TERCEIRA PARTE –
A INSUSTENTABILIDADE DO HOMEM
Introdução
Foucault certa vez escreveu que “o único sinal de reconhecimento que se pode ter para com um pensamento como o de Nietzsche é precisamente utilizá-lo, deformá-lo, fazê-lo ranger, gritar”. Foucault fez isso. Foucault, leitor de Nietzsche, teve o seu Nietzsche e utilizou-o. Michel Foucault (1926-1984), pensador francês contemporâneo, talvez o mais próximo a Nietzsche.
Falar sobre o Nietzsche ligado a Foucault a partir dos pontos de Foucault ou seja, de como Foucault é esclarecido por Nietzsche eis o nosso objetivo. Neste contexto, iremos ver que a tese da morte do homem aparece em Foucault como o coroamento de todo um trabalho filosófico que, partindo da epistemologia, e profundamente inspirado no pensamento trágico e na questão da linguagem levantada por Nietzsche, enceta uma crítica à racionalidade e ao saber modernos, notadamente às ciências humanas, crítica esta em que é o próprio lugar do homem enquanto esfera de um saber que parece não mais se sustentar.
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