As Origens da Vida 90 min
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espontanea....
Existiu uma Eva?
Sadaputa Dasa
Existiu, mas foi expulsa do paraíso científico
e nos deixou mais uma vez entregues às nossas perguntas.
Em um artigo publicado no prestigioso periódico Nature do ano de 1987, três bioquímicos publicaram um estudo do DNA mitocondrial de 147 pessoas vivendo em cinco continentes. Os bioquímicos afirmaram: “Todos esses DNAs mitocondriais partem de uma mesma mulher, que, a título de hipótese, viveu há cerca de 200 mil anos, provavelmente na África”.O caso se tornou uma sensação. A mulher foi chamada de “a Eva africana”, e a Newsweek a publicou em sua capa. Lá estava ela – a ancestral única de todos os seres humanos.
Eva foi uma entre uma população de seres humanos primitivos, mas todas as linhagens humanas que não derivaram dela pereceram. Para estudantes da evolução humana, uma importante aplicação desse achado foi que a população asiática do Homo erectus, incluindo o famoso Homem de Pequim, possivelmente não está entre nossos ancestrais. Aqueles homens-macacos não poderiam ter descendido de Eva, concluiu-se, porque viveram na Ásia antes de 200.000 anos atrás.
O DNA mitocondrial (DNAmt) carrega instruções genéticas da central de produção de energia. Ele é transmitido para os descendentes apenas pela mãe, sem nenhuma contribuição vinda do pai. Isso quer dizer que a descendência por DNAmt faz uma árvore genealógica de um único ramo, que é fácil de se estudar.
Estudos computadorizados do exemplar de 147 pessoas (que representam a população mundial) mostram que o tronco ancestral original se dividiu em dois ramos. Apenas africanos descenderam de um ramo; e o resto da população, bem como alguns africanos, descendeu do outro. A dedução foi que a origem era africana. Em 1991, outra análise de sequências exatas de DNAmt de 189 pessoas confirmaram isso e indicaram grosseiramente que Eva era nossa dez-mil-vezes-bisa-avó.
Eva é Expulsa do Paraíso Científico
Infelizmente, todavia, a Teoria da Eva logo caiu. Em 1992, o geneticista Alan Templeton, da Universidade de Washington, afirmou na revista Science: “A inferência de que a árvore da humanidade teria suas raízes na África não encontra suporte nas evidências”. Parece que a Teoria da Eva africana teria nascido de erros nas análises computadorizadas.
As árvores ancestrais foram desenhadas a partir das sequências de DNAmt através do que se chama de princípio da parcimônia. O exemplo a seguir dá uma ideia geral de como isso é feito. Eu pego uma sequência de quatro letras para representarem as informações genéticas no DNAmt. Em (1), eu começo com abcd como o ancestral original e, por fazer pequenas mudanças, ou mutações, eu produzo descendentes avcd e abud. Então, de avcd, eu obtenho mais dois descendentes, avcn e rvcd, novamente por pequenas mutações.
Suponhamos que nos foram dadas as sequências avcn, rvcd e abud e é nos pedido para deduzirmos sua origem. Como trabalhamos com isso? O método usado pelos cientistas que estudavam o DNAmt foi dizer que os ancestrais e descendentes deveriam ser tão similares quanto possível. Uma maneira de se mensurar quão similares eles são é contando o número de mutações do ancestral para o descendente na árvore genealógica. Uma árvore com poucas mutações demonstra grande similaridade, revelando-se uma boa candidata à verdadeira árvore ancestral. É dito que tal árvore é parcimoniosa.
Por exemplo, árvore (1) tem quatro mutações, e árvore (3) tem oito. A classe de cientistas argumentaria que a (1) é, portanto, mais passível de ser a verdadeira árvore ancestral. Isso parece promissor uma vez que neste caso a árvore (1) é, de fato, a árvore real. Mas a árvore (2) requer cinco mutações, por isso ela é quase parcimoniosa. Ainda assim, a árvore (2) apresenta ancestrais em um padrão completamente diferente.
O problema do método da árvore parcimoniosa é que, em um caso complexo, há literalmente milhões de árvores que são igualmente parcimoniosas. Procurar por entre elas em um computador mainframe pode levar meses. De acordo com Templeton, os achados originais acerca da Eva africana vieram de computadores que “deixaram passar” árvores importantes. Quando análises mais detalhadas foram feitas, a árvore de raízes africanas revelou-se uma candidata como qualquer outra, não mais provável do que uma árvore de raízes europeias ou asiáticas.
O método da árvore parcimoniosa se fundamenta na ideia de que organismos similares devem compartilhar ancestrais comuns, e que organismos menos similares, mais distantes. Essa ideia é o conceito central por trás da Teoria da Evolução. Uma vez que a abrangência dos registros históricos humanos é pequena demais para demonstrar mudanças evolutivas significativas, os evolucionistas são forçados a reconstruir a história dos seres vivos comparando semelhanças e diferenças entre organismos vivos e fossilizados.
É dito, por exemplo, que homens e macacos compartilham um ancestral comum porque o homem e o macaco são muito similares. No final do século XIX, houve uma famosa discussão entre os anatomistas Thomas Huxley e Richard Owen acerca de se os seres humanos eram ou não primos dos macacos. Owen defendia que não, porque um aspecto do cérebro humano, o hipocampo, não era encontrado nos cérebros dos macacos. Mas Huxley venceu a discussão mostrando que os macacos têm, sim, um hipocampo. Antes de triunfantemente apresentar sua evidência para a Associação Inglesa de Cientistas, Haxley escrevera para sua esposa: “Na próxima sexta à noite, todos serão convencidos de que são macacos”.
Por que o Homem e o Macaco São Similares?
Certamente, o homem e o macaco são de fato similares. Então, se eles não descendem de um ancestral comum próximo, como se pode explicar isso? O criacionismo bíblico propõe que Deus criou o homem e o macaco separadamente através de simples decreto divino. Para muitos cientistas, essa história parece insatisfatória. O geneticista Francisco Ayala indicou o porquê em uma discussão sobre a grande semelhança entre seres humanos e chimpanzés. Ele grifou: “Esses criacionistas estão insinuando que Deus é um fraudador, fazendo coisas parecerem idênticas sendo que não o são. Eu considero isso uma blasfêmia”. Em outras palavras, por que Deus falsificaria um registro de aparente mudança histórica?
Para ilustrar a ideia por trás do comentário de Ayala, considere as pernas dos mamíferos. Em todos os mamíferos terrestres conhecidos, os ossos da perna são homólogos, ou de forma similar. Assim, todos os mamíferos têm uma tíbia, um fêmur etc. característicos. Agora, imagine que a engenharia genética se torna altamente perfeita. Um engenheiro geneticista talvez queira criar um animal com pernas próprias para determinado ambiente. Ele não faria isso simplesmente modificando os ossos padrões para criar outra perna no padrão dos mamíferos? Por que criar todo um novo conjunto de ossos adequados para aquele novo ambiente “a mão”? Se os engenheiros humanos talvez fizessem assim, por que não Deus? A resposta de que o desejo de Deus é insondável não é muito bem vista entre a maior parte dos cientistas.
Certamente não é possível conjecturar o desejo de Deus. Todavia, a literatura védica oferece um relato da origem das espécies que explica o padrão de similaridade entre os organismos vivos. De acordo com o Srimad-Bhagavatam, as entidades vivas descendem, com modificações, de um ser criado originalmente. Todas as espécies, portanto, estão unidas por uma árvore genealógica de ancestrais e descendentes. Formas que compartilham características similares herdam tais características das formas ancestrais que as possuem originalmente. Dessa maneira, a teoria apresentada no Bhagavatam acerca das semelhanças e diferenças entre espécies é, de certa forma, comparável com a tradicional Teoria da Evolução.
Essas duas teorias, porém, não são iguais. A teoria neodarwiniana da Evolução diz que as espécies descenderam de um organismo primitivo unicelular e gradualmente se desenvolveram em formas cada vez mais complexas. Em contraste, o Bhagavatam diz que Brahma, o ser originalmente criado, é sobre-humano. Brahma gerou seres chamados prajapatis, que são inferiores a ele. Esses, por sua vez, produziram gerações de seres inferiores, culminando nas plantas, animais e nos seres humanos como os conhecemos. Abaixo dos prajapatis, essas sucessivas gerações vêm a existir através de reprodução sexual.
A Teoria da Evolução diz que as espécies surgem através de mutação e seleção natural, sem nenhum guia inteligente. O Bhagavatam, por outro lado, defende que todo o processo de geração de seres é planejado em detalhes por Deus.
Projetista Inteligente
Este ponto nos conduz de volta à questão de por que as espécies deveriam ser unidas por um padrão homológico.
Diversos pontos podem ser colocados. O primeiro é que um engenheiro geneticista projetando um mamífero para um fim especial talvez ache conveniente atribuir-lhe um design especial. Contudo, se ele quer criar todo um ecossistema de organismos que se interagem, ele talvez queira fazê-lo com um esquema geral no qual ele possa produzir diferentes tipos de organismos modificando projetos modelos. Então, um mamífero planejado para modelo poderia ser usado como ponto de partida para produzir vários mamíferos, e modelos similares poderiam ser criados para aves, peixes e assim por diante. Seria mais eficiente organizar esses modelos em uma árvore parcimoniosa para que seja necessário o mínimo de trabalho de criação.
Essa ideia fornece resposta para uma das dificuldades da Teoria da Evolução. Muitos organismos vivos têm estruturas complexas que os evolucionistas encontram grande dificuldade em explicar através da seleção natural ou de mutações. Observara-se que certas formas intermediárias unem organismo que têm essas estruturas àqueles que não têm. Evolucionistas encontram dificuldade em imaginar possibilidades convincentes para o que possam ser essas formas intermediárias involutivas. Mas as estruturas são fáceis de entender se pressupormos um projetista inteligente.
Para ilustrar esse ponto, considere a dificuldade de se criar programas de computador. O programador irá, muitas vezes, programar um novo software pegando um já pronto e o modificando. Depois de fazer isso por algum tempo, ele acaba produzindo uma árvore genealógica de programas. Entretanto, as mudanças necessárias para se ir de um programa a outro são frequentemente extensas. Um novo programa, que se espera que opere de maneira determinada, não nasce de mutações randômicas no programa original.
Todavia, poderia se levantar o ponto de que um finito engenheiro humano talvez precisasse de eficientes métodos de criação, mas Deus é ilimitado e não precisa deles. Por que, então, Ele deveria usá-los? Nós não podemos predizer Deus, mas uma possível resposta aguarda nossas considerações no Bhagavatam (2.1.36). Ali, Krsna, a Suprema Personalidade de Deus, é celebrado como o maior dos artistas:
“A variedade de pássaros são indicações de Seu elevado senso artístico. Manu, o pai da humanidade, é o emblema de Sua inteligência sistemática, e a humanidade é Sua residência. As espécies celestiais de seres humanos, como os gandharvas, vidyadharas, caranas e apsaras, representam Sua harmonia musical, e os soldados demoníacos são representações de Suas proezas grandiosas”.
Padrões metódicos de criação também são naturais em trabalhos artísticos. Assim como Bach habilmente combinou e modificou diferentes temas em suas fugas, da mesma forma, o Artista Supremo talvez orquestre o mundo da vida de forma que demonstre ordem, parcimônia e abundante originalidade de formas. Os parcimoniosos padrões de mudança seguem naturalmente ao longo da procriação das espécies. A originalidade emana da inteligência criativa de Krishna, e não pode ser relatada pela teoria neodarwiniana.
Energias Sutis
Isso nos conduz ao nosso último ponto. As formas de vida descendentes de Brahma incluem várias espécies desconhecidas por nós. As espécies superiores, começando com o próprio Brahma, têm corpos feitos, em sua maior parte, de tipos sutis de energia distintos das energias estudadas pelos cientistas modernos. Manu, os gandharvas e os vidyadharas são exemplos de tais seres.
Nós podemos tratar as energias estudadas pela ciência moderna como matéria grosseira. Os corpos dos seres humanos comuns, animais e plantas são todos feitos desse tipo de matéria. Se eles descendem de seres com corpos feitos de energia sutil, então deve haver um processo de transformação pelo qual formas grosseiras são geradas a partir de sutis. Tal processo o Bhagavatam diz categoricamente que sim existe.
Portanto, a explanação do Bhagavatam acerca da origem das espécies traz as duas seguintes máximas: (1) existem, necessariamente, seres corporificados em corpos sutis, que incluem os precursores dos organismos corporificados em corpos grosseiros, e (2) existe, necessariamente, um processo pelo qual o grosseiro vem do sutil. Seria interessante procurar saber se existe alguma evidência empírica que pudesse corroborar essas predições.
O QI da Natureza
Isvara Krsna Dasa
“A construção de uma habitação
é algo conhecido mesmo aos pássaros e bestas. O rato sabe como viver
dentro da terra. Eles fazem um buraco. De acordo com sua capacidade,
eles o fazem ali. Os pássaros também fazem seu ninho para viver
confortavelmente. E as formigas também. Assim, essa inteligência está
presente. Deus concedeu essa inteligência”. – Srila Prabhupada
“Muitos instintos são tão magníficos que o
desenvolvimento deles provavelmente se mostrará ao leitor uma
dificuldade suficiente para subverter toda a minha teoria”. – Charles
Darwin
Tendo sido criado em uma cidade, Budapeste, eu aprendi sobre a natureza primeiramente a partir de livros e filmes. Por um longo tempo, livros sobre o mundo vivo fascinaram-me – as histórias dos ornitologistas, relatos dos naturalistas sobre suas expedições, apresentações de pesquisadores do comportamento animal. Meus autores favoritos eram Gerald Durell e David Attenborough. Eu jamais imaginaria que investigar os mais ocultos assuntos da natureza se tornaria a minha profissão.
A familiaridade dos meus pais com a ciência ajudou a tornar a
Biologia minha matéria favorita nos ensinos fundamental e médio. Minha
mãe era farmacêutica, e meu pai, médico. Pensar em termos da ciência era
algo natural em nossa família com três filhos.
Na aula de Biologia do ensino médio, eu não podia escapar da dissecação de espécimes animais, embora me lamentasse e sentisse-me moralmente avesso à visão da minhoca crucificada com alfinetes e do sapo desentranhado ou dos pássaros preparados que pareciam muito mais atrativos intactos do que com seus intestinos à mostra.
Meu interesse, por fim, se voltou para as ciências sociais, e entrei na Universidade de maneira a estudar Antropologia Cultural, a qual analisa e compara civilizações passadas e atuais.
Nova Visão de Mundo
Na Hungria, onde eu vivia, meus primeiros anos universitários coincidiram com a mudança do sistema político. O comunismo estava fora, e, repentinamente, compreendi que o mundo pode ser visto sob várias perspectivas e que o homem é livre para escolher a visão de mundo que ele quer. Essa liberdade era promissora, mas também assustadora, por causa das sérias implicações da escolha. A estrutura e o pensamento de outras sociedades, portanto, tornaram-se importantes para mim não apenas do ponto de vista científico, mas também existencialmente, relevantes para a minha própria vida.
Durante esse período, familiarizei-me com a sabedoria das escrituras védicas, da Índia, com os livros de Srila Prabhupada, um educador indiano representando uma tradição ininterrupta. Após alguns pequenos livros sobre reencarnação, li o Bhagavad-gita e obtive uma visão geral de sua filosofia: todo ser vivo (inclusive as plantas e os animais) é uma alma eterna que, de um modo ou outro, emaranhou-se no mundo material e agora vagueia de um tipo de corpo a outro, aceitando várias formas corpóreas. Quando as almas obtêm um corpo humano, elas recebem a chance de se despertarem para a sua consciência original pura e, agindo apropriadamente, podem voltar ao mundo espiritual ao fim da vida e se reconectarem com Deus.
A princípio, considerei isso bom demais para ser verdade. Ao mesmo tempo, entretanto, a coerência do raciocínio, o conceito de não-violência e a opção de que a vida poderia ter um propósito mais elevado fascinaram-me. Depois do materialismo científico, embebido no sistema educacional do socialismo, isso era muito atrativo, mas, simultaneamente, bastante incomum e difícil de acreditar.
Entrei em uma crise ideológica. Meu sistema de pensamento, adquirido em minha infância e julgado incontestável, debilitava-se gradativamente. Ao mesmo tempo, ainda era forte o bastante para impedir-me de aceitar outra ideologia.
Eu tinha problemas especialmente com uma questão: De onde os reinos animais e vegetais, que eu tanto admirava, haviam se originado? De acordo com os meus livros da infância e da escola, a vida surgira através de processos mecânicos eventuais e as espécies evoluíram de ancestrais comuns por milhões de anos. Contudo, segundo os textos védicos milenares que eu estava começando a respeitar, os projetos corpóreos de plantas e animais existem em nosso planeta desde o começo dos tempos.
Também tomei conhecimento de algumas publicações que apresentavam contra-argumentos contra a teoria da evolução. Fiquei surpreso ao descobrir uma enorme estrutura de argumentos e comecei a ponderar que a teoria da evolução poderia não ser, afinal, um fato inegável. Talvez fosse simplesmente uma interpretação possível para a natureza – a interpretação com a qual fui alimentado. Eu estava curioso por encontrar a verdade, e julguei que, sem encontrar a verdade referente à questão das origens, eu não poderia tomar uma decisão bem fundada acerca do propósito da minha própria vida.
De Volta à Estante de Livros
Reli meus livros sobre animais e notei que as origens eram tratadas com marcante superficialidade. Qualquer fenômeno sobre os quais falassem os autores, eles utilizavam expressões como “evoluíram”, “surgiram”, “foram modificados”, “adaptaram-se” etc., mas jamais detalhavam como tais coisas aconteceram.
Pensei que eu poderia obter informações detalhadas em periódicos especializados, mas constatei, para o meu desalento, que as descrições, embora exprimidas mais cientificamente, eram baseadas em uma preconcepção não comprovada. Isto reforçou minha desconfiança de que minha escola era enganosa, e que o evolucionismo não era nada senão uma construção linguística, uma explicação mítica para o mundo criada nos séculos XIX e XX. Pegando emprestada uma expressão da área de humanas, era uma “narrativa”, uma história inventada por um povo em certo período e contada a outros.
Relendo os livros, fui arrebatado pelas maravilhas dos instintos inatos que muitas espécies animais demonstram. A fim de reunir mais informações para solucionar a questão das origens, decidi estudar esta temática em detalhes. O comportamento animal é o assunto da disciplina científica de nome Etologia. Sendo um antropólogo cultural por treinamento e também alguém interessante em culturas não-humanas, dei-me o título de “zoologista cultural” (talvez o único no planeta Terra).
Observemos algumas questões que surgem em conexão com o comportamento animal instintivo.
Nada há de surpreendente em os insetos se comportarem como insetos, os pássaros como pássaros e os mamíferos como mamíferos. Eles executam a maior parte de seu intrincado comportamento de uma maneira predeterminada e instintiva. Mas como eles sabem quando e como deveriam agir? De onde vem a inteligência manifestada na natureza?
De forma a explicar a origem dos padrões comportamentais, os evolucionistas apontam para modificações graduais de comportamentos mais simples. Porém, a visão atual é necessariamente a visão correta? Ela se baseia em dedução detalhada e plausível? Ou poderia haver uma explicação alternativa melhor? É possível que o nosso mundo reflita de muitas maneiras uma inteligência sobrenatural que aplicou suas próprias soluções infinitamente engenhosas a fim de criar o mundo vivo?
O Termostato da Natureza
Muitos padrões de comportamento animal não consistem meramente de uma única fase, mas antes envolvem uma gama de passos comportamentais que têm de ter sempre estado presentes para êxito na ação. Isto representa uma séria, se não letal, ameaça à teoria darwiniana.
O megapódio ocelado (leipoa ocellata), nativo da
Austrália Oriental, choca seus ovos de uma maneira incomum.
Primeiramente, com suas fortes pernas, os pais megapódios ocelados cavam
um buraco de 4 metros e meio de largura e 90 centímetros de
profundidade. Durante o inverno, eles reúnem galhinhos e folhas dentro
de um raio de 50 metros e os amontoam no buraco. Quando o material
houver ficado completamente encharcado pela chuva, eles cobrem tudo com
uma camada de terra arenosa de 50 centímetros de espessura. Eis como
esta ave constrói seu ninho similar a uma cratera, o qual tem quase 1
metro e meio de altura.
A fêmea bota seus ovos sobre as folhas em decomposição na câmara dos ovos dentro do montículo e então o macho enterra a câmara dos ovos. Começando da primavera; por três ou quatro meses, a fêmea vai ao ninho uma vez por semana para botar um ovo de cada vez, e então deixa o ninho. Durante o longo período de nove meses de choca, o macho cuida da temperatura correta de incubação.
A maioria das espécies de aves choca seus ovos com o calor de seus próprios corpos. Este caso é totalmente diferente. Os ovos do megapódio ocelado são chocados pela quentura do monte enquanto a matéria vegetal em decomposição amontoada em seu interior gera calor. A intervalos, o macho enfia seu bico no monte de modo a conferir a temperatura do solo. Ele é capaz de mensurar a temperatura muito provavelmente com sua língua ou cavidade oral. Ele mantém a temperatura do montículo funcionando como uma incubadora a 34 graus centígrados com incrível precisão. Ele permite uma flutuação máxima de 1 grau centígrado dentro do montículo, muito embora diária e anualmente a temperatura varie consideravelmente na região em que vive.
Caso os ovos fiquem sujeitos ao perigo de superaquecimento, ele remove assiduamente uma camada de areia do topo do monte para expedir o calor extra. No sentido inverso, de sorte a proteger o montículo de raios solares excessivos, ele esgaravata mais terra para sobre o montículo. Quando a temperatura externa se torna mais fria, ele remove as camadas superiores do monte durante o dia a fim de que os raios solares incidam diretamente no centro do ninho. À noite, porém, ele o cobre novamente para reter o calor.
Os filhotes nascem em diferentes tempos e quebram a casca do ovo com suas fortes pernas. Miraculosamente, eles não sufocam dentro do montículo, senão que, mantendo seu bico e seus olhos estritamente fechados, cavam até saírem do monte. Eles esforçam-se arduamente por cinco ou dez minutos abrindo alguns centímetros de caminho até a superfície, então descansam por cerca de uma hora e começam novamente. Eles podem levar de duas a quinze horas até o topo. Uma vez fora, eles respiram profundamente e abrem seus olhos. Em seguida, caminham à sua maneira gingada para fora do ninho/monte ou rolam abaixo para as redondezas cobertas de vegetação rasteira. Eles nunca se encontram com seus pais e não aprendem com ninguém como construir um montículo ou como manter sua temperatura. Contudo, quando chegam à idade adulta, comportam-se exatamente como se comportaram seus pais.
Além das Explicações da Ave Engenhosa
O megapódio ocelado pertence à família das aves incubadoras (megapodiidae). Todas as espécies de aves pertencentes a essa família taxonômica são bem conhecidas por utilizar uma fonte externa de calor para chocar seus ovos. Os periódicos científicos evolucionistas assumem que esse método de incubação evolui a pequenos passos a partir da incubação tradicional de “acomodar-se sobre os ovos”. No entanto, eles são incapazes de fornecer qualquer tipo de explicação teórica convincente e detalhada para essa evolução gradual, a qual estaria coerente com os princípios de sua teoria.
A fim de compreendermos mais profundamente por que a teoria evolucionista não se suporta no atinente à origem da estratégia de incubação do megapódio ocelado, consideremos o que é necessário para a exitosa chocagem dos filhotes.
No que diz respeito à fêmea: Voltar regularmente e botar os ovos no local apropriado.
No que diz respeito ao macho: Conhecimento acerca do material e da estrutura do monte; construção do monte incubador; órgão específico para a checagem da temperatura do solo; sofisticado instinto para garantir uma temperatura constante dentro do monte de chocagem.
No que diz respeito aos passarinhos recém-nascidos: Comportamento instintivo apropriado sobre o que fazer após a choca; construção anatômica adequada para ter força suficiente para cavarem até a superfície do monte e sobreviverem sozinhos; padrões de comportamento instintivo do nascimento em diante, capacitando-os a reproduzirem-se e chocar.
Reflitamos sobre isso. Seria possível omitir algum destes elementos e ainda assim haver ovos chocados? Certamente não, porque todas essas características anatômicas e instintivas particulares são necessárias ao mesmo tempo para que as próximas gerações de pássaros possam passar a existir. Eis por que não se pode esboçar uma linha de desenvolvimento progressivo consistindo de numerosas pequenas mudanças graduais conduzindo do “aquecer com o corpo” ao sistema do “construtor de montículo”. Quando os ovos são depositados e escondidos no solo, todos os outros elementos (características físicas e instintos do megapódio ocelado) devem estar presentes; do contrário, a temperatura dos ovos não seria mantida e os embriões dentro deles pereceriam.
O método de incubação do megapódio ocelado, portanto, é um sistema irredutível, visto que o processo funciona unicamente caso cada peça do quebra-cabeça da cadeia comportamental esteja em sua posição apropriada. O surgimento simultâneo de tantos elementos coordenados sem controle consciente – meramente por mutação eventual não-direcionada – é absolutamente impossível.
Por conseguinte, a origem do megapódio ocelado é um enigma com uma única solução: esse pássaro, com todos os seus atributos anatômicos e comportamento instintivo, foi planejado por uma inteligência superior. Ademais, as técnicas de incubação “sentar sobre os ovos” e “construir um montículo” mais plausivelmente manifestaram-se ao mesmo tempo como partes de um abrangente plano superior.
Uma Resposta Mais Convincente
O megapódio ocelado é apenas um dos muitos exemplos em nosso livro Nature’s IQ [sem tradução para o português], escrito em cooperação com o amigo bioengenheiro Bhagavat-priya Dasa. Ele descreve mais de cem exemplos de instintos animais incomuns de origem inexplicável (www.naturesiq.com).
Aqui estão mais algumas perguntas empolgantes:
Como o peixe-arqueiro obteve a ideia de cuspir acima do nível da água, e como sua arma bucal especial (capaz de atingir insetos com água) desenvolveu-se? Que tipo de vantagem evolutiva representaria a habilidade de cuspir pequenas quantidades de água a uma pequena distância para muitíssimas gerações?
Como um peixinho, o góbio-néon, permanece vivo enquanto nada voluntariamente para dentro da boca de um peixe predador, a garoupa-estrelada?
Como os pássaros migratórios sabem quando e para qual direção devem partir?
Quais hábitos de acasalamento especiais contradizem a evolução darwiniana?
Quais são as estratégias de pais animais na criação de sua prole, e por que é provável que tais estratégias venham de uma inteligência superior em vez de mudanças genéticas eventuais?
Os padrões de comportamento animal apresentam enigmas lógicos que dificilmente podem ser solucionados sem a postulação do envolvimento do design inteligente. Parece razoável, portanto, considerar o ponto de vista das escrituras antigas.
De acordo com a filosofia das escrituras védicas, os seres vivos neste mundo constituem-se de três componentes. Em todos os casos, a fonte da vida e da consciência em qualquer corpo vivo é uma centelha espiritual individual e eterna. Um corpo físico sutil, no qual as atividades mentais da entidade viva ocorrem, cobre o ser vivo. Parece que os instintos de uma dada espécie também estão codificados nesse corpo material sutil, e eles são substancialmente constantes. O corpo biológico visível cobre o corpo sutil. As variadas formas de vida e os padrões comportamentais apropriados têm origem a partir de um ser infinitamente inteligente e inventivo, o qual está presente nos corações de todas as coisas viventes como a Superalma.
Aprendi a identificar os desorientadores preconceitos ideológicos nos livros de ciência e a lidar com eles com a devida reserva. E, atualmente, quando leio sobre a natureza, frequentemente sinto que, por trás das linhas, Alguém está piscando para mim.
6. Vida Fora do Planeta Terra
https://www.youtube.com/watch?v=rZ7Xp...
7. Geologia e Hidrodinâmica
https://www.youtube.com/watch?v=4sfrE...
8. Implicações Religiosas
https://www.youtube.com/watch?v=f42B_...
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.Na aula de Biologia do ensino médio, eu não podia escapar da dissecação de espécimes animais, embora me lamentasse e sentisse-me moralmente avesso à visão da minhoca crucificada com alfinetes e do sapo desentranhado ou dos pássaros preparados que pareciam muito mais atrativos intactos do que com seus intestinos à mostra.
Meu interesse, por fim, se voltou para as ciências sociais, e entrei na Universidade de maneira a estudar Antropologia Cultural, a qual analisa e compara civilizações passadas e atuais.
O Milagre da Vida 55min,
Nova Visão de Mundo
Na Hungria, onde eu vivia, meus primeiros anos universitários coincidiram com a mudança do sistema político. O comunismo estava fora, e, repentinamente, compreendi que o mundo pode ser visto sob várias perspectivas e que o homem é livre para escolher a visão de mundo que ele quer. Essa liberdade era promissora, mas também assustadora, por causa das sérias implicações da escolha. A estrutura e o pensamento de outras sociedades, portanto, tornaram-se importantes para mim não apenas do ponto de vista científico, mas também existencialmente, relevantes para a minha própria vida.
Durante esse período, familiarizei-me com a sabedoria das escrituras védicas, da Índia, com os livros de Srila Prabhupada, um educador indiano representando uma tradição ininterrupta. Após alguns pequenos livros sobre reencarnação, li o Bhagavad-gita e obtive uma visão geral de sua filosofia: todo ser vivo (inclusive as plantas e os animais) é uma alma eterna que, de um modo ou outro, emaranhou-se no mundo material e agora vagueia de um tipo de corpo a outro, aceitando várias formas corpóreas. Quando as almas obtêm um corpo humano, elas recebem a chance de se despertarem para a sua consciência original pura e, agindo apropriadamente, podem voltar ao mundo espiritual ao fim da vida e se reconectarem com Deus.
A princípio, considerei isso bom demais para ser verdade. Ao mesmo tempo, entretanto, a coerência do raciocínio, o conceito de não-violência e a opção de que a vida poderia ter um propósito mais elevado fascinaram-me. Depois do materialismo científico, embebido no sistema educacional do socialismo, isso era muito atrativo, mas, simultaneamente, bastante incomum e difícil de acreditar.
Entrei em uma crise ideológica. Meu sistema de pensamento, adquirido em minha infância e julgado incontestável, debilitava-se gradativamente. Ao mesmo tempo, ainda era forte o bastante para impedir-me de aceitar outra ideologia.
Eu tinha problemas especialmente com uma questão: De onde os reinos animais e vegetais, que eu tanto admirava, haviam se originado? De acordo com os meus livros da infância e da escola, a vida surgira através de processos mecânicos eventuais e as espécies evoluíram de ancestrais comuns por milhões de anos. Contudo, segundo os textos védicos milenares que eu estava começando a respeitar, os projetos corpóreos de plantas e animais existem em nosso planeta desde o começo dos tempos.
Também tomei conhecimento de algumas publicações que apresentavam contra-argumentos contra a teoria da evolução. Fiquei surpreso ao descobrir uma enorme estrutura de argumentos e comecei a ponderar que a teoria da evolução poderia não ser, afinal, um fato inegável. Talvez fosse simplesmente uma interpretação possível para a natureza – a interpretação com a qual fui alimentado. Eu estava curioso por encontrar a verdade, e julguei que, sem encontrar a verdade referente à questão das origens, eu não poderia tomar uma decisão bem fundada acerca do propósito da minha própria vida.
De Volta à Estante de Livros
Reli meus livros sobre animais e notei que as origens eram tratadas com marcante superficialidade. Qualquer fenômeno sobre os quais falassem os autores, eles utilizavam expressões como “evoluíram”, “surgiram”, “foram modificados”, “adaptaram-se” etc., mas jamais detalhavam como tais coisas aconteceram.
Pensei que eu poderia obter informações detalhadas em periódicos especializados, mas constatei, para o meu desalento, que as descrições, embora exprimidas mais cientificamente, eram baseadas em uma preconcepção não comprovada. Isto reforçou minha desconfiança de que minha escola era enganosa, e que o evolucionismo não era nada senão uma construção linguística, uma explicação mítica para o mundo criada nos séculos XIX e XX. Pegando emprestada uma expressão da área de humanas, era uma “narrativa”, uma história inventada por um povo em certo período e contada a outros.
Relendo os livros, fui arrebatado pelas maravilhas dos instintos inatos que muitas espécies animais demonstram. A fim de reunir mais informações para solucionar a questão das origens, decidi estudar esta temática em detalhes. O comportamento animal é o assunto da disciplina científica de nome Etologia. Sendo um antropólogo cultural por treinamento e também alguém interessante em culturas não-humanas, dei-me o título de “zoologista cultural” (talvez o único no planeta Terra).
Observemos algumas questões que surgem em conexão com o comportamento animal instintivo.
Nada há de surpreendente em os insetos se comportarem como insetos, os pássaros como pássaros e os mamíferos como mamíferos. Eles executam a maior parte de seu intrincado comportamento de uma maneira predeterminada e instintiva. Mas como eles sabem quando e como deveriam agir? De onde vem a inteligência manifestada na natureza?
De forma a explicar a origem dos padrões comportamentais, os evolucionistas apontam para modificações graduais de comportamentos mais simples. Porém, a visão atual é necessariamente a visão correta? Ela se baseia em dedução detalhada e plausível? Ou poderia haver uma explicação alternativa melhor? É possível que o nosso mundo reflita de muitas maneiras uma inteligência sobrenatural que aplicou suas próprias soluções infinitamente engenhosas a fim de criar o mundo vivo?
O Termostato da Natureza
Muitos padrões de comportamento animal não consistem meramente de uma única fase, mas antes envolvem uma gama de passos comportamentais que têm de ter sempre estado presentes para êxito na ação. Isto representa uma séria, se não letal, ameaça à teoria darwiniana.
Foto: Casal de megapódios ocelados cuidando de seu ninho.
A fêmea bota seus ovos sobre as folhas em decomposição na câmara dos ovos dentro do montículo e então o macho enterra a câmara dos ovos. Começando da primavera; por três ou quatro meses, a fêmea vai ao ninho uma vez por semana para botar um ovo de cada vez, e então deixa o ninho. Durante o longo período de nove meses de choca, o macho cuida da temperatura correta de incubação.
A maioria das espécies de aves choca seus ovos com o calor de seus próprios corpos. Este caso é totalmente diferente. Os ovos do megapódio ocelado são chocados pela quentura do monte enquanto a matéria vegetal em decomposição amontoada em seu interior gera calor. A intervalos, o macho enfia seu bico no monte de modo a conferir a temperatura do solo. Ele é capaz de mensurar a temperatura muito provavelmente com sua língua ou cavidade oral. Ele mantém a temperatura do montículo funcionando como uma incubadora a 34 graus centígrados com incrível precisão. Ele permite uma flutuação máxima de 1 grau centígrado dentro do montículo, muito embora diária e anualmente a temperatura varie consideravelmente na região em que vive.
Caso os ovos fiquem sujeitos ao perigo de superaquecimento, ele remove assiduamente uma camada de areia do topo do monte para expedir o calor extra. No sentido inverso, de sorte a proteger o montículo de raios solares excessivos, ele esgaravata mais terra para sobre o montículo. Quando a temperatura externa se torna mais fria, ele remove as camadas superiores do monte durante o dia a fim de que os raios solares incidam diretamente no centro do ninho. À noite, porém, ele o cobre novamente para reter o calor.
Os filhotes nascem em diferentes tempos e quebram a casca do ovo com suas fortes pernas. Miraculosamente, eles não sufocam dentro do montículo, senão que, mantendo seu bico e seus olhos estritamente fechados, cavam até saírem do monte. Eles esforçam-se arduamente por cinco ou dez minutos abrindo alguns centímetros de caminho até a superfície, então descansam por cerca de uma hora e começam novamente. Eles podem levar de duas a quinze horas até o topo. Uma vez fora, eles respiram profundamente e abrem seus olhos. Em seguida, caminham à sua maneira gingada para fora do ninho/monte ou rolam abaixo para as redondezas cobertas de vegetação rasteira. Eles nunca se encontram com seus pais e não aprendem com ninguém como construir um montículo ou como manter sua temperatura. Contudo, quando chegam à idade adulta, comportam-se exatamente como se comportaram seus pais.
Além das Explicações da Ave Engenhosa
O megapódio ocelado pertence à família das aves incubadoras (megapodiidae). Todas as espécies de aves pertencentes a essa família taxonômica são bem conhecidas por utilizar uma fonte externa de calor para chocar seus ovos. Os periódicos científicos evolucionistas assumem que esse método de incubação evolui a pequenos passos a partir da incubação tradicional de “acomodar-se sobre os ovos”. No entanto, eles são incapazes de fornecer qualquer tipo de explicação teórica convincente e detalhada para essa evolução gradual, a qual estaria coerente com os princípios de sua teoria.
A fim de compreendermos mais profundamente por que a teoria evolucionista não se suporta no atinente à origem da estratégia de incubação do megapódio ocelado, consideremos o que é necessário para a exitosa chocagem dos filhotes.
No que diz respeito à fêmea: Voltar regularmente e botar os ovos no local apropriado.
No que diz respeito ao macho: Conhecimento acerca do material e da estrutura do monte; construção do monte incubador; órgão específico para a checagem da temperatura do solo; sofisticado instinto para garantir uma temperatura constante dentro do monte de chocagem.
No que diz respeito aos passarinhos recém-nascidos: Comportamento instintivo apropriado sobre o que fazer após a choca; construção anatômica adequada para ter força suficiente para cavarem até a superfície do monte e sobreviverem sozinhos; padrões de comportamento instintivo do nascimento em diante, capacitando-os a reproduzirem-se e chocar.
Reflitamos sobre isso. Seria possível omitir algum destes elementos e ainda assim haver ovos chocados? Certamente não, porque todas essas características anatômicas e instintivas particulares são necessárias ao mesmo tempo para que as próximas gerações de pássaros possam passar a existir. Eis por que não se pode esboçar uma linha de desenvolvimento progressivo consistindo de numerosas pequenas mudanças graduais conduzindo do “aquecer com o corpo” ao sistema do “construtor de montículo”. Quando os ovos são depositados e escondidos no solo, todos os outros elementos (características físicas e instintos do megapódio ocelado) devem estar presentes; do contrário, a temperatura dos ovos não seria mantida e os embriões dentro deles pereceriam.
O método de incubação do megapódio ocelado, portanto, é um sistema irredutível, visto que o processo funciona unicamente caso cada peça do quebra-cabeça da cadeia comportamental esteja em sua posição apropriada. O surgimento simultâneo de tantos elementos coordenados sem controle consciente – meramente por mutação eventual não-direcionada – é absolutamente impossível.
Por conseguinte, a origem do megapódio ocelado é um enigma com uma única solução: esse pássaro, com todos os seus atributos anatômicos e comportamento instintivo, foi planejado por uma inteligência superior. Ademais, as técnicas de incubação “sentar sobre os ovos” e “construir um montículo” mais plausivelmente manifestaram-se ao mesmo tempo como partes de um abrangente plano superior.
Uma Resposta Mais Convincente
O megapódio ocelado é apenas um dos muitos exemplos em nosso livro Nature’s IQ [sem tradução para o português], escrito em cooperação com o amigo bioengenheiro Bhagavat-priya Dasa. Ele descreve mais de cem exemplos de instintos animais incomuns de origem inexplicável (www.naturesiq.com).
Aqui estão mais algumas perguntas empolgantes:
Como o peixe-arqueiro obteve a ideia de cuspir acima do nível da água, e como sua arma bucal especial (capaz de atingir insetos com água) desenvolveu-se? Que tipo de vantagem evolutiva representaria a habilidade de cuspir pequenas quantidades de água a uma pequena distância para muitíssimas gerações?
Como um peixinho, o góbio-néon, permanece vivo enquanto nada voluntariamente para dentro da boca de um peixe predador, a garoupa-estrelada?
Como os pássaros migratórios sabem quando e para qual direção devem partir?
Quais hábitos de acasalamento especiais contradizem a evolução darwiniana?
Quais são as estratégias de pais animais na criação de sua prole, e por que é provável que tais estratégias venham de uma inteligência superior em vez de mudanças genéticas eventuais?
Os padrões de comportamento animal apresentam enigmas lógicos que dificilmente podem ser solucionados sem a postulação do envolvimento do design inteligente. Parece razoável, portanto, considerar o ponto de vista das escrituras antigas.
De acordo com a filosofia das escrituras védicas, os seres vivos neste mundo constituem-se de três componentes. Em todos os casos, a fonte da vida e da consciência em qualquer corpo vivo é uma centelha espiritual individual e eterna. Um corpo físico sutil, no qual as atividades mentais da entidade viva ocorrem, cobre o ser vivo. Parece que os instintos de uma dada espécie também estão codificados nesse corpo material sutil, e eles são substancialmente constantes. O corpo biológico visível cobre o corpo sutil. As variadas formas de vida e os padrões comportamentais apropriados têm origem a partir de um ser infinitamente inteligente e inventivo, o qual está presente nos corações de todas as coisas viventes como a Superalma.
Aprendi a identificar os desorientadores preconceitos ideológicos nos livros de ciência e a lidar com eles com a devida reserva. E, atualmente, quando leio sobre a natureza, frequentemente sinto que, por trás das linhas, Alguém está piscando para mim.
A Origem da Vida, Biologia e Genética
- Adauto Lourenço (Série: Criação x Evolução)77min.
Série: Criação x Evolução. Video 3 de 8.
Esta é uma série de 8 palestras apresentadas pelo Prof. Adauto Lourenço, voltadas ao público cristão, e eu digo "público cristão" haja visto que em determinados momentos ele menciona a Bíblia. Entretanto as palestras não deixam de ser interessantes para todos os que veem e examinam de tudo sem preconceito, pois pode-se conhecer várias visões de um mesmo tema, e com certeza os vídeos são um bom material para uma reflexão saudável sobre as origens.
"Vivemos dias excepcionais para a Ciência. Com o avanço tecnológico, muitas novas portas para a pesquisa e o conhecimento se abriram. Mas a antiga pergunta feita pelos grandes filósofos gregos, que permeou as discussões dos séculos dos grandes descobrimentos, continua ecoando pelos corredores da Ciência até os dias de hoje: A natureza com toda a sua exuberância , diversidade e complexidade é apenas fruto do acaso ou de um plano racional e intencional? O que é o universo e qual a sua origem? Como a vida teve o seu inicio e como chegou até aqui? Desde quando tudo começou até agora, o que aconteceu? Esta série poderá se tornar o seu primeiro passo em direção a uma resposta sobre o que você conhece... ou sobre o que talvez acha que conhece." (informações contidas na contracapa do DVD).
Palestrante:
Adauto J. B. Lourenço, B. Sc., MSc., é formado em Física pela Bob Jones University, USA. Mestrado em Física Nuclear pela Clemson University, USA. Pesquisador responsável em Sistemas de Imagem de Estruturas Atômicas (Oak Ridge National Laboratory), é membro da American Physics Society, EUA e pesquisador em Trocas de Energia em Nível Atômico (Max Planck Institut für Stromunsgsforchung, Alemanha). Uma das características mais marcantes do prof. Adauto Lourenço tem sido a sua habilidade em transmitir conceitos difíceis da Ciência de uma forma compreensível e agradável, para públicos de várias idades e de diferentes níveis de conhecimento. É também formado em teologia pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida, casado com Sueli e pai de três moças. (fonte: informações contidas na contracapa do DVD)
Produção: Estúdio Chamada.
Realização: Obra Missionária Chamada da Meia-Noite.
Tradução Consecutiva: Pr. Eros Pasquini Jr.
Gravação e filmagem realizadas na PrimeiraIgreja Batista em Porto Alegre/RS em Abril de 2008.
Esta é uma série de 8 palestras apresentadas pelo Prof. Adauto Lourenço, voltadas ao público cristão, e eu digo "público cristão" haja visto que em determinados momentos ele menciona a Bíblia. Entretanto as palestras não deixam de ser interessantes para todos os que veem e examinam de tudo sem preconceito, pois pode-se conhecer várias visões de um mesmo tema, e com certeza os vídeos são um bom material para uma reflexão saudável sobre as origens.
"Vivemos dias excepcionais para a Ciência. Com o avanço tecnológico, muitas novas portas para a pesquisa e o conhecimento se abriram. Mas a antiga pergunta feita pelos grandes filósofos gregos, que permeou as discussões dos séculos dos grandes descobrimentos, continua ecoando pelos corredores da Ciência até os dias de hoje: A natureza com toda a sua exuberância , diversidade e complexidade é apenas fruto do acaso ou de um plano racional e intencional? O que é o universo e qual a sua origem? Como a vida teve o seu inicio e como chegou até aqui? Desde quando tudo começou até agora, o que aconteceu? Esta série poderá se tornar o seu primeiro passo em direção a uma resposta sobre o que você conhece... ou sobre o que talvez acha que conhece." (informações contidas na contracapa do DVD).
Palestrante:
Adauto J. B. Lourenço, B. Sc., MSc., é formado em Física pela Bob Jones University, USA. Mestrado em Física Nuclear pela Clemson University, USA. Pesquisador responsável em Sistemas de Imagem de Estruturas Atômicas (Oak Ridge National Laboratory), é membro da American Physics Society, EUA e pesquisador em Trocas de Energia em Nível Atômico (Max Planck Institut für Stromunsgsforchung, Alemanha). Uma das características mais marcantes do prof. Adauto Lourenço tem sido a sua habilidade em transmitir conceitos difíceis da Ciência de uma forma compreensível e agradável, para públicos de várias idades e de diferentes níveis de conhecimento. É também formado em teologia pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida, casado com Sueli e pai de três moças. (fonte: informações contidas na contracapa do DVD)
Produção: Estúdio Chamada.
Realização: Obra Missionária Chamada da Meia-Noite.
Tradução Consecutiva: Pr. Eros Pasquini Jr.
Gravação e filmagem realizadas na PrimeiraIgreja Batista em Porto Alegre/RS em Abril de 2008.
Palestras que compõem a série:
1. Cosmovisões sobre as origens
https://www.youtube.com/watch?v=piNez...
2. A Origem do Universo - Cosmologia e Astronomia
https://www.youtube.com/watch?v=2HVdj...
3. A Origem da Vida - Biologia e Genética
https://www.youtube.com/watch?v=up74W...
4. A Origem da Vida: Paleontologia e Datação
https://www.youtube.com/watch?v=ChcSv...
5. Os Dinossauros e o Homem
https://www.youtube.com/watch?v=fcE6a...
1. Cosmovisões sobre as origens
https://www.youtube.com/watch?v=piNez...
2. A Origem do Universo - Cosmologia e Astronomia
https://www.youtube.com/watch?v=2HVdj...
3. A Origem da Vida - Biologia e Genética
https://www.youtube.com/watch?v=up74W...
4. A Origem da Vida: Paleontologia e Datação
https://www.youtube.com/watch?v=ChcSv...
5. Os Dinossauros e o Homem
https://www.youtube.com/watch?v=fcE6a...
6. Vida Fora do Planeta Terra
https://www.youtube.com/watch?v=rZ7Xp...
7. Geologia e Hidrodinâmica
https://www.youtube.com/watch?v=4sfrE...
8. Implicações Religiosas
https://www.youtube.com/watch?v=f42B_...
Para acessar esta playlist:
https://www.youtube.com/playlist?list...
Para acessar as outras playlists deste canal:
https://www.youtube.com/user/jocabili...
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A Ciência do Conhecer Deus, Ciência Exata no Srimad-Bhagavatam, O QI da Natureza.
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