LIRA (cítara*, harpa*, alaúde) |
Escrito por Profecias | |
A lira, inventada por Hermes* ou por uma das nove Musas, Polímnia, é o instrumento musical de Apoio e de Orfeu*, de melodias prestigiosas, e o símbolo dos poetas. De modo mais geral, é o símbolo e o instrumento da harmonia cósmica: ao som da lira, Anfião construiu os muros de Tebas. Na iconografia cristã, evoca a participação ativa na união beatífica. Esse papel é o da harpa de Davi. As sete cordas da lira corresponderiam aos sete planetas: harmonizam-se em suas vibrações, como aqueles nas suas revoluções cósmicas; quando o número das cordas foi elevado a doze, quis-se ver nelas uma correspondência com os doze signos do Zodíaco. A noção de harmonia exprime-se também pelas harpas dos vencedores da besta do Apocalipse. O belíssimo apólogo de Chenwenn, relatado por Lie-tse, não é menos significativo a esse respeito: tocando as cordas, P'ao-pa fazia os pássaros e os peixes dançarem; mas Chen-wenn conseguiu produzir, com o som de cada uma das quatro cordas, o nascimento de cada uma das estações e, com a harmonia das quatro, a ordem perfeita de um mundo, que é o dos Imortais. O alaúde ou a cítara (vina) é o emblema de Sarasvati, xácti de Brama, personificação da Palavra, do som criador (também o dos kinnara, pássaros*). O alaúde de cinco cordas primitivo dos chineses não tivera outro objetivo a não o de reduzir a atividade dos ventos e excesso de yang. Mas terá havido mau uso? O resultado foi imperfeito e teve de corrigido pela dança. O alaúde maravilhoso fabricado a partir do navio da ilha Ajahl, de que fala o Konjiki, tem certamente relação com a harmonia do império, reflexo da harmonia cósmica. Na Roda da Existência tibetana, Avalokiteshvara aparece com um alaúde no mundo dos deva: a idéia é acordar os deuses de suas ilusões ao som do Dharma. Tomai como modelo o tocador de cítara, escreve Calisto II Xanthopoulos: a cítara é o coração, as cordas são os sentidos, o tocador a inteligência, e o arco a lembrança de Deus. A lira é um dos atributos de Apolo e simboliza os poderes de divinação próprios do Deus. Enquanto atributo das Musas Urânia e Érato, a lira simboliza a inspiração poética e musical. Baseando-se na narrativa mitológica da invenção da lira, Jean Servier considera-a como um altar simbólico a unir o céu e a terra. Tendo roubado bois de Apolo, Hermes cobriu com a pele de um deles uma carapaça de tartaruga, fixou nesta um par de chifres e estendeu cordas de tripa sobre essa caixa de ressonância. Ora, nas civilizações mediterrâneas, o boi representa o Touro Celeste... Fazer vibrar a lira é fazer vibrar o mundo. As núpcias cósmicas se cumprem, a terra é fecundada pelo céu; chove sobre os campos e os flancos das mulheres tornam-se pesados. Todos os instrumentos musicais parecem ter possuído iguais meios de chegar à harmonia secreta do mundo. |
Fonte:
Profeciasnet
Ter, 23 de Fevereiro de 2010 00:45
http://www.profeciasnet.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=930:lira-citara-harpa-alaude&catid
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