quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Kadafi discours 15/01/2011.mpg




BBC-Brasil- Atualizado em 21 de outubro, 2011 - 14:08 (Brasília) 16:08 GMT
MORRE KHADAFI
A morte do líder líbio deposto Muamar Khadafi ocorreu durante uma ofensiva contra sua cidade natal, Sirte, informaram autoridades do governo transitório da Líbia.

O premiê interino Mahmoud Jibril disse, horas depois de ter anunciado a morte de Khadafi, que ela ocorreu em meio a uma troca de tiros entre simpatizantes do coronel e combatentes do CNT (Conselho Nacional de Transição).
Ao mesmo tempo, a Otan (aliança militar ocidental) parece se preparar para encerrar sua campanha militar no país norte-africano.

Segundo Jibril, Khadafi – que governou por 42 anos – foi capturado vivo, mas morreu de ferimentos a bala antes de ser levado ao hospital.
Imagens de vídeo, que foram divulgadas pela rede Al-Jazeera e ainda não foram verificadas de maneira independente, sugerem que o corpo foi arrastado pelas ruas e agredido. Não está claro se Khadafi estava vivo ou morto na ocasião.

Antes, alguns combatentes anti-Khadafi haviam dado uma versão distinta, alegando que o coronel tinha levado tiros ao tentar escapar.

Simpatizante de Khadafi preso em Trípoli nesta quinta (Reuters)
Ofensiva contra Sirte, cidade natal de Khadafi, teria resultado na morte do coronel

Um combatente leal ao CNT da Líbia disse à BBC que encontrou Khadafi em um buraco em Sirte e que o ex-líder teria pedido que ele não atirasse. O combatente brandia uma pistola dourada que dizia ter pertencido a Khadafi.
Há relatos de que Mutassim Khadafi, filho do coronel e ex-conselheiro de segurança nacional, também teria morrido na ofensiva.

Quanto a Saif al-Islam, outro filho de Khadafi, os relatos são conflitantes. O ministro da Justiça interino, Mohammad al-Alagi, disse à Associated Press que ele havia sido capturado e levado ao hospital com um ferimento na perna. Mas outro representante do CNT afirmou que o paradeiro de Saif al-Islam é desconhecido.

No campo internacional, acredita-se que a Otan, que deve realizar uma reunião nas próximas horas, anuncie o fim de sua ofensiva aérea na Líbia.
O secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, disse que, com a morte de Khadafi, “esse momento (de encerramento da campanha militar) ficou muito mais próximo”.

Festejo

Imagem de Khadafi
Muitos líbios se perguntam a respeito dos próximos passos do país sem Khadafi

O anúncio da morte foi comemorado por parte da população, que saiu para festejar nas ruas de Trípoli e Benghazi, e por líderes estrangeiros, como o americano Barack Obama, o francês Nicolas Sarkozy e o britânico David Cameron. Eles pediram união à Líbia.

Obama disse que a morte de Khadafi "encerra um capítulo doloroso" para a Líbia, mas destacou que o país tem um caminho "tortuoso" rumo à democracia plena.


Nas ruas da capital líbia, centenas de pessoas levaram bandeiras da Líbia e cantaram gritos de louvor a Deus, relata a correspondente da BBC, Rana Jawad.

Ao mesmo tempo, muitos se perguntam a respeito dos próximos passos do país, que há até pouco tempo sequer podia imaginar que deixaria de ser governado por Khadafi.



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