sexta-feira, 26 de junho de 2015

INVASÕES DOS EUA : DE 1846 NO MÉXICO a 2010 NA LÍBIA





Imperialismo - 16 min.


Imperialismo - 11 min.


Imperialismo norte americano - 6 min.


Um Século de Guerras - 1 - 51 min.

Um Século de Guerras - 13 - 51 min.

Um Século de Guerras - 23 - 52 min.


Grandes líderes da Segunda Guerra Mundial - 116 min.

Glória feita de Sangue - 50 min.


Desvendando a América Latina - 



EUA:  IMPÉRIO GUERREIRO
FINANCIA E FAZ AINDA MAIS GENOCÍDIOS NO SÉCULO XXI


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


Todas as invasões do Império Americano.

Todas às invasões do império americano


Para quem gosta da democracia americana


O império

Invasões militares dos Estados Unidos fizeram nos séculos XIX, XX e XXI, organizada pelo professor Alberto da Silva Jones , da Universidade Federal de São Carlos. A lista é longa e eu coloquei uma bandeirinha no mapa mundi para cada uma delas. Pulei várias, quase me perdi de tantos layers noPhotosohp. Perdoe, são muitas. Além disso, não marquei no mapa aquelas que foram apenas ameaças, ou que são controversas e , ainda, todas as que integraram os combates da 2a. Guerra Mundial. Para não haver polêmica e haver espaço no mapa. Olhe como é impressionante o intervencionismo que, infelizmente, não parece coisa do passado.

Lá vai a lista, tenha paciência:

1846 - 1848 - MÉXICO - Por causa da anexação, pelos EUA, da República do Texas

-1890 -ARGENTINA --Tropas americanas desembarcam em Buenos Aires para defender interesses econômicos americanos.

1891 - CHILE - Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes nacionalistas.

1891 - HAITI - Tropas americanas debelam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA.

1893 - HAWAI - Marinha enviada para suprimir o reinado independente anexar o Hawaí aos EUA.

1894 - NICARÁGUA - Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês.

1894 -1895 - CHINA - Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa.

1894 - 1896 - CORÉIA Tropas permanecem em Seul durante a guerra.

1895 -PANAMÁ Tropas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana.

1898 - 1900 - CHINA - Tropas dos Estados Unidos ocupam a China durante a Rebelião Boxer.

1898 -1910 - FILIPINAS - As Filipinas lutam pela independência do país, dominado pelos EUA (Massacres realizados por tropas americanas em Balangica, Samar, Filipinas ? 27/09/1901 e 11/15/1913) ? 600.000 filipinos mortos.

1898 - 1902 - CUBA Tropas sitiaram Cuba durante a guerra hispano-americana.

1898 - PORTO RICO -Tropas sitiaram Porto Rico na guerra hispano-americana, hoje -Estado Livre Associado? ( colônia) dos Estados Unidos.

1898 - ILHA DE GUAM - Marinha americana desembarca na ilha e a mantêm como base naval até hoje.

1898 - ESPANHA - Guerra Hispano-Americana ? Desencadeada pela misteriosa explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos EUA como potência capitalista e militar mundial.

1898 - NICARÁGUA - Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur.

1899 - ILHA DE SAMOA - Tropas desembarcam e invadem a Ilha em conseqüência de conflito pela sucessão do trono de Samoa.

1899 - NICARÁGUA - Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a Nicarágua (2ª vez).

1901 - 1914 ?-PANAMÁ - Marinha apóia a revolução quando o Panamá reclamou independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal em 1901, quando teve início sua construção.

1903- HONDURAS - Fuzileiros Navais americanos desembarcam em Honduras e intervêm na revolução do povo hondurenho.

1903 - 1904 - REP.DOMINICANA - Tropas norte americanas atacaram e invadiram o território dominicano para proteger interesses do capital americano durante a revolução.

1904 - 1905 CORÉIA Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desembarcaram no território coreano durante a guerra russo-japonesa.

1906 - 1909 CUBA -Tropas dos Estados Unidos invadem Cuba e lutam contra o povo cubano durante período de eleições.

1907 - NICARÁGUA - Tropas americanas invadem e impõem a criação de um protetorado, sobre o território livre da Nicarágua.

1907 - HONDURAS - Fuzileiros Navais americanos desembarcam e ocupam Honduras durante a guerra de Honduras com a Nicarágua.

1908 - PANAMÁ - Fuzileiros Navais dos Estados Unidos invadem o Panamá durante período de eleições.

1910 - NICARÁGUA -Fuzileiros navais norte americanos desembarcam e invadem pela 3ª vez Bluefields e Corinto, na Nicarágua.

1911 - HONDURAS - Tropas americanas enviadas para proteger interesses americanos durante a guerra civil, invadem Honduras.

1911 -1941 - CHINA - Forças do exército e marinha dos Estados Unidos invadem mais uma vez a China durante período de lutas internas repetidas.

1912 - CUBA - Tropas americanas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses americanos em Havana.

1912 - PANAMÁ - Fuzileiros navais americanos invadem novamente o Panamá e ocupam o país durante eleições presidenciais.

1912 - HONDURAS - Tropas norte americanas mais uma vez invadem Honduras para proteger interesses do capital americano.

1912 - 1933 - NICARÁGUA - Tropas dos Estados Unidos com a desculpa de combaterem guerrilheiros invadem e ocupam o país durante 20 anos.

1913 - MÉXICO - Fuzileiros da Marinha americana invadem o México com a desculpa de evacuar cidadãos americanos durante a revolução.

1913 - MÉXICO - Durante a Revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas em apoio aos revolucionários.

1914 - 1918 - PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL - Os EUA entram no conflito em 6 de abril de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil homens.

1914 REPÚBLICA DOMINICANA - Fuzileiros navais da Marinha dos Estados invadem o solo dominicano e interferem na revolução do povo dominicano em Santo Domingo.

1914 - 1918 MÉXICO - Marinha e exército dos Estados Unidos invadem o território mexicano e interferem na luta contra nacionalistas.

1915 - 1934 - HAITI- Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país numa colônia americana, permanecendo lá durante 19 anos.

1916 - 1924 - REPÚBLICA DOMINICANA - Os EUA invadem e estabelecem um governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante oito anos.

1917 - 1933 CUBA - Tropas americanas desembarcam em Cuba, e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos.

1918 - 1922 RÚSSIA - Marinha e tropas americanas enviadas para combater a revolução Bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques, sendo derrotado pelos russos em todos eles.

1919 - HONDURAS - Fuzileiros norte americanos desembarcam e invadem mais uma vez o país durante eleições, colocando no poder um governo a seu serviço.

1918 - IUGOSLÁVIA - Tropas dos Estados Unidos invadem a Iugoslávia e intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia.

1920 - GUATEMALA - Tropas americanas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala.

1922 - TURQUIA -Tropas norte americanas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna.

1922 -1927 CHINA - Marinha e Exército americano mais uma vez invadem a China durante revolta nacionalista.

1924 - 1925 HONDURAS - Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras duas vezes durante eleição nacional.

1925 - PANAMÁ - Tropas americanas invadem o Panamá para debelar greve geral dos trabalhadores panamenhos.

1927 - 1934 CHINA - Mil fuzileiros americanos desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante sete anos, ocupando o território chinês.

1932 - EL SALVADOR - Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional ? FMLN ? comandadas por Marti.

1941- Segunda Guerra Mundial-Aliados x Países do Eixo- O conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados liderados pelos EUA e o Eixo sob comando da Alemanha. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Na Europa os EUA tiveram grande destaque decisivo, com o desembarque na Normandia em 06 de junho de 1944 ( conhecido como o Dia D). Na Ásia os EUA colocaram um ponto final na Segunda Guerra mundial com os ataques nucleares a Hiroshima e Nagasaki em 06 e 09 de agosto de 1945, forçando assim a rendição japonêsa.

1946 -IRà- Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã.

1946 - IUGOSLÁVIA - Presença da marinha americana ameaçando invadir a zona costeira da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos soviéticos.

1947 - 1949 GRÉCIA - Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas ?eleições? do povo grego.

1947 -VENEZUELA -Em um acordo feito com militares locais, os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder.

1948 - 1949 CHINA - Fuzileiros americanos invadem pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista.

1950 - PORTO RICO - Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce.

1951 - 1953 CORÉIA - Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Os Estados Unidos são um dos principais protagonistas da invasão usando como pano de fundo a recém criada Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-americano no sul. Os EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aeronaval na Coréia do Sul.

1954 - GUATEMALA - Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a Reforma Agrária.

1956 - EGITO - O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez sustentados pela Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal.

1958 - LÍBANO - Forças da Marinha americana invadem apóiam o exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil.

1958 -PANAMÁ - Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes nacionalistas panamenhos.

1961- 1975 VIETNÃ- Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os EUA em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de guerrilhas.

1962 - LAOS - Militares americanos invadem e ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao.

1964 - PANAMÁ - Militares americanos invadiram mais uma vez o Panamá e mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira e seu país.

1965 - 1966 REPÚBLICA DOMINICANA - mil fuzileiros e pára-quedistas norte americanos desembarcaram na capital do país São Domingo para impedir a nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924.

1966 - 1967 GUATEMALA - Boinas Verdes e marines americanos invadem o país para combater movimento revolucionário contrario aos interesses econômicos do capital americano.

1969 - 1975 CAMBOJA -Militares americanos enviados depois que a Guerra do Vietnã invadem e ocupam o Camboja.

1971 - 1975 LAOS - EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita em sua luta contra a invasão americana.

1975 - CAMBOJA - 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez.

1980 - IRà- Na inauguração do estado islâmico formado pelo Aiatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do seqüestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então.*

1982 - 1984 LÍBANO - Os Estados Unidos invadiram o Líbano e se envolveram nos conflitos do Líbano logo após a invasão do país por Israel ? e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo para os americanos foi a morte 241 fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um quartel das forças americanas.

1983 - 1984 ILHA DE GRANADA - Após um bloqueio econômico de quatro anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha.

1983 - 1989 HONDURAS - Tropas americanas enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira, invadem o Honduras

1986 - BOLÍVIA - Exército americano invade o território boliviano na justificativa de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína.

1989 - ILHAS VIRGENS - Tropas americanas desembarcam e invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano.

1989 - PANAMÁ - Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.

1990 -LIBÉRIA - Tropas americanas invadem a Libéria justificando a evacuação de estrangeiros durante guerra civil.

1990- 1991 IRAQUE - Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, os Estados Unidos com o apoio de seus aliados da Otan, decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de ?Operação Tempestade no Deserto?. As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a Guerra do Golfo.

1990 -1991 - ARÁBIA SAUDITA - Tropas americanas destacadas para ocupar a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque.

1992 - 1994 - SOMÁLIA- Tropas americanas, num total de 25 mil soldados, invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares norte-americanas (comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma fragorosa derrota militar nas ruas da capital do país.

1993 -IRAQUE -No início do governo Clinton, é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas, em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait.

1994 - 1999 HAITI - Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas americanas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a operação visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos nos Estados Unidos.

1996 - 1997 EX--ZAIRE- Atual RDC- República Democrática do Congo- Fuzileiros Navais americanos são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus

1997 LIBÉRIA - Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes.

1997 ALBÂNIA- Tropas americanas invadem a Albânia para evacuar estrangeiros.

2001 AFEGANISTÃO - Os EUA bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Invadem depois o Afeganistão onde estão até hoje.

2003 IRAQUE - Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao Iraque. É batizada pelos EUA de ?Operação Liberdade do Iraque? e por Saddam de ?A Última Batalha?, a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro. As forças invasoras americanas deixaram o território iraquiano em dezembro de 2011 após mais de 8 anos de ocupação, onde a violência aumentou mais do que nunca.

2010- Líbia- Os EUA, em meio a revolta popular na Líbia,que se seguiu as revoltas em países árabes entre o norte da África e Oriente Médio, apoiou um processo sangrento de revolução popular a partir de fevereiro de 2010, contra o regime de Muamar Kadafi que estava há 42 anos no poder. Os protestos começaram a serem reprimidos por forças do regime e logo a comunidade internacional passou a adotar sanções contra o regime de Kadafi na Líbia. Com o agravamento dos conflitos internos entre governo e grupos de oposição, os EUA e países membros da OTAN na UE e algumas nações árabes aliadas ,lançaram uma ação militar, travestida de humanitária, para supostamente proteger civis inocentes, de ataques das forças pró-Kadafi. A ação militar só terminou em outubro de 2011, com a derrota das forças de Kadafi e sua posterior captura e morte por combatentes de oposição, porém as circunstâncias sobre sua morte ainda está envolta em mistério.
E parece que as ações dos EUA não vão parar na Líbia....

UND

SÁBADO, 11 DE ABRIL DE 2015

Guerras do “ocidente” já mataram 4 milhões de muçulmanos desde 1990


10/4/2015, [*] Nafeez Ahmed, FiredogLake (de Middle East Eye)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

GENOCÍDIO DOS EUA NO IRAQUE
1.200.000 assassinados desde 2003
3.000.000 de mortos por 13 anos de Sanções
5.000.000 de exilados desde 2003
Mês passado, a organização Médicos pela Responsabilidade Social [orig. Physicians for Social Responsibility (PRS)] que tem sede em Washington divulgou estudo crucialmente importante, no qual a organização conclui que o número de mortos nos dez anos da “Guerra ao Terror” desde os ataques de 11/9 é de no mínimo 1,3 milhões de pessoas e pode ultrapassar os dois milhões.

O relatório de 97 páginas, distribuído pela organização de médicos que já recebeu um Prêmio Nobel é o primeiro estudo dedicado a estimar o número de civis mortos nas intervenções de contraterrorismo comandadas pelos EUA no Iraque, Afeganistão e Paquistão.

O relatório da PSR é assinado por uma equipe interdisciplinar de especialistas, entre os quais o Dr. Robert Gould, Diretor de Formação e Educação Profissional Médica no Centro Médico da University of Califórnia, San Francisco; e o professor Tim Takaro, da Faculdade de Ciências da Saúde na Simon Fraser University.

Até aqui completamente apagado de todos os veículos da mídia-empresa comercial em língua inglesa, trata-se de estudo histórico revolucionário e primeira tentativa, realizada por organização de saúde pública de renome mundial, para produzir informação confiável sobre o número de vítimas civis, assassinadas na “guerra ao terror” comandada por EUA e Reino Unido.

Corrigir números e preencher lacunas

O relatório da PSR é apresentado pelo Dr. Hans von Sponeck, ex-Vice-Secretário-Geral da ONU, como “contribuição significativa para diminuir o fosso que separa estimativas confiáveis do número de vítimas da guerra, especialmente civis no Iraque, Afeganistão e Paquistão, e números tendenciosos, manipulados e até fraudulentos”.

O relatório faz uma revisão de estimativas anteriores do número de mortes da “guerra ao terror”. E é duramente crítico do número mais frequentemente citado pela mídia-empresa comercial como número confiável, a saber o índice Iraq Body Count (IBC) que notifica 110 mil mortos. Esse número é construído a partir de outras “estimativas” publicadas pelos veículos da mídia-empresa comercial, mas o estudo da organização PSR identifica graves lacunas e erros de metodologia nesse tipo de abordagem.

Por exemplo, apesar de 40 mil cadáveres terem sido sepultados em Najaf desde o início da guerra, o índice jornalístico IBC só registrou, para o mesmo período, 1.354 mortes em Najaf. Esse exemplo mostra como é grande a diferença entre os números jornalísticos do IBC e o número real de mortos – neste caso o número de mortos que a mídia-empresa comercial está divulgando é 30 vezes menor que o número real.

As maiores vítimas dos EUA são as crianças
Esse tipo de discrepância é encontrável em todo o banco de dados do índice IBC com o qual trabalha a mídia-empresa comercial. Noutro campo, o índice IBC registrou apenas três ataques aéreos num período em 2005, quando o número de ataques realmente cresceu de 25 para 120 naquele ano. Dessa vez, o número que a mídia-empresa comercial está divulgando é 40 vezes menor que o número real.

Segundo o estudo da PSR, até o muito discutível estudo publicado pela revista Lancet, que estimava em 655 mil o número de mortos no Iraque até 2006 (e mais de um milhão até hoje, por extrapolação) estava mais próximo da realidade que os números jornalísticos do índice IBC. De fato, o relatório recém lançado confirma o que já é consensual entre os epidemiologistas quanto à confiabilidade do estudo publicado em Lancet. Mas, apesar de algumas críticas bem fundamentadas, a metodologia estatística ali aplicada é a mesma universalmente reconhecida para determinar números de mortos em zonas de conflito, usadas pelas agências internacionais e por governos.

Negação politicamente motivada

A organização PSR também examinou a metodologia e a arquitetura de outros estudos que mostram números muito baixos de mortos, como um deles, publicado no New England Journal of Medicine e que também mostrou graves limitações.

Esse estudo simplesmente ignorou as áreas submetidas a violência mais pesada, a saber, Bagdá, Anbar e Nineveh, confiando nos dados muito precários do IBC, para extrapolar para essas regiões. Além disso, o estudo também assumiu “restrições politicamente motivadas” para a coleta e análise dos dados – entrevistas conduzidas pelo Ministério da Saúde do Iraque, que era “totalmente dependente da potência ocupante” e que, sob pressão dos EUA, se recusara a fornecer dados sobre registros de mortes de civis iraquianos.

Em particular, a organização PSR avaliou o que disseram Michael Spaget, John Sloboda e outros, que questionaram a coleta dos dados para o estudo da revista Lancet e os declararam potencialmente fraudulentos. Para a organização PSR essas acusações não têm fundamento.

As poucas “críticas justificadas”, concluíram os médicos da PSR, “não põem em dúvida os resultados dos estudos da Lancet como um todo. Aqueles números ainda representam a melhor estimativa atualmente acessível”. Os achados da Lancet são também corroborados pelos dados de um novo estudo publicado em PLOS Medicine, que fala de 500 mil mortos no Iraque, como consequência da guerra. No geral, o estudo da organização PSR conclui que o número mais provável para o total de mortos civis no Iraque, desde 2003 até hoje, se aproxima de 1 milhão.

A esse número, o estudo da PSR acrescenta pelo menos mais 220 mil mortes no Afeganistão e 80 mil mortos no Paquistão, mortos em consequência direta ou indireta da guerra dos norte-americanos naqueles países: assim se chega a um total “conservador” de 1,3 milhões de vítimas civis, mas “o número real pode facilmente ultrapassar os 2 milhões”.

Mas também o estudo da PSR sofre limitações. Para começar, a “guerra ao terror” pós 11/9 não foi novidade, mas simples expansão de políticas intervencionistas anteriores dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

Iraque, 655.000 civis mortos entre 2003-2006
Em segundo lugar, a carência absoluta de dados sobre o Afeganistão sugere fortemente que o estudo da PSR muito provavelmente subestimou o número de vítimas da guerra norte-americana contra os afegãos.

Iraque

A guerra contra o Iraque não começou em 2003, mas em 1991 com a Iª Guerra do Golfo, depois da qual começou no país o regime de sanções da ONU.

Estudo anterior feito pela PSR por Beth Daponte, que então trabalhava como especialista em demografia no Gabinete do Censo do governo dos EUA, determinou que o número de mortes de civis no Iraque, causadas por impacto direto ou indireto da Iª Guerra do Golfo, chegava bem próximo de 200 mil iraquianos, a maioria dos quais civis. Na sequência, o estudo de Daponte, feito para uso interno do governo dos EUA, foi tirado de circulação.

Depois que as forças norte-americanas saíram de lá, a guerra contra o Iraque prosseguiu na modalidade de guerra econômica, mediante as sanções que EUA e Reino Unido impuseram ao país, sob o pretexto de não dar a Saddam Hussein os materiais necessários para a produção de armas de destruição em massa. Na lista dos itens banidos do Iraque sob esse pretexto, entraram inúmeros produtos necessários para a sobrevivência diária.

Números da ONU, não contestados, mostram que 1,7 milhões de civis iraquianos, metade dos quais crianças, morreram por efeito do brutal regime de sanções impostas pelo “ocidente” ao Iraque.

Esse efeito de matança em massa parece ter sido efeito planejado e buscado. Dentre os itens banidos pelas sanções que a ONU impôs ao Iraque estavam produtos químicos e equipamentos essenciais para a manutenção e o bom funcionamento do sistema de tratamento de água nacional iraquiano. Um documento secreto da Agência de Inteligência da Defesa dos EUA [orig. US Defence Intelligence Agency (DIA)] encontrado pelo professor Thomas Nagy da Escola de Negócios da George Washington University equivalia, nas palavras do professor, a um “rascunho inicial de um plano de genocídio contra a população do Iraque ”.

No documento que redigiu para a Associação dos Analistas de Genocídios da Universidade de Manitoba, o professor Nagi explicou que o documento da DIA revelava

(...) detalhes minuciosos de um método perfeitamente operacionalizável para “degradar completamente o sistema para tratamento de água” de uma nação inteira por um período de mais de dez anos.

A política de sanções criaria

(...) as condições para ampla disseminação de doenças, inclusive epidemias em grande escala, que liquidariam quantidade significativa de habitantes do Iraque.

Significa que só no Iraque, a guerra dos EUA de 1991 a 2003 matou 1,9 milhões de iraquianos; depois, de 2003 em diante, cerca de 1 milhão, o que totaliza pouco menos de 3 milhões de iraquianos mortos ao longo de duas décadas.

Afeganistão

No Afeganistão, a estimativa de número de mortos apresentada pela organização PSR pode ser também muito conservadora. Seis meses depois da campanha de bombardeio de 2001, Jonathan Steele, do Guardian, revelou que número entre 1.300 e 8.000 afegãos haviam morrido em consequência direta dos bombardeios norte-americanos, e que, sem sombra de dúvida, algo bem próximo de 50 mil pessoas haviam morrido por efeitos indiretos da guerra.

A al-Qaeda ainda é atuante no Afeganistão
Em seu livro Body Count: Global Avoidable Mortality Since 1950 [Contando cadáveres: a inegável mortalidade global desde 1950] (2007), o professor Gideon Polya aplicou a mesma metodologia usada pelo Guardian aos dados anuais da ONU, de mortalidade por populações, para gerar explicação plausível para o número excessivo de mortos. Bioquímico aposentado da La Trobe University em Melbourne, Polya concluiu que o total de mortes evitáveis de afegãos desde 2001, sob as privações impostas pela guerra e pela ocupação em curso, alcançava 3 milhões de pessoas, 900 mil das quais crianças com menos de cinco anos.

Embora os achados do professor Polya não tenham sido publicados em periódico de acadêmicos especialistas, seu estudo de 2007 Body Count tem sido recomendado pela professora Jacqueline Carrigan, socióloga da California State University, como “um perfil rico em dados, da situação da mortalidade global”, em resenha publicada no periódico da editora Routledge, Socialism and Democracy.

Como também no caso do Iraque, a intervenção norte-americana no Afeganistão começou muito antes do 11/9, sob a forma de ajuda clandestina aos Talibã (militar, logística e financeira) , a partir de 1992. Essa contribuição dos EUA serviu de propulsão para a violenta conquista, pelos Talibã, de quase 90% do território afegão.

Em relatório de 2001 da Academia Nacional de Ciências,  Forced Migration and Mortality, o destacado epidemiologista Steven Hansch, um dos diretores da ONG Relief International, observou que o aumento na mortalidade no Afeganistão devida a impactos indiretos da guerra ao longo dos anos 1990s pode estar entre 200 mil e 2 milhões.

Tudo isso sugere que o número total de mortos afegãos por efeito direto ou indireto da invasão pelos EUA desde o início dos anos 1990s até o presente esteja entre 3-5 milhões de pessoas.

Negar sempre

Segundo os números aqui explorados, o total de mortes causadas direta ou indiretamente pelas intervenções norte-americanas no Iraque e no Afeganistão desde os anos 1990s – sejam os assassinatos diretos, sejam os impactos das privações e dificuldades impostas pela guerra – está bem próximo de 4 milhões de pessoas (2 milhões no Iraque, de 1991 a 2003, mais 2 milhões de vítimas da “guerra ao terror”), mas talvez chegue a 6-8 milhões de pessoas, se se considera que o número de vítimas no Afeganistão é certamente maior do que o aqui computado.

Médicos pela Responsabilidade Social
Talvez sejam números exagerados, mas ninguém jamais saberá com certeza. As forças armadas de EUA e do Reio Unido, por opção política, não mantêm qualquer registro do número de civis mortos em operações militares, considerados uma inconveniência sem importância.

Dada a severa carência de dados no Iraque , a quase total inexistência de registros no Afeganistão e a indiferença dos governos “ocidentais” ante mortes de civis, é literalmente impossível determinar a verdadeira extensão do massacre de seres humanos não militares.

Ante a impossibilidade até de corroborar qualquer número, aí fica uma estimativa plausível, baseada em metodologia estatística padrão, que considera a melhor evidência encontrável. Ajudam a oferecer alguma indicação sobre a escala da destruição, embora sem detalhes precisos.

Muitas desses mortos tombaram no contexto da luta contra a tirania e o terrorismo. Mas, porque a mídia-empresa mantém o mais impenetrável segredo sobre os fatos reais dessa luta, praticamente ninguém tem qualquer ideia da verdadeira escala do inenarrável terror que a tirania de EUA e Reino Unido promove, em nome dos cidadãos, no Iraque e no Afeganistão.
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[*] Nafeez Ahmed é jornalista investigativo, especialista em segurança internacional e autor de best-sellers em que acompanha o que chama de a “crise da civilização”.  Colabora nos jornais The Independent, Sydney Morning Herald, The Age, The Scotsman, Foreign Policy, The Atlantic, Quartz, Prospect, New Statesman, Le Monde diplomatique, New Internationalist. 
Mortos pela “Guerra ao Terror” podem superar 2 milhões

abril 11, 2015 14:54

A organização Médicos pela Responsabilidade Social, já premiada com um Nobel, realizou um estudo no qual conclui que o número de mortos nos dez anos da “Guerra ao Terror” desde os ataques de 11 de setembro é de no mínimo 1,3 milhão de pessoas e pode ultrapassar os dois milhões. Desde os anos 1990, número pode superar os 4 milhões

Por Nafeez Ahmed, FiredogLake (de Middle East Eye), original em Unworthy Victims: Western Wars Have Killed Four Million Muslims Since 1990. 
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu e publicado em Redecastorphoto. Título original:
Guerras do “ocidente” já mataram 4 milhões de muçulmanos desde 1990

Mês passado, a organização Médicos pela Responsabilidade Social [orig. Physicians for Social Responsibility (PRS)] que tem sede em Washington divulgou estudo crucialmente importante, no qual a organização conclui que o número de mortos nos dez anos da “Guerra ao Terror” desde os ataques de 11/9 é de no mínimo 1,3 milhões de pessoas e pode ultrapassar os dois milhões.

O relatório de 97 páginas, distribuído pela organização de médicos que já recebeu um Prêmio Nobel é o primeiro estudo dedicado a estimar o número de civis mortos nas intervenções de contraterrorismo comandadas pelos EUA no Iraque, Afeganistão e Paquistão.

O relatório da PSR é assinado por uma equipe interdisciplinar de especialistas, entre os quais o Dr. Robert Gould, Diretor de Formação e Educação Profissional Médica no Centro Médico da University of Califórnia, San Francisco; e o professor Tim Takaro, da Faculdade de Ciências da Saúde na Simon Fraser University.

Até aqui completamente apagado de todos os veículos da mídia-empresa comercial em língua inglesa, trata-se de estudo histórico revolucionário e primeira tentativa, realizada por organização de saúde pública de renome mundial, para produzir informação confiável sobre o número de vítimas civis, assassinadas na “guerra ao terror” comandada por EUA e Reino Unido.

Corrigir números e preencher lacunas
O relatório da PSR é apresentado pelo Dr. Hans von Sponeck, ex-Vice-Secretário-Geral da ONU, como “contribuição significativa para diminuir o fosso que separa estimativas confiáveis do número de vítimas da guerra, especialmente civis no Iraque, Afeganistão e Paquistão, e números tendenciosos, manipulados e até fraudulentos”.

O relatório faz uma revisão de estimativas anteriores do número de mortes da “guerra ao terror”. E é duramente crítico do número mais frequentemente citado pela mídia-empresa comercial como número confiável, a saber o índice Iraq Body Count (IBC) que notifica 110 mil mortos. Esse número é construído a partir de outras “estimativas” publicadas pelos veículos da mídia-empresa comercial, mas o estudo da organização PSR identifica graves lacunas e erros de metodologia nesse tipo de abordagem.

Por exemplo, apesar de 40 mil cadáveres terem sido sepultados em Najaf desde o início da guerra, o índice jornalístico IBC só registrou, para o mesmo período, 1.354 mortes em Najaf. Esse exemplo mostra como é grande a diferença entre os números jornalísticos do IBC e o número real de mortos – neste caso o número de mortos que a mídia-empresa comercial está divulgando é 30 vezes menor que o número real.

Esse tipo de discrepância é encontrável em todo o banco de dados do índice IBC com o qual trabalha a mídia-empresa comercial. Noutro campo, o índice IBC registrou apenas três ataques aéreos num período em 2005, quando o número de ataques realmente cresceu de 25 para 120 naquele ano. Dessa vez, o número que a mídia-empresa comercial está divulgando é 40 vezes menor que o número real.

Segundo o estudo da PSR, até o muito discutível estudo publicado pela revista Lancet, que estimava em 655 mil o número de mortos no Iraque até 2006 (e mais de um milhão até hoje, por extrapolação) estava mais próximo da realidade que os números jornalísticos do índice IBC. De fato, o relatório recém lançado confirma o que já é consensual entre os epidemiologistas quanto à confiabilidade do estudo publicado em Lancet. Mas, apesar de algumas críticas bem fundamentadas, a metodologia estatística ali aplicada é a mesma universalmente reconhecida para determinar números de mortos em zonas de conflito, usadas pelas agências internacionais e por governos.

Negação politicamente motivada
A organização PSR também examinou a metodologia e a arquitetura de outros estudos que mostram números muito baixos de mortos, como um deles, publicado no New England Journal of Medicine e que também mostrou graves limitações.
Esse estudo simplesmente ignorou as áreas submetidas a violência mais pesada, a saber, Bagdá, Anbar e Nineveh, confiando nos dados muito precários do IBC, para extrapolar para essas regiões. Além disso, o estudo também assumiu “restrições politicamente motivadas” para a coleta e análise dos dados – entrevistas conduzidas pelo Ministério da Saúde do Iraque, que era “totalmente dependente da potência ocupante” e que, sob pressão dos EUA, se recusara a fornecer dados sobre registros de mortes de civis iraquianos.

Em particular, a organização PSR avaliou o que disseram Michael Spaget, John Sloboda e outros, que questionaram a coleta dos dados para o estudo da revista Lancet e os declararam potencialmente fraudulentos. Para a organização PSR essas acusações não têm fundamento.

As poucas “críticas justificadas”, concluíram os médicos da PSR, “não põem em dúvida os resultados dos estudos da Lancet como um todo. Aqueles números ainda representam a melhor estimativa atualmente acessível”. Os achados da Lancet são também corroborados pelos dados de um novo estudo publicado em PLOS Medicine, que fala de 500 mil mortos no Iraque, como consequência da guerra. No geral, o estudo da organização PSR conclui que o número mais provável para o total de mortos civis no Iraque, desde 2003 até hoje, se aproxima de 1 milhão.

A esse número, o estudo da PSR acrescenta pelo menos mais 220 mil mortes no Afeganistão e 80 mil mortos no Paquistão, mortos em consequência direta ou indireta da guerra dos norte-americanos naqueles países: assim se chega a um total “conservador” de 1,3 milhões de vítimas civis, mas “o número real pode facilmente ultrapassar os 2 milhões”.

Mas também o estudo da PSR sofre limitações. 
Para começar, a “guerra ao terror” pós 11/9 não foi novidade, 
mas simples expansão de políticas intervencionistas anteriores 
dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

Em segundo lugar, a carência absoluta de dados sobre o Afeganistão sugere fortemente que o estudo da PSR muito provavelmente subestimou o número de vítimas da guerra norte-americana contra os afegãos.

Iraque
A guerra contra o Iraque não começou em 2003, mas em 1991 com a Iª Guerra do Golfo, depois da qual começou no país o regime de sanções da ONU.

Estudo anterior feito pela PSR por Beth Daponte, que então trabalhava como especialista em demografia no Gabinete do Censo do governo dos EUA, determinou que o número de mortes de civis no Iraque, causadas por impacto direto ou indireto da Iª Guerra do Golfo, chegava bem próximo de 200 mil iraquianos, a maioria dos quais civis. Na sequência, o estudo de Daponte, feito para uso interno do governo dos EUA, foi tirado de circulação.

Depois que as forças norte-americanas saíram de lá, a guerra contra o Iraque prosseguiu na modalidade de guerra econômica, mediante as sanções que EUA e Reino Unido impuseram ao país, sob o pretexto de não dar a Saddam Hussein os materiais necessários para a produção de armas de destruição em massa. Na lista dos itens banidos do Iraque sob esse pretexto, entraram inúmeros produtos necessários para a sobrevivência diária.

Números da ONU, não contestados, mostram que 1,7 milhões de civis iraquianos, metade dos quais crianças, morreram por efeito do brutal regime de sanções impostas pelo “ocidente” ao Iraque.

Esse efeito de matança em massa parece ter sido efeito planejado e buscado. Dentre os itens banidos pelas sanções que a ONU impôs ao Iraque estavam produtos químicos e equipamentos essenciais para a manutenção e o bom funcionamento do sistema de tratamento de água nacional iraquiano. Um documento secreto da Agência de Inteligência da Defesa dos EUA [orig. US Defence Intelligence Agency (DIA)] encontrado pelo professor Thomas Nagy da Escola de Negócios da George Washington University equivalia, nas palavras do professor, a um “rascunho inicial de um plano de genocídio contra a população do Iraque ”.

No documento que redigiu para a Associação dos Analistas de Genocídios da Universidade de Manitoba, o professor Nagi explicou que o documento da DIA revelava

(…) detalhes minuciosos de um método perfeitamente operacionalizável para “degradar completamente o sistema para tratamento de água” de uma nação inteira por um período de mais de dez anos.

A política de sanções criaria
(…) as condições para ampla disseminação de doenças, inclusive epidemias em grande escala, que liquidariam quantidade significativa de habitantes do Iraque.

Significa que só no Iraque, a guerra dos EUA de 1991 a 2003 matou 1,9 milhões de iraquianos; depois, de 2003 em diante, cerca de 1 milhão, o que totaliza pouco menos de 3 milhões de iraquianos mortos ao longo de duas décadas.

Afeganistão
No Afeganistão, a estimativa de número de mortos apresentada pela organização PSR pode ser também muito conservadora. Seis meses depois da campanha de bombardeio de 2001, Jonathan Steele, do Guardian, revelou que número entre 1.300 e 8.000 afegãos haviam morrido em consequência direta dos bombardeios norte-americanos, e que, sem sombra de dúvida, algo bem próximo de 50 mil pessoas haviam morrido por efeitos indiretos da guerra.

Em seu livro Body Count: Global Avoidable Mortality Since 1950 [Contando cadáveres: a inegável mortalidade global desde 1950] (2007), o professor Gideon Polya aplicou a mesma metodologia usada pelo Guardian aos dados anuais da ONU, de mortalidade por populações, para gerar explicação plausível para o número excessivo de mortos. Bioquímico aposentado da La Trobe University em Melbourne, Polya concluiu que o total de mortes evitáveis de afegãos desde 2001, sob as privações impostas pela guerra e pela ocupação em curso, alcançava 3 milhões de pessoas, 900 mil das quais crianças com menos de cinco anos.

Embora os achados do professor Polya não tenham sido publicados em periódico de acadêmicos especialistas, seu estudo de 2007 Body Count tem sido recomendado pela professora Jacqueline Carrigan, socióloga da California State University, como “um perfil rico em dados, da situação da mortalidade global”, em resenha publicada no periódico da editora Routledge, Socialism and Democracy.

Como também no caso do Iraque, a intervenção norte-americana no Afeganistão começou muito antes do 11/9, sob a forma de ajuda clandestina aos Talibã (militar, logística e financeira) , a partir de 1992. Essa contribuição dos EUA serviu de propulsão para a violenta conquista, pelos Talibã, de quase 90% do território afegão.

Em relatório de 2001 da Academia Nacional de Ciências,  Forced Migration and Mortality, o destacado epidemiologista Steven Hansch, um dos diretores da ONG Relief International, observou que o aumento na mortalidade no Afeganistão devida a impactos indiretos da guerra ao longo dos anos 1990s pode estar entre 200 mil e 2 milhões.

Tudo isso sugere que o número total de mortos afegãos por efeito direto ou indireto da invasão pelos EUA desde o início dos anos 1990 até o presente esteja entre 3-5 milhões de pessoas.

Negar sempre
Segundo os números aqui explorados, o total de mortes causadas direta ou indiretamente pelas intervenções norte-americanas no Iraque e no Afeganistão desde os anos 1990s – sejam os assassinatos diretos, sejam os impactos das privações e dificuldades impostas pela guerra – está bem próximo de 4 milhões de pessoas (2 milhões no Iraque, de 1991 a 2003, mais 2 milhões de vítimas da “guerra ao terror”), mas talvez chegue a 6-8 milhões de pessoas, se se considera que o número de vítimas no Afeganistão é certamente maior do que o aqui computado.

Talvez sejam números exagerados, mas ninguém jamais saberá com certeza. As forças armadas de EUA e do Reino Unido, por opção política, não mantêm qualquer registro do número de civis mortos em operações militares, considerados uma inconveniência sem importância.

Dada a severa carência de dados no Iraque , a quase total inexistência de registros no Afeganistão e a indiferença dos governos “ocidentais” ante mortes de civis, é literalmente impossível determinar a verdadeira extensão do massacre de seres humanos não militares.

Ante a impossibilidade até de corroborar qualquer número, aí fica uma estimativa plausível, baseada em metodologia estatística padrão, que considera a melhor evidência encontrável. Ajudam a oferecer alguma indicação sobre a escala da destruição, embora sem detalhes precisos.

Muitas desses mortos tombaram no contexto da luta contra a tirania e o terrorismo. Mas, porque a mídia-empresa mantém o mais impenetrável segredo sobre os fatos reais dessa luta, praticamente ninguém tem qualquer ideia da verdadeira escala do inenarrável terror que a tirania de EUA e Reino Unido promove, em nome dos cidadãos, no Iraque e no Afeganistão.

[*] Nafeez Ahmed é jornalista investigativo, especialista em segurança internacional e autor de best-sellers em que acompanha o que chama de a “crise da civilização”.  Colabora nos jornais The Independent, Sydney Morning Herald, The Age, The Scotsman, Foreign Policy, The Atlantic, Quartz, Prospect, New Statesman, Le Monde diplomatique, New Internationalist.

Estados Unidos se acostumam às guerras sem vitória e sem fim

O fim da missão de combate no Afeganistão é simbólico: o conflito contra os talibãs persiste, e os norte-americanos ficarão até 2016 no país centro-asiático


As guerras do século XXI terminam sem desfiles triunfais nem chuvas de confete. Os Estados Unidos se retiraram há três anos do Iraque sem cumprir os objetivos propostos na invasão de 2003. E esta semana o país concluiu a missão de combate no Afeganistão —a guerra mais longa da história dos EUA, mais que a Segunda Guerra Mundial e que o Vietnã— com uma cerimônia discreta em Cabul, um comunicado do presidente Barack Obama, e os talibãs comemorando a derrota dos aliados. A era das vitórias da maior potência terminou.
“A guerra no Afeganistão terminou no mesmo sentido em que terminou a guerra do Iraque em 2001. Quer dizer, na realidade não terminou”, diz o historiador militar Andrew Bacevich, veterano do Vietnã e pai de um soldado morto no Iraque. “Os americanos saem, mas a guerra vai continuar. O resultado está por ser decidido.”
Desde 1º de janeiro o objetivo dos EUA e dos aliados da OTAN no Afeganistão não é mais combater os talibãs e outros grupos insurgentes: essa missão cabe às forças armadas afegãs. Os cerca de 11.000 militares norte-americanos terão missão mais restrita: treinar os afegãos e participar de operações antiterroristas.
O temor de que uma retirada brusca ofereça via livre aos talibãs para que retomem a capital, Cabul, 13 anos depois da intervenção dos EUA, levou Obama a desacelerar seus planos de agora a 2016, a data fixada por Obama para a retirada final: mil soldados a mais que o previsto ficarão no país centro-asiático, e o contingente norte-americano terá margem maior para lutar contra os talibãs e a Al Qaeda.
O Afeganistão que os EUA começam a abandonar não é um país estável. Em 2014 morreram mais de 3.000 civis afegãos, o número mais alto desde 2008, quando a ONU começou a contar as baixas civis. No mesmo ano morreram cerca de 5.400 soldados e policiais afegãos, o número mais alto desde que a guerra começou.
Desde 2001 o Afeganistão deixou 2.224 militares norte-americanos mortos e 19.945 feridos. No Iraque morreram, entre 2003 e 2011, 4.491 norte-americanos, e 32.244 ficaram feridos. Mais as sequelas. “Depressão, ansiedade, pesadelos, problemas de memória, mudanças de personalidade, pensamentos suicidas: cada guerra tem seu pós-guerra, e assim é com as guerras do Iraque e Afeganistão, que criaram cerca de 500.000 veteranos americanos com danos mentais”, escreve o jornalista David Finkel no livro Thank You for Your Service(obrigado por ter servido, em tradução livre).

MAIS INFORMAÇÕES


O plano dos EUA em 2001 para invadir 7 países

fevereiro 7, 2012
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Wesley Clark, general retirado do Exército dos Estados Unidos de América, foi Comandante Supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN, durante a Guerra do Kosovo, onde comandou o bombardeio da OTAN sobre a Yugoslavia. No ano de 2003 se postulou como pré-candidato do Partido Democrata à presidência dos EUA.
Neste vídeo o nazi-sionista assume que os EUA já tinham o plano de atacar a 7 países do Oriente Médio ricos em petróleo.
As imagens mostram o massacre a civís, o assassinato de mulheres e crianças. Esta é a “democracia” e “liberdade” que EUA, Israel e OTAN querem levar à Síria, ao Irã e ao resto de nações com riquezas naturais. A humanidade o que faz ao ver estas cenas? Nada! A mídia não mostra, então não existe. No Brasil, se as emissoras de TV ou jornais não mostrarem as imagens do genocídio no Oriente Médio, então não existe.


Fonte do vídeo: nostromo-a-tierra
Agora mesmo na Síria está ocorrendo um golpe de estado orquestrado pelas forças sionistas, o IRI está financiando mercenários para matar civís, a mídia divulga que é o governo al-Assad que está matando e os estúpidos ocidentais acreditam piamente no que a mídia corporativa diz. A Rússia e China possuem interesses comerciais tanto na Síria como no Irã, mas se não fossem estes dois, um massacre no estilo líbio já estaria sendo executado, e tudo com o apoio da ONU e é claro, com a passividade do resto do planeta.
Um dia, essa força sionista vai se voltar contra a América Latina e aí não vai adiantar nada reclamar. Lembre-se:
Quando eles bombardearam a Coreia, o Vietnam, o Laos, o Camboja, El Salvador e a Nicarágua, eu não disse nada, não era comunista.
Quando eles bombardearam o Líbano e Granada, não disse nada, não percebia nada.
Quando eles bombardearam Panamá, não disse nada, não era traficante de drogas.
Quando eles bombardearam o Iraque, o Afeganistão, a Somália e o Iemen, não disse nada, não era terrorista.
Quando bombardearam a Jugoslávia e a Líbia por razões “humanitárias”, não disse nada, parecia ser por uma boa causa.
Quando eles vieram bombardear-me, não havia ninguém para me defender. De qualquer maneira não faz mal, dado que já estava morto.
Lista de bombardeios estadunidenses:
Coreia e China 1950-1953 (Guerra da Coreia)
Guatemala 1954
Indonésia 1958
Cuba 1959-1961
Guatemala 1960
Congo 1964
Laos 1964-1973
Vietnam 1961-1973
Camboja 1969-1970
Guatemala 1967-1969
Granada 1983
Líbano 1983-1984
Líbia 1976
El Salvador anos 80
Nicarágua anos 80
Irã 1987
Panamá 1989
Iraque 1991 (Guerra do Golfo)
Kuwait 1991
Somália 1993
Bósnia 1994-1995
Sudão 1998
Afeganistão 1998
Jugoslávia 1999
Iemên 2002
Iraque 1991 até hoje
Afeganistão 2001 até hoje
Paquistão 2007 até hoje
Somália 2007-2008
Iemên 2009
Líbia 2011
Fonte: Octopedia
Até quando?


Fonte do vídeo: nostromo-a-tierra
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