Posted: 15 Feb 2013 07:51 AM PST
Observatório Nacional
15/02/2013
Na madrugada desta sexta-feira, dia 15, horário de Brasília, um meteoro
rompeu o céu da Rússia. Coincidentemente, nas próximas horas, passará
próximo da Terra o asteroide 2012 DA14. Em princípio, os dois objetos
não tem relação, como explica a astrônoma Daniela Lazzaro, do
Observatório Nacional: “Ao que tudo indica, não existe qualquer relação
entre eles, pois as duas órbitas são bastante distintas”.
O meteoro que caiu na Rússia não foi previsto, provavelmente, devido ao
seu tamanho pequeno e sua cor escura, características que dificultam sua
identificação pelos instrumentos de monitoramento que, como em qualquer
ciência, tem suas limitações tecnológicas. Ocorrências como esta não
são tão raras, mas em boa parte das vezes acontece em áreas não urbanas e
desabitadas, como nos oceanos, desertos e florestas, não causando
qualquer problema.
Já o asteroide 2012 DA14 foi descoberto no ano passado, por astrônomos
do observatório de La Sagra, no sul da Espanha. Desde então a trajetória
do objeto vem sendo monitorada e estudada. Nesta noite, ele estará
bastante próximo da Terra, a 28 mil quilômetros. “Essa distância parece
grande, mas em termos astronômicos, é bastante próximo”, informa
Daniela.
De acordo com a pesquisadora, este asteroide já teve várias aproximações
com o planeta, mas nenhuma tão grande quanto a de agora, a maior
registrada entre objetos de tamanhos similares. Devido ao seu brilho, o
asteroide, apesar de pequeno, poderá ser visto com binóculos e pequenos
telescópios, mas não no Brasil. Os melhores lugares para observá-lo são a
Indonésia e Ásia. A maior aproximação do astro será entre 17 e 18
horas, horário de Brasília. “Mas o objeto só será visto por um intervalo
de tempo muito curto, já que passará próximo da Terra a uma velocidade
de cerca de 8 quilômetros por segundo”, explica a pesquisadora. O site
da Agência Espacial Norte-Americana, a NASA, fará a transmissão ao vivo,
no endereço www.nasa.gov/.
Existem muitos asteroides nas proximidades da Terra, sendo a maior parte
ainda desconhecida, em particular os com até 150 metros de tamanho. Por
esse motivo, no mundo todo estão em andamento programas que visam
descobrir e estudar as características físicas desta população
denominada como “objetos potencialmente perigosos”. No Brasil, o
Observatório Nacional lidera as pesquisas nesta área com o projeto
IMPACTON (Iniciativa de Mapeamento e Pesquisa de Asteroides nas
Cercanias da Terra no Observatório Nacional). Sediado no Observatório do
Sertão de Itaparica, em Itacuruba, PE, o projeto conta com um
telescópio com espelho de um metro e tem como objetivo exatamente o
monitoramento e estudo das propriedades físicas desses objetos.
O que é um asteroide
Asteroides são pequenos corpos rochosos e metálicos espalhados na região
interna do Sistema Solar, situados entre 1 e 5 Unidades Astronômicas –
cada UA equivale a 150 milhões de quilômetros, que representa a
distância média entre a Terra e o Sol. São chamados de objetos
primordiais porque preservam materiais dos estágios finais de formação
do Sistema Solar. Atualmente estão catalogados mais de 500 mil deles,
mas há um elevado número de asteroides que ainda não foram descobertos,
inclusive em órbitas que chegam a cruzar ou se aproximar muito da Terra.
O que é um meteoro
É
um pequeno corpo celeste que entra na atmosfera da Terra e queima
completamente, ou não. Essa queima resulta do atrito com a atmosfera
terrestre e do contato com o oxigênio. Em geral o meteoro deixa um
rápido rastro (ou fino traço) de luz que é visto no céu. A sua origem
pode ser de fragmentos de asteroides ou de restos de cometas. Os
meteoros são conhecidos popularmente como estrelas cadentes, embora não
tenham, absolutamente, qualquer tipo de relação com as estrelas.
A
grande maioria dos meteoros
é destruída antes de atingirem a superfície
da Terra.
Quando não é completamente destruído
e chega à superfície
terrestre, é denominado meteorito.
Saiba mais sobre o assunto na Revista Asteroide,
do Observatório Nacional.
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Posted: 15 Feb 2013 05:26 AM PST
BandNews
15/02/2013 10:53
Meteoro deixa mais de 500 feridos na RússiaA queda de um meteorito deixa
mais de 500 feridos – 22 em estado grave - na Rússia. A maioria foi
hospitalizada após ser atingida por estilhaços de vidro que caíram das
janelas de edifícios na capital de “Satiki”. O astrônomo Fernando Roig
do Observatório Nacional afirma que o objeto era provavelmente formado
de ferro e teria cerca de dois metros.
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Posted: 15 Feb 2013 05:01 AM PST
INFO Online
São Paulo - Um meteorito de pelo menos 50 metros e várias toneladas caiu
na região de Tcheliabinsk, nos montes Urais, na Rússia, nesta
sexta-feira (14). Cerca de 500 pessoas ficaram feridas, segundo os
últimos dados do Ministério do Interior da Rússia.
Segundo um porta-voz do ministério, ao menos 474 pessoas precisam de
atendimento médico, das quais 14 estão hospitalizadas. Vladimir
Stepánov, chefe do Centro Nacional de Situações de Crise do Ministério
de Emergências russo, também anunciou que pelo menos cinco pessoas foram
hospitalizadas com cortes profundos de vidro. Até o momento, não foram
relatadas mortes em consequência do meteorito.
O meteorito caiu a cerca de 80 quilômetros da cidade de Satka, por volta
das 09h20 pelo horário local (01h20 de Brasília). Mas os fragmentos do
corpo celeste causaram danos em pelo menos em seis cidades da região
onde o asteroide caiu.
O corpo celeste atravessou o céu e lançou bolas de fogo em direção à
Terra, deixando um longo rastro branco em seu caminho, que podia ser
visto a até 200 quilômetros de distância. Como consequência, alarmes de
carros soaram, janelas quebraram e telefones celulares tiveram o
funcionamento afetado pelo incidente.
Segundo depoimentos de testemunhas citadas pela rádio "Eco" de Moscou, a
queda do meteorito foi acompanhada de fortes explosões. Elas foram
acompanhadas de uma luz intensa e de uma onda de tremor. Inclusive,
muitas pessoas acreditaram que, na verdade, um avião havia explodido
durante o voo.
A polícia começou uma avaliação para determinar se outros núcleos de
população foram afetados pela queda. Além disso, patrulhas vigiam os
edifícios que tiveram danos e perderam portas e janelas de vidro.
O Ministério de Emergência da Rússia pediu aos moradores para manter a
calma. Todos foram orientados a voltar para casa e a buscar as crianças
nas escolas, que foram fechadas por orientação do governo.
O meteorito - As proporções exatas do asteroide ainda são desconhecidas.
Cientistas acreditam que ele pesava muitas toneladas e poderia ter
várias dezenas de metros de comprimento. Isso porque corpos de menos de
50 metros se desintegram quando entram na atmosfera. Então, chegam à
Terra apenas pequenos fragmentos, disse Nikolai Zheleznov, especialista
do Instituto de Astronomia Aplicada.
Sergei Smirnov, cientista do Observatório astronômico de Pulkovo,
afirmou que o objeto tem uma massa de várias dezenas de toneladas, que
se pôde ver com clareza no céu. Ele se desintegrou nas camadas baixas da
atmosfera.
A porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, Elena
Smirnij disse à agência "Interfax" que a queda do meteorito não influiu
nos níveis de radiação, que se mantêm dentro dos parâmetros de
normalidade para a região. Além disso, a Rosatom, agência russa para a
energia atômica, informou que suas instalações nos Urais não foram
atingidas pela queda do meteorito.
Vale lembrar que incidentes desse tipo são raros. Um dos casos mais
conhecidos aconteceu quando um meteorito devastou uma área de mais de
2.000 quilômetros quadrados na Sibéria em 1908.
Em sua conta no Twitter, a Agência Espacial Europeia (ESA) disse que até
o momento não há qualquer relação do incidente com a passagem de um
asteroide de 45 metros pela Terra nesta sexta.
*Com agências EFE e Reuters
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