pai é o do Filho, que deve ser entendido na maneira esotérica de que o Filho é o nome, ao invés de significando que Filho é um nome para o Pai.

Ver também



Referências


  1. a b Ireneu. Adversus Haereses: Proofs in continuation, extracted from St. John's Gospel. The Gospels are four in number, neither more nor less. Mystic reasons for this. (em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 11, vol. III.
  2. Tertuliano. Contra Todas as Heresias: Valentinus, Ptolemy and Secundus, Heracleon (em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 4, vol. I.
  3. Robinson, ed., James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: The Gospel of Thomas (Trad. de Thomas O. Lambdin) (em inglês). San Francisco: Harper Collins, 1990. ISBN 0-06-066929-2
  4. a b Robinson, ed., James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: The Gospel of Truth (Trad. de Robert M. Grant) (em inglês). San Francisco: Harper Collins, 1990. ISBN 0-06-066929-2

Bibliografia- Layton, Bentley. The Anchor Bible Reference Library: The Gnostic Scriptures (em inglês). NY: Doubleday, 1987.

Tratado sobre a Ressurreição

O Tratado sobre a Ressurreição é um dos manuscritos
encontrados no Egito. A cópia sobrevivente está em Copta 
e é o penúltimo texto no códice.

Tradição

A crença na Ressurreição está no coração da fé Cristã. Era, portanto, tema central das perguntas e dos discursos entre os adeptos da nova fé, que ainda não eram conhecidos como Cristãos, quando Paulo escreveu I Coríntios. Estas discussões que tratavam da crença na vida após a morte continuaram através dos séculos II e III, como indicam os diferentes tratados dedicados ao assunto. Nesta tradição se situa o Tratado sobre a Ressurreição de Nag Hammadi.

Aspectos literários

O texto se apresenta como um documento redigido por um senhor a seu discípulo, Regino, ainda que falte endereço no início da Epístola. É um tratado pequeno e didático, com oito páginas, que se assemelha a um discurso inflamado.

O tema da Ressurreição


A Ressurreição dos Mortos
A importância desta carta está na sua interpretação particular e pouco ortodoxa da influência dos ensinamentos cristãos sobre a vida após a morte. Antes do final do século II, a data provável em que foi escrito, os Cristãos - Gnósticos ou Ortodoxos - estavam lutando contra certos desafios e dúvidas:
  • Esta vida era demonstrável filosoficamente (como Sócrates havia discutido em Fédon?
  • Que formato teria? (A imortalidade da Alma? A Ressurreição dos corpos? A reencarnação?)
  • Quando se daria esta vida? (Na morte? No retorno de Cristo? Quem dera até mesmo antes da morte?)
Os ensinamentos do Novo Testamento são ambíguos sobre estes pontos, ainda que dentro da Igreja haja um acordo sobre pelo menos dois destes temas: o modelo e a base para a esperança de vida eterna eram a Ressurreição de Jesus e a ressurreição dos indivíduos implicaria na retenção de suas identidades pessoais[1]
Neste tratado, a ressurreição não pode ser advinda da discussão filosófica, mas apenas na fé na ressurreição do Senhor. Ela aparece primeiro na encarnação, morte e ressurreição do Senhor, que é representada para seus discípulos como o Sol revelando seus raios[2].

A forma desta ressurreição é expressada em relação com a separação do homem interior após a morte do corpo físico, para colocar uma vestimenta de luz (raios do Sol). Os seguidores mais fiéis, assim, participam pela fé do dom da ressurreição do Senhor[2], uma doutrina também apresentada explicitamente no Evangelho de Filipe[3].

O escritor é certamente Cristão e sua fé está firmemente plantada no Novo Testamento. Porém, o texto revela algumas características típicas do Valentianismo, como a crença de que a ressurreição já havia chegado ou a noção da restauração da alma ao Pleroma depois de uma deficiência. Há ainda a crença de Jesus seria um Aeon[2].

Aeon (gnosticismo)


Éon, eão, eon ou ainda aeon AIÓN significa,
em termos latos,
um enorme período de tempo, ou a eternidade. 
A palavra latina aeon, significa "para sempre".
Ela é derivada do grego αιών (aión), 
cujo um dos significados 
é "um período de existência" ou "vida".

Significado

Platão usou a palavra aeon para denotar o mundo eterno das ideias, que ele concebia como se estivesse "atrás" do mundo perceptível, como demonstrado em sua famosa alegoria da caverna. Assim, em termos filosóficos ou em história da religião, no gnosticismo e no neoplatonismo, refere-se à entidade intermédia entre a divindade suprema e o mundo perceptível ao pensamento.

Em alguns sistemas gnósticos, as várias emanações do Ser Supremo, o Mônade, são chamadas aeons. Este Ser primordial também era um aeon e tinha um ser dentro de si mesmo chamado Ennoea (Pensamento), Charis (Graça), ou Sige (Silêncio).

O ser perfeito dividido
concebeu o segundo aeon, Caen (Poder) em si mesmo. 
Junto com o aeon masculino Caen
veio o aeon feminino Akhana (Verdade, Amor).

Os aeons frequentemente aparecem em pares masculino/feminino chamados Sizígias e são bastante numerosos. Dois frequentemente listados são Jesus e Sophia.

Juntos, 
os aeons constituem o Pleroma,
a "região da Luz". 

As regiões abaixo do pleroma
estão mais perto da escuridão, 
como o mundo físico.

Quando o aeon chamado Sophia emanou sem o seu "aeon parceiro", o resultado foi o Demiurgo, ou semi-criador (às vezes chamado de Yaldaboth nos textos gnósticos), uma criatura que nunca deveria ter existido. Ele nunca pertenceu ao pleroma, e o Uno emanou dois aeons, Cristo e o Espírito Santo, para salvar o homem do Demiurgo.

Cristo 
então tomou a forma de homem, Jesus
para poder ensinar aos homens 
como adquirir a gnosis
e assim retornar ao Pleroma.

Referências


  1. Tratado sobre a Ressurreição em Early Christian Writings, em inglês
  2. a b c Robinson, James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: The Treatise on the Resurrection (Malcom Peel) (em inglês). São Francisco: Harper Collins, 1990.
  3. Robinson, James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: The Gospel of Philip (trad. Wesley W. Isenberg) (em inglês). São Francisco: Harper Collins, 1990.

Ligações externas- La Bibliothèque copte de Nag Hammadi, em francês 

O Tratado Tripartite
é um texto Gnóstico do século III ou IV dC
encontrado na Biblioteca de Nag Hammadi
Ele é o quinto tratado no primeiro códice
conhecido como Codex Jung

Conteúdo

O Tratado lida primordialmente
com a relação entre os Aeons e o Filho.
Ele é dividido é três partes, que tratam:
  • Do determinismo do Pai e o livre-arbítrio da hipóstase dos Arcontes.
  • A criação da humanidade, o Mal e a queda do "Anthropos" (Primeiro Homem).
  • Uma variedade de teologias: a tripartição da humanidade, as ações do Salvador e a Ascensão dos salvos para a Unidade.

Veja também

Prece do apóstolo Paulo


A Prece do apóstolo Paulo é o primeiro manuscrito do Codex I da Biblioteca de Nag Hammadi. Aparentemente, ele foi adicionado ao códice após os tratados mais longos terem sido copiados. Embora o texto, assim como nos demais códices, ter sido escrito em cóptico, o título está em grego, que era sua língua original. Estão faltando aproximadamente duas linhas no início do texto[1].

Conteúdo


O texto foi claramente escrito por um pseudónimo e não é de autoria do apóstolo Paulo. Ele tem um claro apelo gnóstico ao contrário das epístolas reconhecidamente de Paulo. Muitos especialistas o atribuem como um texto valetiniano por causa de frases típicas como Pleroma e Arconte[1] - o que indicaria que o texto tenha sido composto entre 150 e 300dc. Especialistas encontraram paralelos com outros trabalhos encontrados nos outros códices em Nag Hammadi, inclusive o Discurso sobre o oitavo e o nono e a Prece de ação de graças (ambos da Hermetica), As três estelas de Seth, o Evangelho de Filipe e as Exposições Valentinianas [2].

Texto do Manuscrito (traduzido)


Codex I (Codex Jung) - Primeira Seção - Prece do apóstolo Paulo

(Cerca de duas linhas foram perdidas) ..., Conceda-me sua misericórdia! Meu Redentor, redima-me, pois eu sou Seu; venho diante de ti. Você é meu entendimento: eleva-me! Você é minha casa do tesouro; abra-te para mim! Você é minha plenitude, leva-me contigo! Você é meu repouso; Conceda-me a palavra perfeita que não pode ser apreendida!


Eu invoco aquele que é desde o princípio exaltado sobre todo nome, em nome de Jesus Cristo, Senhor dos Senhores, Rei dos séculos; Conceda-me seus dons, e não se arrependerá, através do Filho do Homem, e do Espírito Auxiliador da Verdade. Dê-me autoridade quando te pedir; Conceda cura para meu corpo quando vos peço através do Mensageiro da Salvação, e redima minha eterna alma de luz e meu espírito. E o Primogênito da Plenitude da graça seja revelado em meu entendimento!


Concede-me o que nenhum olho de anjo viu e nem o ouvido dos governantes desta era tenha entendido e o que não tenha entrado no coração humano que veio para ser angélico e exemplar segundo a imagem do Deus Filho quando foi formado no princípio, pois tenho fé e esperança naquele que esta acima de mim, o Amado, o Eleito, o Bem-Aventurado, o Primogênito, o Unigênito, e o maravilhoso mistério de sua casa; pois Seu é o poder e a glória e o louvor e a grandeza para sempre e sempre.

Amém.

Apócrifo de Tiago


O Apócrifo de Tiago, também conhecido pela tradução do seu título - o Evangelho Secreto de Tiago (ou Livro Secreto de Tiago) - é um texto pseudónimo dentre os Apócrifos do Novo Testamento. Ele descreve os ensinamentos secretos de Jesus a Pedro e Tiago, o Justo, passados no período entre a Ressurreição e a Ascensão.


Um tema central é o de que é preciso aceitar o sofrimento como inevitável. A proeminência de Tiago e Pedro sugerem que o trabalho se originou na comunidade judaico-cristã. Não há dependência dos textos canônicos e foi provavelmente escrito do meio para o final do século II dC. Apesar de possuir afinidades Gnósticas, não é possível atribuí-lo a nenhuma seita específica, com alguns estudiosos afirmando que não se trata de um texto de Gnóstico.[1]


Origem


O texto sobrevive num único manuscrito, danificado, na segunda seção do Codex Jung, primeiro dos treze códices encontrados na Biblioteca de Nag Hammadi. Embora o texto pareça ser uma tradução Copta de um original Grego, o autor afirma ter escrito em Hebraico. Por conta das referências à perseguições e martírios, é improvável que o texto tenha sido escrito após 313 dC, quando Constantino I acabou com a perseguição aos Cristãos. Outras pistas sobre o texto indicam que pode ter sido escrito no século II dC, talvez na primeira metade.

Conteúdo


O texto é organizado como uma epístola de Tiago à alguém cujo nome está ilegível por causa de danos ao manuscrito. O autor descreve Jesus elaborando sobre vários assuntos através de pequenos ditos e respondendo questões 550 dias depois da Ressurreição, mas antes de ascender. Jesus passa ensinamentos secretos tanto a Tiago quanto a Pedro, embora ao final apenas o primeiro parece ter entendido o que aconteceu. Assim como no Evangelho de João (João 1:20) e no Evangelho de Maria, neste livro Pedro falhou implicitamente com o movimento Cristão.


Jesus ensina através de frases incomuns e aparentemente contraditórias, e oferece também breves parábolas. Ele convida Pedro e Tiago a entrarem no Reino de Deus com ele, mas eles são distraídos por questões de outros apóstolos e perdem sua chance. Depois, Tiago é descrito como enviando os "Doze apóstolos", indicando que - assim como em outros documentos apócrifos - Tiago inicialmente sucedeu Jesus como líder do movimento.


A curta epístola parece ser independente do resto do texto, sugerindo a alguns que o Apócrifo pode ter se originado como uma coleção de múltiplos textos. A epístola se refere a um "Evangelho Secreto" anterior, que aparentemente se perdeu. No Apócrifo, as discussões sobre martírio e profecia também parecem ser algo separado, indicando um texto original para o corpo principal da obra, que era composta de pequenos ditos. 

Ainda se debate se os paralelos 
mais estreitos com o Novo Testamento 
são decorrentes do último trabalho de junção
dos textos ou diretamente de suas fontes.[2]

Relação com outros textos


Para muitos estudiosos, o tom dos ditados parece um tanto Gnóstico, primordialmente por suas doutrinas não estarem inteiramente de acordo com a interpretação ortodoxa das escrituras canônicas. O manuscrito também foi encontrado em meio a outros explicitamente gnósticos na Biblioteca de Nag Hammadi. Além disso, o texto também uso termos gnósticos, como ao se referir à "Pleroma" como meio de salvação[2].

Porém, as doutrinas do Apócrifo tampouco se adequam aos ensinamentos de Valentim ou outras cosmologias gnósticas mais desenvolvidas e portanto ele não é usualmente contado entre os textos verdadeiramente Gnósticos.

Muitos dos ditos parecem ser compartilhados com os Evangelhos canônicos e o texto inclui esta referências a outros ditos:


Era suficiente para algumas pessoas prestar atenção aos ensinamentos e entender 'Os Pastores' e 'A Semente' e 'O Edifício' e 'As Lâmpadas das Virgens' e 'A Recompensa dos Trabalhadores' e o 'Drachma Duplo' e o 'A Mulher'.
Tiago, Apócrifo de Tiago[2].

As referências à salvação através "da Cruz" parece implicar familiaridade com as Epístolas paulinas, ou pelo menos com os ensinamentos de Paulo. Contudo, na sua introdução o pseudo-Tiago diz: "E quinhentos e cinquenta dias após ele se levantar dos mortos, nós dissemos a ele:..."[2], o que é um período consideravelmente mais longo que os quarenta dias que Lucas apresentou nos Atos dos Apóstolos para a Ascensão de Jesus.

Alguns entendem que isto implica que o Apócrifo de Tiago foi transmitido pela tradição oral e que a comunidade que o escreveu rejeitava ou não conhecia os Atos escritos por Lucas. Por outro lado, Ireneu, certamente familiar com o trabalho de Lucas, apresentou dezoito meses como período das aparições de Jesus em seu Adversus Haereses[3]
Fonte:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aeon_%28gnosticismo%29
Sejam felizes todos os seres Vivam em paz todos os seres
Sejam abençoados todos os seres

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