quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A ESCALA MUSICAL E O ESQUEMA DE EVOLUÇÃO




A ESCALA MUSICAL
E O
ESQUEMA DE EVOLUÇÃO


Capítulo 1
ASSIM COMO ERA NO PRINCÍPIO


Todo o sistema solar é um vasto instrumento musical, denominado na Mitologia Grega como "a lira de sete cordas de Apolo". Os signos do zodíaco podem ser considerados a caixa de ressonância da Harpa Cósmica, sendo os sete planetas suas cordas, que emitem sons diferentes à medida que passam pelos vários signos, influenciando a humanidade de diversas maneiras. Se a harmonia falhasse por um único momento, se houvesse a mínima dissonância na orquestra celestial, todo o universo poderia desintegrar-se.


Max Heindel


O método usado pelas Hierarquias Criadoras para ajudar o homem a desenvolver suas potencialidades, foi planejado de acordo com os veículos que necessitava para contatar as várias regiões, onde o trabalho ligado ao seu desenvolvimento devia ser realizado. Os veículos necessários eram um corpo denso, um corpo vital, um corpo de desejos e uma mente; e o método usado pelos grandes Seres para construir estes quatro veículos estava e está relacionado com os diferentes Períodos Terrestres, e cada um foi e continua sendo permeado por uma particular nota-chave.


A arquitetura, que se relaciona com a construção das formas, foi a primeira lição dada à humanidade. O homem iniciou essa tarefa no Período de Saturno, quando começou a reunir o material necessário para construir um corpo denso. Nesse período, sua consciência encontrava-se no mais profundo estado de transe e ele trabalhava automaticamente sob a direção dos Senhores da Chama, a onda de vida de Leo, cuja nota-chave é Lá# maior. 


A arquitetura está, portanto, correlacionada com o Período de Saturno da existência terrestre, e o corpo denso, que começou a se desenvolver no início daquele período, foi impregnado desse tom particular. Toda construção arquitetônica, da mais diminuta célula até Deus, está baseada na Lei Cósmica e é executada consoante certos modelos prescritos, e qualquer desvio do plano geral pode causar anomalias e incongruências. Tais anomalias produzem o mesmo efeito que tocar uma nota falsa em um acorde musical.

A escultura, que determina o contorno das formas, foi a segunda tarefa evolucionária dada à humanidade. Este trabalho teve seu início no Período Solar da existência do mundo, quando a formação do corpo vital se tornou necessária para dar forma ao corpo denso.


 A consciência do homem estava, então, em um estado de sono profundo e ele desempenhava seu trabalho automaticamente sob a direção das seguintes ondas de vida: os Senhores da Chama (Leo), os Senhores da Sabedoria (Virgo), e os Querubins (Câncer).

 A escultura está correlacionada ao Período Solar e ao corpo vital. Esse veículo sempre determina a direção em que uma certa força é usada e, portanto, ela procura dar o contorno correto para todas as formas. A nota-chave de Leo é Lá# maior, a de Virgo é Dó natural, e a nota-chave de Câncer é Sol# maior.

A pintura foi a terceira arte que o homem começou a desenvolver. Seu impulso deve-se à tentativa de reproduzir os quadros vistos no Período Lunar da existência da Terra, dos quais o homem se lembrava vagamente através da sua visão de consciência pictórica. O trabalho do Período Lunar era feito automaticamente sob a direção das seguintes ondas de vida: os Senhores da Sabedoria (Virgo), os Senhores da Individualidade (Libra), e os Serafins (Gemini). A nota-chave de Virgo é DÓ natural, a de Libra é Ré maior, e a de Gemini é Fá-#_ maior.


 A pintura está correlacionada ao Período Lunar e ao corpo de desejos, e ambos começaram seu desenvolvimento naquela época.
Pitágoras, um mestre ocultista, afirmou que o mundo surgiu do caos pelo som ou harmonia. Foi construído de acordo com os princípios da escala musical, e os sete planetas, que regem o destino dos mortais, têm um movimento e intervalos harmoniosos que correspondem aos intervalos musicais, tornando os vários sons tão perfeitamente harmonizados que conseguem produzir a mais doce melodia. 


Essa melodia é de tal grandeza sonora que se torna inaudível para o homem, pois a audição humana é incapaz de percebê-la. Pitágoras representou a distância da Terra à Lua por um tom inteiro; da Lua a Mercúrio um semitom; de Mercúrio a Vênus um semitom; de Vênus ao Sol um tom inteiro e um semitom; do Sol a Marte um tom inteiro; de Marte a Júpiter um semitom; de Júpiter a Saturno um semitom; de Saturno ao zodíaco um tom inteiro e um semitom. Isso forma um intervalo de sete tons, base da harmonia universal.

Max Heindel afirmou que Pitágoras não estava romanceando quando falava da música das esferas, pois cada unia das órbitas celestes tem seu tom definido, e juntas entoam uma sinfonia celestial.

 Ele confirma as declarações de Pitágoras, isto é, que cada estrela tem sua própria nota-chave e viaja ao redor do Sol em tão variados índices de velocidade, que sua posição não pode ser repetida a não ser depois de aproximadamente vinte e sete mil anos. A harmonia celeste muda a cada momento, e, à medida que ela muda, também as pessoas no mundo alteram suas idéias e ideais. O movimento circular dos planetas ao redor do Sol no tom da sinfonia celestial criada por eles, marca o progresso do homem ao longo do caminho da evolução.

Os ecos dessa música celestial chegam até nós no Mundo Físico. São nossas propriedade mais preciosas, muito embora sejam tão fugazes quanto uma quimera e não possam ser permanentemente criados. No Primeiro Céu, estes ecos são, naturalmente, muito mais belos e permanentes.


 No Mundo do Pensamento,
 onde o Segundo e Terceiro Céus estão localizados,
 encontra-se a esfera do som.

Em nossa vida terrena, estamos tão imersos nos pequenos ruídos e sons de nosso limitado meio-ambiente, que somos incapazes de ouvir a música produzida pelas esferas em marcha. O verdadeiro músico, quer consciente ou inconscientemente, sintoniza-se com a Região do Pensamento Concreto, onde ele pode ouvir uma sonata ou uma sinfonia inteira como um único acorde resplandecente que, mais tarde, transpõe para uma composição musical de sublime harmonia, graça e beleza. O homem tem sido comparado a um monocórdio - instrumento musical de uma única corda - que se estende da Terra aos confins longínquos do zodíaco.


A vontade do homem teve sua origem na vontade de Deus. O músico, por meio de sua própria força de vontade, ouve esse poder da vontade de Deus expressa em sons e tons permeando o sistema solar. E, através de sua própria habilidade criadora nascida da vontade e da imaginação, ele é capaz de reproduzir em sons e tons, tanto os tons do poder-vontade de Deus que criou o sistema solar, quanto Suas idéias tonais por meio das quais Ele materializou o sistema solar.


Arquitetura, escultura e pintura foram impressas no homem pelos grandes Seres espirituais, e essas artes tornaram-se parte da sua natureza. Mas, é através do poder da própria vontade do homem que o músico é capaz de perceber os tons expressos pela vontade de Deus e, até certo ponto, reproduzi-los. Esta é a origem de nossa música no mundo físico, criação própria do homem.


A música produz expressões de tom que procedem do poder mais elevado de Deus e do homem, isto é, da vontade. Portanto, podemos ver que terrível conseqüência o homem está construindo para si, ao profanar a música, ao introduzir nela todos os tipos de dissonâncias, ruídos estridentes e penetrantes, gemidos e desarmonias que afetam os nervos. Um conhecido filósofo expressou bem uma grande verdade cósmica quando disse: 


"Deixem-me escrever música
 para uma nação e não me preocuparei
 com quem faça suas leis". 
O termo músico aqui usado não se aplica ao cantor ou ao executante musical comum, mas a mestres criadores de música, tais como Beethoven, Mozart, Wagner, Liszt, Chopin e outros da mesma classe. A arquitetura pode ser comparada à música congelada; a escultura à música aprisionada; a pintura à música lutando para se libertar; a música à livre e flutuante manifestação do som.

Capítulo II
O MONOCÓRDIO DO HOMEM


A corda única do monocórdio encontra sua contraparte na medula espinhal do homem, cuja parte inferior está ligada aos órgãos de reprodução e a parte superior ao cérebro, órgão físico que se relaciona com o pensamento. Os Espíritos de Lúcifer, trabalhando particularmente com a medula, governam a parte que controla os nervos motores (ação) e que consomem a energia dinâmica armazenada no corpo pelo sangue. 


A secção da medula que governa a função responsável pela manutenção e o bem-estar do corpo está sob controle dos Anjos. A parte da medula que marca e registra as sensações transmitidas pelos nervos é controlada pelos Mercurianos. O gás espiritual espinhal, que enche o canal central da medula espinhal, é o campo de ação da grande hierarquia espiritual de Netuno.

Os Espíritos de Lúcifer trabalham através do poder da nota-chave soada por Marte. Os Anjos, através do poder da nota-chave soada pela Lua. Os Netunianos, através do poder da nota-chave soada por Netuno. As vibrações produzidas por estas quatro notas-chaves estão continuamente chocando-se com a medula espinhal e com a essência do espírito espinhal, no canal central da medula.


Na humanidade comum, o fogo espiritual espinhal encontra-se, por assim dizer, adormecido, e assim permanecerá até que o Espírito seja capaz de obter melhor controle de dois de seus veículos, o corpo de desejos e a mente. Esta essência ígnea é uma força de vida que constrói ou destrói, dependendo da maneira como é usada.


De acordo com o precedente, é fácil perceber que os planetas que mais rigorosamente afetam a medula espinhal - o monocórdio do homem - de uma forma material são Marte, Lua e Mercúrio, e que nos mais avançados da raça Ariana, a vibração de Netuno está começando a ser sentida.


A música é composta de três elementos primários: melodia, harmonia e ritmo. A melodia compõe-se de uma sucessão de sons harmoniosos sentidos pelos nervos auditivos que estão conectados ao cérebro - um órgão físico que contata a mente. Portanto, é através do corpo mental que o Espírito é capaz de sentir a melodia produzida no plano físico. Um idiota ou uma pessoa insana não respondem à melodia.


 A harmonia consiste em uma agradável mistura de sons e está relacionada aos sentimentos ou emoções. Sentimentos ou emoções são expressões do corpo de desejos, em conseqüência, a harmonia pode ter um efeito tanto sobre o homem como sobre os animais, uma vez que ambos possuem corpos de desejos. Ritmo é um movimento medido e equilibrado, e é expresso pela força de vida que aciona gestos e outros movimentos físicos. O corpo vital absorve uma superabundância de força vital (energia solar) que passa para o corpo físico para mantê-lo vivo e em funcionamento. Daí o ritmo estar correlacionado ao corpo vital. 

As plantas têm um corpo vital
 e são sensíveis ao ritmo.

O homem tem dentro de seu cérebro sete cavidades que durante a vida são comumente consideradas vazias. Na realidade, estas cavidades estão cheias de uma essência do espírito, sendo que cada cavidade tem seu próprio tom e cor. Os tons produzidos por estas cavidades estão correlacionados àqueles dos Sete Espíritos diante do Trono: Urano, Saturno, Júpiter, Marte, Terra, Vênus e Mercúrio. As cavidades ou ventrículos, começando pela frente do cérebro, são (1) ventrículo olfativo, (2) ventrículo lateral, (3) terceiro ventrículo, (4) quarto ventrículo, (5) corpo pituitário, (6) glândula pineal. A sétima cavidade é o crânio, que reúne todos os elementos em um grande todo.

O sistema solar é um vasto instrumento musical. Assim como existem doze semitons na escala cromática, temos no céu doze signos do zodíaco. Assim como temos as sete teclas brancas ou tons no teclado do piano, temos os sete planetas. Os signos do zodíaco podem ser considerados como a caixa de ressonância da harpa cósmica, e os sete planetas são as cordas influenciando a humanidade de diversas maneiras, Na Bíblia notamos como a lira de sete cordas de Davi representa, astrologicamente, as notas-chaves da corrente planetária sétupla.


 A nota-chave de cada planeta é composta da quintessência de seus sons reunidos. Uma amalgamação das tristezas e alegrias de nossa Terra, os sons de seus ventos e mares, o ritmo de toda as suas forças viventes combinadas, formam seu tom ou nota-chave. Da mesma maneira, e em escala sempre ascendente, soam as notas de toda a corrente planetária, sendo que sua união constitui a sublime Música das Esferas ... 

"Não existe a menor orbe que observes que, em seu movimento, não cante como um anjo". Assim escreveu o grande poeta-iniciado, Shakespeare. Esta música celestial é o produto daquele Verbo ao qual São João se referia quando escreveu:

 "No início era o Verbo,
 e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus ...
 e nada do que foi feito, foi feito sem Ele". 
(João I.1-3)


Capítulo III
O PODER DA MÚSICA

A música é, na saúde, a mestra da perfeita ordem, a voz da obediência dos anjos, a companheira do curso das esferas celestes; na depravação, é também a mestra da perfeita desordem e desobediência.
Ruskin


NA música, entre a melodia e o ritmo, encontramos a harmonia, que tanto pode se elevar e misturar-se com a vibração de pensamento puro - melodia - como descer misturando-se com o movimento puro da atividade - impulso. Se o puro elemento melódico na música, que carrega a vibração da vontade de Deus e do Espírito, for omitido de uma composição, o poder diretor não estará lá para controlar as atividades dos corpos de desejos e denso. Então, os desejos revelam-se em excitação e, estando sem o poder controlador da razão, o resultado provavelmente será o desastre. A probabilidade da harmonia misturar-se com o impulso explica por que é possível para a chamada música moderna, que tende a trazer confusão ao invés de coerência unificante, existir.


Antes da 1.a Guerra Mundial, as condições psíquicas do homem já eram muito ruins, e suas emoções eram inconscientemente excitadas a um nível tão alto que ele se via compelido a encontrar uma saída e exteriorizar-se em alguma forma intensificada de ação. Como os Espíritos de Lúcifer regozijam-se com a intensidade de sentimentos e crescem através deles, encontraram a oportunidade de penetrar e inculcar na consciência humana uma forma intensificada de atividade rítmica e, como resultado, apareceu o "ragtime". A guerra chegou. As emoções elevaram-se ainda mais e condições desconcertantes introduziram os "blues" - gemidos, lamentos, suspiros, tudo agitando-se febrilmente.


 A tendência descendente estava agora em plena liberdade de ação e o "jazz" apareceu - afoitamente fantástico e delirantemente grotesco. Ao "swing", um degrau mais baixo, seguiu-se o "jazz", depois veio o "jitterbug" que, em toda sua atordoante e maníaca histeria de massa, arrebatou o país. Desde então, esses ruídos mais ou menos demoníacos têm, gradualmente, tomado o lugar da música celestial. Os nervos desgastados e superestimulados das vítimas destes barulhos cruciantes, rapidamente se abalam, causando uma variedade de incuráveis formas de demência. A menos que alguma força seja acionada, forçando as massas a um estado de mais tranqüilidade e reflexão, condições ainda piores prevalecerão. Se isto não puder ser feito, ou for considerado desaconselhável pelos grandes Seres que estão dirigindo a evolução do homem, então, alguma forma de salvação terá que ser providenciada para os que a merecem. 

Os restantes serão simplesmente eliminados por uma tremenda conflagração cósmica de algum tipo, em data mais adiante -
possivelmente em um outro dia de manifestação - e a estes desafortunados serão dadas oportunidades para recuperar suas perdas.


Enfrentando estes fatos tremendamente aterradores, em que direção o homem deverá procurar e obter, o mais rapidamente possível, o remédio almejado? É possível procurar e encontrar no passado ou no futuro, uma indicação que, quando aplicada, consiga evitar tal situação?


A história sempre se repete. A Lemúria foi destruída por cataclismos vulcânicos quando uma parcela de seu povo parou de progredir. A Atlântida foi destruída pela água quando seu povo mergulhou de tal forma no mal, que se tornou insensível às instruções que lhe foram dadas por seus sábios líderes. A Ariana ergueu-se do grande abismo e outra oportunidade foi dada à humanidade para continuar com sua evolução. Agora, o homem está outra vez escorregando perigosamente, próximo ao final de uma descida. Pitágoras, considerado um dos maiores videntes, dizia a seus alunos que a lira era o símbolo secreto da estrutura humana, que o corpo dela representava a forma física, enquanto as cordas, os nervos e o músico que a tocava, representavam o Espírito do homem. "Tocando em seus nervos", ele dizia, "o Espírito criou uma função harmoniosa, normal, porém, a qualquer momento, pode ser facilmente modificada para a dissonância se a natureza do homem se tornar corrompida". Nota-se aqui o aviso oculto.


Platão, grande filósofo grego e estudante dos Mistérios, desaprovou a idéia de que a música tenha sido planejada para criar emoções alegres e agradáveis. No entanto, sustentou que ela deveria inculcar o amor por tudo que é nobre e aversão por tudo que é mesquinho, degradante e baixo, e que nada poderia influenciar mais fortemente o íntimo do homem do que a melodia e o ritmo. 

Estava tão firmemente convencido desse fato, que não concordou com a introdução de uma nova e presumivelmente enervante escala musical, pois acreditava que ela iria pôr em perigo o futuro de toda uma nação; que não era possível alterar uma única nota, sem abalar os próprios alicerces do Estado. 

Mais tarde, Platão afirmou que a música que enobrece a mente (melodia) é de uma categoria mais elevada do que aquela que simplesmente apela para os sentidos. Insistiu, energicamente, que era dever supremo da Legislatura suprimir toda música de caráter lascivo e encorajar somente a que fosse pura e dignificante. O máximo cuidado deveria ser tomado na seleção de toda música instrumental, porque a ausência de palavras pode tornar seu significado duvidoso, tornando difícil prever se ela exercerá uma influência benéfica ou prejudicial sobre as pessoas. O gosto popular, quando estimulado para a parte sensual e perturbadora, deveria ser tratado com o merecido desprezo. Temos aqui a resposta para a maneira sensível de mudar condições indesejáveis: substituir práticas prejudiciais, as quais produzem resultados mais ou menos calamitosos, por atividades positivas, de vibrações elevadas, que levem maiores benefícios para um maior número de pessoas.

Evitando o "ragtime", o "jazz", o "swing", o "bebop", etc., nada da verdadeira música seria perdida. Em seu apelo para os desejos sensuais e sentimentais - através de uma variedade excessiva das denominadas combinações harmônicas, de sucessões dissonantes de intervalos entre notas, provenientes da complexidade da música moderna e seus perturbadores acordes - nenhum elemento novo foi realmente introduzido, mas simplesmente uma confusão e um excesso de elaboração dos elementos antigos. No igualmente superenfatizado elemento musical rítmico, encontrado em certos tipos da chamada música popular, a verdadeira experiência musical não pode descer, através da harmonia, para uma atividade de movimento artístico, mas é forçada a baixar para rotações puramente físicas, deselegantes ao extremo.


As três divisões primárias da música - melodia, harmonia e ritmo - estão correlacionadas aos três poderes primários de Deus: vontade, amor-sabedoria e atividade. A vontade, que inclui intelecto e razão, unida ao amor-sabedoria, produz um modo de atividade correlacionado ao ritmo (atividade) equilibrado e celestial de Deus, que ordenou os átomos de nosso sistema solar na matriz das várias formas preparadas para elas pelos poderes da energia-poder-amor do Criador. Separando-se a vontade (melodia) do amor (harmonia), e unindo-se o amor com a atividade (ritmo), os dois, sendo privados do poder dirigente da vontade (intelecto e razão), podem produzir qualquer tipo de monstruosidades que as forças do mal desejem formar. Descontroladas, suas atividades maléficas certamente poderão destruir, com o tempo, uma nação. Nenhuma tentativa de revolucionar a arte da música pode produzir resultados desejados, a menos que comece com o princípio artístico de coerência e com um eqequilíbrio correto dos três elementos dos quais a música é composta: melodia, harmonia e ritmo.


 Li-Sol-30
Fonte:
Versão em português da Fraternidade Rosacruz Max Heindel,
 Rio de Janeiro, Brasil.

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