Bach e o Legado Luterano
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Dogmas da Igreja Católica
Na Igreja Católica Romana, um dogma é uma verdade absoluta, definitiva, imutável, infalível, inquestionável e absolutamente segura sobre a qual não pode pairar nenhuma dúvida 1 . Uma vez proclamado solenemente, nenhum dogma pode ser revogado ou negado, nem mesmo pelo Papa ou por decisão conciliar 1 Por isso, os dogmas constituem a base inalterável de toda a Doutrina católica 2 e qualquer católico é obrigado a aderir, aceitar e acreditar nos dogmas de uma maneira irrevogável 3 .Os dogmas têm estas características porque os católicos romanos confiam que um dogma é uma verdade que está contida, implicita ou explicitamente, na imutável Revelação divina ou que tem com ela uma "conexão necessária" 3 . Para que estas verdades se tornem em dogmas, elas precisam ser propostas pela Igreja Católica diretamente à sua fé e à sua doutrina, através de uma definição solene e infalível pelo Supremo Magistério da Igreja (Papa ou Concílio ecuménico com o Papa 4 ) e do posterior ensinamento destas pelo Magistério ordinário da Igreja. Para que tal proclamação ou clarificação solene aconteça, são necessárias duas condições:
- o sentido deve estar suficientemente manifestado como sendo uma autêntica verdade revelada por Deus 5 ;
- a verdade ou doutrina em causa deve ser proposta e definida solenemente pela Igreja como sendo uma verdade revelada e uma parte integrante da fé católica 5 .
Os mais importantes dogmas, que tratam de assuntos como a Santíssima Trindade e Jesus Cristo, "foram definidos nos primeiros concílios ecuménicos; o Concílio Vaticano I foi o último a definir verdades dogmáticas (primado e infalibilidade do Papa)". As definições de dogmas "mais recentes estão a da Imaculada Conceição [...] (1854) e da Assunção de Nossa Senhora [...] (1950)" 6 .
Lista dos dogmas proclamados pela Igreja Católica
A Igreja Católica proclama a existência de muitos dogmas, sendo 43 o número dos principais. Eles estão subdivididos em 8 categorias diferentes 5 :- Dogmas sobre Deus
- Dogmas sobre Jesus Cristo
- Dogmas sobre a criação do mundo
- Dogmas sobre o ser humano
- Dogmas marianos
- Dogmas sobre o Papa e a Igreja
- Dogmas sobre os sacramentos
- Dogmas sobre as últimas coisas
Dogmas sobre Deus
1- A Existência de Deus- "A idéia de Deus não é inata em nós, mas temos a capacidade para conhecê-lo com facilidade, e de certo modo espontaneamente por meio de Sua obra."
- "A existência de Deus não é apenas objeto do conhecimento da razão natural, mas também é objeto da fé sobrenatural."
- "Não existe mais que um único Deus."
- "Deus não tem princípio nem fim."
- "Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e cada uma delas possui a essência divina que é numericamente a mesma."
Dogmas sobre Jesus Cristo
6- Jesus Cristo é verdadeiro Deus e filho de Deus por essência, sendo chamado em Isaías como "Deus Conosco"(Emanuel)- "O dogma diz que Jesus Cristo possui a infinita natureza divina com todas suas infinitas perfeições, por haver sido engendrado eternamente por Deus."
- "Cristo é possuidor de uma íntegra natureza divina e de uma íntegra natureza humana: a prova está nos milagres e no padecimento."
- "Existem também duas vontades físicas e duas operações físicas de modo indivisível, de modo que não seja conversível, de modo inseparável e de modo não confuso."
- "O Pai celestial quando chegou a plenitude, enviou aos homens seu Filho, Jesus Cristo."
- "Cristo, por sua natureza humana, era ao mesmo tempo sacerdote e oferenda, mas por sua natureza Divina, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, era o que recebia o sacrifício."
- "Jesus Cristo quis oferecer-se a si mesmo a Deus Pai, como sacrifício apresentado sobre a ara da cruz em sua morte, para conseguir para eles o eterno perdão."
- "ao terceiro dia, ressuscitado por sua própria virtude, se levantou do sepulcro."
- "ressuscitou dentre os mortos e subiu ao céu em Corpo e Alma."
Dogmas sobre a criação do mundo
14- Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada- "A criação do mundo do nada, não apenas é uma verdade fundamental da revelação cristã, mas também que ao mesmo tempo chega a alcançá-la a razão com apenas suas forças naturais, baseando-se nos argumentos cosmológicos e sobretudo na argumento da contingência."
- "O mundo teve princípio no tempo."
- "Deus conserva na existência a todas as coisas criadas."
Dogmas sobre o ser humano
17- O homem é formado por corpo material e alma espiritual- "O humano como comum constituída de corpo e alma."
- "Pecado, que é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus descendentes por geração e não por imitação, e que é inerente a cada indivíduo."
- "Somente um ato livre por parte do amor divino poderia restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo pecado."
Dogmas marianos
Ver artigo principal: Dogmas marianos da Igreja Católica
20- A Imaculada Conceição de Maria.- "A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi por singular graça e privilégio de Deus omnipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original."
- "A Santíssima Virgem Maria é virgem antes, durante e depois do parto de seu Divino Filho, sendo mantida assim por Deus até a sua gloriosa Assunção."
- "Maria, como uma virgem perpétua, gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce, ou seja, o sujeito nascido não tem uma natureza humana, mas sim o suposto divino que a sustenta, ou seja, o Verbo. Daí que o Filho de Maria é propriamente o Verbo que subsiste na natureza humana; então Maria é verdadeira Mãe de Deus, posto que o Verbo é Deus. Cristo: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem."
- "A Virgem Maria foi assumpta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição."
Dogmas sobre o Papa e a Igreja
24-A Igreja foi fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo- "Cristo fundou a Igreja, que Ele estabeleceu os fundamentos substanciais da mesma, no tocante a doutrina, culto e constituição."
- "O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado Pedro e tem o primado sobre todo rebanho."
- "Conforme esta declaração, o poder do Papa é: de jurisdição, universal, supremo, pleno, ordinário, episcopal, imediato."
- "Para compreender este dogma, convém ter na lembrança:
- Sujeito da infalibilidade papal é todo o Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor de Pedro e não outras pessoas ou organismos (ex.: congregações pontificais) a quem o Papa confere parte de sua autoridade magistral."
- O objeto da infalibilidade são as verdades de fé e costumes, reveladas ou em íntima conexão com a revelação divina.
- A condição da infalibilidade é que o Papa pronuncie ex catedra e só quando pronuncia "ex catedra".
-
- - Que fale como pastor e mestre de todos os fiéis fazendo uso de sua suprema autoridade.
-
- - Que tenha a intenção de definir alguma doutrina de fé ou costume para que seja acreditada por todos os fiéis. As encíclicas pontificais não são definições ex catedra, mas também não podem estar em contradição com o Magistério Ordinário Universal.
- A razão da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o supremo mestre da Igreja de todo erro.
- A conseqüência da infalibilidade é que a definição ex catedra dos Papas sejam por si mesmas irreformáveis, sem a intervenção ulterior de qualquer autoridade."
- "Estão sujeitos à infalibilidade:
-
- - O Papa, quando fala ex catedra.
- - O episcopado pleno, com o Papa, que é a cabeça do episcopado, é infalível quando reunido em concílio ecuménico ou disperso pelo rebanho da terra, ensina e promove uma verdade de fé ou de costumes que sempre foi ensinada pela Igreja.
Dogmas sobre os sacramentos
29- O Batismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo- "Foi dado todo poder no céu e na terra; ide então e ensinai todas as pessoas, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo."
- "Este Sacramento concede aos batizados a fortaleza do Espírito Santo para que se consolidem interiormente em sua vida sobrenatural e confessem exteriormente com valentia sua fé em Jesus Cristo."
- "Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar e de reter os pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do Batismo."
- "Basta indicar a culpa da consciência apenas aos sacerdotes mediante confissão secreta."
- "Aquele que come Minha Carne e bebe Meu Sangue tem a vida eterna."
- "Transubstanciação é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a outra. Cessam as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular diferente das conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão e do vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem mudar: continuamos vendo o pão e o vinho, mas substancialmente já não o são, porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, Alma e Divindade de Cristo."
- "Existe algum enfermo entre nós? Façamos a unção do mesmo em nome do Senhor."
- "Existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos, Presbíteros e Diáconos."
- "Cristo restaurou o matrimónio instituído e bendito por Deus, fazendo que recobrasse seu primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o a dignidade de Sacramento."
Dogmas sobre as últimas coisas
38-A Morte e sua origem- "A morte, na atual ordem de salvação, é consequência primitiva do pecado."
- "As almas dos justos que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de pecado entram no céu."
- "O inferno é uma possibilidade graças a nossa liberdade. Deus nos fez livres para amá-lo ou para rejeitá-lo. Se o céu pode ser representado como uma grande ciranda onde todos vivem em plena comunhão entre si e com Deus, o inferno pode ser visto como solidão, divisão e ausência do amor que gera e mantém a vida. Deve-se salientar que a vontade de Deus é a vida e não a morte de quem quer que seja. Jesus veio para salvar e não para condenar. No limite, Deus não condena ninguém ao inferno. É a nossa opção fundamental, que vai se formando ao longo de toda vida, pelas nossos pensamentos, atos e omissões, que confirma ou não o desejo de estar com Deus para sempre. De qualquer forma, não se pode usar o inferno para convencer as pessoas a acreditar em Deus ou a viver a fé. Isso favorece a criação de uma religiosidade infantil e puramente exterior. Deve-se privilegiar o amor e não o temor. Só o amor move os corações e nos faz adorar a Deus e amar o próximo em espirito e vida."
- "As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais ou por penas temporais devidas pelo pecado vão ao purgatório. O purgatório é estado de purificação."
- "No fim do mundo, Cristo, rodeado de majestade, virá de novo para julgar os homens."
- "Aos que crêem em Jesus e comem de Seu corpo e bebem de Seu sangue, Ele lhes promete a ressurreição."
- "Cristo, depois de seu retorno, julgará a todos os homens."
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GRAÇASentido teológico da palavra
Graça é um conceito teológico fortemente enraizado no Judaísmo e no Cristianismo, definido como um dom gratuito e sobrenatural dado por Deus para conceder à humanidade todos os bens necessários à sua existência e à sua salvação. Esta dádiva é motivada unicamente pela misericórdia e amor de Deus à humanidade, logo, movida por Sua iniciativa própria, ainda que seja em resposta a algum pedido a Ele dirigido. E também por esta razão, a Graça é um favor imerecido pelo Homem, mas sim fruto da misericórdia e amor divinos.Dependendo das correntes teológicas cristãs, existem aqueles que defendem que a graça é irresistível; outros que a graça é somente para algumas pessoas escolhidas e totalmente predestinadas por Deus; e há ainda aqueles que acreditam que a graça é universal (ou seja, predestinada para toda a humanidade), mas que pode ser recusada livremente pelo Homem.
Na concepção católica
Segundo a doutrina da Igreja Católica, a graça é um dom universal e "socorro gratuito que Deus nos dá" para sermos "capazes de agir por amor d’Ele", para satisfazermos as nossas justas necessidades espirituais ou materiais e também para tornar-nos filhos de Deus e "participantes da natureza divina, da Vida Eterna" 1 . Aliás, "a própria preparação do homem para acolher" livremente a graça divina "já é obra da graça" e da predestinação (não-absoluta) de Deus. Existem vários tipos de graça, como por exemplo:- a graça habitual ou santificante (considerada também a graça primeira): é a origem, o início e a responsável pela justificação, conversão e santificação dos homens e por isso "nos foi merecida pela paixão de Cristo e nos foi dada no Baptismo". Por outras palavras, é o princípio e a estrutura da vida sobrenatural, que nos faz participantes da natureza divina, templos do Espírito Santo, filhos adoptivos de Deus, irmãos de Jesus Cristo, justos e agradáveis a Deus e capazes de merecer sobrenaturalmente e de penetrar na intimidade do próprio Deus 2 . Com esta graça, são concedidas ao Homem as capacidades de operar sobrenaturalmente, a saber: as virtudes infusas ou sobrenaturais e os dons do Espírito Santo. O seu exercício, impulsionado pelas graças actuais, faz parte dos principais meios de santificação. O progresso neste exercício leva aos frutos do Espírito Santo e às bem-aventuranças. A graça santificante perde-se pelo pecado mortal, mas não pelo pecado venial ou pelas penas temporais devidas ao pecado.
- as graças actuais: são "dons circunstanciais" atribuídos especialmente ao Espírito Santo ou "intervenções divinas na vida do homem", para que ele possa continuar a acolher e colaborar com a graça e prosseguir o seu caminho de santificação. A graça actual leva o pecador à conversão e a pessoa em estado de graça à procura e ao exercício dos meios de santificação. Esta graça pode ser “eficiente” se uma vez acolhida produz o seu efeito, mas é “suficiente” quando, recusada ou não aproveitada, fica sem produzir efeito.
- as graças sacramentais: são dons que o cristão recebe por meio dos sete sacramentos da Igreja e que pode ajudá-lo "a colaborar na salvação dos outros homens, bem como com o crescimento da Igreja, Corpo de Cristo";
- as graças especiais ou carismas: são concedidos especialmente pelo Espírito Santo para servir "o bem comum da Igreja", sendo exemplos disso o dom de línguas e "as graças de estado, que acompanham o exercício dos ministérios eclesiais e das responsabilidades da vida" de cada cristão 3 .
Estado de graça
Uma pessoa que está em estado de graça vive na amizade e amor de Deus e, se nela morrer, vai para o Céu, pela graça santificante. Por outras palavras, é aquele que não está manchado pelo pecado mortal. Mas, estar neste estado não quer dizer que não tenha pecados veniais ou penas temporais devidas ao pecado para serem purificadas, necessitando por isso das indulgências e, após a morte, da purificação no Purgatório.- Teologia Cristã
Teologia cristã pode ser definida como as verdades fundamentais da Bíblia e de outras fontes reconhecidas como divinamente inspiradas apresentadas de forma sistemática; ou ainda, a filosofia que trata do nosso conhecimento de Deus e do relacionamento do Deus Altíssimo com o homem, compreendendo assim tudo quanto se relaciona a Deus, a Bíblia e os propósitos divinos.
A teologia também pode ser utilizada para atestar a veracidade do cristianismo, fazer comparações entre ela e outras tradições ou religiões, defender de críticos, corroborar qualquer reforma cristã, propagar o cristianismo, ou uma variedade de outras razões. A teologia cristã foi de grande influência na Europa ocidental, especialmente na Europa pré-moderna.
Divisões da teologia cristã
Síntese
Muitas vezes, as variadas disciplinas teológicas e suas respectivas sub-disciplinas associam-se e englobam-se umas às outras, inter-relacionando-se, podendo frequentemente um tema ou até um locus (área específica de estudo e reflexão) ser tratado em conjunto, sob aspectos diferentes, por várias disciplinas (e sub-disciplinas). Por esta razão, existe entre elas uma grande permeabilidade, intercâmbio e inter-disciplinidade.De um modo resumido e geral, o relacionamento entre as disciplinas teológicas dá-se da seguinte maneira:
- A teologia exegética, usando a técnica da exegese, analisa profundamente a Bíblia, cujos princípios de interpretação são estudados pela hermenêutica bíblica.
- A teologia bíblica usa e organiza os resultados da teologia exegética e estuda também a evolução e o desenrolar da Revelação progressiva de Deus à humanidade, passando obviamente pelo Antigo Testamento e Novo Testamento.
- Com o encontro e o conhecimento das verdades reveladas na Bíblia e, no caso católico, em outras fontes válidas da Tradição, toda essa verdade bíblica é estudada, reflectida, debatida, explicada e posteriormente reunida num grande sistema explicativo unificado. Esse trabalho é reservado à teologia sistemática.
- As verdades, os princípios e os dogmas explicados e estudados pela teologia sistemática iriam ser depois defendidos pela Apologética perante a sociedade, as heresias, os ateus e as outras religiões.
- Depois do estudo puramente teórico, a teologia prática pretende aplicar as conclusões teológicas ao quotidiano e também estudar o modo como a Igreja comunica a sua fé e as suas verdades, bem como as variadas acções de santificação ou de outra natureza da Igreja no mundo. Neste contexto, a teologia moral tem simultaneamente aspectos sistemáticos e práticos.
- Finalmente, a evolução da teologia ao longo dos tempos e a História do Cristianismo são estudadas pela teologia histórica, que dá especial destaque à recepção e compreensão das verdades reveladas e à evolução na formulação da doutrina ao longo da História. Esta teologia estuda também, como por exemplo, a Patrística, a Escolástica e outras correntes e movimentos teológicos.
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Renovação Moral é, no Espiritismo, o ato pelo qual a criatura humana, ao tomar consciência de sua realidade espiritual interior e de suas consequências, adota a iniciativa de modificá-la sempre para melhor para que suas atitudes passem a ser um efeito virtuoso de tal melhora. Para isso, adotam-se métodos que vão da autocrítica à vigilância de sentimentos, pensamentos e atitudes; da fé raciocinada à prática das virtudes e renúncias contrárias ao sentimento que se quer alterar.1
Semelhante renovação é o fim essencial e exclusivo do Espiritismo, segundo item 292 de O Livro dos Médiuns. Tal assertiva também é reafirmada no item 303 do referido livro ao declarar que o objetivo da Doutrina Espírita é o aperfeiçoamento moral da humanidade.
O Livro dos Espíritos contém a seguinte definição para moral: “A moral é a regra de boa conduta e portanto da distinção entre o bem e o mal. É fundamentada sobre a observação da lei de Deus. O homem conduz-se bem quando faz tudo visando o bem e para o bem de todos, porque então observa a lei de Deus.”2
Também conhecida entre os profitentes da doutrina como reforma íntima, a renovação moral baseia-se na Lei de Evolução 3 a que tudo está sujeito, mas que na condição humana sofre o concurso da razão e do livre arbítrio, faculdades estas que dão ao homem o poder de acelerar ou de retardar o seu progresso pelas escolhas certas ou equivocadas feitas dentro de seu atual nível de consciência.
A moralização do adepto se dá num primeiro momento pela certeza na sobrevivência da alma e pela consequente valorização da vida espiritual futura e de suas recompensas4 ; passando em seguida pela realização do preceito socrático: “Conhece-te a ti mesmo”5 ; e finalizando pela prática do bem que é a tônica de todo o livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, vivência esta que está condensada na máxima:
Jesus Alegria dos Homens - 4min.
Fonte:Wikipédia
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