A Fenomenologia, nascida na segunda metade do século XIX, a partir das análises de Franz Brentano sobre a intencionalidade da consciência humana, trata de descrever, compreender e interpretar os fenómenos que se apresentam à percepção.
Propõe a extinção da separação entre "sujeito" e "objecto" (opondo-se ao pensamento positivista do século XIX) e examina a realidade a partir da perspectiva de primeira pessoa. Edmund Husserl, Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre e Maurice Merleau-Ponty foram alguns dos principais filósofos fenomenologistas do século XX.
Edmund Husserl
Martin Heidegger
O método fenomenológico se define como uma volta às coisas mesmas, isto é, aos fenómenos, aquilo que aparece à consciência, que se dá como objecto intencional. Seu objectivo é chegar à intuição das essências, isto é, ao conteúdo inteligível e ideal dos fenómenos, captado de forma imediata.
Toda consciência é consciência de alguma coisa. Assim sendo, a consciência não é uma substância, mas uma actividade constituída por atos (percepção, imaginação, especulação, volição, paixão, etc), com os quais visa algo. As essências ou significações (noema) são objectos visados de certa maneira pelos atos intencionais da consciência (noesis).
A fim de que a investigação se ocupe apenas das operações realizadas pela consciência, é necessário que se faça uma redução fenomenológica ou Epoché, isto é, coloque-se entre parênteses toda a existência efectiva do mundo exterior. Na prática da fenomenologia efectua-se o processo de redução fenomenológica o qual permite atingir a essência do fenómeno.
As coisas, segundo Husserl, caracterizam-se pela sua não finalização devida, pela possibilidade de sempre serem visadas por noesis novas que as enriquecem e as modificam. Já Immanuel Kant diz que fenómeno que é de fato fenómeno, deve possuir duas propriedades elementares: Caracterizar-se no tempo e no espaço.
No tempo, através da aplicação das categorias do entendimento a priori (uma dedução lógica da coisa) e em seguida a posteriori (o que pode ser identificado "positivamente" quanto a este objecto). Com a coisa inserida em um contexto temporal e espacial, está apta a receber todos os componentes da ciência afim de estuda-la. E, para a aplicação dos diversos juízos da ciência (sintético/a priori; analítico/a posteriori), deve existir o ser que transcenda a ciência, o objecto e a terra
Continua:
Fonte:
Jornal Livre
http://www.jornallivre.com.br/307390/a-fenomenologia-e-seu-significado.html
Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.
Sejam abençoados todos os seres.
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