Uma das figuras mais odiadas da história,
o austríaco Adolf Hitler, não só matou mais de 6 milhões de judeus,
mas também devastou toda a Europa.
o austríaco Adolf Hitler, não só matou mais de 6 milhões de judeus,
mas também devastou toda a Europa.
Nasceu em Branau em 20 de abril de 1889,
no seio de uma família problemática,pois
foi filho bastardo de um pai judeu que não o reconheceu.
Um Rotschild
Um Rotschild
Quando jovem sonhou ser um renomado pintor,
mas foi reprovado no exame para a Academia de Belas Artes de Viena.
Passou fome e morou em albergues.
Na Primeira Guerra Mundial foi simplesmente cabo, porém, foi condecorado duas vezes com a Cruz de Ferro. Em 1920, ingressou no Partido dos Trabalhadores da Alemanha, o qual logo transformou numa organização paramilitar. Em 8 de novembro de 1923, por incitar o governo da Bavária contra a República de Weimar, foi condenado a 5 anos de cadeia, onde escreveu seu famoso livro Minha Luta, que se tornou uma bíblia para os nazistas.
Ao sair da prisão, recuperou o tempo perdido, utilizando sua retórica hipnotizante e um grande carisma para ganhar terreno político. Daí, para tentar conquistar o mundo foi um pulo. Expulsou os judeus, confiscou seus bens, e se tornou o homem mais temido do mundo. Este documentário mostra com detalhes o crescimento e a queda de Hitler até o último instante. Forte documento da história da primeira metade do século XX. Impressionante.
Hitler e a Maçonaria (Forget Me Not)
Na revista Gênesis, editada pela Grande
Logia de España, ha uma história, traduzida livremente e acrescentada
de alguns comentários necessários.
Que aqui reproduzimos para fazer justiça aos perseguidos e sacrificados Maçons alemães.
No início de 1934, logo após a ascensão de Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria alemã corria o risco de desaparecer.
E breve, a maçonaria alemã, que conhecera
dias gloriosos e que tivera, em suas colunas, os mais ilustres filhos da
pátria alemã, com Goethe, Schiller e Lessingn, veria esmagado o
espírito da liberdade sob o pretexto de impor a ordem e uma estúpida
supremacia racial.
Quanto retrocesso desde que Friedrich Wilhelm III, Rei da Prússia,
em 1822, impediu que os esbirros reacionários da Santa Aliança de
Metternich fechassem as Lojas Maçônicas, declarando peremtoriamente que
poderia descrever os Franco-maçons prussianos, com toda a honestidade,
como sendo os melhores dentre os seus súditos…
As Lojas alemãs, na terceira década do século XX, estavam jurisdicionadas a onze Grande Lojas, divididas em duas tendências.
O primeiro grupo,
de tendência humanista, seguindo os antigos costumes ingleses, tinha
como base a tolerância, valorizando o candidato por seus méritos e não
levando em consideração sua crença religiosa.
Constava de sete Grandes Lojas: Grande Loja
de Hamburgo; Grande Loja Nacional da Saxônia, em Dresden: Grande Loja
do Sol, de Bayreuth; Grande Loja-Mãe da União Eclética dos
Franco-Maçons, em Frankfurt; Grande Loja Concórdia, em Darmstadt; Grande
Loja Corrente Fraternal Alemã, em Leipzig; e a Grande Loja Simbólica da
Alemanha.
O segundo grupo consistia das três antigas
Lojas prussianas, que faziam a exigência de que os candidatos fossem
cristãos. Havia ainda a Grande Loja União Maçônica do Sol Nascente, não considerada regular, mas que também tinha tendências humanistas e pacifistas.
Voltando a 1934, a Grande Loja Alemã do Sol
se deu conta do grave perigo que iria enfrentar. Inevitavelmente, os
maçons alemães estavam partindo para a clandestinidade, devido à
radicalização política e ao nacionalismo exacerbado.
Muitos adormeceram e alguns romperam com a
tradição, formando uma espúria Franco-Maçonaria Nacional Alemã Cristã,
sem qualquer conexão com o restante da Franco-Maçonaria. Declaravam eles
abandonarem a ideia da universalidade maçônica e rejeitar a ideologia
pacifista, que consideravam como demonstração de fraqueza e como uma
degeneração fisiológica contrária aos interesses do estado!
Os maçons que persistiram em seus ideais
precisaram encontrar um novo meio de identificação que não o óbvio
Esquadro e Compasso, seguramente um risco de vida.
O Miosotis
Há uma pequenina flor
azul que é conhecida, em muitos idiomas, pela mesma expressão:
não-me-esqueças – o miosotis. Entenderam, nossos irmãos alemães, que
esse novo emblema não atrairia a atenção dos nazistas, então a ponto de
fechar-lhes as Lojas e confiscar-lhes as propriedades.
Vergissmeinnicht, em alemão;
forget-me-not, em inglês; forglemmigef em dinamarquês; ne m’oubliez pás,
em francês; non-ti-scordar-di-me, em italiano; não-te-esqueças-de-mim,
em português.
Diz a lenda que Deus assim chamou a
florzinha porque ela não conseguia recorda-se do próprio nome. O nome
miosótis (Myosotis palustris) significa orelha de camundongo, por causa
do formato das pétalas.
O folclore europeu atribui poderes mágicos
ao miosótis, como o de abrir as portas invisíveis dos tesouros do mundo.
O tamanho reduzido das flores parece sugerir que a humildade e a união
estão acima dos interesses materiais, porque é notada principalmente
quando, em conjunto, forma buquês no jardim.
De acordo com uma velha tradição romântica
alemã, o nome da flor está relacionado às últimas palavras de um
cavaleiro errante que, ao tentar alcançar a flor para sua dama, caíra no
rio, com sua pesada armadura e afogara-se.
Outra história contada por ele diz que
Adão, ao dar nomes às plantas do Jardim do Éden, não viu a pequena flor
azul. Mais tarde, percorrendo o jardim para saber se os nomes tinham
sido aceitos, chamou-as pelo nome. Elas curvaram-se cortesmente e
sussurravam sua aprovação. Mas uma voz delicada a seus pés perguntou:
“- E eu, Adão, qual o meu nome?”
Impressionada com a beleza singela da flor e para compensar seu esquecimento, Adão falou:
“ – Como eu me esqueci de você antes, digo
que vou chama-la de modo a nunca mais esquecê-la. Seu nome será
não-te-esqueças-de-mim.”
Através de todo o período negro do nazismo,
a pequenina flor azul identificava um Irmão. Nas cidades e até mesmo
nos campos de concentração, o miosótis adornava a lapela daqueles que se
recusavam a permitir que a Luz se extinguisse.
O miosótis como símbolo foi objeto de um
interessante estudo. Se conta, também, que muitos maçons recolheram e
guardaram zelosamente jóias, paramentos e registros das Lojas, na
esperança de dias melhores. O irmão Rudolf Martin Kaiser, VM da Loja
Leopold zur Treue, de Karlsruhe, quebrou a jóia do Venerável Mestre em
pequenos pedaços de tal modo que não pudesse ser reconhecida pela infame
Gestapo.
Em 1945, o nazismo, com seu credo de ódio,
preconceito e opressão, que exterminara, entre outros, também muitos
maçons, era atirado no lixo da História. Nas fileiras vitoriosas que
ajudaram a derrotá-lo, estavam muitos maçons – ingleses, americanos,
franceses, dinamarqueses, tchecos, poloneses, australianos, canadenses,
neozelandeses e brasileiros. De monarcas, presidentes e comandantes aos
mais humildes pracinhas.
Mas, entre os alemães, alguns velhos maçons
também sobreviveram, seu sofrimento ajudando a redimir, de alguma
forma, a memória da histeria coletiva nazista. Eles eram o penhor da
consciência alemã, a demonstração de que a velha chama da civilização
alemã continuara, embora com luz tênue, a brilhar durante a barbárie.
Em 14 de junho de 1954, a Grande Loja O
Sol (Zur Sonne) foi reaberta, em Bayreuth, sob um ilustre irmão o Dr.
Theo Vogel, núcleo da Grande Loja Unida da Alemanha (VGLvD, AF&AM).
Nesse momento, o miosótis foi aprovado como emblema oficial da primeira
convenção anual, realizada por aqueles que conseguiram sobreviver aos
anos amargos do obscurantismo. Nessa convenção, a flor foi adotada,
oficialmente, como um emblema Maçônico, em honra àqueles valentes Irmãos
que enfrentaram circunstâncias tão adversas.
Certamente, na plateia, estava o Venerável
Mestre da Loja Leopold ZurTreue, agora nº 151, ostentando orgulhoso sua
joia recuperada e reconstituída, suas emendas de solda constituindo-se
num testemunho mudo e comovente da história.
Finalmente, para coroar, quando
Grão-Mestres de todo o mundo encontraram-se nos Estados Unidos, o
Grão-Mestre da recém formada Grande Loja Unida da Alemanha presenteou a
todos os representantes das Grandes Jurisdições ali presente com um
pequeno miosótis para colocar na lapela.
O miosótis também é associado com as forças
britânicas que serviram na Alemanha, em especial na região do Rio Reno,
logo após a guerra. Há uma Loja, jurisdicionada à Grande Loja Unida da
Inglaterra, a Forget-me-not Lodge nº 9035, Ludgershall, Wiltshire, que
adotou a flor como emblema. Foi formada especialmente para receber os
militares ingleses que retornavam do serviço na Alemanha.
O uso do miosótis como identificação
secreta pelos Maçons alemães foi contestado, sem entretanto, apresentar
os motivos da negativa.
Além disso, há anos que casas especializada
em paramentos maçônicos, exibem o miosótis em gravatas, alfinetes de
lapela e pendantis, em prata, ouro e bijuteria. Por que o fariam, se o
miosótis não fosse importante?
Foi assim que essa mimosa florzinha azul,
tão despretensiosa, transformou-se num significativo emblema da
Fraternidade – talvez hoje o mais usado pelos maçons alemães.
Ainda hoje, na maioria das Lojas
germânicas, o alfinete de lapela com o miosótis é dado aos novos
Mestres, ocasião em que se explica o seu significado para que se
perpetue uma história de honra e amor frente à adversidade, um exemplo
para as futuras gerações Maçônicas de todas as nações.
Na formação da Grande Loja unida da
Alemanha aparecem 3 das Grandes Lojas existentes antes da II Guerra
Mundial: Grande Loja do Sol, em Bayreuth; Grande Loja de Hamburgo;
Grande Loja de Hesse, em Frankfurt (antiga União Eclética); Grande Loja
de Bremen; Grande Loja Unidade, em Baden-Baden; Grande Loja Nacional de
Niedercachse, em Hanover; Grande Loja Nacional de Nordrhein-Westfalen,
em Dusseldorf; Grande Loja Nacional de Schleswing-Holstein, em Luberck; e
Grande Loja de Wurttemberg-Baden, em Stuttgart. De acordo com o List of
Lodges, em 2001 contava com 14.000 irmãos distribuídos em 490 Lojas.
A história maçônica na Alemanha de Hitler
A Maçonaria desenvolve-se nas Organizações Maçônicas tendo por base a literatura que nela é produzida ou consultada.
Um conjunto vasto de obras maçônicas fazia parte do núcleo das bibliotecas das lojas alemãs.
Segundo as estimativas do Museu Alemão da
Maçonaria em Bayreuth, esta literatura constituía o núcleo da
investigação maçônica. Uma biblioteca que crescia de forma exponencial.
Em 1930, na Alemanha, a colecção maçónica situar-se-ia nos 200.000
livros.
Este franco e interessante desenvolvimento
foi abruptamente interrompido quando Hitler chegou ao poder. Fecharam-se
as Lojas maçônicas. A sua propriedade foi confiscada. Bibliotecas de
várias Lojas foram queimadas. A GESTAPO chamou a si muitas dessas
bibliotecas e material. Que foram posteriormente entregues à Biblioteca
profissional das SS, a Reichsfuhrer Heinrich Himmler.
A guerra e os saques na Alemanha
prejudicaram a Maçonaria. E quem desejar aprofundar as informações aqui
trazidas, recomendo a leitura de uma atualização realizada e publicada
na revista anual da Biblioteca da Universidade na Alemanha.
No entanto, o Sr. Herbert Schneider,
Director do Museu Maçónico Alemão entre 1980 e 1996 e o Sr. Hans-Georg
van Waveren Lesser, Director do Museu Maçónico Alemão entre 1996 a 2002,
dizem-nos que após terem consultado os membros da Loja em 1933, houve
por parte da Alemanha a compra de material maçónico que iria servir de
contrapropaganda.
Que após a formação do
Reichssicherheitshauptamt (principal gabinete de segurança) a biblioteca
geral maçónica foi incorporada no escritório VII
(Reichssicherheitshauptamt Amt VII). E com a anexação da Áustria na
Grande Alemanha (o chamado “Anschluss”), as colecções maçónicas das
Lojas da Áustria encheram o caminho da pilhagem nazista.
Esclarece o professor Andrzej Karpowicz que
o ano de 1940 foi “próspero” na sucessiva pilhagem, pela rápida
conquista de muitos dos países e uma surpresa para muitos maçons das
Lojas da Escandinávia e Europa Ocidental. Este processo de pilhagem foi
muito bem organizado.
Os nazistas saquearam, por exemplo, a Grande Loja da Holanda e a Grande Loja da Noruega. Ocorreu o mesmo na Bélgica e em França.
Vergissmeinnicht - Gabriel Ananda - 7min
Em França, depois da derrota inicial em 1940 os registros dos membros do
Grande Oriente de França e da Grande Loja de França foram saqueados e
muitos deles destruídos.
A GESTAPO assumia temporariamente os
edifícios das obediências francesas. Os homens da Einsatzstab saquearam
uma parte significativa dos arquivos. Que depois entregavam a
colaboradores, protegidos pelas SS a fim de usarem esse material em
propaganda anti-maçônica.
Havia dois centros em Paris. Um era
liderado por Bernard Fay, situado na Biblioteca Nacional e que
exploravam os materiais roubados do acervo do Grande Oriente de França. O
outro chamava-se “Centre d’Action”, local dirigido por Henri Coston e
continha as colecções roubadas da Grande Loja da França.
Mais tarde, estas coleções na Alemanha
foram retiradas ou evacuadas de vários locais onde se preservavam.
Especialmente quando a Alemanha começou a sofrer ataques aéreos das
forças aliadas.
Para que se perceba o que ocorreu a tanta
informação maçónica, esclarece-se que a maior parte das colecções da
Grande Loja da Holanda foram descobertas pelas tropas americanas na Vila
de Hirzenhain em 1946. Um oficial americano que foi maçon ordenou às
tropas que as reenviassem de volta. Várias colecções de material
maçónico disperso foram interceptadas por soldados americanos e ingleses
e enviadas para os Estados Unidos e para a Grã-Bretanha.
Mas as coleções de Berlin, parte da Boémia
e de Wilkanóv foram recolhidas pelo Exército Vermelho e declarados
“despojos de guerra”, sendo enviados para Moscovo. Apesar de haver ainda
na Alemanha excelentes documentos.
A Universidade Livre de Berlin tem em seu
poder alguns livros da biblioteca da Grande Loja dos Três Globos em
Berlim. Carregando ainda marcas da prateleira da biblioteca Reichsfuhrer
escrito a lápis.
Muitas destas coleções maçônicas estarão
perdidas para sempre. Colecções de músicas maçônicas foram também
perdidas, reconhecendo-se que ainda se conseguiram fazer prevalecer
algumas das mais belas colecções e obras poéticas. Recitadas ou lidas em
ocasiões de diversos festivais maçônicos.
Por esse facto deixo aqui o meu apelo. Que
cada maçon da Grande Loja se esforce em fazer chegar ao Secretariado
Permanente todo o tipo de documentos que venha a produzir. Sejam eles
documentos e obras sobre a ética, sobre pensamento filosófico,
traduções, posições, mesmo que sejam controversas.
Quer sobre credos, quer sobre fenômenos
literários ou romanceados. Todos eles são relevantes para que se consiga
pelo menos repor o pensamento humano.
miosotis
não-te-esqueças-de-mim
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