quinta-feira, 22 de março de 2012

AGARTHA - SHAMBHALA




Agartha ou Agarta,
por vezes chamada de Agharta,
seria um reino situado dentro da Terra,
 e, neste sentido, a crença em sua existência
 estaria associada às teorias da Terra Oca
e à cidade sagrada de Shambhala.

Shambhala, não necessariamente entendida como um reino subterrâneo, no imaginário do budismo e do hinduísmo, dentre outros, acha-se associada ao axis mundi, ou eixo primordia mitológico de um povo ou cultura, sendo uma das oito cidades sagradas localizadas em quarta dimensão, como entende a tradição ocultista, baseada principalmente em textos do hinduismo, budismo e taoismo.

A partir desse reino mítico, 
um monarca chamado Melki-Tsedeq, ou Melquisedeque,
 governaria o mundo. 
Este misterioso personagem é citado na Bíblia
 (Gên. 14:18-20 e Heb 6:17-20 e 7:1-3). 




 crê-se que haveria canais de ligação entre Shambhala 
 e o reino budista (no exílio na Índia 
desde a ocupação chinesa comunista de 1950) 
dos Dalai Lama.


 
relatos de exploradores

A ocultista russa Helena Petrovna Blavatsky, que apresenta ao ocidente farto e rico material filosófico das escolas orientais no final do século XIX, associa Shambhala a um destino escatológico: seria o berço do Messias que apareceria para libertar a Terra antes do fim do Kali Yuga, ou ciclo de destruição de mundos.[1]

Tal reino seria mencionado nos Puranas, coleção atribuída ao Vyâsa ("compilador") Krishna Dwaipâya, autor do grande épico hindu Mahabharata, sânsc. Mahābhārata.[2]
 
Em toda a Ásia Menor, não somente no passado, mas também hoje, acredita-se na existência de uma cidade de mistério, cheia de maravilhas, conhecida como Shambhala, ou Shamb-Allah, ou, entre os povos tibetano e mongol, Erdami. Na China, no panteão do taoismo, é considerada a residência da Mãe Sagrada do Oeste, que o budismo chinês depois associa a Kuan Yin ou Guan Yin, e o japonês a Kannon, divindade da misericórdia, advinda da representação indiana original de Avalokiteshvara, "O que olha para baixo" (em socorro dos seres), Cherenzig no Tibete.

O explorador polonês Ferdinand Ossendovski, no início do séc. XX, refere-se ao reino de Agartha, crença provavelmente inspirada na cidade mitológica de Shambhala, como um reino habitado por milhões de indivíduos, governados por Rigden Jyepo (tib.), soberano ou rei do mundo.

 No livro Bestas, Homens e Deuses, Ossendovski, que ouviu várias histórias ao viajar pela Ásia Central, faz referências a Agartha, mostrando que o povo oriental crê em tal fato, especialmente os tibetanos, mongóis e chineses. Toda a natureza se calaria para louvar o rei do mundo em suas manifestações no plano físico.
No final do século XIX, o marquês Saint-Yves D'Alveydre viajou pela Índia e arredores e ouviu relatos semelhantes, que registrou na obra Missão da Índia.

terra celestial e paraíso terrestre, mundo oculto e manifesto

Entre as raças da humanidade, desde o alvorecer dos tempos, existe a tradição de uma terra sagrada ou paraíso terrestre, onde os mais elevados ideais da humanidade são realidades vivas. Este conceito é encontrado nos escritos mais antigos e nas tradições dos povos da Europa, Ásia Menor, China, Índia, Egito e Américas. Esta terra sagrada poderia ser conhecida por pessoas merecedoras, puras e inocentes, razão pela qual constitui o tema central dos sonhos da infância.

O caminho para essa terra abençoada, este mundo invisível, domínio esotérico e oculto, constitui a motivação principal e a chave-mestra de ensinamentos misteriosos e sistemas de iniciação. 

Essa chave mágica é o
 Abre-te, Sésamo! que destranca as portas 
de um mundo novo e maravilhoso.

 Os antigos Rosacruzes a designavam pela palavra vitriol, combinação das primeiras letras da frase vista interiora terrae retificando invenes omnia lapidem, para indicar que "no interior da Terra está oculto o verdadeiro mistério". O caminho que conduz a este mundo oculto seria o da iniciação.[3]

Na Grécia antiga, nos Mistérios de Elêusis e pelo Oráculo de Delfos, esta terra celestial era chamada de Monte Olimpo e de Campos Elísios. Também nos tempos védicos primitivos era chamada por vários nomes, tais como Ratnasanu (pico da pedra preciosa), Hermadri (montanha de ouro) e Monte Meru, lar dos deuses no Hinduísmo.

A compilação dos Eddas, textos islandeses referentes à mitologia nórdica, também menciona esta cidade celestial, que ficava na terra de Asar, dos povos da Mesopotâmia, terra de Amenti do Livro Sagrado dos Mortos, dos antigos egípcios, a cidade das Sete Pétalas de Vixnu e a Cidade dos Sete Reis de Edom, ou Éden da tradição do judaismo. Em outras palavras, o paraíso terrestre.

Os persas denominam-na Alberdi ou Aryana, terra dos seus ancestrais. 

Os hebreus chamam-na Canaã e os mexicanos Tula ou Tolan, enquanto os astecas chamavam-na de Maya-Pan

Os conquistadores espanhóis que vieram para a América acreditavam na existência de tal cidade e organizaram muitas expedições para procurá-la, chamando-a de El Dorado, Eldorado, ou "Cidade do Ouro". 

Provavelmente souberam a seu respeito pelos aborígenes que a a ela se referiam como Manoa ou "Cidade Cujo Rei se Veste com Roupas de Ouro".
Para os celtas, esta terra sagrada era conhecida como "Terra dos Mistérios", Duat ou Dananda. Uma tradição chinesa fala de uma Terra de Chivin ou Cidade das Doze Serpentes.

Na Idade Média estava associada à Ilha de Avalon e à saga dos Cavaleiros da Távola Redonda, que, sob a liderança do Rei Arthur e a orientação do mago Merlin, empreendiam a busca do Graal ou Cálice Sagrado, símbolo da obediência, da justiça e da imortalidade, e que teria sido usado na última ceia de Jesus com os apóstolos e, após a crucifixão, contido o sangue do "golpe de misericórdia" dado pelo soldado Longino e guardado pelo devoto José de Arimatéia.
  1. Blavatsky, Helena P. Glossário Teosófico. São Paulo, Ground, s/d, p.598
  2. Idem Op. Cit., pp.529/530; 750/751
  3. Tomas, Andrew. Shambhala. A misteriosa civilização tibetana. Lisboa, Bertrand, 1979, pp.19-29

Shambhala

Shambhala, Shambala, Shamballa ou Sambala é um local místico citado amiúde em textos sagrados e presente em diversas tradições do Oriente. Depois da divulgação do termo no ocidente tornou-se conhecida em círculos esotéricos e penetrou até a cultura popular.

 A tradição oriental

No budismo tibetano, Shambhala é um reino mítico oculto algures na cordilheira do Himalaia ou na Ásia central, próximo da Sibéria. É mencionado no Kalachakra Tantra [1] e nos textos da cultura Zhang Zhung, que antecedeu o Budismo no Tibete ocidental. 

A religião Bön o chama de Olmolungring [2].
Shambhala significa em sânscrito "um lugar de paz, felicidade, tranqüilidade", e acredita-se que seus habitantes sejam todos iluminados. A linha Tantra afirma que um dos reis de Shambhala, Suchandra, recebeu de Buda o Kalachakra Tantra, e que este ensinamento é lá preservado. Segundo esta tradição, quando o Bem tiver desaparecido de sobre a Terra, o 25º rei de Shambhala aparecerá para combater o Mal e introduzir o mundo em uma nova Idade de Ouro.

Shambhala também é associada ao império histórico Sriwijaya, onde o mestre Atisha estudou sob Dharmakirti e recebeu a iniciação Kalachakra. Também é considerada a capital do Reino de Agartha, constituído, segundo as cosmologias do taoismo, hinduismo e budismo, por oito cidades etéricas.
Inspiração para a criação literária do inglês James Hilton Lost Horizon (1925), passa a ser também conhecida e referida como Shangri-la[3]

Entre os hinduístas o nome é mencionado nos Puranas como sendo o lugar de onde surgirá o avatar Kalki , que libertará a Terra das forças disruptivas e restabelecerá a Lei Divina [4]

Como outros conceitos religiosos, Shambhala possui um significado oculto e um manifesto. A forma manifesta tem Shambhala como um local físico, embora só podendo ser penetrado por indivíduos cujo bom karma o permite. 

Estaria em algum 
ponto do deserto de Gobi,
 ladeada pela China a leste, Sibéira ao norte,
 Tibete e Índia ao sul, Khotan a oeste [5].
 A interpretação oculta diz que não é um lugar terreno, mas sim interior, comparável à Terra Pura do Budismo, de caráter mental e moral, ou a um estado de iluminação a que toda pessoa pode aspirar e alcançar [6].

Segundo os ensinamentos escritos e orais do Kalachakra, transmitidos ao explorador Andrew Tomas por Khamtul Jhamyang Thondup, do Conselho de Assuntos Religiosos e Culturais do Dalai Lama (em exílio na Índia desde a ocupação chinesa comunista de 1950 no Tibete), a aparência de Shambhala variaria segundo a natureza espiritual do observador: "por exemplo, certa ribeira, pura e simplesmente a mesma, pode ser vista pelos deuses como um rio de néctar, como um rio de água pelos homens, como uma mistura de pus e sangue pelos fantasmas esfomeados, e por outras criaturas como um elemento no qual se vive"[7].

Divulgação no ocidente

A idéia de uma terra de iluminados exerceu atração no ocidente desde sua difusão inicial no século XVII a partir de fragmentos do Budismo tibetano que conseguiram, através de exploradores e missionários, ultrapassar as usualmente fechadas fronteiras tibetanas, e da Teosofia, propagada pioneiramente por Helena Petrovna Blavatsky no século XIX.

As primeiras informações sobre este lugar chegaram ao ocidente pelos missionários católicos João Cabral e Estêvão Cacella, que ouviram referências sobre Shambhala - transcrita como Xembala - e imaginaram que se tratasse de um nome alternativo de Catai, a China. Dirigindo-se ao Tibete em 1627, descobriram o equívoco e retornaram à Índia de onde haviam saído [8].
Em 1833 apareceu o primeiro relato geográfico sobre a região, escrito pelo erudito húngaro Alexander Csoma de Köros, que mencionou "um país fabuloso no norte, situado entre 45º e 50º de latitude norte".

No final do século Shambhala foi mencionada por Helena Petrovna Blavatsky em seus livros, e desde então se tornou um nome familiar no ocidente, disseminando-se entre os cultos esotéricos e estimulando expedições em tentativas de localização - Nicholas Roerich (1926), Yakov Blumkin (1928), Heinrich Himmler e Rudolf Hess (1930, 1934-35, 1938-39) [9] [10].

Shambhala foi mencionada diversas vezes por Blavatsky, que alegava estar em contato com alguns de seus habitantes, todos pertencentes à Grande Fraternidade Branca.

 Segundo a Teosofia, Shambhala é tanto um lugar físico como um espiritual. Teria sido antigamente uma ilha quando a Ásia central ainda era um mar, há milhões de anos, a chamada Ilha Branca, ou Ilha Sagrada, e teria sido ali que os Senhores da Chama, os progenitores espirituais da raça humana, liderados por Sanat Kumara, teriam chegado e se estabelecido, vindos de Vênus [11]

Atualmente a ilha seria um oásis no Deserto de Gobi, protegida de intrusos por meios espirituais [12]. Escolas derivadas da Teosofia fazem menções ainda mais freqüentes ao lugar, enfatizando sua natureza espiritual e localizando-a invisivelmente no plano etérico ou astral.

Shambhala também foi objeto de interesse escuso de ocultistas ligados ao Nazismo, que a viam como fonte de poder. A maciça maioria de referências literárias e testemunhos a descrevem como um lugar abençoado, que tem sido fonte de inspiração para abundante literatura, bem como associações com a cultura popular, como cenário ou tema de filmes, romances, músicas, documentários, histórias em quadrinhos e jogos.

Kalachakra é um termo em sânscrito usado no budismo tântrico que literalmente significa "tempo-ciclo".


 
Mandala de areia que representa a Kalachakra.

VajrayanaBudismo tântrico )

Vajrayana (devanágari: बज्रयान; em mongol: Очирт хөлгөн, Ochirt Hölgön), também chamado de mantrayana, tantrayana, budismo esotérico ou tântrico e Veículo do Diamante (chinês: 金剛乘, jīngāngshèng, japonês: 金剛乗, kongōjō) , é um conjunto de escolas budistas esotéricas. O nome vem do sânscrito e significa "veículo de diamante".

O vajrayana é às vezes considerado como uma extensão do budismo maaiana (mahayana), uma vez que ele difere primariamente na adoção de técnicas adicionais (sânscrito: upāya, "meios hábeis"), ao invés de propor uma filosofia distintamente diferente.

O mahayana possuiria assim dois caminhos de prática: o sutrayana, que prega o aperfeiçoamento através do acúmulo de mérito e sabedoria gradualmente, e o vajrayāna, que prega a tomada do fruto - a iluminação - como o caminho.

 Características do vajrayana

Segundo a tradição budista vajrayana, os meios hábeis cultivados no vajrayana permitem ao praticante um caminho acelerado a iluminação. Para isto faz-se uso de técnicas tantra, que auxiliam o desenvolvimento espiritual e a transmissão esotérica. Nesta suposta aceleração reside uma das diferenças entre a escola vajrayana e outras escolas do budismo. O budismo vajrayana, entretanto, não propõe que as escolas teravada ou maaiana estejam erradas, ao contrário, considera estas práticas como fundamentos essenciais sobre os quais a prática vajrayana pode ser construída.

Sub-escolas


Estátua Vajrasattva (Buda da purificação), Tibete.

Apesar de haver evidência da presença da tradição Vajrayana no sudeste asiático, bem como em outros lugares, atualmente estes ensinamentos existem apenas na forma de duas sub-escolas:

Vajrayana tibetano

As escolas do budismo tibetano, baseadas nas trasmissões das escrituras indianas para o platô tibetano, são achadas tradicionalmente no Tibete, Butão, norte da Índia, Nepal, Mongólia, partes da China e algumas repúblicas da antiga União Soviética, tais como o Oblast de Amur, Buriácia, Oblast de Chita, Tuva, Calmúquia e o Krai de Khabarovsk 

Mikkyo japonês
A tradição Mikkyo só é encontrada em sua inteireza atualmente no Japão. Com a dominação japonesa sobre o leste asiático durante a primeira mentade do século XX. Durante a dinastia Tang a tradição Mikkyo foi quase que completamente exterminada da China continental, sobrando apenas resquícios em alguns rituais, que acabaram sendo incorporados pelas tradições Chan e Terra Pura. Mais recentemente, alguns monastérios na China, Taiwan e Singapura acabaram recebendo influência do Mikkyo japonês, devido à dominação imperialista japonesa do leste asiático.

Apesar de similares em conceito com as práticas do Vajrayana tibetano, os rituais Mikkyo descendem de aspectos mais antigos da tradição tântrica do budismo indiano, diferindo significativamente em termos de linhagem, estética etc. Os textos primários da tradição Mikkyo são o Mahavairochana Sutra e o Vajrasekhara sutra, cuja importância na tradição tibetana é inexpressiva.

O budismo Mikkyo foi introduzido no Japão por Kukai, um monge japonês que estudou na China no século IX, durante a dinastia Tang, trazendo consigo as tradições completas do Mikkyo. Ao retornar para o Japão estabelece a escola Shingon. A escola Shingon é um dos pouquíssimos ramos do budismo que ainda preserva o uso da escrita sânscrita siddham.

Apesar da escola Tendai do budismo japonês também possuir uma transmissão dos ensinamentos Mikkyo, estes tem natureza mista, uma vez que esta escola prima pela pluralidade na sua abordagem da práxis budista, não sendo assim uma escola exclusivamente esotérica. Na realidade, o centro da doutrina desta escola está nos ensinamentos do Sutra do Lótus

O fundador da escola Tendai, Saicho, foi à China na mesma época que Kukai. Apesar de ter recebido alguns poucos ensinamentos esotéricos, não chegou a receber instruções na tradição completa, procurando mais tarde recebê-las de Kukai. Apesar de terem uma relação inicialmente cordial, eles acabariam por cortar relações devido à atritos.

Mais tarde, o monge Tendai Ennin viajaria para a China para receber instruções completas na tradição Mikkyo, finalmente incorporando-os ao corpo doutrinário de sua escola.

Sutra do Lótus

Traduções

Sutra do Lótus ou Sutra do Lótus Branco do Dharma Sublime, sânscrito Saddharnapuṇḍaríka; chinês Miàofǎliánhuájīng 妙法蓮華經; japonês Myōhō Rengekyō 妙法蓮華經 é um dos sutras mais populares e influentes do budismo Mahāyāna. É considerado a transmissão mais importante do Buddha Śākyamuni (c.séc. VI a.C.). Faz parte do cânone do Zen 禅 e é o fundamento das escolas japonesas Tendai 天台 e Nichiren 日蓮.
O Sutra do Lótus foi traduzido para o chinês por várias pessoas. Dessas traduções, a considerada mais precisa é uma versão de sete rolos com vinte e oito capítulos escrita por Kumārajīva no ano de 406.

Foi traduzido para a língua portuguesa por João Rodrigues, entre outros. O título chinês costuma ser abreviado para 法華經, lido como Fǎhuā Jīng em chinês ou Hokkekyo em japonês.

Interpretações pelas escolas budistas

Desde os tempos antigos, a escritura do Sutra do Lótus foi respeitada por várias pessoas além do regionalismo, por muitos pregadores têm pesquisado e pelos que praticavam seus ensinamentos.

Para a tradição fundada e nomeada por Nitiren 日蓮(1222-1282), o Sutra do Lótus seria a própria corporificação do Dharma.[1]

Essa interpretação pode ser depreendida do título conferido ao Sutra por esta escola budista e pela interpretação do texto do segundo capítulo, "Meios", onde o Buddha Śākyamuni declara que, até a exposição do Sutra do Lótus, ter-se-ia utilizado de "meios" para ensinar os seres vivos; e, somente com a transmissão, iria revelar a verdade do Dharma.

Considera-se que o Sutra dos Infinitos Significados (Muryogui kyo) seja seu prefácio e que o Sutra do Bodhisattva Universalmente Meritório, em japonês Fugen Kyo, seja sua conclusão.

Nitiren propôs a recitação do Mantra Namu Myou Hou Renge Kyou, ou "Refugio-me no Sutra do Lótus" como fórmula devocional para se chegar à iluminação espiritual.[2]

Curiosidades  

  A sutra de Lotus tem como objetivo afastar demonios. Devido a essa combinação de amplitude e detalhes, o Sutra de Lótus elucida com êxito a energia fundamental da vida - a energia vital que nutre a sabedoria inata em todas as vidas humanas e dá expressão à força da benevolência que emana no seu íntimo. O Sutra de Lótus 

explica o potencial infinito da vida através de parábolas e descrições de acontecimentos surpreendentes. Sakyamuni achou melhor descrever a iluminação que ele atingira e ensinou-a através de descrições da Cerimônia do Sutra de Lótus. Por essas razões o Sutra de Lótus é denominado como o auge, o ápice dos seus ensinos. 

Maaiana


Imagem em relevo do bodisatva Kuan Yin, no Monte Jiuhua, na China; os diversos braços da imagem representam a capacidade e o compromisso sem limites do bodisatva em ajudar os outros seres.
Maaiaana ou mahayana (em sânscrito: महायान, transl. mahāyāna, "grande veículo") é um termo classificatório utilizado no budismo, que pode ser usado de três maneiras diferentes:
  • Como tradição viva, o maaiana é a maior das duas principais tradições do budismo existentes hoje em dia, a outra sendo o teravada.
  • Como ramo da filosofia budista, o maaiana se refere a um nível de prática e motivação espiritual,[1] mais especificamente ao Bodhisattvayana[2] A alternativa filosófica é o hinaiana, que é o yana ("caminho") de Arhat.
  • Como caminho prático, o maaiana é um dos três yanas, ou caminhos para a iluminação, os outros dois sendo o hinaiana e o vajrayana.
As raízes do nome mahayana são polêmicas[3], e têm sua origem num debate sobre quais seriam os reais ensinamentos do Buda.[4] Embora o movimento maaiana trace suas origens a Gautama Buda, o consenso obtido pelas evidências históricas até hoje indica que tenha se originado no Sul da Índia, no século I d.C..[5] Foi levado para a China por Lokaksema, primeiro tradutor dos sutras maaianas para o chinês.
A primeira menção ao maaiana ocorre no Sutra do Lótus, entre o século I a.C. e o século I d.C..[6] As primeiras escrituras maaianas provavelmente se originaram durante o século I, no subcontinente indiano, e se espalharam para a China durante o segundo século.[7] Apenas no século V o maaiana se tornou uma escola influente na Índia.[8] No decorrer de sua história, o maaiana se espalhou pelo Leste da Ásia. Os principais países no qual ele ainda é praticado são a China, o Japão, a Coreia e o Vietnã.
Alguns dos principais sutras maaianas, codificados para sânscrito, não sobreviveram com o tempo e se perderam.[9] As versões que foram traduzidas posteriormente para o tibetano e o chinês sobreviveram.[9] As principais escolas do budismo maaiana que possuem um número significativo de seguidores são o budismo tibetano, o zen-budismo, a Terra Pura, o Nichiren, o Shingon e o Tendai.

 Doutrina

Poucas coisas podem ser ditas com certeza sobre o budismo maaiana, especialmente sobre suas primeiras formas, indianas, além de que é a forma de budismo praticada na China, no Vietnã, Coreia, Tibete e Japão.[10][11] O maaiana pode ser descrito como um feixe atado de maneira pouco firme, de diversos ensinamentos, que conseguiu englobar as diversas e contrastantes ideias encontradas naqueles diversos ensinamentos dos elementos que o compõem.[12]
 
O maaiana é uma estrutura religiosa e filosófica vasta. Constitui uma inclusiva, caracterizada pela adoção de novos sutras, os chamados sutras maaianas, em adição aos textos mais tradicionais, como o Cânone Páli e os ágamas, e por uma mudança nos conceitos e no propósito básico do budismo. 

O maaiana se vê como capaz de penetrar mais profundamente no darma de Buda. No Nirvana Sutra (ou Mahaparinirvana Sutra), por exemplo, o Buda narra como seus primeiros ensinamentos sobre o sofrimento, a impermanência, e o não-Eu foram dados àqueles que ainda eram como "pequenas crianças", incapazes de digerir a "refeição" completa da Verdade, enquanto que à medida que estes estudantes espirituais "crescerem" e não mais se satisfizerem com os ingredientes preliminares da refeição dármica com que se alimentam, e precisem de maior sustância, estarão prontos a assimilar os ensinamentos do maaiana em toda a sua totalidade.

O escola maaiana do budismo retira a ênfase no ideal, expresso pelo teravada, da libertação do dukkha (sofrimento) individual, e na obtenção do nirvana (extinção).

 O Sutra do Lótus diz, por diversas vezes, que a vida do Buda é extremamente longa, e que ela é infinita; as autoridades do maaiana divergem sobre qual destas afirmações devem ser interpretadas literalmente. De uma maneira geral, os chineses e japoneses preferem a primeira, enquanto os tibetanos a última. 

Além disso, a maioria das escolas do maaiana acredita num panteão de bodisatvas (em sânscrito: बोधिसत्त्व), quase-divinos, que se devotam à excelência pessoal, ao conhecimento supremo, e à salvação da humanidade e de todos os outros seres sencientes (animais, fantasmas, semideuses, etc.).

 O zen-budismo é uma escola do maaiana que frequentemente retira a ênfase no panteão dos bodisatvas, e ao invés disso se foca nos aspectos meditativos da religião. No maaiana, o Buda é visto como o ser definitivo, mais elevado, presente em todos os tempos, em todos os seres, e em todos os lugares, enquanto os bodisatvas representam o ideal universal da excelência altruística.
 
Os princípios fundamentais da doutrina maaiana foram baseados em torno da possibilidade da liberação universal do sofrimento, para todos os seres (daí "grande veículo") e na existência de budas e bodisatvas que incorporam a natureza de Buda (em chinês: 佛性) transcendente (a eterna presença do Buda, presente, porém escondida e irreconhecível, em todos os seres). Algumas escolas do maaiana simplificam a expressão de fé permitindo que a salvação seja obtida através da graça do buda Amitaba (अमिताभ), tendo fé e se devotando ao nianfo (cânticos a Amitaba).

 Este estilo de vida devoto do budismo é especialmente enfatizado pelas escolas da corrente Terra Pura, e contribuiu enormemente ao sucesso do maaiana no Leste da Ásia, onde os elementos espirituais tradicionalmente se utilizavam de cânticos com o nome de um buda, de mantras ou dharanis, da leitura de sutras maaianas e do misticismo. No budismo chinês, a maioria dos monges pratica a Terra Pura, alguns combinando-a com o Chan (Zen).[13]

Há uma tendência, nos sutras maaianas, de encarar a aderência a estes textos como forma de obter benefícios espirituais maiores do que aqueles que seriam obtidos pelos seguidores das visões não-maaiânicas do darma. Assim, no Srimala Sutra, o Buda afirma que a devoção ao maaiana é inerentemente superior em suas virtudes à devoção ao caminho do Sravaka ou do Pratyekabuddha:

" ...assim como, no gado, a magnificência do mais bem criado e belo brilha mais que o resto do rebanho em altura, peso e assim por diante, também sustentar o Saddharma [Verdadeiro Darma] do maaiana, ainda que somente um pouco, é algo maior e mais vasto que todos os saudáveis darmas dos yanas [veículos] do Shravaka e Pratyekabuddha."[14]
 

Agartha


Agartha  seria uma misteriosa cidade lendária, provavelmente situada na Índia, em uma época remota. Esta cidade teria se ocultado em determinado momento, passando a existir no interior da terra, que para muitos estudiosos  é considerada oca, ou subsistiria em um complexo sistema de túneis e cavernas abaixo do Himalaia.

 Muitos vêem em Agartha um ancestral mito oriental, mas foi justamente um escritor francês, Louis Jacolliot, que a ela se referiu pela primeira vez, no ano de 1873, como Asgartha, talvez uma variante de Asgard, residência mítica dos deuses do povo nórdico.

 Um viajante inclinado a viver aventuras, o professor de ciências e escritor polonês Ferdynand Ossendowski, tornou célebre esta história, principalmente em sua obra Bestas, Homens e Deuses, na qual ele afirma ser este reino povoado por milhões de seres, liderados pelo Rei do Mundo, outro enigma nesta suposta lenda.

Segundo Ossendowski, esta poderosa entidade seria Melquisedec, o espírito mais iluminado de nossa esfera, reverenciado e homenageado por todas as formas de vida do Planeta.

Ao que parece, não só monges do Oriente crêem na existência do Rei do Mundo, mas também muitas pessoas consideradas de alta reputação. Alguns ocultistas, como Saint-Yves d’Alveydre e René Guénon, reservam um espaço considerável em suas produções literárias para este tema.

Alguns crêem que Agartha não seria uma cidade como as outras, de dimensão material e concreta, mas sim um recanto livre de vícios e sombras, no qual apenas raros poderiam entrar.

Este refúgio pode ter sido inspirado no mito de Shambala, próprio dos lamas tibetanos e também conhecido na Mongólia, locais visitados por Ossendowski, embora ele não se refira diretamente a esta história. Este viés mitológico teria sido usado por este aventureiro anticomunista para impressionar o Barão Von Sternberg, feroz caçador de bolcheviques, identificados na narrativa como o Anticristo que Agarthi tentava vencer.

Muitos líderes 
que atingiram a Mongólia tentaram, por sua vez,
 convencer o povo deste país de que eram
 a Shambala dos sonhos dourados desta nação.

Independente de interesses políticos ou estratégicos, muitas crenças mongóis giravam em torno de Agartha ou de Shambala, de uma cidade mítica sob a terra, à qual se teria acesso por um portal secreto. Alguns chegam a afirmar que este reino englobaria todo o planeta, com milhões de habitantes, um recanto sem a presença do mal, banhado interiormente por luzes atípicas, que permitiriam o cultivo de variados alimentos.

Sua capital seria circundada por povoados habitados por sacerdotes e homens de Ciência, semelhante a Lhasa, onde se localiza o palácio do Dalai Lama, no cimo de uma montanha repleta de templos e monastérios.

O Soberano do Mundo viveria em moradas de cristal, interagindo diretamente com Deus, assentado sobre um trono rodeado por deuses encarnados, conhecidos como Panditas Sagrados.

Estas criaturas 
teriam um poder incalculável sobre a Humanidade,
podendo até mesmo destruí-la
 se os homens se voltassem contra eles.


Sociedade VRIL- 11min.




 Interessante:
 
 

 Na Divina Comédia de Dante
a descrição poética se assemelha 
aos grgráficos agarhtinos ?
Terra geográfica de Dante



Mini glosssário:

- Paraíso : Éden ;terra celestial;Terra Pura
  Monte OlimpoCampos Elísios; Monte Meru - Galoka

- Agarhta =terra celestial ; paraíso terrestre;
         mundo oculto e manifesto;

- Lúcifer = Portador da luz ;...
 
(continua...)
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